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Folha de Avaliação 2015 | WWE



Sejam todos bem-vindos a... isto. Pois, o Slobber Knocker não está de volta, nem vejo a petição para que volte, pensei que por esta altura já existissem várias. Mas muitos de vós devem estar familiarizados com este tradicional artigo desse espaço mesmo. Ora muito bem, acontece que o balanço anual até era engraçado e lá foi trazido de volta. É o mesmo gajo que sempre o escreveu que está cá a dar as suas impressões, logo é um artigo bastante familiar! Ora revejam lá o 2015. Por secções!

Os da Liga Grande


John Cena - Quiçá a coisa menos usual a constar nestes parâmetros. Um United States Champion que se considere como sendo "da Liga Grande". É possível quando esse Campeão é John Cena, ninguém lhe tira esse posto. O que dizer sobre Cena em 2015 para além de que este foi um dos seus melhores anos e com certeza o melhor em muitos dos últimos? Iniciou o ano a rivalizar com Rusev e teve o seu primeiro grande feito ao conquistar-lhe o United States Championship. Foi aí que se desenvolveu o nosso Cena favorito dos últimos tempos. Não o que aplicava mal aquele Springboard Stunner, mas aquele que fazia "Open Challenges" que se mantinham sempre interessantes e que eram um dos principais pontos a assistir do Raw. Em que deu grande combate após grande combate, dando espectáculo e elevando com boa gente como Sami Zayn, Cesaro, Neville, Dean Ambrose ou até mesmo Zack Ryder. Teve uma das feuds do ano com Kevin Owens e colocou-o over, inicialmente de forma limpíssima e meteu-se por caminhos do main event com Seth Rollins e o WWE World Heavyweight Championship porque ainda é o Cena e retomou o seu caminho, onde chocou o mundo ao colocar um retornado Alberto Del Rio over de forma ridiculamente limpa. Até tirou umas férias no final do ano, para um merecido descanso para provar que nem só de Cena se vive e tanto nós como ele ainda podemos respirar. Veremos como será o seu 2016!

Roman Reigns - Ano agitado para o jovem Anoa'i. Foi logo a começar 2015 que se tornou a pária mais desprezada de todo aquele plantel, banhado numa maré de ódio. Foi a acabar 2015 que conseguiu encontrar o seu encanto e conseguir ter o público do seu lado. No entanto, foi um ano bastante conturbado. Começou em grande, ao vencer a Royal Rumble - para sonoras vaias - e ir à Wrestlemania enfrentar Brock Lesnar numa boa sessão de porrada e ver o título ser-lhe "roubado" por Seth Rollins. Depois partiu para uma feud com Big Show, algo que favorece ninguém e passou uma boa parte do ano às turras com Bray Wyatt e a sua reunida Wyatt Family, fortalecendo a sua irmandade com Dean Ambrose. Encontrou o seu rumo e conquistou o WWE World Heayvweight Champion, para reacção agridoce do povo. Título novamente retirado para ter algum apoio dos fãs numa de "melhor de dois males" e, foi na reconquista que finalmente atinaram com o booking e ele conseguiu as boas reacções de que tanto necessitava. Fechou o ano com o WWE World Heavyweight Championship e com popularidade, algo que ele andou a tentar caçar todo o ano. A iniciar 2016, abre-se a janela para o desgosto novamente mas veremos se ele consegue dar a volta por cima!

Seth Rollins - The man! O verdadeiro "Superstar do Ano", aquele que dominou o ano. Que protagonizou um dos combates do ano, logo ao abri-lo, numa Triple Threat no Royal Rumble. Aquele que me fez saltar da cadeira na Wrestlemania com o seu frutuoso cash-in que deu início a um longo reinado que o cimentou como estrela de topo. E só lá é que ele merece estar. É claro que não foi beneficiado com os melhores bookings e raramente era bookado de forma a parecer forte. Fizeram sempre dele um Campeão fraco, cobarde e sem eficácia, demasiado dependente de outros e de circunstâncias especiais. Mas mesmo com maneirismos duvidosos, conseguiu passar por cima - ou esquivar-se - de nomes como Randy Orton, Dean Ambrose, Roman Reigns, Brock Lesnar, John Cena, Sting ou Kane. Não há pêras doces aí. Infelizmente outro dos acontecimentos do ano também lhe pertenceu e foi um negativo: uma horrível lesão no joelho custou-lhe o título e colocou-o numa longa baixa que o obrigará até a perder a Wrestlemania. Mas um lugar cimeiro é seu e ninguém lho tira. Fica como aquele de quem temos mais saudades!

Sheamus - E porque raio está este sacripanta aqui? Porque somos levados - ou forçados - a acreditar que é aqui que ele pertence agora. Num ano mediano em que regressou com novo visual, conquistou a mala Money in the Bank e perdeu-se numa entediante feud com Randy Orton que o levou a lado nenhum. Mas uma onda de azar nas baixas do plantel obrigaram a recorrer a planos B e é isso que ele é: um plano B. Um curto reinado como WWE Champion e a fundação de uma stable com muito potencial que ainda não está a ser explorado, fazem dele um Heel de topo "by default". Isto porque os verdadeiros Heel de topo ainda são a Authority, até o Vince. E porque o verdadeiro Heel de topo era Seth Rollins. E Sheamus fica meramente como um remédio. Um main eventer de emenda. Não há muito mais a dizer sobre o seu 2015 e pouco a prever sobre o seu 2016, com tão pouco rumo dado à sua League of Nations.

