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Análise e Pensamentos do WWE RAW: Lesnar é pago para isso!


O Monday Night RAW caminha em direção ao Battleground e, na edição de ontem a noite, apresentada no USA Network diretamente de Chicago, Illinois, não foi diferente. O build-up avançou, com destaque para Brock Lesnar a destruir um carro – e a lesionar um fã, no processo – e para mais um candidato a combate do ano por parte de John Cena. A seguir, os altos e baixos deste show serão todos revistos no Análise e Pensamentos do RAW desta semana.



Raw is war

John Cena é o lutador do ano de 2015.

E eu posso brigar com você se discordares (na verdade, não vamos brigar).

Parte do que faz o NXT ser tão melhor do que a WWE são as storylines, que dão grande atenção aos detalhes, fazendo cada parte de uma feud a ser contada de maneira correta. Não há muito tempo para encher chouriços, afinal só há uma hora de duração por episódio – em oposição às três horas de duração do Monday Night RAW (cinco horas, se somarem-se às do Smackdown).

E é por isso que o Open Challenge de John Cena tem sido constantemente a melhor coisa na programação da WWE, desde que o conceito foi introduzido.

Cena não está fazendo a mesma coisa todas as semanas. Isso porque ele, a cada combate, apresenta-nos uma qualidade insana com uma ampla variedade de oponentes, tornando praticamente impossível não reconhecer que Cena mereça o devido crédito.

Ele é um nome estabelecido no negócio, uma estrela de topo, um atual campeão, e um sujeito que tem uma química incrível com qualquer um que não se chame Randy Orton. Todos esses elogios que aqui faço não têm por objetivo desmerecer Cesaro, porque, na verdade, sem dúvidas, o Swiss Superman é o meu adversário favorito para John Cena. Ambos são um espelho um do outro, sendo Cesaro um John Cena sem as cores vibrantes e as catchphrases medíocres. Ele é extremamente dedicado, o puro homem de negócios, exatamente como a personagem de Cena.

Eles são perfeitos um para o outro. Num outro universo, eu não me importaria de vê-los formar uma tag team.

Eles estiveram tão bem no decorrer desse combate – que foi outro candidato a “Combate do ano” – que eu me esqueci totalmente de Kevin Owens, que claramente iria interferir cedo ou tarde. Afinal, Cesaro a expulsá-lo do ringue antes do combate não poderia terminar bem, certo?

De fato, o combate pelo título americano teve um final sem interferências, devido ao fato de que Owens é, além de agressivo e grande babaca, um assassino frio. Ele deixou, por semanas, Cesaro batalhar Cena, levando-o ao limite a cada oportunidade. É como se estivesse amaciando, tirando as forças de Cena antes do confronto final no Battleground.

É isso que fez a tentativa falhada de ataque após o combate tão oportuna. Cena está perdendo ímpeto, sem dúvidas, mas ele ainda tem energia para vencer.

Falta apenas um RAW antes da grande disputa pelo United States Championship. Não há chances de termos outro incrível combate a nível de melhor do ano, certo?

Certo?!



Quem você ama?

Vamos explicar isso.

Rusev chega a WWE com Lana como sua mestra e destrói completamente todos seus oponentes. Ele é um monstro que escuta apenas a ela. Na verdade, ele só vence seus combates quando a bela o ordena para tal.

Pode-se dizer que ele é guiado totalmente por sua mestra.

Finalmente, ele encontra um oponente que não consegue derrotar, John Cena, e isso causa problemas na sua relação com Lana, que pode ou não ter tido papel fundamental nesse fracasso. A partir daí, os fãs começam a ficar totalmente do lado de Lana, agravando ainda mais a raiva de Rusev.

É nesse momento que Lana sai do relacionamento e, então, a história toda é recontada como se Rusev fosse um namorado controlador, manipulador, que abusou de Lana durante toda a relação. Lana consegue libertar-se, representando uma mulher forte, que deve servir de modelo para todas as outras mulheres.

Então, aleatoriamente, ela começa a namorar Dolph Ziggler, simplesmente aparecendo no RAW, em uma semana, e beijando-o sem uma palavra sequer. E isso cria uma relação estranha. Lana parece estar usando Ziggler – como o próprio já admitiu – para provocar o ex-namorado. Ao mesmo tempo, o búlgaro tentaria recuperar sua amada, sem sucesso.

