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[REVIEW] CTWrestling – Fight Your Demons



Sejam bem-vindos a mais uma review do Wrestling Notícias!

Desta vez deslocamo-nos a Brejos de Azeitão para acompanhar mais um show do CTW (Centro de Treinos de Wrestling), que aconteceu no dia 9 de Setembro no C.C.D.B.A.

Havia muita expectativa para este evento e algumas novidades que não tem sido habituais nos shows do CTW. Para começar e como é óbvio, ver como as rivalidades em curso se iriam desenvolver, visto que esta é uma nova vertente da promotora, que este ano começou a apostar no seu desenvolvimento.

Os adversários de Red Eagle e Leo Rossi já tinham sido anunciados e estava curioso para ver como se iria desenrolar a rivalidade principal da promotora. Por outro lado, nada tinha sido dito sobre Cláudia Bradstone e Talia no caminho para este show, o que acabou por aumentar a curiosidade. E valeu a pena!

Falando em Leo Rossi, estava aqui outra das novidades para o show. Não no “Pai Grande”, mas sim no seu adversário. Pela primeira vez na história, o Título Nacional da APW (Associação Portuguesa de Wrestling) iria ser defendido num evento do CTW, por isso, o combate principal estava assim agendado: Vitor Amaro (c) vs “Pai Grande” Leo Rossi pelo Título Nacional da APW.

Para este evento também estava agendado a presença do lutador da Chikara Pro, Frightmare, que iria combater contra “Superkid” Nelson Pereira. Outros lutadores presentes foram, Jeffrey Pac de Espanha, Hari Singh da Índia, e ainda Symbiote, o lutador que veio do Reino Unido para treinar com o CTW.

Mas vamos então evento em si;

1º Combate
Combate individual
Jeffrey Pac vs Symbiote

Acima de tudo e em primeiro lugar, quero afirmar aqui a evolução de Symbiote. Obvio que não se vê grande evolução no espaço de um mês, mas aqui, deu para ver que Symbiote consegue trazer algo mais aos shows do CTW, algo diferente.

Possivelmente esta evolução neste combate nota-se devido ao seu adversário, poderá haver muitas coisas a contribuir para isso, mas o que é certo é que com Jeffrey Pac, Symbiote mostrou algo mais. Uma maior agilidade e alguns “moves” novos. Sendo um lutador jovem terá ainda muita margem de progresso e se Symbiote se empenhar, poderá ter um futuro risonho.

Quanto ao combate, este foi um típico combate de abertura de show. Um combate que no geral foi razoável e teve um ou dois momentos muito bons, nomeadamente o que está representado em vídeo em baixo. “Tirado da cartola” e foi o primeiro momento de todo o show que realmente o público presente disse que realmente estavam lá.




O combate seguiu com domínio de Jeffrey após um poderoso Spine Buster. Não deixando o seu adversário respirar, seguiu-se umas Chops e um pontapé violento nas costas de Symbiote.


O lutador mascarado que vem do Reino Unido acaba por recuperar e numa reviravolta, reverte uma manobra de Jeffrey para um duro impacto. Symbiote passa para o assentamento de espáduas e para a vitória.


(Symbiote a celebrar mais uma vitória com o seu amigo, Pikachu)

Vencedor: Symbiote



2º Combate
Combate individual feminino
Cláudia Bradstone vs Talia

Este era um dos momentos mais esperados desta tarde/noite. Pelo menos por mim e acredito que por parte do publico presente que tem seguido e acompanhado as histórias e rivalidades do CTW. E esta é cativante.

Desta vez, o CTW optou por não nos deixar nenhuma pista antes do evento sobre o que iria acontecer. Não que tenha ficado preocupado pela “falta de história” nesse sentido, mas porque espero sempre ver algo relacionado com estas duas atletas no caminho para o próximo evento. Mas desta vez o CTW e “as meninas” fizeram bem e não deixar pistas, pois fomos todos apanhados de surpresa. Pelo menos eu fui.