Rise & Rise

Cesaro - Custaria-me deixá-lo como "Rise & Fall" devido a motivos de força maior tão inconvenientes. Mais um para a lista de baixas. E também ele é o constante "push ilusório" que nos desaponta e que deixam cair assim que pareça que vai receber um novo push. 2015 foi mais um ano de altos e baixos, começando pelo seu reinado como Tag Team Champion, a perda do parceiro para uma séria lesão que o lançou a solo para alguns grandes momentos. Com a "Cesaro Section" já reconhecida, começámos a vê-lo em postos mais altos, como nas Open Challenges de John Cena que originaram combates fantásticos a merecer ser lembrados no final do ano. Ainda uma boa feud com Kevin Owens que deu para mais qualidade e excelência em ringue. Mesmo que voltasse a perder um pouco do seu rumo antes da lesão, já se sentia uma confiança diferente no Suíço. Se até mereceu palavras de Cena a dizer que ele devia ser o main event todas as noites - diz-nos algo que não saibamos, Cena - é porque já se vê algo nele. Esperamos uma boa recuperação e um 2016 como ele realmente bem merece!


Dean Ambrose - Queria muito tê-lo na categoria anterior. E custa-me muito que isto o faça parecer o mais renegado dos Shield quando não o é. O público reage a ele mais do que com os outros, muitas das vezes. Ainda foi visto como um candidato a Superstar do Ano, porque ainda teve um ano merecidamente preenchido. Foi um forte candidato ao WWE World Heavyweight Championship numa das melhores feuds do reinado de Seth Rollins, foi um auxiliar fulcral de Roman Reigns, o tal main eventer já estabelecido, deixando-o lado-a-lado com uma estrela agora de topo - e chegou com ele à final pelo WWE World Championship - e fechou o ano como Campeão Intercontinental. Um grande ano para Dean Ambrose, não haja dúvida. Agora que 2016 lhe traga mais main events e um cinto mais dourado e mais berrante, por muito bonito que seja o seu actual. Há uma outra categoria aqui boa para ele.

Jack Swagger - Entrada mais bizarra para esta categoria. E tudo pelo último mês do ano que lhe deu um push repentino. Passou o 2015 a ser o velho Swagger. Não o velho Swagger que foi Campeão Mundial, o Swagger que vem à TV jobbar e que soma vitórias e derrotas em Main Events e Superstars. Mas um retornado Del Rio como United States Champion reergueu a feud entre ambos e, muito repentinamente, com pouca construção, Swagger já ganhava combates em TV, era uma ameaça legítima e concorria ao United States Championship. Deve voltar já ao normal. Aliás, já não voltou?

Kevin Owens - Um da Liga Grande em formação. Por muito que o Vince Russo não goste da ideia. Kevin Owens veio causar o maior impacto imediato do ano, tornou-se uma das maiores estrelas e tem tudo para ser main eventer. Só não o é ainda porque não se devem querer precipitar. Ou é demasiado bom e popular e isso causa-lhes hesitação. Kevin Owens ainda andava a aquecer no topo do NXT quando surpreende todos ao interromper John Cena e iniciar uma feud. Logo o seu primeiro combate ali naquele ringue maior... Ganha ao Cena com uma limpeza que até borrou fraldas. É assim que se estreia. Cena acabou por recuperar o seu terreno na feud mas Owens já estava estabelecido e passou por cima de outros obstáculos como Cesaro ou Ryback para conquistar o título Intercontinental. Acabou o ano a perdê-lo para Ambrose, mas não lhe tirou a concentração, em vez disso lançando um Owens possuído e com vontade para destruir. O verdadeiro "Breakout Star" do ano, mesmo que o prémio naõ lhe tenha sido atribuído. Menino para já estar no topo no final do próximo ano. Se eles souberem o que estão a fazer.

The Lucha Dragons - Também não foi constante ou imediato o seu crescimento. Muito tempo a bóiar, a jobbar e a lutar em "C Shows". Demasiados combates com os Ascension no Superstars, a fartar qualquer um dos três espectadores que esse programa ainda tenha. Mas assim que veio o push ao título, os Lucha Dragons tornaram-se adversários de destaque, devendo também muito ao combate pelos títulos no TLC, que viu Kalisto protagonizar um dos momentos do ano. 2016 abre com lesão de Sin Cara, mas já se começa a ver um bom push para Kalisto. Está a ser bem recebido. Talvez no próximo ano conste aqui neste categoria em nome próprio!

Neville - A "Rise" mais tímida aqui devido ao seu estatuto sem rumo em que se encontra no midcard constantemente. Mas chegou após a Wrestlemania e construiu o seu caminho no midcard mais mediano, sem nunca se deixar cair para o fundo. A batalhar com a relevância, vai tendo alguns momentos de maior destaque como a sua quasi-vitória sobre John Cena na US Open Challenge, a chegada à final do torneio King of the Ring e spots que sublinham a sua posição como o high flyer da casa. Apesar do seu grande reinado no NXT, não leva aquilo que se espera para um main eventer no plantel principal mas tem tudo para ser um excelente midcarder sólido. Porque o midcard também conta. E que em 2016 se cacem mais títulos.

The New Day - O que dizer de um grupo que era das coisas mais inúteis e ignoráveis de todo o plantel e que se conseguiram tornar na mais hilariante e numa das principais razões para assistir à WWE? Acredito que se justifique a ascensão! Uma maneira muito simples de resolver um problema é, por vezes, abraçá-lo apenas. Reconheceram o heat e brincaram com ele. Fizeram-no dando asas aos próprios de serem eles mesmos nas suas versões mais apatetadas e deixaram-nos divertir-se um pouco. A juntar ao facto de que os três sempre foram talentosos em ringue e, graças à gimmick inicial, representavam o desperdício, tinha-se uma receita boa para lucrar. Quando as plateias explodem e é já a cantar por eles - ironicamente após a Heel Turn - sabemos que temos alguém bastante over. Até o trombone está mais over que muitos performers. Ano esplêndido para os New Day, com dois reinados como Tag Team Champions, segmentos hilariantes e uma Turn de imenso sucesso que lhes deu a exposição que agora têm. Ainda não fartaram. Que venha mais New Day em 2016!

