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Folha de Avaliação 2017 | Smackdown


Como todos foram cuidadosamente avisados na anterior semana, para esta voltamos a ter este artigo de extensão... modesta, vá, em que revemos o ano de 2017 dos nossos Superstars favoritos. Umas coisas de cada vez, isto dá trabalho. De ler também! Para esta semana, focar-nos-emos no Smackdown! Muita malta lá para avaliar, ora vejamos.

Os da Liga Grande


AJ Styles - Bom, é claro que "Face that runs the place" é a principal cara e está no topo do Smackdown Live, "the house that AJ Styles built." Caso o fecho do show em Portugal com ele a passear a nossa bandeira ao fim não fosse indicação disso, ele é mesmo o merecido WWE Champion, constante atracção principal da brand azul e, num raro acontecimento, também é mesmo o mais popular. 

E nem precisa propriamente de ser o WWE Champion no momento para ser o ponto central da programação. Começou o ano a perder esse título para o recorde do Cena - mesmo só para isso - e partiu para sarilhos violentos com Shane McMahon. Dois reinados próximos como United States Champions seguiram-se, já após uma Face Turn, e mesmo sendo o título em questão, era ele o main event, era ele o foco principal. O povo preferia-o ao WWE Champion e acabava por empurrá-lo para o meio da programação. 

A relevância de Styles fez os valores dos títulos trocar - sim, há aquela percentagem a atribuir ao WWE Champion em questão, mas não quero tirar créditos a AJ. Voltou a ser WWE Champion e acabou o ano assim, dando-nos a aprazível sensação de já estar tudo bem com o mundo. Pelo menos com o Smackdown já estava. É para continuar a encabeçar a casa que construiu durante este ano!

Jinder Mahal - Ah pois é! Pensavam que o ia deixar escapar daqui ou que me ia custar colocá-lo aqui Claro que não! O ano do Modern Day Maharaja! Transferido do Raw, onde era jobber reconhecido - constou neste artigo na secção "Fundo do poço" - e para esse lowcard se dirigiu, mas no Smackdown. Depois foi WWE Champion. Espera aí, como é? 

Sim, por vezes as coisas são assim, não podemos voltar a vista ou pestanejar por um instante que coisas destas acontecem. Com um push repentino - e justificado - a visão surreal de Jinder Mahal, esse mesmo Jinder Mahal, com o WWE Championship foi uma das maiores polémicas do ano. E o seu reinado durou meses! É certo que os seus dotes em ringue para ser main eventer e recompensado como tal são muito discutíveis, cortou à frente de muito nome mais merecedor, nem sempre teve grandes segmentos. 

Dizendo mais directamente: ele estava no fundo da lista de potenciais WWE Champions e estava no mesmo sítio de WWE Champions merecedores. Mas, como sou um gajo muito mais descontraído a ver isto e, apreciando o surrealismo e improbabilidade da situação, assim como as reacções do público... Não havia maneira de eu não me divertir com isto. E diverti-me com o seu reinado, fiz-lhe a festa toda quando entrou na sua visita a Portugal, saltei da cadeira quando venceu... É um acontecimento para se manter raro, para que se mantenha divertido. E, mesmo com falta na execução, gostei genuinamente do boneco. Mas é algo que não se altera, Jinder subiu ao main event e foi WWE Champion por quase meio ano.. No final do ano, voltou-se para o United States Championship e não o vejo de volta do principal tão cedo. Ainda não é uma "Fall". Em princípio para o ano. Ou então ganha o título outra vez e vocês a espumar outra vez!

Kevin Owens - Este é outro que já tem o Smackdown na palma da mão, só que do outro lado, dos reles. Quem temia o pior com o seu início de ano no Raw, tinha que olhar para outros factores. A perda do Universal Championship, para Goldberg, em segundos, foi escandalosa, estou de acordo. Mas havia mais a acontecer. Tinha acabado de trair Chris Jericho num dos segmentos do ano e aí havia um United States Championship. 

E uma feud boa que se transferiu para o Smackdown, onde Owens disputaria esse título com AJ Styles, numa posição cimeira e de destaque, como já mencionei nos parágrafos referentes a Styles. Já sem o United States Championship em vista, preparou a sua maior escalada: voltou a atenção para Shane McMahon, com quem rivalizou. Tínhamos aqui um gajo que tratava Vince McMahon à cabeçada, desafiava o filho que é figura de autoridade no Smackdown, vai com ele para o Hell in a Cell e vence-o depois deste mostrar que não perde o vício de se atirar do topo daquela jaula. 


Tudo isto a assegurar-nos uma coisa: temos Heel de topo. Para durar. Acaba o ano reunido com um amigo e ainda às turras com o comissário e seu patrão, com acções irreversíveis, no bom sentido. Não se deixem enganar pela trapalhada do Fastlane. Foi um óptimo 2017 para Kevin Owens e "Kevin Owens, WWE Champion" não soa nada descabido em 2018 ou qualquer ano que siga.

Randy Orton - Ele é que já é um gajo fixo aqui, vai ser sempre o Randy Ortono, não há outra posição para ele. Porque ele até teve um ano... Estranho. Começou-o lindamente, como se fosse para ser o ano de Randy - algo dito há dez anos atrás - logo a vencer a Royal Rumble. Avançou para a Wrestlemania e venceu o WWE Championship. Caramba, está tudo a andar lindamente! 