Ora, a primeira atleta a entrar foi Cláudia Bradstone e trazia consigo uma nova “amiga”! Com intuito de resolver a rivalidade de uma vez por todas, vem acompanhada de uma cadeira. Este seria o seu dia, um dia de vingança.

Mas nem Cláudia nem ninguém presente esperava o que se passou a seguir.

Cláudia ainda posava antes de entrar no ringue e subitamente aparece Talia, que ataca a sua rival por trás. Aliás, um ataque impiedoso que deixou Cláudia combalida e sem resposta. Talia tenta fazer o máximo de estragos a Cláudia e quando a atira para dentro do ringue, começando aí oficialmente o combate, Talia parte directamente para o assentamento, mas sem sucesso.

(Momento do ataque de Talia a Cláudia Bradstone)

Cláudia consegue recuperar algum ímpeto, mas foi de pouca duração visto que Talia estava extremamente focada em acabar e derrotar Cláudia. Por cada vez que Cláudia tentava recuperar o ímpeto, Talia dava sempre a volta. Parecia que estava sempre um passo à frente.


Isso era bem visível também porque praticamente por cada golpe de grande impacto que Talia aplicava, partia para o assentamento. Poderia não vencer, mas o desgaste em Cláudia era visível. E acima de tudo mostrava que Talia queria vencer e acabar mais rapidamente possível o combate.

(Talia domina Cláudia Bradstone)

Mas o comeback de Cláudia viria mais cedo ou mais tarde, pois ela também é uma lutadora resiliente e não desistiria assim tão facilmente. Tentou a vitória algumas vezes mais sem sucesso.


Talia por sua vez parecia mais uma vez estar um passo à frente da sua rival. Desta vez fora do ringue, talvez por se sentir mais a vontade e confortável.





No entanto depois de um pequeno brawl fora do ringue, o oficial do combate Luís Manuel começa a contagem a Cláudia, mas Talia interrompe essa contagem indo de novo para fora do ringue. Pega na cadeira que Cláudia trouxe no inicio e preparava-se para atirar em Cláudia, mas o oficial ao aperceber-se das intenções da lutadora, impe-a de agredir Cláudia com a cadeira. Cláudia por sua vez estava a recuperar em modo de desespero lança um Spear em Talia e as duas acabam por embater contra as cadeiras que estavam ao lado do ringue.

O oficial começa a contagem chegando ao 10, terminando assim o combate com dupla desqualificação por contagem fora do ringue.



Vencedora: Sem vencedora (Contagem fora do ringue)



3º Combate
Combate individual
Hari Singh vs Red Eagle

O terceiro combate desta tarde/noite de wrestling teve Red Eagle a defrontar Hari Singh que veio da Índia. Este seria mais um combate “normal” não fosse a presença de Leo Rossi, o “Pai Grande”, a ver o combate ao lado do ringue. Sabíamos à partida que aqui se iria passar algo, o que mais tarde se veio a confirmar. Leo Rossi não faria isto, se não estivesse a planear algo.

No geral este foi um bom combate. Ao inicio, tanto Red como Hari a tentarem dominar o adversário usando a técnica e neste ponto, Red esteve sempre um passo à frente do seu adversário. Um misto de boa técnica com boas combinações fizeram ele dominar o início do combate.



Mas Hari Singh ainda teria uma palavra a dizer. Quando Red tentou fazer um dive para fora do ringue para atingir Hari, este surpreende-o com um forearm causando impacto suficiente para ganhar algum ímpeto.

Hari passou a dominar fora do ringue e quando leva o combate para dentro do ringue tenta várias vezes o assentamento de espáduas, sempre sem sucesso, mas os danos estavam a ser causados.



Red Eagle finalmente consegue o comeback (sempre com o olhar atento de Leo Rossi, sentado ao lado do ringue) com boas combinações que fazem com que Hari não consiga recuperar, mas a chave para o fim deste combate estava sentado ao lado do ringue.