The Usos - Mais uma entrada meia tosca porque houve pouco de Usos em 2015. Uma lesão colocou Jey Uso de baixa e levou Jimmy Uso à mesa de comentadores do Main Event e do Smackdown. Ainda assim, não foi isso que os impediu de ganhar o Slammy de tag team do ano, no ano em que aconteceram os New Day e estiveram mais de meio ano parados, sem títulos. Pouca lógica nessa votação aí. Mas os Usos, mesmo mexendo pouco, serão sempre uma equipa de topo na sua divisão. Assim que voltaram ao activo, saltaram rapidamente para as luzes da ribalta e também puderam ser assistentes de Roman Reigns, seu primo, o que os elevou a feuds de mais alto calibre. Fecharam o ano na caça aos títulos, com um combate no TLC a roubar todo o show. Com um "Tag Team do ano" muito duvidoso, ninguém nega que serão uma das tag teams representantes desta era.

The Wyatt Family - É verdade que o seu booking é muito inconsistente. E eles podiam ser uma força muito mais destrutora se soubessem como melhor fazê-lo. Mas ainda não os deixaram cair e são colocados em feuds de alto calibre. Se no início do ano, ainda não era Wyatt Family propriamente dita que se registava, e estava cada um para o seu lado a não resultar muito bem - Bray safava-se ao brincar com Undertaker na Wrestlemania e numa feud de emoções mistas com Roman Reigns e o sempre underrated Luke Harper tentava a sorte no midcard - rapidamente se reformaram, mesmo na rivalidade com Reigns. E introduziram um tenebroso novo membro, Braun Strowman, a quem querem continuar a dar grande destaque mesmo que o seu desempenho em ringue ainda não seja do total agrado dos fãs. Para monstro, serve. E desde então vão sendo metidos em feuds de grande calibre, como a tal frente a Undertaker e Kane - da qual não saíram por cima, infelizmente, aí está um erro do usual deles - e sendo totalmente dominantes sobre os Dudleys e outros veteranos da ECW. Ainda não há alvo definitivo para já, mas espera-se um 2016 mais consistente!

Rise & Fall

Alberto Del Rio - Talvez se considere um pouco severa a sua inclusão aqui. Regressou para vencer um título e fechou o ano como Campeão e membro de uma stable de topo. Mas foi recordado ao longo do ano que Del Rio não foi gajo de marcar por fazer falta quando foi despedido da companhia. A reacção que teve no seu regresso foi a última que teve àquele nível e Del Rio voltou ao nível de monotonia que o marcava na sua passagem anterior na companhia. Fecha o ano como United States Champion, fecha como membro da League of Nations, fecha-o levando consigo uma das maiores surpresas do ano, mas fecha-o com pouca relevância.

The Ascension - Nome mais irónico que lhes podia ser arranjado. Entraram logo ao início do ano para relar tudo e dar cabo de veteranos. Foram enterrados até ao outro hemisfério terrestre. Jobbers da casa, até para o Ryback sozinho já se deitaram. Se ficarem empregados e nada mudar, são garantidos no "Fundo do poço". Que é onde estão, mas este ano ainda tiveram a sua chegada e respectiva... Ascension.

Curtis Axel - É, quando é que ele foi realmente a algum lado? Pois, parecia! Começou o ano de forma hilariante: não sendo eliminado da Royal Rumble. Algo que se mantém até agora! Com essa gimmick cómica começou a adoptar uns maneirismos à Hulk Hogan e acabou a juntar-se a Damien Sandow, perdão, "Macho Mandow" Randy Savage, virar Face e formar uns novos Mega Powers! Uma Face Turn parecia antever um push como midcarder cómico, mas como levava uma gimmick de Hulk Hogan, tudo foi abortado quando aconteceu aquilo de que não se fala. Desapareceu. A subida pode ter sido pequena, mas a queda...

Damien Sandow - Assemelha-se a Curtis Axel porque fazia equipa com ele quando se deu o escândalo e desapareceu quando ele. Em Sandow é apenas um problema maior porque o Damien Mizdow já era enorme! No ano em que chegou ao limite de aturar Miz, vingou-se na Wrestlemania e quase venceu a "Andre the Giant Memorial Battle Royal", ficando como finalista sem conseguir eliminar Big Show. Mas desperdiçaram a feud com Miz, despacharam-na, saltaram para os Mega Powers e veio então o desaparecimento. Um dos Faces mais adorados e mais over foi utilizado em 2015 como foi. Quando parecia que ia finalmente ter o seu salto. Sim, que isto do Sandow ser adorado mas desperdiçado é tudo menos novo...

Daniel Bryan - Dói. Dói a nós tê-lo aqui mas não dói mais a ninguém do que a ele. Uma "Fall" que não se deu a bookings. Uma "Fall" ainda mais pavorosa, devido a sérias lesões que já o tinham colocado na prateleira anteriormente. Voltou para a Royal Rumble onde durou muito pouco tempo e instalou o caos na plateia que não queria acreditar no que via. Falhou o main event da Wrestlemania mas lá venceu o título Intercontinental... Para ter que o deixar vago e voltar para a baixa. Lá está, doloroso. E injusto.