Depois as coisas começaram a ficar (mais) esquisitas na feud com Bray Wyatt e, lá está, vou sempre destacar isto e exigir a sua posição no Hall of Fame, já metia um frigorífico. E depois disso, perdeu o título para Jinder Mahal e, ainda nem a meio, já tinha um ano estranhíssimo. Rivalizou com Jinder por mais uns meses, acabando na menos desejada estrutura: a Punjabi Prison, de onde teve a visão de um Great Khali a voltar por uma noite. Com os assuntos com Mahal despachados, voltou-se para Rusev numa feud de pouco propósito. Serviu para cimentar que Rusev estava mais over que toda a gente. 

Nem a vitória de Orton, em 10 segundos após uma brawl no exterior, no SummerSlam, o enterrou. A feud prolongou-se e apenas deu uma gimmick e um parceiro para Rusev, dos quais já falaremos. Quanto a Randy, saiu dessa feud para ir competindo, mantendo-se como o gajo de topo a quem se recorre, contra Kevin Owens, contra Sami Zayn, ao lado de Shinsuke Nakamura. Acabou o ano com o estatuto de Randy Orton, sem precisar de grande coisa para o ocupar. Até começa o ano naquela situação de "vou fazendo qualquer coisita enquanto espero para que a Rumble chegue."

Shinsuke Nakamura - Sim, temos que o considerar aqui porque eles assim o querem, nós assim o queremos, assim eles dão a entender que é suposto ser. Não quer isso dizer que tenham atinado assim tão bem com o seu booking e que estejam a aproveitar o seu potencial ao máximo. Mas subiu do NXT, para o Smackdown, em Abril, após a Wrestlemania e vinha para ser uma estrela. 

Saiu por cima das feuds de apresentação com Dolph Ziggler e Baron Corbin e rapidamente começaram a dispará-lo para o topo. Já com uma importante vitória sobre John Cena, tornou-se candidato ao WWE Championship. Claro que isso foi no reinado de Jinder Mahal, logo não foram certamente os melhores combates da sua carreira, muito menos os melhores segmentos. Mas a ideia era essa, tomá-lo fixamente como um indivíduo de topo, que rivaliza com os de topo, que é candidato ao título, a quem se recorre nas principais storylines. 

Teve um final de ano semelhante ao de Randy. Ganhou o estatuto Randy Orton muito cedo na carreira, é porque acham que já tem estrelato para isso! Começa o ano garantindo a sua presença no Royal Rumble, onde é a minha principal escolha e favorito para ganhar. Que, realmente, é coisa que se concretiza sempre!

Rise & Rise


Aiden English - Uma agradável surpresa. Viu-se sem parceiro ainda este ano, quando integrava uma tag team que já não estava a ir a lado nenhum. Esperava-se que vagueasse até ir também à sua vida. Já tinha reencontrado o dom da voz, ao resgatar a gimmick de cantor operático do NXT, logo reconquistou-me como fã. Mas ainda não tinha fé. Mas felizmente encontrou um amigo. Rusev, com quem celebramos sempre o Rusev Day. Tão emocionalmente cantado aqui por Aiden English, que encontrou em Rusev um parceiro, uma ocupação e meio de ficar muito over e com lugar garantido em TV. Já era fã e fico contente por ver que English acaba 2017 já como um midcarder sólido!

The Ascension - Nem acredito que os estou a colocar aqui. E não, eles não ganharam força outra vez. Simplesmente desistiram de os tentar fazer parecer ameaçadores. Derradeiros jobbers, que creio já ter visto a jobbar para jobbers. Tentaram de outra maneira. Deixá-los ter piada. Resultava estranhamente. A sua presença nos segmentos com os Breezango tornou-se fundamental e alternavam com qualquer um dos mais comicamente dotados membros dos Breezango alguns dos momentos que proporcionariam mais risadas. Continuam a levar na boca forte e feio. Mas têm um outro papel que lhes dâ um divertido tempo de antena. Até já os respeito mais assim!

The Bludgeon Brothers - Foi estranho o início de ano para Harper e Rowan. Harper ainda era Face e, por incrível que pareça, chegou a estar numa disputa por um lugar no main event da Wrestlemania, com AJ Styles - não é recompensa que eu não lhe desse, sempre fui grande fã. Depois rivalizou com... Rowan. Andaram desaparecidos de TV por uns tempos até vermos as vinhetas que os juntava de novo e os fazia parecer alguma banda de folk/black metal pagão. 

Chamavam-se Bludgeon Brothers e já sabíamos que teriam o seu período inicial de squash. Ainda estão nele. Logo revelam-se em 2017 e concluem o ano com domínio. Dava-lhes ouro em 2018 e teria todo o cuidado em não os tornar nuns novos Ascension. Mesmo que os tenha listado nesta secção, é por razões completamente diferentes.


Bobby Roode - Pode-se dizer que já teve a oportunidade de tornar o Smackdown bem mais glorioso. Subida arriscada do NXT, onde era um estupendo Heel de topo, para ser Face no Smackdown. Não se sabia se era o seu forte e, de facto, falhou em algumas promos iniciais. Mas mesmo sendo um Heel nato, é um tipo fácil de se gostar. 

Desde que ele era Heel de topo e Campeão Mundial noutra casa, que já o adorávamos assim. Mas as coisas já vão correndo bem para Roode, que já conseguiu sair por cima da rivalidade com Dolph Ziggler e transitar para a caça ao United States Championship, representando o Smackdown no Survivor Series pelo meio. Não conquistou o cinto mas continua a caçá-lo, iniciando o ano bem posicionado num torneio. Ainda não subiu aos astros nem nada disso, mas está a ter um bom crescimento natural nos meses que lá tem passado desde que chegou em Agosto. Ainda é engraçado vê-lo ali.