Finalmente, temos a adição de Summer Rae nessa confusão toda. Era começou a flertar com Rusev e, desde então, aparece ao seu lado. Ela parece gostar dele e ele aproveita-se do fato de ela ser submissa.

A cada oportunidade, Lana e Ziggler aproveitam-se para esfregar seu namoro na cara de Rusev, enquanto ele tenta estabelecer Summer como sua protetora.

Agora, depois de ver o vídeo acima e ler essa recapitulação que vos apresentei, de que lado você está?

Aqui está o problema, meu caro leitor. Todo mundo que se envolve nessa situação está mal bookado e é impossível ficar do lado de qualquer um meramente pela história que nos foi contada. Lana foi forte para libertar-se de Rusev, mas agora parece que ela caiu exatamente para o nível dele, sendo provocadora e dominante. Ziggler é aproveitador, usando de uma mulher vulnerável para humilhar o adversário. Rusev é um idiota que destrói tudo quando não consegue o que quer. Summer Era apenas apareceu procurando uma confusão.

Na minha visão, Rusev é o vencedor disso porque ele é claramente o melhor performer dentre os quatro. Os segmentos dessa rivalidade mais parecem uma demonstração do talento de atuação do búlgaro. E se apenas 25% de um plantel envolvido numa feud funciona, então temos um caso claro de mau booking e péssimo writing.

Ainda assim, a quase confrontação entre Lana e Summer Rae foi interessante e o fato de Rusev estar recuperado me anima. Um combate Rusev VS. Dolph Ziggler e uma posterior mixed tag team match no Summerslam prometem muita qualidade.

O build-up tem sido péssimo mas o combate entre os dois deve ser bom.



O melhor do resto do show

BROCK DESTRÓI: Se parece que não estou dedicando espaço suficiente para Brock Lesnar nesta semana, é porque não tenho muito a adicionar aquilo que ele nos apresentou. Ele esteve simplesmente perfeito. De qualquer modo que se veja sua atuação, esteve impecável. Ele é pago milhões de dólares por ano para parecer um monstro, jogar pessoas por aí, destruir carros que custam $55 mil, jogar partes de carros para o meio da plateia, mover-se como um gato tendo a força de um leão, e, sempre, ser uma força da natureza que não pode ser parada. Brock Lesnar nasceu para aterrorizar a WWE e Seth Rollins nasceu para correr dele.

Big Show vs. Ryback: Posso ficar o resto da minha vida sem ver outro combate entre Big Show e Ryback, mas, meu deus, o trabalho de Miz como heel têm salvo essa feud completamente. Parabéns para quem teve a ideia de colocá-lo no microfone, construindo o Shell shock que iria comer no final porque, a sério, ele é um tipo que merece levar uma sova daquelas. Eu o odeio da melhor maneira possível.

Brie Bella vs. Paige: Não tiveram muito tempo, mas gostei do trabalho da Brie nesse combate. Com a duração curta, elas precisaram contar uma história de forma sólida. Infelizmente, não tivemos a estreia de Charlotte ou Sasha Banks, mas é inevitável que, nas próximas semanas, isso aconteça, dada a atual storyline entre Paige, as Bellas e Alicia Fox.

Roman Reigns vs. Sheamus: Eu entendo que o pro wrestling é uma forma de contar histórias e, devido a isso, temos, como fãs, de aturar finais como este, estúpidos count outs, para avançarem as feuds do show. Mas o quão importante é o fato de que Bray Wyatt custou a Reigns esta contenda, quando esse tipo de combate já aconteceu tantas vezes que deixaram de ter importância? O que é péssimo é o fato de que Reigns VS. Sheamus é um combate – quando não adicionam-se angles, como foi o caso.

Regresso de Randy Orton: Se não fosse o bastante o fato de Reigns ter perdido devido a “mind games”, Randy Orton voltou à ação logo em seguida e aplicou o RKO em Sheamus. Então, de fato, todo esse segmento de 20 minutos não fez sentido nenhum.

R-Truth vs. King Barrett: Isso também aconteceu. Barrett ficou over e é um heel porque diz “BOOOOOOM” de uma maneira idiota e extremamente chata. Existe alguém que ainda se importa com isso? Existiu alguém que alguma vez se importou com isso?

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Classificação: A nota que aqui vou dar é devida, totalmente, a qualidade do segmento de Brock Lesnar e do combate no main event. Não fosse isso, o RAW teria tido classificação muito inferior. B-

Original de Geno Mrosko, com tradução de Johnmds
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