Dolph Ziggler - Deve ser coisa para continuar a acontecer. Ziggler, o homem que todos querem no topo mas que nunca lá chega. Pode já estar a chegar ao ponto de estar tão ofuscado que talvez muitos já não anseiem tanto dele. Após um início de ano razoável que o colocou atrás do título Intercontinental e numa boa posição na Wrestlemania, veio um mar de péssimas storylines. Combates "Kiss Me Arse", quadrângulos amorosos com Lana, Rusev e Summer Rae e uma feud com Tyler Breeze que podia ter sido excelente, se eles soubessem como realmente lhe dar destaque. Andou nesta vida. Ah, começou 2016 a perder para o Heath Slater, mas isso parece ter um propósito. Pelo menos para já. E por cima disso tudo, anda a ficar cada vez mais glammer e a demonstrá-lo no seu visual. Bro, já era mau alguém querer parecer o Vince Neil nos 80s, quanto mais em 2015! E isto vindo de alguém que também gosta bastante dos Motley Crue!

The Prime Time Players - Uma recepção amena à sua reunião, mas nem foi má. Acharam que já tinham o suficiente para conseguir conquistar os WWE World Tag Team Championships aos New Day - para quem voltariam a perder. E aí está a chave de tudo. Foram Campeões, o que podia fazer antever o ano dos Prime Time Players. Mas não estavam tão over e havia ali New Day para usufruir. E a queda ainda foi um tombo jeitoso, reduzindo-os a frequentes jobbers. Não sentiriam o sabor do ouro de duplas outra vez e até acabaram o ano ainda como PTP mas lutando separadamente, sem que grande rumo se encontre para os dois. A solo ou em dupla.

Randy Orton - Mais uma grande vítima das lesões. Com o seu simples estatuto de "ser o Randy Orton" e com um grande combate com Seth Rollins na Wrestlemania, ainda teve a sua esperada caça ao WWE Championship este ano. Mas antes de desaparecer totalmente, ainda foi inserido em feuds e histórias completamente irrelevantes - leia-se a enésima com Sheamus, por exemplo. Uma verdadeira "Fall" para fora do olho do público, deixando uma vaga pouco ampla. E vindo de alguém que estava na "Liga Grande" no ano anterior, tal como Daniel Bryan. Um ano tramado, este.


Rusev - Os League of Nations podem dar-lhe um boost mas não parece. Os próprios League of Nations parecem estar a precisar de um boost. Mas Rusev ainda não arrebitou desde o grande 2014 que teve. Começou bem o ano a continuar a sua streak dominante e como United States Champion. Assim que encontrou Cena, entornou tudo e nunca mais foi o mesmo. Os combates foram bons e inicialmente continuava uma besta fortíssima, conseguindo uma vitória por KO a Cena que quiseram registar como submissão - não, não conta, "tap out" ou nada. Daí para a frente perdeu a sua streak, ocupou-se muito tempo com Cena e a partir daí começou a cair tudo. Com a vinda das derrotas, também veio a péssima storyline com o romance a envolver Lana, Dolph Ziggler e Summer Rae. Que ainda por cima foi abortado à força, obrigando-o a submeter-se a castigo. Recuperou alguma força nos League of Nations mas ainda não chegou. Era um excelente Heel, que não se perca isso em 2016!

Stardust - Nem começou mal. A sua gimmick ainda era engraçada. Problemas com o irmão podiam ser o início de algo grande mas originou um paupérrimo combate que varreu a feud para baixo do tapete muito rapidamente. Ainda teve uma boa posição na Wrestlemania, na caça ao título Intercontinental. Depois começou a perder-se e teve um ano mais marcado pela tragédia - a perda do pai, o lendário e inesquecível Dusty Rhodes. Voltou com garra e podia recuperar momentum mas voltou a tornar-se um mero lowcarder de encher "C Shows". Pena. Tanto para Stardust como para Cody. Que as coisas arrebitem para um ou para o outro!

Tyler Breeze - E por falar em dores, dói ter isto aqui. Dói que já considere Tyler Breeze uma "Fall" quando ele ainda agora chegou. Até pode ter saido por cima na sua feud com Dolph Ziggler mas a feud foi irrelevante e ele perdeu o rumo logo a seguir. Ja é só mais um que lá anda. Algo que custa, especialmente para um grande fã dele, como é o meu caso. E uma personagem hilariante na qual não capitalizam. Para 2016, vejam o NXT e vejam o bom que ele é e o que se pode fazer com ele!

Tyson Kidd - Mais um caso doloroso. Muita dor nesta secção. E ele que o diga. Começou o ano em grande, como Tag Team Champion com Cesaro e até meio do ano tinha uma equipa Face muito boa. Mas tinha que vir a lesão, de gravidade preocupante e estragar tudo, deixando-o de baixa até então. O tio Bret até já disse que, vendo a lesão que é, não volta a lutar mais. Vira essa boca para lá, Hitman, que vem aí um 2016!

Águas paradas


Big Show - Fora as Turns, como é que Big Show se mexe? Não é pouco utilizado, para uns até é utilizado demais e passou o ano a ser um gigante maldoso. Até teve um alto momento, ao vencer a "Andre the Giant Memorial Battle Royal" na Wrestlemania. Mas não há mais que se possa fazer com Big Show a esta altura do campeonato, na altura em que ele ouve o público a pedir-lhe que se reforme. Qualquer coisa que faça é apenas mais uma aparição de Big Show e chega a maçar muitos.

Bo Dallas - Ele bem nos diz a todos... BOlieve! Mas se calhar alguém precisa de o dizer a ele porque não anda muito inspirado. Já reduzido a jobber com ocasionais vitórias nos "C Shows", ainda não está no fundo do poço porque às vezes faz-se luz ali para os seus lados e lembram-se dele como um midcarder baixo. Mas a ver se arrebita agora em 2016, pode acontecer com o seu novo projecto.