Breezango - Tão feliz estou por finalmente poder colocá-los aqui. Fandango e Tyler Breeze, Superstars de quem sempre fui fã desde que os conheci, finalmente se tornaram peças essenciais no Smackdown e uns dos principais chamarizes. Começou com a gimmick cómica que fez os fãs começar a gostar deles e permitiu-lhes uma Face Turn, oportunidade pelos títulos, combate cómico em PPV para boas reacções, tudo de uma vez. 


Exploraram os seus talentos cómicos ainda mais fora do ringue. Os segmentos "Fashion Files" ou todas as suas outras encarnações e paródias roubavam todo o show, obtiam aplausos e eram hilariantes. Em ringue, ainda não capitalizaram num push que os eleve, mas já são das principais peças do Smackdown e são um dos maiores "highlights" do ano na brand azul. Que até conseguiram influenciar outros. Ora vejam lá a surpreendente entrada dos outros dois meninos de face pintada aqui listados mais acima!

Chad Gable & Shelton Benjamin - As coisas não estavam fáceis para Chad Gable a começar o ano. Ainda com Jason Jordan nos American Alpha, até começou o ano como Smackdown Tag Team Champion mas foi sol de pouca dura. Perdeu os cintos pouco antes da Wrestlemania e nem sequer direito a um rematch lá tiveram, ficando despachados para a Andre the Giant Memorial Battle Royal. A equipa perderia ímpeto e vinha o pior: o seu parceiro viria a descobrir que era filho do Kurt Angle e fugia para o Raw. 

Gable ficava sozinho a tentar capitalizar numa carreira a solo, para resultados mistos. Deram-lhe a chance de endireitar ao oferecer-lhe um parceiro. E que parceiro! Shelton Benjamin regressa à WWE para se dedicar a esta dupla que, mesmo não pegando logo, encontrou o seu lugar de relevância na divisão de Tag Teams. Com uma Face Turn automático para os Usos, como mero fruto do respeito pela feud com os New Day, estes dois também acabaram por se tornar Heels simplesmente por serem seus adversários. Começaram 2018 já com a atitude a condizer e prevê-se um 2018 mais activo. Trará ouro?

The New Day - Podia-se esperar que o acto já estivesse gasto, os fãs já se tivessem cansado e em 2017 já seriam aborrecidos e, quiçá, já se separassem. Até perderam os títulos ao fechar do ano e não entraram no ano com feuds, sendo apenas os anfitriões da Wrestlemania. A transferência para o Smackdown podia ser um renascer ou apenas um prolongamento de algo que já tinha dado todos os frutos que tinha a dar. Talvez se desse isso se não tivessem acertado tão imediatamente nos rivais. 


Encontraram os Usos, para disputar e trocar os Smackdown Tag Team Championships entre eles e originar uma das feuds do ano, com vários combates fantásticos aclamados, reconhecidos e recordados. Óptima oportunidade para ambas as equipas recuperar respeito. O que aconteceu com os New Day que, não acabando o ano como Campeões, acabaram-no como uma das principais a ter em conta na activa divisão de equipas do Smackdown, uma das melhores partes do nem sempre muito bem bookado programa.

Rusev - Quem diria! Não que ele estivesse aqui, Rusev é capaz de muito e é perfeitamente legítimo para estar numa posição cimeira e/ou de crescimento. Quem diria é que ele viria a ser, se calhar, o gajo mais over do plantel! Não era ele o mais over na visita a Portugal? 

É verdade, no final de 2017 celebramos as nossas habituais festas, mas agora todos nós também celebramos algo mais regular e diário: o Rusev Day. Lá está, quem diria que algo tão simples viria a tornar-se tão popular e viral! Começou com pouca ocupação no Raw e foi transferido para o Smackdown, onde não pegou logo. Primeiro, uma história de exigência de um combate pelo WWE Championship, senão nem estreava. Não aconteceu e a história também foi abortada. 

O Búlgaro acabou por aparecer no Smackdown, para rivalizar e perder com nomes de topo como John Cena e Randy Orton. Foi durante a rivalidade com este último que se fundou o Rusev Day e já a malta estava rendida. Não o recompensam com algo cimeiro mas deixam-no ter piada, mantêm Aiden English como seu parceiro, vai competindo na divisão de equipas e é celebrado por toda a plateia. Por todos eles e por mim, ao longo de todo 2018, celebrar-se-á o Rusev Day! Que venha com ouro!

Sami Zayn - Finalmente! Finalmente se vê algum crescimento no aproveitamento de Sami Zayn, de quem queremos ver sempre mais mas a história do "underdog" apenas o mandava para o fundo. Rivalidades de perda como a que teve com Samoa Joe, ainda no Raw, ou de vitória com Baron Corbin, já no Smackdown, e quasi-feuds de midcard como as que teve com Mike Kanellis e Aiden English foram as coisas que foi fazendo enquanto era bonzinho, dançava para os fãs e jogava pelas regras. Tal atitude trouxe-lhe mediocridade. E aqui estou a citá-lo a ele. 

Porque entretanto deu-se o Hell in a Cell e Sami Zayn foi uma peça fulcral no main event, onde salvou Kevin Owens de levar com Shane McMahon encima. Justificou-se, estava farto da falta de oportunidades, estava farto de ser ignorado por Shane, estava farto da animosidade com o velho amigo Kevin Owens. Estava farto do velho Sami Zayn e, com essa Heel Turn, nasceu o novo Sami Zayn. O Sami que agora é fundamental e é um Heel de topo. Isto sim já é uma boa ocupação! 

