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[TRADUÇÃO] ‘Great Balls Of Fire’ é um nome estranho para um PPV


Wrestlemania é uma palavra já com algum nome. SummerSlam sai da nossa língua sem problemas.

Royal Rumble consegue ser ao mesmo tempo real e duro. TLC redesenhou o acrónimo de “Tender Loving Care” para “Tables, Ladders and Chairs”.

Extreme Rules tem um duplo significado inteligente, onde indica que o evento utiliza um determinado número de regras e que o “Extreme” é o estilo que vai ser mais usado.

Todos esses são grandes nomes para PPV’s da WWE, onde informam o leitor que, seja qual for o nível de interesse deles, este é o título para um evento de wrestling profissional.

No dia 9 de Julho, a WWE apresenta um PPV chamado Great Balls of Fire. É um evento do RAW e será hospedado no American Airlines Center em Dallas, Texas.

A primeira vez que ouvi a WWE a promover o PPV, eu disse “Será que ‘Blue Suede Shoes’ não estava disponível?”. Será que a Ring of Honor já tinha reinvidicado o nome “Wake Up Little Susie?”

Depois veio-me à cabeça que foi dado os direitos musicais da música do aniversário de Vince McMahon ou do seu Natal ou algo do género. Visto que ele possuí os direitos, pensou que poderia dar uso a isto.

A música “Great Balls of Fire”, aquela que foi usada para promoções, foi gravada e lançada por Jerry Lee Lewis em 1957. Para a grande maioria do Universo da WWE, os seus pais ainda não tinham nascido – para alguns, nem os avós tinham nascido.

E de facto, no dia 11 de Novembro, esta música irá fazer 60 anos. Sabem quem também tem 60 anos? Bret Hart. Brutus Beefcake. Koko B. Ware.

Esta música, que tem quase 2 minutos de duração, foi escrita por Otis Blackwell e Jack Hammer. Foi logo um sucesso instantâneo, pois rendeu cerca de 1 milhão de cópias nos primeiros 10 dias em que foi lançado.


Graças ao “Great Balls of Fire”, assim como “Whole Lotta Shakin’ Goin’ On” e “Breathless”, Jerry Lewis tornou-se numa enorme estrela em 1957. Ele ficou conhecido pelas suas atuações malucas e ganhou a alcunha “The Killer”.

Em 1958, a sua carreira teve um fim dramático, quando um reporter de notícias britânico soube da sua terceira mulher, Myra Gale Brown. Ela também é a prima de 2º grau de Lewis.

Casando com a sua prima de 2º grau foi apenas metade do escândalo e nem sequer a pior parte. Quando Lewis e Brown casaram, ela tinha apenas 13 anos de idade.

Escusado será dizer que o público não gostou nada disto.

Quando as notícias saíram, Lewis estava a fazer a “tour” na Grã-Bretanha, mas a sua viagem foi logo cortada depois de 3 concertos feitos. Apesar de Lewis ter continuado a gravar, os seus dias como uma estrela de rock & roll estavam terminados.

Ele eventualmente tornou-se num cantor de música “country” bem sucedido (um género cujos fãs não querem saber mesmo que um homem de 22 anos casa com uma prima de 2º grau de 13 anos).

Não estou a condenar a WWE pelas sinas de Lewis. Aconteceu há 60 anos atrás e o casal ficou junto por mais de 13 anos (tendo 2 filhos neste processo). Eu só estou a recapitular um dos mais famosos escândalos na história do “rock & roll”.

Usar o título e a música “Great Balls of Fire” parece estranho para uma companhia de entretenimento cuja audiência é constituída maioritariamente por crianças, adolescentes e pessoas com cerca de 20 anos ou mais. Havia-se de assumir que eles quererão algo mais atual, como uma música de um artista desta década ou pelo menos deste século.

Eu até gosto da decisão deles. É uma grande música e Jerry Lee Lewis, pelo menos musicalmente, é uma lenda.

Se o PPV for bem sucedido (que eu penso que será), a WWE deveria considerar dar o nome de outras grandes músicas dos anos 50 a futuros eventos.

Porque não “Tutti Frutti” de Little Richard, “Rock Around The Clock” por Bill Haley & His Comets ou “Johnny B. Goode” de Chuck Berry? Este último nome poderia ser perfeito para um combate em que John Cena estivesse a disputar um título.


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