Após Red Eagle aplicar o Tigerbomb a Hari Singh e ir para o acertamento, Leo Rossi dirige-se ao ringue o que causa a distração do oficial que desvia a sua atenção. Red Eagle vai pedir explicações a Rossi e Hari Singh aproveitando esta situação faz um Roll Up para ganhar o combate, perante o olhar incrédulo de Red Eagle e dos presentes. Ninguém esperava este desfecho.


(O ar desolado de Red Eagle após a derrota contra Hari Singh)

Vencedor: Hari Singh



4º Combate
Combate individual
Frightmare vs “Superkid” Nelson Pereira

A seguir ao intervalo, as coisas ficaram mais interessantes (isto não significa que o que se passou antes do intervalo não tenha sido interessante, porque foi).

Iríamos ver um dos cabeças de cartaz deste evento, o lutador da Chikara Pro Frightmare, a lutar contra o Superkid do CTW e descobrir se era desta que Nelson Pereira conseguiria uma vitória, mas também, se Nelson conseguiria ultrapassar os seus demónios.

Nelson já sabia que iria ser difícil, e apesar de antes do combate ter dito que não tinha medo, o inicio do mesmo comprovou o contrario. Nelson tentava ir destemido, mas Frightmare assustava…

Como seria de esperar, apesar de estarmos a ver um Superkid mais destemido, Frightmare cedo tomou as rédeas do combate assustando literalmente Nelson.


Apesar de Nelson por vezes recuperar e ganhar algum ímpeto com as suas “tácticas”, Frightmare mantinha sempre o controlo do combate, chegando ao ponto de Frightmare, encontrar a bomba de ar de Superkid e ele próprio fazer umas inalações e a joga fora, para Nelson não a poder usar.



Superkid continua a sua luta para tentar conquistar a vitória e quase o consegue após uma sequência de chops fortíssimas, mas aqui já o combate é muito dividido. Nelson parte para o seu set de manobras habitual, tentando no fim o Wrecking Ball, mas Frightmare desvia-se a tempo. Superkid não consegue capitalizar.





Por esta altura já o combate está bastante dividido e até, Nelson Pereira a dar muita luta a Frightmare, coisa que talvez muitos duvidassem que pudesse vir a acontecer. Nesta altura, a vitória no combate já não se adivinhava tão fácil para Frightmare. Superkid tinha alguns trunfos na manda. Já tinha sacado algum do seu arsenal, mas ainda faltava algo.

Nelson finalmente consegue sacar o Wrecking Ball, mas Frightmare consegue levantar o ombro a tempo de interromper a contagem.


Frightmare recupera algum ímpeto, mas Superkid parecia imparável. Faltava uma das últimas jogadas do seu reportório, e é ai que saca o Super Code Breaker da segunda corda, atingindo Frightmare em cheio. Nelson parte para o assentamento, mas mais uma vez sem sucesso.

Nelson preparava-se a seguir para possivelmente tentar o Super Code Breaker da terceira corda. Por sorte o oficial tinha uma bomba de ar que a passa a Nelson.

O Superkid com isto acaba por ter um momento de distração ao virar as costas ao seu adversário. Frightmare chama o oficial, distraindo-o e quando Nelson se apercebe, sofre um golpe baixo de Frightmare seguindo-se o Instant Death (Pumphandle Driver), acabando assim com o combate.


("Superkid" Nelson Pereira não conseguiu esconder a desolação e frustração após mais uma derrota)

Vencedor: Frightmare



5º Combate
Combate Principal pelo Título Nacional da APW
Vitor Amaro (c) vs “Pai Grande” Leo Rossi

Chegava a altura do momento mais esperado desta tarde/noite de wrestling. O Combate Principal que iria ter o Título da APW em jogo.