Ao lado de Kevin Owens, batalha com a figura autoritária de Shane, rivaliza com nomes de topo como Randy Orton ou Shinsuke Nakamura e até já faz frente a AJ Styles, conseguindo mesmbo abrir o ano a candidatar-se ao WWE Championship, mesmo que num bizarro combate Handicap. E a sua atitude cada vez mais "asshole", com a sua característica dança cada vez mais sarcástica e os seus "Yep"... O gajo está cada vez melhor. Agora sim, temos Sami Zayn! Até vejo fortes hipóteses, como um Heel de topo, de o ver na primeira secção, no final do próximo ano! Parece que ainda dá para acontecer mesmo!

The Singh Brothers - Quanto a estes já nem quero saber do que possam pensar. Se as razões para ter adorado o reinado de Jinder Mahal são... menos ortodoxas. As razões para adorar os manos Singh são bem mais simples: os gajos são excelentes. Barulhentos, metidos, chatos, engraçados e levam bumps. O que há para não gostar? E não nego que uma gorda percentagem da razão para me ter entretido com o reinado de Jinder é atribuída a estes seus lacaios. 

Os irmãos Indianos, ex-estrelas da Ring Ka King e inaugurais GFW Tag Team Champions, partiram para a WWE, sem que desse para se ver muito para eles no horizonte. E tinham feito pouco. Encontraram-lhes este pouco e aqui estão eles. Porta-vozes barulhentos de um WWE Champion, essenciais nos seus combates, nos quais lhes garantiam vitórias e com uma posição de destaque na programação. Em 2018 também começava a apostar neles em ringue na divisão Tag Team. Os rapazes não são maus, lembrem-se...


The Usos - Já foram aqui mencionados porque tiveram um tremendo ano, na companhia de outros rivais seus também aqui listados. Também já tinham estagnado e estavam gastos há um tempo, mas a Heel Turn ainda no anterior ano fez-lhes maravilhas. Mudou-lhes a atitude, tornou-os mais interessantes de novo, refrescou-os e permitiu-os fazer algo que também já tinham feito muitas vezes: ter grandes combates. 

Foram recompensados com os Smackdown Tag Team Championships ainda antes da Wrestlemania mas não tiveram a chance de defender os cintos nesse grande palco. Foi depois disso que começaram a roubar o show na companhia dos New Day e colocaram a divisão de equipas do Smackdown no mapa. Apenas foram trocando os cintos com eles durante a rivalidade, porque os Campeões do ano foram eles, fechando o ano como Campeões após já terem derrotado... Praticamente toda a concorrência. Um excelente ano para os gémeos Samoanos Jimmy e Jey.

Rise & Fall


Mike Kanellis - É pena. É que deixámos mesmo de o ver e parecia que tinham um plano imenso gigante para ele. Nem NXT nem nada, vem logo, todo apaixonado e com o nome da retornada mulher, para espalhar amor, paixão e lamechice. E eu achava-lhe piada à lamechice. Entrou, recebêmo-lo, mas o seu arranque foi morno. 

Saiu por baixo na feud inaugural com Sami Zayn, jobbou um pouco e desapareceu dos nossos ecrãs, fazendo-nos pensar que era ele que estava grávido e não a mulher, como fora anunciado. Depois chegou a informação de que tinha estado em reabilitação, para se livrar de uns vícios, em fase transitória da vida. E então tudo bem, felicíssimos devemos ficar por ele e esperar que tudo se mantenha. Com isso resolvido, paternidade a chegar, contrato com a WWE, falta agora um tempo de antena mais jeitoso e melhor posição no card, para que tenha em 2018 muito positivo.

Sin Cara - Não era para o colocar aqui porque não é gajo que alguma vez tenha recuperado relevância. Mas teve ali um momento. Um suspiro que parecia antever algo. Foi transferido do Raw, onde não fazia nada - até desistiram dele no 205 e nem sei bem porquê - para o Smackdown, onde nada fez. Isso não é subida nenhuma. Mas houve ali um momento em que acordou repentinamente. Vitórias improváveis e inconvencionais contra Baron Corbin, não só lhe despertaram um lado agressivo, como lhe deram uma candidatura ao United States Championship. Esteve numa história por um título por algum tempo. Assim que falhou em conquistá-lo, voltou a fazer o que tão bem fazia antes: nada. Foi um bom momento ao sol.

Tye Dillinger - Porra. Um tipo tão admirado e tão over. Subiu para um tratamento que foi tudo menos um 10. Até começou muito bem o ano, com a ideia muito simples e esperada, mas genial na mesma: entrar na Royal Rumble no número 10. Não ficou no plantel principal logo e só depois da Wrestlemania é que ele veio para o Smackdown para... estar lá. Não havia storyline a que se agarrar, tendo apenas uma semi-feud com Aiden English da qual, pelo menos, saiu por cima. 

Não tinha rumo mas também não tinha derrotas, até perder para Jinder Mahal. Primeiro passo para o seu desaparecimento. Tentou impôr-se e colocar-se, à força, na caça ao United States Championship. Foi o máximo que conseguiu. Um bom desempenho num bom combate mas não o títtlo. Voltou para a posição incerta em que estava. Um ano longe de um 10, com alguns ares de que podia andar aí por um 7. Esperamos melhor nota para 2018.

