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Undisputed Article #12 - Raw ou Smackdown? Prefiro NXT


Olá, sejam bem-vindos à décima segunda edição do “Undisputed Article”, onde são abordadas diversas situações no mundo do Wrestling atual. E nesta semana muito especial para os fãs da WWE, decidi abordar um tema já muito badalado nos últimos anos por diversos fãs do produto da WWE: a maior qualidade produzida no NXT do que no plantel principal da WWE.

Como a maior parte dos fãs sabe, hoje realiza-se o PPV Survivor Series, que irá determinar qual das duas marcas, SmackDown ou Raw, é superior. No entanto, a perceção que os fãs mais atentos da WWE têm é que essas duas marcas apenas estão a lutar para ver quais delas é a segunda melhor. Porque a melhor está a ser sem dúvida o NXT.

Nesta última madrugada, uma noite antes do Survivor Series, realizou-se o NXT Takeover - War Games. E oh meu deus… Quão bom foi aquele show!!! Teve de tudo: combates por títulos, combates 2-out-of-3 falls, combates rápidos, combates longos, histórias a serem desenvolvidas, combates de equipas 4vs4, dois ringues unidos por uma jaula, armas, spots espetaculares, submissões, interferências externas, enfim… Tudo em 5 excelentes combates condensados em 2h40 de puro e espetacular Wrestling.


Começou com um combate surpresa que não era suposto acontecer, porque não estava marcado. Matt Riddle, o “King of Bros”, decidiu que Kassius Ohno, depois de no pre-show ter feito uma promo a deitar abaixo Matt Riddle, devia enfrentá-lo naquele momento e que o iria deixar KO. Certo é que Kassius Ohno aceitou o desafio e em 7 segundos estava KO e já tinha perdido o combate.

Depois deste combate curto e introdutório, passamos imediatamente a um combate que, pela estipulação que continha, deixava a adivinhar que não iria ser tão curto. Um combate 2-out-of-3 falls pelo Título Feminino do NXT, em que a campeã Shayna Baszler defendia o título contra a antiga campeã e vencedora do primeiro torneio Mae Young Classic Kairi Sane.


O primeiro fall do combate foi conquistado por Shayna Baszler através de submissão com o seu “Kirifuda Clutch”, após interferência exterior por parte de Jessamyn Duke e Marina Shaffir, duas das companheiras de Baszler e da campeã feminia da Raw, Ronda Rousey no grupo “Four Horsewomen of MMA”. O segundo fall ocorreu após Kairi Sane ter deixado Baszler no chão, incapaz de parar o Kairi Sane de a atingir com o seu patenteado “InSane Elbow” do topo da corda superior.

No final do terceiro fall, após uma nova tentativa de interferência por parte de Duke e Shaffir, Dakota Kai e Io Shirai vieram dos bastidores em defesa de Kairi Sane e impediram mais interferências. No entanto, estes esforços tornaram-se infrutíferos quando Baszler conseguiu inverter o “InSane Elbow” num “Crucifix”, retendo assim o seu título.

A seguir, veio o que, na minha opinião, foi o melhor combate da noite. Um combate carregado de história, de ação, de 2 personagens que se odeiam mutuamente, que já tinham combatido antes e que nunca desiludiram na qualidade da sua performance. Estou a falar do combate que pôs frente a frente Johnny Gargano e Aleister Black.


Foram 18 minutos de pura psicologia no ringue. 18 minutos em que Gargano mostrou que é um verdadeiro Heel e que consegue entrar numa luta de “Striking” com Black e sair-se bem. 18 minutos em que a velha máxima que diz “não lutes enquanto estás furioso” se verificou, porque durante o combate Gargano esteve sempre um passo à frente de Black.

Mas, no fim de contas, a vitória sorriu a Aleister Black, que aplicou o seu “Black Mass” por duas (sim, DUAS vezes consecutivas) para derrotar o homem que o deixou estendido há 3 meses atrás no parque de estacionamento da Universidade de Full Sail.

