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Undisputed Article #21 - A Trip Down Memory Lane

Olá, sejam bem-vindos à vigésima primeira edição do “Undisputed Article”, um espaço onde exponho os meus pensamentos sobre o desporto de entretenimento que mais me apaixona: Wrestling!

Nesta edição vou levar-vos a uma viagem ao passado, vou falar das primeiras memórias que tenho sobre Wrestling. Nomeadamente, sobre as edições da Raw que via quando era miúdo, quando dava às sextas feiras à noite, na SIC Radical.

Corria o ano de 2005. Como era eu um miúdo, eu vivia demasiado intensamente as personagens, pensava mesmo que o John Cena era um herói e que o Eric Bischoff estava mesmo a colocar enormes obstáculos para que Cena perdesse o título, entre os quais Chris Jericho, Kurt Angle e até mesmo Tyson Tomko (ahahah, quem se lembra do Tyson Tomko?).


Eu pensava mesmo que o Carlito era um cobarde e que tinha atacado o Ric Flair, um velhote que já mal conseguia lutar, pelas costas no balneário e o tinha deixado ali, estendido e ensanguentado, e lhe tinha cuspido uma maçã mesmo na cara.

Eu pensava mesmo que o Shaun Michaels era uma pessoa horrível porque tinha atacado com um Superkick nas ventas da maior figura do Wrestling Mundial, a figura mais aclamada dos últimos 20 anos do Wrestling, Hulk Hogan.


Eu acreditava mesmo que ninguém era tão forte como o Chris Masters, porque ele tinha uns músculos enormes e nunca ninguém se tinha conseguido livrar do seu “Master Lock”, que mais não era do que um “Full Nelson” com uma pega diferente.

Mas não houve nada que me marcasse tanto como a rivalidade que marcou a minha iniciação à WWE e que marcou a maior parte do pessoal que via WWE naquele tempo. A rivalidade mais realista, mais emotiva, mais incrível que alguma vez acompanhei. A rivalidade entre dois lutadores que simplesmente competiam porque um roubou a miúda do outro. Falo obviamente da grande rivalidade entre Edge e Matt Hardy.


A rivalidade que me pôs a odiar o Edge como nunca tinha odiado ninguém na minha vida. A rivalidade que me pôs a apoiar o Matt Hardy como nunca tinha apoiado nada, nem o meu Benfica chegava a ter aquele nível de apoio.

E nada me partiu mais o coração do que ver o episódio especial da Raw, que se intitulava “Homecoming”, em que Edge e Matt Hardy competiam num “Ladder Match” com a mala “Money In The Bank” do Edge suspensa acima do ringue, em que quem ganhasse, ganhava a mala e quem perdesse, perdia o emprego na Raw.


O final daquele combate deixou o eu com 11 anos com as lágrimas nos olhos. Quando o Matt Hardy ficou preso nas cordas, com a Lita em posição de “Crucifix” a evitar que ele se soltasse, e ele teve de assistir ao Edge a subir lentamente o escadote e a retirar a mala que lhe garantia uma oportunidade futura pelo título da WWE e a ver também o seu emprego de sonho a esvair-se pelo ralo abaixo.


Vi há pouco tempo um episódio da série “WWE Rivalries”, disponível em exclusivo e "on demand" na WWE Network, que debruça precisamente sobre esta rivalidade e vi lá pormenores que há 14 anos atrás me escapavam completamente, como por exemplo o facto do Matt Hardy ter escolhido trocar de marca, da SmackDown para a Raw, para estar mais perto da namorada e para no fim ela trai-lo com um dos seus melhores amigos.

Vi também excertos do episódio de “Byte This”, uma série que passava na WWE.com com sessões de perguntas e respostas dos lutadores com os fãs, e em que Matt Hardy, que viria a ser despedido por causa disto, a ser um dos “fãs” que ligou para lá e confrontou a agora ex-namorada com a causa do fim da sua relação.


Tudo isto fez-me voltar atrás no tempo. Fez-me voltar ao tempo em que ansiava pelas sextas feiras às 23 horas para ver a Raw. Fez-me voltar ao tempo em que acreditava em super heróis e enormes vilões no Wrestling. Em que tudo era mais simples e tudo se resolvia no último combate daquela noite, em que era sempre o John Cena ou o Hulk Hogan a destruir alguém.


Dou assim por concluída esta edição do Undisputed Article, em que deixei o presente de lado e voltei atrás, para me lembrar o porquê de, depois de tantos anos e de tantas horas a ver WWE, ainda hoje me lembro desses primeiros tempos com grande nostalgia.

E vocês, caros leitores, quais são as primeiras memórias que vocês têm de ver WWE? Deixem as vossas histórias na caixa de comentários em baixo, no Facebook ou no Twitter. Sigam o Wrestling Notícias no Twitter em @WNoticias ou somente a mim, em @JorgeeVieiraa.

Daqui a duas semanas volto com mais material interessante sobre Wrestling, e daqui até lá pode ser que aconteça muita coisa, porque daqui até lá há o Clash of Champions, em que todos os títulos da WWE vão ser defendidos. Até à próxima edição, “BAY-BAY!”
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