Águas paradas


Baron Corbin - Não sabia onde o colocar. Talvez se tivesse a categoria "Rise & Fall & Rise & Fall & Já Não Sei". Porque, vendo isso, ele está tudo menos estagnado, é um tal sobe e desce, que nem conseguimos prever o futuro do rapaz. Tão depressa o vemos a ser enterrado, como vemos novo push a nascer, como não sabemos em que fase ele está. 

Começou o ano perdendo pela primeira vez em muito tempo, para o Cena. A seguir teve um papelão notável na Royal Rumble, onde eliminou Strowman e foi eliminado por Undertaker. Foi à Wrestlemania disputar o título Intercontinental, para sair derrotado, num combate de pouca notoriedade. Depois perdeu para o Sami Zayn que, por norma, perdia as feuds todas. Mais ar respirável quando ganha a mala Money in the Bank. Continua a perder feuds, agora com Nakamura e a seguir vem o mergulho de cabeça. Perdeu o "cash-in" e ficou sem mala, alegado castigo, que também lhe custou uma derrota fácil para John Cena no SummerSlam. Viam-no enterrado. 

Mas sacudiu a terra e ganhou o United States Championship. Afinal a coisa não estava assim tão preta. Pouco antes de acabar o ano ainda perde o título e a chance de o recuperar. Notam os altos e baixos? Pronto, começou 2018 com grandes promessas para a Rumble, mas veremos a sua consistência...

Dolph Ziggler - Olha outro! Também não sabia em que categoria colocá-lo. Talvez na de "Dolph Ziggler". Que definiria um gajo que sabemos que lá está, estamos sempre à espera que vá embora, é capaz de andar tempos a fio desaparecido ou a fazer nada de notável, assumimos que já está tudo feito com ele e, sem esperarmos, ainda conquista alguma coisa para dizer que está ali e nunca sabemos qual o estatuto dele ali dentro. Não dá para ter essa secção, pois não? Não se contam assim muitos, não é? 

Começou o ano a virar Heel, que podia fazer-nos prever que a mudança seria boa para ele. Mas fê-lo numa feud que não interessava a ninguém e que nos deixou sem saber se ele tinha saído por cima ou não. Ainda por cima era contra dois e não me lembro de ser assim que se bookem Heels, em desvantagem. Destaca-se apenas o Super Kick no peito do Jerry Lawler, como verdadeiro acto de vilão. Depois de ser renegado para a Andre the Giant Memorial Battle Royal na Wrestlemania, Ziggler teve um resto de ano morno/frio. Ora andava desaparecido, ora amuava com o público que não o respeitava e gostava de entradas escandalosas, ora era usado como feud de introdução para algum subido que precisasse de vencer alguém com nome. Nomeiem-se Shinsuke Nakamura e Bobby Roode. 

O seu final de ano foi muito surpreendente mas pouco esclarecedor quanto ao seu estatuto. Venceu o United States Championship sem que alguma das nossas alminhas contasse com isso mas, como não somos dignos, foi-se embora e deixou o título. Fechou assim o ano. Não sei se fará muita coisa em 2018 mas, para já, no seu regresso, tem uma história interessante em mãos: a velha questão do "Paper Champion" e a luta por um "Undisputed". Por agora. Nem o vemos. Mas anunciado, sempre é melhor do que quando não o víamos sem saber por onde andaria.

Mojo Rawley - Ele até teve agora uma subida e teve os seus momentos. Mas, com Mojo Rawley, fica sempre a sensação de que o que faz não é significativo. Lembramo-nos que, mais perto do início, venceu a Andre the Giant Memorial Battle Royal na Wrestlemania. Pronto, é grande. E agora mais para o fim, virou-se ao parceiro Zack Ryder para uma Heel Turn que lhe mudou a atitude e o faz agora avançar num torneio pelo United States Championship. 

De valor, sim. Não dá para lembrar o que fez pelo meio? É porque não fez propriamente grande coisa. Jobbou com os Hype Bros quando, o pró nisso, o seu parceiro, retornou. Parece que tudo será assim com Mojo, que não sairá do estatuto de midcarder morno, pouco over com os fãs e com pouco para contar. Um 2018 semelhante ou prevêem/querem alguma melhoria?

O fundo do poço


The Colóns - Já não fazerem trocadilhos fáceis com os nomes deles é uma sorte. Deve ser por respeito ao pai. Mas quão presentes estão Primo e Epico nos nossos ecrãs. Transferidos do Raw para o Smackdown, processo no qual deixaram de ser os Shining Stars e ficaram apenas comos Colóns, nada fizeram. Primo lesionou-se e colocou a equipa na prateleira durante quase todo o ano. Pronto, tudo bem, mas duvido que também houvesse muito para eles. Até porque nem deu para perceber quando já estava pronto, continuou a haver nada para eles. Até fiquei surpreendido quando competiram cá em Portugal, não sabia que estavam aptos e que vinham. Pronto, é isso. Em 2017, os primos Colóns existiram. Mais ou menos.

Zack Ryder - Pobre Ryder. Já não é assim tão directo a entrar para aqui, coitado, ele já vai tendo os seus momentos. Mesmo que ainda não seja gajo para ser levado muito a sério. Mas os seu 2017 também foi marcado pelo azar. Fechou o ano anterior a lesionar-se, precisamente quando conquistava uma candidatura aos títulos de equipas, da qual poderia obter algo. Mas essa lesão colocou-o de baixa até Setembro, altura em que regressa para os Hype Bros e para que estes não lhe consigam pegar uma. Tensões levantam-se, Mojo vira-se a Ryder e sai por cima no duelo. Ou seja, tudo o que Ryder fez foi estar lesionado e levar na boca. Calma, refiro-me só ao ano e não à carreira, caso vejam ainda muitas semelhanças!