(Leo Rossi com um ar confiante antes do combate)

O Campeão vinha directamente do Algarve para colocar o seu Título em jogo contra Leo Rossi, que via com bons olhos esta oportunidade única de conquistar o seu primeiro Título.

Mas este combate teve um espectador especial. Ainda antes de começar, e mesmo antes do Campeão da APW entrar em cena, Red Eagle aparece, querendo assistir ao combate do lado de fora, junto dos fãs.

Mas ficava a ideia de que aqui iria haver qualquer coisa, apesar de acreditar que Red Eagle joga pelas regras.

O combate começa com Vitor Amaro por cima, a tentar logo de inicio dominar o seu adversário. Com aquele seu jeito, por vezes pouco ortodoxo, mas sempre eficaz. Mas Leo Rossi, consegue escapar pelas cordas e ir para fora do ringue. Notando já alguma frustração pelo modo como o combate se tinha iniciado, pontapeando cadeiras na sua passagem.

Rossi estudava o adversário e a melhor maneira de o conseguir dominar.


De novo de volta ao ringue e Rossi domina. Amaro tenta contrariar esse domínio, mas é quase sempre dominado por Rossi.

De novo fora do ringue e com Amaro estendido no palco que dava acesso ao ringue, Rossi tenta aproveitar para um Suplex. Seria tremendo e acabaria com Amaro se saísse como Rossi planeava, mas o Campeão consegue inverter. De seguida, Vitor Amaro tenta um Crossbody mas Rossi desvia-se e ao cair no chão, Amaro fica magoado no tornozelo, e isso iria se notar muito no resto do combate. Principalmente porque Rossi passou a focar-se nessa lesão de Amaro.




Mas o comeback de Amaro finalmente chega, indo buscar o restante das suas forças e consegue finalmente ficar por cima de Rossi. Uma sucessão de golpes terminando com um Codebreaker e Amaro vai para o acertamento mas não chega.

Mas o Campeão comete um erro. Sobe à segunda corda, mas o golpe lhe sai mal pois Rossi se desvia.




Rossi tenta aplicar a sua Bancarrota, mas Amaro consegue reverter para uma submissão. Nesta altura pensava-se que Rossi poderia desistir, mas este consegue se desfazer da manobra, atirando Amaro contra o oficial, ficando este KO por uns minutos.

Aproveitando esta situação e o facto de o oficial estar KO do lado de fora do ringue, Rossi vai buscar a campainha e as suas intenções para a usar contra Amaro não eram boas.

Red Eagle que estava atento a ver o combate, não conseguiu ficar sereno e foi directamente tirar explicações a Rossi, atirando a campainha para o chão. Rossi empurra Red Eagle e ao virar-se Amaro, que estava na terceira corda salta para um Crossbody potente. Red pega no oficial e coloca-o no ringue com Amaro já a fazer o assentamento e consegue a vitória, mantendo assim o Título Nacional da APW à sua cintura.


(Vitor Amaro celebra mais uma vitória e mais uma bem sucedida defesa do Título Nacional da APW)

Vencedor: Vitor Amaro que assim retém o Título*



Notas finais:

Começo por dar os parabéns ao CTW. Conseguiram mais uma vez montar um bom show de wrestling. O crescimento é notório de evento para evento, sempre com pormenores a melhorar, mas é isso mesmo que o Centro de Treinos de Wrestling tem feito. Sendo fiéis à sua filosofia, tudo isto faz sentido.

A construção das histórias, as rivalidades presentes neste momento (coisa que até à menos de um ano não havia) e outras pequenas coisas. Isto tudo para dizer que sim, eles sabem ouvir as críticas que lhes são feitas e o seu objectivo é melhorar de show para show. Como é óbvio, por vezes nem sempre tudo corre como planeado, mas isso acontece. O que interessa é aprender com os erros que se comete e melhorar a seguir. Isto para dizer que sim, no último evento ouve coisas que não correram tão bem, aliás como referi na respectiva review (ver aqui), mas que para este show souberam melhorar certos aspectos, fazendo deste um evento melhor.