Dudley Boyz - Foi um grande regresso. Dos maiores e mais surpreendentes do ano, sem dúvida. E não vieram para ser part-timers, o que é bom. E tiveram uma recepção explosiva, o que é óptimo. Mas nem eles ficaram tão over como no seu auge nem vinham para ganhar títulos. Nem deviam vir. Vieram colocar os New Day over e manter o seu lugar na divisão. E andaram no final deste mês às turras com a Wyatt Family em alguns combates mais violentos decentes e outros bem bons. Não se pode fazer que estão a fazer menos que o que deviam.


Goldust - O mais bizarro do plantel, que encontrou quem lhe fizesse frente no próprio irmão. Esse irmão, que ele ajudou imenso a colocar over e que teve uma queda tremenda. Não podia ficar assim tão encima ainda. Teve uma grande parte do seu ano marcado por lesão e regressou para boa reacção e ser utilizado no midcard quando é preciso. Chave de ouro em segmentos cómicos.

Kane - "Demon Kane", "Corporate Kane", "Injured Kane", "Whatever Kane". Mesma situação que o Big Show. E a este até lhe podem dar uma posição de destaque, ligação à Authority, candidaturas ao WWE World Heavyweight Championship e até uma retoma da histórica parceria demoníaca com o seu meio-irmão. Kane já está gasto e nem sempre é requerido no ecrã. Safam-se os seus momentos mais cómicos como Corporate Kane e outros momentos como Undertaker como algo que valesse a
pena. Já passou o seu tempo e não há nada errado com isso, já fez muito e bem bom noutros tempos!

King Barrett - Nem com uma coroa vai lá. Parecia que ia ter assim um pushzinho ao vencer o torneio King of the Ring. Até nos lembrarmos que esse torneio já não é o que era e já ninguém, desde o King Booker, ganha nada com isso. Se restava alguma dúvida, não demorou muito até que andasse a rivalizar com R-Truth que também se achava Rei por ter uma coroa de papel e um desentupidor de sanitas. Querem maior prestígio que esse? Vagueou como um midcarder Heel onde fosse necessário, encontrando amizade em estrangeiros como ele. Continua a ser o menos relevante da League of Nations mas sempre tem um posto fixo. E mais uma lesão, que parece ser a vida dele.

Mark Henry - Pouco útil e pouco utilizado. Não ganha a ninguém no pouco que compete, mas derrotá-lo ainda é uma "upset" por vezes. Tudo bem.

The Miz - Começou o ano com a história com Damien Mizdow que podia ter feito maravilhas para os dois. Para o outro, acabou por não o tirar da choça. A este, não lhe aqueceu nem arrefeceu. Trabalho reduzido como competidor em ringue, ainda para mais no que diz respeito a rivalidades, é mais utilizado como o actor da casa que apresenta o Miz TV. Apesar de tudo, ainda sou fã dos seus maneirismos e mesmo que não seja nenhum Miz de 2010, é muito melhor que o Miz a Face que antecedeu este. Sinceramente também não sei se lhe dava algum título, mas veremos se 2016 estará mais perto de o fazer parecer um ex-WWE Champion.

R-Truth - Uma mera personagem de comédia. Sem push que lhe sirva. Uma caça ao título Intercontinental na Wrestlemania e foi isso. Não demorou muito até andar equipado com uma coroa de papel e um desentupidor. Porque ele é um homem adulto. Os seus segmentos cómicos em que interrompe uma reunião de vários competidores, achando que também está a competir por esse prémio quando não está, até têm a sua piada. Para já. Se persistirem, já sabemos que vai perdê-la.


Ryback - Feed him more. Ou então não, nem sei. Parece o tipo que querem sempre que seja main eventer. Mas que não conseguem dar-lhe atenção por muito tempo. Parece alguém que tem sempre boas reacções do público. Mas que a ideia de o ter em ringue numa posição alta causa um pavor imenso. Um reinado como Campeão Intercontinental não lhe serviu assim de muito, tendo ele sido curto e mais marcado pela inactividade oriunda de uma lesão. Feuds com Bray Wyatt e Rusev tiveram pouca razão ou rumo. Ryback é um indivíduo que está sempre lá e que nos dá sempre a sensação que importa. Mas não é dos mais consistentes e encaminhados.

O fundo do poço

Adam Rose - É exactamente para aqui que o "Rosebush" leva qualquer um. Se ele já lá não estivesse. Mudanças de gimmick que acabam por não ser significativas. E eu que gosto bem dele. Pode ter um boost agora ao começar 2016.

Fandango - Uma Face Turn sem destino. Tal como Adam Rose, é mais um lutador que admiro imenso, tanto pelo talento em ringue como pelo seu carisma e capacidade de interpretar uma personagem cómica mais "flashy" de forma bem convincente. Mas tal assina-lhes o óbito. E este já estreou na Wrestlemania com uma vitória sobre um multi-Campeão!...

Heath Slater - O mais próximo de uma storyline foi o nunca conseguir responder à "Open Challenge" de John Cena. Mas começou 2016 em grande! #SuperstaroftheYearBAYBAY

Hornswoggle - Até é suspenso e tudo. A verdadeira questão: faz falta lá sequer?

Los Matadores - OLÉ! Mudança de gimmick era o que se falava. Mudaram para "gajos que nem sequer estão lá."

Zack Ryder - Pena que não lhe possa dar um ano pelo combate que teve com o John Cena na Open Challenge. E pena que os gajos do Entourage estivessem lá envolvidos também. De resto, continua meramente a ser o Zack Ryder. Mais foco no NXT onde é competidor de tag team com Mojo Rawlet, nos Hype Bros.