Os Part-Timers


Chris Jericho - Até podemos ter estado sem ele durante a maior parte do tempo, mas mesmo assim foi marcante. E mesmo fora deu imenso que falar. Fez quase tudo no Raw, por acaso, onde foi traído no "Festival of Friendship", um dos segmentos do ano, custou o Universal Championship a Kevin Owens e foi United States Champion por duas vezes, título esse que foi perder à Wrestlemania. 

A recuperação desse título foi o que o transferiu para o Smackdown, de onde teve logo que se retirar para tratar de outros assuntos de uma vida de homem muito ocupado. Em TV foi pela sova que levou. Mas, como já disse, ele viria a dar muito que falar. E não propriamente pelos Fozzy, que até têm umas canções engraçadas, parecem dar bons concertos com o carisma de Y2J e serão a relíquia dos seus fãs, mas não são assim uma banda muito extraordinária. 

Foi mesmo com o que Jericho fez a fechar o ano. Surpreender o mundo ao marcar presença na NJPW e a desafiar Kenny Omega. Já lhe permitiu um tremendo início de 2018 e, ainda é da casa, voltaremos a vê-lo em breve. Mas como é o Jericho e faz o que quer, lá o poderemos ver em vários sítios! Nada mau!

John Cena - É, se vos parece um cromo repetido, é porque já cá estava na semana passada. É no que dá andar aí a dizer que é um "free agent" quando na verdade já é um part-timer. E nada contra. Até foi esta a sua principal casa e onde constava antes de se anunciar como "free agent". Foi onde começou o ano conquistando o seu 16º WWE Championship para igualar o recorde. Perderia o título rapidamente mas lá teria palco para fazer um pedido de casamento na Wrestlemania. Sim, durante a história foram o Miz e a Maryse que faziam o espectáculo todo, mas foi uma feud divertida. 

Depois viria a sua nova agenda. Em que voltava de vez em quando e vencia feuds com Rusev ou Baron Corbin, mas lançava alguém como Shinsuke Nakamura. Isso no Smackdown. Ao qual também voltaria para representar as suas cores no Survivor Series, contra a outra casa que o recebera recentemente e da qual ele também fazia parte, como "free agent". Sim, ele faz o que quer, já se percebeu e não faz mal, ele conquistou-o. Bom ano para quem estava farto dele. Agora não têm mesmo razão de queixa, não tira o lugar a ninguém e até vem de vez em quando dar o jeito a outro. A sua fase na carreira que ninguém pensava que ele fosse alcançar? Ele está nela!

Shane McMahon - Ele é o Comissário do Smackdown. Está presente em storylines mas ssobe poucas vezes ao ringue. Normalmente é para se atirar de coisas. Na Wrestlemania nem lhe deram estrutura para tal, em vez disso saiu um estupendo combate com AJ Styles. Por essa ninguém esperava. 

Depois foi para o Hell in a Cell com Kevin Owens e aí sim já tinha por onde se atirar. Combateu e provocou badagaios a toda a malta com vertigens e continuou a feud com esse seu empregado quando voltou a competir em ringue no Survivor Series, a representar a sua própria brand. Fechou o ano ainda às turras com ele e Sami Zayn. Tem sido interessante, ele não tem participado em ringue para já, ficando com essas suas prestações contratualmente obrigatórias, mas com um detalhe a apontar-lhe: depois do "under siege" e com a sua recente autoridade perante Owens e Zayn, apesar dos seus comportamentos... É cada vez mais difícil tomá-lo como Face.

The Undertaker - Porque está ele aqui? Porque às vezes acontece e esqueci-me completamente dele no Raw, apesar de ter sido lá que desenvolveu a única storyline em que participou este ano e agora tenho que improvisar. Porque durante anos, ele foi o maior representante e principal cara da brand azul e ainda o atribuo às cordas azuis, quando ele apenas aparece anualmente. Veio para o momento de choradeira do ano: perdeu para Roman Reigns na Wrestlemania e deixou a sua vestimenta em ringue num acto simbólico que apenas significa uma coisa: é capaz de lutar com o Cena este ano na Wrestlemania. Não, a sério, não podem deixar o homem descansar e desfrutar da reforma?

As senhoras

Becky Lynch - A inaugural Smackdown Women's Champion já é residente e manteve-se na casa das cordas azuis ao longo do ano, como uma das suas mais notáveis caras bonitas. Mesmo que não tivesse feito nada de especial, ao longo do ano, já tem é nome e estrelato por si, mantendo-se como uma das mais over e fáceis de gostar. Constituiu muito do seu ano a fazer as pazes com Charlotte e a batalhar as tais das "Welcoming Committee", a trocar vitórias e derrotas. Assim, de repente, até temos a impressão que a sua rivalidade mais notável foi com o James Ellsworth! Acabou o ano com mais uma feud conjunta com as Riott Squad e com ajuda das amigas. Com várias feuds numerosas, Becky também resume o 2017 de toda a divisão feminina do Smackdown: pouco forte e algo desorganizado.


Carmella - Foi um 2017 que teve tanto de frutuoso como de extremamente estranho para esta menina. É que começou o ano logo a pescar o Ellswort e é a coisa mais esquisita que me possa ocorrer! Tão estranha companhia havia de render para o seu maior feito do ano. Mesmo que de maneira muito controversa, Carmella tornou-se a primeira Ms. Money in the Bank da história, mantendo a mala em sua posse até ao final do ano e entrando em 2018 com ela, a prometer alguma surpresa. 