Um evento com 5 combates e posso dizer que gostei do booking deste evento. Desses 5 combates apenas um não esteve relacionando com uma rivalidade, nomeadamente o primeiro que como já referi, foi um típico combate de abertura, para aquecer o publico presente.

De resto tivemos Cláudia vs Talia, que mais uma vez demonstraram que há wrestling feminino em Portugal e com todo o direito. Acredito que estas duas lutadoras estão a traçar um caminho em Portugal que irá ser muito importante no futuro, não só para elas, mas também para futuras lutadoras. Sim, vocês podem fazer isto, sim vocês podem ser lutadoras e serem relevantes. Resta ir acompanhando para ver onde isto culmina, mas sem dúvida que irá ser bom.

“Superkid” Nelson Pereira à procura da tão esperada vitória e esta fugiu-lhe de novo. Já tinha dito a algum tempo que isto iria ser especial e isso está a demonstrar-se a cada show. Este Nelson já não é o mesmo que era a uns tempos atrás, está a mudar. Resta saber até onde irá esta mudança e o que será preciso ele fazer para conquistar uma vitória. As suas reacções de frustração após o fim dos combates são muito boas e demonstra isso mesmo. Ele está a atingir o seu limite. Ou já atingiu?

Red Eagle e Leo Rossi continuam a sua rivalidade, mas desta vez de modo diferente. E gostei. Para dar continuidade a uma rivalidade não é necessário os dois envolvidos estarem sempre a lutar um contra o outro (também se aplica a Cláudia vs Talia) e esta foi uma boa forma de dar continuidade a isso. Por um lado, Red Eagle teve um bom combate mas consideraria um “combate de enchimento” se não houvesse história. E ela esteve lá. Red perdendo por interferência de Leo Rossi era o melhor que poderia acontecer.

Por outro lado, vimos Leo Rossi a ter o seu primeiro combate por um Título o que para ele, é extremamente importante. Rossi perdeu é certo, mas aqui ganhou outra coisa. Um estatuto ou uma subida de nível, como queiram chamar. E uma coisa é certa, o futuro do wrestling nacional está aqui.

Uma palavra para o Campeão da APW. Apesar da sua lesão (legitima) teve uma boa prestação e ajudou sem dúvida a que a história se desenvolvesse. É de salutar este tipo de intercâmbio e esperemos que no futuro possa haver mais.

Por último outro ponto que aqui quero focar é o pouco publico presente. Nos primeiros dois combates por vezes parecia que o recinto estava vazio, com o publico muito morno e só reagindo esporadicamente. Com o desenrolar do evento já se mostrava mais activo.

É certo que a localização do evento poderia não ajudar muitas pessoas na deslocação. Mas não é desculpa. Até porque Azeitão não fica assim tão longe de Lisboa (37km mais ou menos).

Isto para dizer que muitas pessoas reclamam que o wrestling não sai de Lisboa, mas quando sai, mesmo sendo ali perto, não vão. O que dizer de pessoas que vieram do Algarve para o show? Claro, vieram acompanhar Vitor Amaro, mas vieram, estiveram cá. Gostaram do show, dos combates do evento em geral.

Por vezes é preciso deixar de nos queixar-mos tanto com isto ou aquilo e fazer as coisas acontecerem e cada um de nós tem esse poder, fazer acontecer! Cada caso é um caso, mas se gostam de wrestling, se acompanham os vídeos, a promotora, se gostam do que eles fazem, mostrem esse apoio indo aos eventos (falo do CTW como de qualquer outra promotora em Portugal).

*Vitor Amaro já não é o detentor do Título Nacional da APW, perdendo-o contra Ramon Vegas no evento "Ramon vs Amaro" da APW.

Texto/Fotos/Vídeos: Dead Wyatt
(Wrestling Notícias)
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