Os Part-Timers


Brock Lesnar - A "Besta" que começou o ano como Campeão e que só foi perder o título à Wrestlemania e nem foi para o gajo que aparecia no card. Melhor que todo esse primeiro trimestre: partir tudo no dia seguinte e matar o Michael Cole. Mesmo sendo part-timer, teve um ano mais activo, com as suas últimas defesas do título a marcar bem o ano. Regressava para espectáculos no Japão e para rivalidades de alto calibre como o seu rematch ao título, interrompido por um vingativo Undertaker Heel, que lhe ocupou a cabeça e o corpo por mais uns meses. Em combates superiores ao choque histórico da Wrestlemania XXX, ficando o do SummerSlam manchado pelo seu fraco finish. Ele ainda volta e deve querer tanto o título como Roman Reigns. Até é capaz de obter ambos.

Chris Jericho - Aí está ele. O homem que regressa todos os anos, fazendo com que o impact comece a dispersar-se. Ainda são regressos bem feitos e Jericho é sempre Jericho, mesmo que este já não seja o de outros tempos. Este ano teve uma participação curta como parceiro de Roman Reigns e Dean Ambrose contra a Wyatt Family, que resultou em falhaço. Um angle em que amua após o combate podia dar numa história interessante, mas não deu, foi só passageiro. Em 2016... Já temos Jericho na Rumble, portanto ele é mesmo uma tradição anual em diferentes alturas.

The New Age Outlaws - Ainda apareceram para levar uma sova dos Ascension. Os únicos que se podem "gabar" disso, praticamente. Depois foi de volta aos bastidores. Aguardaremos por saber se haverá algo mais para Road Dogg e para... Ah, pois...

Rhyno & Tommy Dreamer - Feud entre os Dudleys e a Wyatt Family. É necessário "back up". É chamar velhos amigos. Como o sempre "free agent" Tommy Dreamer e aquele rookie do NXT, Rhyno. Claro que vieram para perder, justifica-se. E já deixaram a sua marquinha.

The Rock - Ainda é apontado como membro do plantel por vezes, mesmo que não venha combater. Mas vem ter segmentos marcantes, como foi na Wrestlemania XXXI em que partilhou o ringue com Triple H, Stephanie McMahon e... Ronda Rousey. Já confirmou a sua presença na Wrestlemania XXXII, ainda não sabemos para quê. O certo é que também já é uma tradição anual e temos que contar com ele.

Sting - Teve duas missões. A primeira seria enfrentar Triple H na Wrestlemania, após tanto tease. Fê-lo num épico combate que foi épico por tudo menos pelo wrestling, que foi muito pouquinho e fraco. Foi mais aquela história toda, aquele overbooking, aquele confronto entre stables, entre companhias. Sim, em retrospectiva, vemos apenas mais um prego no caixão da WCW a ser martelado pela WWE mas o aperto de mão no final até pode simbolizar o fim da guerrinha póstuma. A sua segunda missão era com outro homem a quem ele tinha causado problemas: o WWE World Heavyweight Champion Seth Rollins. Fez de estátua para o conseguir enfrentar e conseguiu o seu campeonato no Night of Champions... Noite em que Rollins defendia dois títulos: já perdera um para John Cena que ainda o atacou que nem magnífico Heel e ainda teve que defender o cinto contra Sting. Nem assim conseguiu. Foi também aí que contraiu uma séria lesão que pode já ter-lhe ditado o fim da carreira. Más notícias para quem ainda quer o tal confronto com Undertaker...

Triple H - Ano calmo em termos de acção em ringue. Não precisou disso. Tinha a pica toda no ano anterior. Mas claro que nos fartamos de o ver, é o patrão daquilo, faz tudo e abre sempre o Raw com segmentos de 20 minutos sem razão ou rumo. Acabou o ano de baixa, com um enxerto de porrada de Reigns que o deixou tão mal que ele só se levantava da cama para ir ao NXT. Compreendo-o, que seja por coisas que valham a pena. Tal momento pode desencadear o seu regresso ao ringue em 2016.


The Undertaker - Um ano mais activo para o "Dead Man". Veio, sem streak, cumprir a sua tradição de Wrestlemania, ao enfrentar e vencer Bray Wyatt. Novo repouso e achava-se que voltaria a hibernar até à próxima Wrestlemania, já que isso é assim cíclico. Mas não. Apareceu ainda antes, a impedir Brock Lesnar de vencer o título. Deu em bons momentos, grandes momentos até, como a clássica brawl no Raw e o combate no SummerSlam. Maus momentos também, como o afamado e já mencionado finish desse combate. Reencontrou Lesnar num bom Hell in a Cell, onde não conseguiu descanso e ainda teve que levar com a Wyatt Family, que derrotou no Survivor Series com ajuda do irmão Kane. Foi aí que hibernou finalmente. Mas como o ano começa logo com "Road to Wrestlemania", ele está já aí outra vez!

As senhoras


Alicia Fox - Integrante da "Team Bella", como uma gémea muito esquisita das outras duas. Foi com essa associação e integração na equipa que se anexou à tal "Divas Revolution" deste Verão. E foi isso que ela foi o tempo todo. Um anexo. Difícil de pegar agora.

Becky Lynch - No NXT dá para ter um grande ano, sim. Um dos combates do ano teve-o ela. A subida para o plantel principal podia ter feito uma continuação lógica do ano mas afinal a "Divas Revolution" não foi lá muito longe e ela até foi acusada de ser a "irrelevante" das PCB por Paige, quando esta se virou às amigas. Ainda acabou o ano como "a terceira" das PCB mas já começou 2016 com a história e rivalidade mais interessante a sair desta divisão desde que invadiram o Raw. Que seja para se manter assim. E depois da Sasha, por mim está prontíssima para ser Campeã também.