Foram os dois elementos que marcaram o seu ano: ameaçar um "cash in" que nunca aconteceu ou andar a carregar o Ellsworth de trela até se fartar e virar-se a ele. Isto como parte das "Welcoming Commitee", acabando também atirada para o booking colectivo preguiçoso. 2018 deve ser o seu ano de Campeã, se não quiserem fazer-lhe uma à Corbin!

Charlotte Flair - Começou o ano em grande, mesmo que do outro lado. Era a Raw Women's Champion. Daí também sairia a sua primeira queda: a sua primeira derrota em PPV, já após ter perdido o título. Assim que tentou recuperar o título por tempo suficiente, foi transferida para o Smackdown, onde vinha para reinar tal como fazia no Raw. Para ela, num sentido literal, já que é ela mesma que se classifica sempre como rainha. 

Tal estrelato fez-nos pensar que ela chegaria e fazia uma à Randy Orton e ganhava logo o título porque tem poder, mas não, trabalharam muita coisa antes disso acontecer. Primeiro, a sua reconciliação com velhas amigas e Face Turn. Fizeram bem o trabalho de torná-la uma das mais populares. Também já não era difícil. Depois de tal resolvido e de se envolver em mais encrencas com as "Welcoming Committee" - sim, também ela foi atirada para a festa - entrou na corrida ao título e mesmo aí levou o seu tempo. 


Apenas em Novembro venceu o Smackdown Women's Champion, a tempo de representar o Smackdown no Survivor Series com uma vitória. Fecha o ano como Campeã e abre 2018 a especular se dali da Rumble não lhe sai uma adversária na rifa. Acho que não há dúvidas de que, não lhe acontecendo nada, será mais um ano preenchido e bem recheado para a menina Flair!

Lana - Este foi o ano! O ano para lançar Lana como wrestler! E que nos deu a certeza que não valeu a pena e que a sempre lindíssima Lana servirá disso mesmo, "eye candy". Com todo o respeito por ela mas mesmo eles se aperceberam e vão-na poupando em ringue. É que nem sequer se apresentou de forma tímida, foi logo directamente como candidata ao Smackdown Women's Championship! 

Resultou em derrotas fáceis e até squashes. Lana não era credível e não o forçaram. Manteve-se sempre popular pelo seu carisma, voltou-se para Tamina, de quem foi manager e reduzindo a sua acção em ringue. Para 2018, ou ela apresenta uma melhoria tremenda, ou anda a fazer o mesmo até agora, ou vão dar-lhe mais chances e ela a manchá-las já. Mas pronto, o "We want Lana" estará sempre presente!

Naomi - Foi um bom ano para Naomi, mesmo antes de também se perder no booking colectivo do qual já falei aqui muito, mas ao qual sou obrigado porque marcou demasiado o ano da divisão feminina do Smackdown. Mas a sua primeira metade do ano, que podia ter ficado manchada por uma lesão que não se estendeu muito, foi muito boa. Foi Smackdown Women's Champion por duas vezes, tendo vencido o título logo a começar o ano, forçada a abdicá-lo com a lesão, e capaz de o recuperar na Wrestlemania na sua terra-natal. Perderia o cinto apenas no Verão, já o depois de ter personalizado com todas as suas caracteríticas luzinhas. Foi aí que se juntou ao molhe. Mas foi das competidoras do ano no Smackdown e até conseguiu comprovar que ainda é bastante popular com os fãs.


Natalya - Não teve um ano mau por acaso. Já teve bem piores no seu já longo percurso na WWE. Começou ainda a resolver os problemas de ciúme com Nikki Bella, do qual se livraria para não encontrar rumo até ao Verão, já como uma espécie de líder não-oficial das "Welcoming Committee", que já lhe dava poder suficiente para se impor e chegar-se à frente, de modo a conseguir a candidatura ao título. 

Tornou-se Smackdown Women's Champion no SummerSlam, tornando-se o seu maior feito e colocando-a como uma das principais representantes da divisão feminina da brand azul este ano. O reinado durou-lhe até Charlotte o retirar, pré-Survivor Series. Foi a caça de volta ao título que lhe fechou o ano. E um cagaço para os fãs. Lançou um tease de abandonar a companhia ou os ringues, mas foi tudo falso alarme. Iniciará o ano com presença na Royal Rumble e veremos o que mais estará guardado para ela ao longo do ano.

Nikki Bella - A última vez que a vimos num ringue, estava a ser pedida em casamento. É fofo. Mas marcou o início do seu tempo fora dos ringues, ou seja tivemos pouco de Nikki. O Cena levou-a com ele. O seu percurso consiste no período pré-Wrestlemania, do qual saiu da rivalidade com Natalya, que venceu, e transitou directamente para a rivalidade com Maryse (e Miz), ao lado do seu quase-noivo John Cena. Uma vitória fácil na Wrestlemania e o momento bonito a seguir. Fez pouco mas Nikki Bella já fez nome ali, não precisava de fazer já muito mais para ser notável. E até deve voltar para trocar mais alguns açoites em 2018. Agora não sei se será a tempo inteiro ou se terá um regime semelhante ao do futuro marido...

Riott Squad - A espelhar as Absolution. Mas aqui sem nenhum regresso e com três estreias absolutas. Vindas do NXT, Ruby Riott, Liv Morgan e Sarah Logan vieram com o mesmo intuito que as suas colegas do Raw: destruir tudo e todas e impor o seu nome pelo caminho. São uma chegada recente. Infelizmente já sinto que o booking tremeu e que já as podiam ter feito mais dominantes que o que elas realmente estão a ser e acabaram também perdidas no booking colectivo de pouco rumo e criatividade. Se calhar em 2018 perdemos o grupo e ganhamos três competidoras individuais. E então, na altura veremos o positivo disso - será muito, se atinarem, como é claro.