Depois veio outro combate que me deixou completamente maravilhado, este não apenas para acertar contas, mas para ganhar o mais prestigiado prémio em todo o NXT, o Título do NXT. O campeão Tommaso Ciampa, apelidado pelo comentador residente do NXT Mauro Ranallo como “A Praga do NXT” (“The Scourge of NXT”) que defendeu o seu título contra o membro mais jovem do plantel do NXT, Velveteen Dream.


Ainda antes do combate começar, Dream já levava o público de Los Angeles ao rubro com a sua entrada, com o seu equipamento 100% alusivo a “Hollywood” Hulk Hogan, com uma referência clara à nWo, com a sua t-shirt a dizer “oVa – Dream Over” e uma fita em torno da cabeça com a inscrição “Hollywood”. E até mesmo durante o combate, em que Velveteen Dream usou muitos golpes alusivos ao “Immortal One”.

E foi mais uma demonstração de grande Wrestling com dois lutadores a mostrarem que já ultrapassaram em muito o seu desenvolvimento e que já conseguem brilhar em palcos grandes, como é o caso do NXT Takeover, em frente a mais de 16 mil pessoas, na capital mundial do entretenimento, Los Angeles, em pleno fim de semana de Survivor Series.


Foram 22 minutos em que Velveteen Dream e Tommaso Ciampa tentaram ganhar uma vantagem psicológica sobre o outro, mas no fim, Tommaso Ciampa levou de vencida esta batalha, após ter-se livrado de um “Purple Rainmaker”, de se ter desviado de outro “Purple Rainmaker” para fora do ringue e depois de um “Drapping DDT” na divisória dos dois ringues.

Chegou então a hora do Combate Principal, o combate que deu nome a este NXT Takeover. Um combate War Games que opunha os Undisputed Era, compostos por Kyle O’Reilly, Roderick Strong (que normalmente defendem juntos os títulos de Tag-Team do NXT), Bobby Fish e ADAM COLE BAY-BAY, contra a equipa de Hanson, Rowe (que juntos formam a tag-team War Mach… perdão, War Raiders), o Campeão Norte-Americano do NXT Ricochet e o Campeão do Reino Unido da WWE, Pete Dunne.


E foi mais um combate excelente, embora diferente de todos os outros que tínhamos visto nesta noite, derivado muito da estipulação do combate. Foi um “spot fest” em que apenas Pete Dunne e Bobby Fish contribuíram para alguma história no combate em si, mas que fizeram as delícias dos fãs que adoram ver caos, manobras de muito alto risco, "Powerbombs" do topo da jaula e Pete Dunne a quase partir o braço de Kyle O’Reilly.

No final de 47 minutos, e depois de muitas reviravoltas, a equipa dos War Raiders, Pete Dunne e Ricochet saiu vitoriosa com ambos Dunne e Ricochet a fazerem um Double pin em Adam Cole para conseguir a vitória. A destacar, momentos como Ricochet a fazer um duplo mortal à retaguarda desde o topo da jaula para cima de todos os seus adversários e colegas dentro do ringue, um spear de Bobby Fish a Rowe através de uma mesa e Kyle O’Reilly a fazer um "Ankle Lock" a Pete Dunne com a ajuda de uma corrente.


Isto tudo para dizer o quê? Bem, em jeito de conclusão, não entendo como é que é possível que com apenas 5 combates e um deles a durar só 7 segundos, o produto do NXT seja tão superior do que o da WWE. É que comparar este evento com o Evolution ou com o Crown Jewel seria algo próximo da blasfémia. WWE está a milhas do NXT e isso vai ficar novamente provado esta noite, quando toda a gente voltar a ver que o Survivor Series não vai ser tão bom como o NXT Takeover da noite anterior.

Fica então dada a minha opinião sobre este espectáculo que foi o NXT Takeover War Games e a minha crítica à programação principal da WWE. Encorajo todos aqueles que não viram o NXT Takeover de ontem que vejam o mais rápido possível (têm os vídeos postados aqui no Wrestling Notícias) e vou então chorar num canto do meu quarto o facto de os Undisputed Era terem perdido ontem.

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