Brie Bella - Já é destacada aqui separadamente da irmã. Já estão bem emancipadas. Continuaram unidas este ano e estavam na mesma equipa. Mas a irmã era a óbvia líder. Para além de ter detido um adereço que ela não tinha, o que se viu foi uma evolução na irmã em ringue que não se viu em Brie Bella. Casar com o Daniel Bryan não chegou e isso já a AJ Lee o tinha dito de uma forma... muito menos simpática.

Cameron - A que não sabe as direitas de um pin nem tem aparecido. Foi ao NXT perder para a Asuka num grande combate porque a Asuka consegue um grande combate com uma esfregona. Em talento em ringue, o utensílio e esta Diva até são semelhantes.

Charlotte - Uma das óbvias candidatas a "Diva do Ano". Veio do NXT para integrar a tal "Divas Revolution"  e veio como uma das principais caras da mesma. Já como a "maior atracção" a sair daí, foi a primeira a atirar-se ao título de Nikki Bella, procurando mesmo impedir que Nikki detesse um recorde. Uma história de interesse e com o desfecho agridoce que constituiu histórias bem contadas, não conseguiu. Mas conseguiu-o depois. Um trimestre final como Divas Champion deu-lhe mais destaque ainda. Uma feud controversa com Paige deu-lhe mais atenção ainda. 2016 parece mais promissor ainda com a associação a Ric Flair, a Heel Turn e a tal boa storyline com Becky Lynch. Uma Diva completa é ela e já parecem ter tino com ela.

Emma - Ainda apontada como integrante do plantel principal, mas compete no NXT. Tem andado bem por lá como uma Heel interessante.

Eva Marie - Outra também apontada como integrante do plantel principal, mas que compete no NXT. Lá é tão ou mais irritante que sempre... O que é excelente, quando feito lá. Não acreditam? É porque não vêem o NXT!

Lana - Ano conturbado. Marcante início com a separação de Rusev e aliança a Dolph Ziggler para dar o pontapé-de-saída de uma das piores histórias do ano. Serviu para antecipar uma estreia em ringue, que nunca chegou a acontecer porque até ela se lesiona. Durante a  baixa, arranjou problemas dos grossos ao expor a sua vida pessoal que totalmente contradizia a história em TV, ao anunciar o seu noivado com Rusev. Ficou cobertinha de heat, mas regressou normalmente, novamente como Heel e acabou o ano novamente aliada a Rusev. Ano agitado em que aconteceu muita coisa e não aconteceu nada.

Naomi - Começou bem encaminhada para ter um grande ano. Uma significativa a justificável Heel Turn deu-lhe atenção e uma associação a uma guarda-costas como Tamina podia torná-la um Diva perigosa de topo. Veio a "Divas Revolution" e conseguiu mais uma parceira - e que parceira! - que constituiu a equipa mais ofuscada de todas as que integraram a tal revolução. Dentro do seu grupo, o único que sobrevive, continua a ser muito ofuscada pela enorme presença de Sasha Banks, o que dificulta a sua relevância, tanto agora como na altura de separar o grupo e voltar a lançar-se a solo.

Natalya - Não a temos em TV tempo que chegue. Desaparece por demasiado tempo. Foi preciso a revoltada Paige falar nela para a termos de volta e até veio ganhar combates. Foi uma peça secundária na tal "Divas Revolution" mal executada. E esse seu regresso à actividade também foi mal executado porque voltamos a deixar de a ver. Esta não é a Cameron, esta é para juntar às Sashas, às Beckys, às Paiges, às Charlottes e outras desta vida que salvem a divisão feminina da cepa torta!


Nikki Bella - Longe de ser das favoritas de muito povo internauta nesta divisão. Mas não há como negar que foi um grande ano para Nikki Bella e que o Slammy de Diva do Ano não lhe é mal atribuído. Mesmo que tenha sido manchada pela inactividade, conseguiu quebrar o recorde previamente detido por AJ Lee de mais longo reinado como Divas Champion. Um feito a sublinhar. Para além disso, não lhe podemos retirar mérito em relação às suas melhorias em ringue. Pode ainda não estar ao nível de algumas colegas suas com quem já teve combates bem jeitosos e ainda tem execução a melhorar. Mas está muito superior à irmã e nota-se esforço e empenho. Acabou mal o ano, com uma lesão a juntá-la à lista dos amaldiçoados da baixa - o que mais marcou 2015 foram as malditas lesões - mas duvido que o seu regresso seja discreto.

Paige - Outra das principais Divas do ano e de quem não se espera menos. Esteve sempre lá. A participar na Wrestlemania, com AJ Lee como parceira, no último grande feito desta num ringue da WWE. Como multi-candidata ao Divas Championship. A entrar em guerra contra as Bellas para livrar o ringue daquele tipo de Divas e dar lugar à próxima geração. Desencadeou a "Divas Revolution" com essa brincadeira e fundou a apelativa equipa "PCB" com Charlotte e Becky. E assim que Charlotte ganha o título, não perdeu qualquer tempo a destabilizar, voltando-se às parceiras e chegando a rivalizar com Charlotte pelo título, protagonizando segmentos muito polémicos. Um ano agitado e merecido para Paige. Talvez o Divas Championship lhe volte à posse em 2016. Ou talvez seja o ano daquelas que ela ajudou a trazer. O certo é que ela vai andar a ver de perto...

Rosa Mendes - Ainda à procura do seu verdadeiro biscate. Não serve para o Fandango nem para o Adam Rose. Nem para o ringue, mas isso já sabemos. Tentou a sorte como entrevistadora do backstage do Smackdown para segmentos online. O seu ano ficará bem mais marcado pela felicidade que possa ser a sua gravidez. Parabéns e boa sorte no mundo da maternidade, que arranje um bom trabalho na WWE para o sustento. Já sabemos é que não é no ringue.