Tamina - Já não a víamos há um tempo. De facto, é propensa a lesões e foi uma dessas que a afastou dos ringues e das nossas memórias quase. Voltou como uma nova aquisição do Smackdown, na altura do "Shakeup" e... Não teve propriamente alguma reacção. Nunca transbordou popularidade e a malta já estava um pouco esquecida dela. E tem-se mantido nesse estado morno. Até fiquei com alguma pena que, na visita a Portugal, ela fosse das que teve menores reacções daquela tão barulhenta plateia. 

Voltou como Heel, foi lutando para se estabelecer até encontrar uma aliada em Lana, que tem trabalhado como sua manager para a elevar. Algo que não tem vindo a acontecer. Por oportunidades falhadas? Não. Por fazer parte das "Welcoming Committee" e também estar presa ali! Não é alguém a quem lhe preveja um 2018 muito quente ou muito frio. Será como tem sido a sua carreira. Que não se lesione outra vez, é o que lhe desejo!

Os Future Endeavored


Eva Marie - A lutadora favorita de todos já não lutava desde 2016 e já se falava na sua saída da WWE há bem mais tempo. Foi agarrando projectos como modelo e actriz ao longo de 2017, afastando-se cada vez mais da WWE ao longo do ano até oficializar a sua saída em Agosto. Ganhou algum respeito da comunidade depois disso quando defendeu o wrestling perante umas bocas foleiras de Mia Khalifa. Nome que nunca esperaria escrever aqui por estas páginas.

Jack Swagger - Lembram-se da sua revolução e remodelação quando passou do Raw para o Smackdown em 2016? Ele virou o boné para trás! Pronto, teve uma feud e voltou a desaparecer. Não o vimos em 2017 mas apenas saiu oficialmente em Março. Tem-se desenrascado nas indys como o gajo para quem fazem o grande tease da vinda de um "ex-Campeão Mundial na WWE" para entusiasmar o povo por uns 20 segundos até se lembram "Ah pois... É só o Swagger..."

James Ellsworth - Parece inacreditável mas até é a saída mais significativa do ano neste plantel! E pode-se dizer, mesmo sabendo que a sua estadia era limitada e temporária, teve uma óptima "run", parece ter-se divertido imenso e viveu um sonho. Nunca um tipo como ele, em todos os aspectos, poderia esperar ser contratado pela WWE. Mas, mesmo que de forma bizarra, conseguiu ficar demasiado over para ser ignorado e fez o incrível. 

Hoje será um porta-voz e representante de todos "aqueles" indys sem esperança, que ainda podem ter alguma esperança. O principal dessa participação até aconteceu em 2016, quando trabalhou com AJ Styles e, no papel... Até tem vitórias sobre ele e já competiu pelo WWE Championship! Isso em 2016. 2017 foi o ano de cumprir o contrato, basicamente, após ter feito aquilo para o que era necessário, e manteve-se como "comic relief", o par improvável de Carmella, que negava qualquer relação com ele, mesmo que ele quisesse implicar que sim. 

As suas intervenções em ringue viram-se cada vez mais reduzidas e combates notáveis que tenha tido serão a Royal Rumble e um contra... Becky Lynch. Capturou a mala Money in the Bank para Carmella. E ainda andou de trela. Coisas que não seriam dadas a qualquer wrestler talentoso por quem fizessem longas escutas e "try outs". Ellsworth só lá esteve a viver um sonho. Um bem haja! Já és uma estrela ainda maior das independentes!

Rosa Mendes - É, não adianta pensarem muito. Já não luta/aparece desde 2015. Engravidou, teve a sua filha e manteve um emprego na WWE, como correspondente do Smackdown do WWE.com. Daí inseri-la aqui neste plantel. Oficializou a sua retirada dos ringues em Fevereiro deste ano.

Simon Gotch - Já os Vaudevillains tinham esmorecido no anterior ano, logo não restou muito para Gotch. Ainda como Vaudevillain, competiu num "turmoil" pelos Smackdown Tag Team Championships no Elimination Chamber, sem sucesso e integrou a Andre the Giant Memorial Battle Royal na Wrestlemania, seu último combate. Continuou a sua vida como Simon Grimm e já tem lutado pela Chikara e pela Ring of Honor onde até já lutou pelo TV Championship. Logo posso assumir que tudo lhe esteja a correr muito bem após sair da WWE.

The Spirit Squad - Foi um regresso temporário em 2016. Deixámos de os ver ainda durante esse ano, mas o plantel oficial do Smackdown no WWE.com mantinha Kenny e Mikey como integrantes. Oficialmente fora da WWE em Fevereiro deste ano. Por muita piada que tivesse achado ao seu regresso, também não consigo não achar piada à "Squad World Order" que têm actualmente. Têm-se safado bem nas indys.

Pronto, como já estão familiarizados com o formato do artigo dos anteriores e do da semana passada, já sabem que fica por aqui. É a parte em que vos permito e encorajo a participar, a comentar estas entradas, as categorias, as que acham erradas - estou perfeitamente consciente de que existem algumas debatíveis - e o que acharam do 2017 do povo do Smackdown. Voltem a espreitar aqui na próxima semana porque haverá mais disto e vamos olhar para o futuro: vamos avaliar o NXT! Não percam, fiquem bem e até à próxima!

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