Sasha Banks - Indisputável Diva do Ano, forte candidata a Superstar do Ano em geral. A maravilha que todos adoram ver e que consegue ser bem aproveitada a cada vez que nos aparece no ecrã. Ou seria isso... Se nos referissemos ao NXT e à sua "trifecta" de combates do ano que lá teve. Com a sua subida, como parte das "Team BAD" e como uma das maiores aquisições da tal "Divas Revolution", é quase tudo isso fora a parte final em que não é bem aproveitada e anda a aquecer na prateleira à espera. Com aqueles combatões que deixou no NXT ainda tão quentinhos no currículo. Sou a favor de adiarem a sua caça ao título para dar um reinado mais longo a Charlotte. É que assim que Sasha se candidate ao título, é para ganhar. Sou contra fazer pouco a nada, chegando a ver combates da plateia, sugerindo que até tem que pagar bilhete para lá estar. E sou contra arranjar-lhe heat à força ao colocá-la em terríveis segmentos de péssima cantoria. Deixem-na ser adorada, ela justifica-o. E deixem-na fazer o que ela sabe!

Stephanie McMahon - A patroa está lá sempre. Não teve nenhum momento de actividade em ringue como no ano anterior mas esteve sempre lá. Também para abrir o Raw a maçar toda a gente. Normalmente até eram piores os segmentos com ela do que com Triple H. Também um dos principais problemas apontados por muitos da "Divas Revolution": a forma como ela se colou às talentosas Divas e fez parecer que era tudo criação dela e é ela que movimenta tudo. Já com o irremediável síndrome McMahon, nada a fazer. Que continue a gritar que até dá piada...

Summer Rae - Envolvida numa das piores storylines do ano. O mais caricato nisto tudo, é que até era ela que punha alguma piada naqueles penosos segmentos todos. Isto depois de um início de ano com pouco a nada para fazer. Um "Marine 4" a ocupá-la, pronto. Acabou o ano como parceira de Tyler Breeze. Por pouco tempo, pois já se separaram. Não parecem querer fazer dela uma Diva de ringue, o que torna difícil prever-lhe um futuro.

Tamina Snuka - Que se dê por contente pelo nome "Snuka" não a ter queimado este ano. Voltou após uma longa ausência e aliou-se a Naomi, para agora integrar as "Team BAD". É o músculo do grupo e, de longe, a menos favorita do povo, dentro do trio. Eles parecem sabê-lo, também.

Os Future Endeavored

AJ Lee - Esta sim deixou saudades. Voltou e juntou-se a Paige na Wrestlemania como seu último feito. Surpreendeu todos com um anúncio repentino da sua reforma. E o principal nome que nos veio à cabeça: CM Punk. A influência que o marido teve nela? Talvez nunca o saibamos totalmente. Mas parece estar bem da vida!

Billy Gunn - Serve como part-timer, diga-se. Já falei dele aqui. a.k.a. Esteróide Andante.

Brad Maddox - A surpresa: ele estava empregado. A outra surpresa: chegou a aparecer como parceiro de Adam Rose no Main Event e deu uma promo em que me causou riso genuíno. Aí fiquei com pena. Sem isso... Provavelmente não me lembrava (muito) dele. Um bocado. Afinal, sempre gostei dele no seu tempo.

Christian - Depois de todo um 2014 de dúvida... Oficialmente retirado. Foi para o melhor, mesmo que assim já não dê para "one more match". O programa com o Edge na WWE Network? São eles a brincar com as minhas tentações, quando não quero ver muitos programas da Network!

Hulk Hogan - Eu sei que ele já não era competidor, nem part-timer sequer. Mas tinha que mencionar aqui pela situação ainda ser tão hilariante. Por todas as razões erradas, claro. Há que se doentio de vez em quando, para desanuviar.

Justin Gabriel - Foi logo no início do ano. Saiu deixando pouca pegada. E foi por isso mesmo que se fartou e quis ir embora. Um mau ano por isso? Perguntem-lhe se ele acha isso após integrar uma nova companhia e ganhar títulos, incluindo um TNA King of the Mountain Championship...

Layla - Com a inactividade a marcar-lhe o recente percurso, decidiu reformar-se. Pode não ser das que deixa mais saudades, mas a gente ficará com boas recordações dela. Vai um agradecimento.


Rey Mysterio - Sim, ele já tinha "saído" há muito tempo. Mas só em Fevereiro de 2015 é que se oficializou com a não renovação do contrato. Daí para a frente, um ano difícil e até para esquecer. O seu regresso ao México e à lucha libre ficou marcada pela morte de um colega com quem partilhava ringue no momento. O golpe fatal até foi consequente de uma manobra sua - mas longe de ser culpa sua. Assim que recuperou do trauma e voltou, ficou marcado por algumas prestações pobres como o encontro com o sempre afamada Myzztesis na infame TripleMania deste ano. Para selar, acabou o ano voltando aos seus básicos: a velha lesão no joelho. Já nos deste muito, Rey... Mas já não parece haver mais para dar...

Que eu não me tenha esquecido de nenhuma boa alma neste tão extenso plantel! Espero que tenham gostado da análise, sempre breve e resumida, mas que espero que seja clara. Estão à vontade de deixar as vossas impressões, as vossas discordâncias e as vossas previsões para o próximo ano, que posições deverão ou deveriam trocar até ao final de 2016. Ainda há mais para falar e na próxima semana trago-vos esta conversa mas sobre a TNA, claro. Fãs da TNA, não desanimem, terão o vosso espaço para a mesma reflexão que esta. Até lá só quero é que se portem bem e que encarem o início de 2016 com boa cara. Vejo-vos na próxima semana!

Cumprimentos,
Chris JRM

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