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Top 10 Mistakes (23.05.2016 - 05.06.2016)


Duas semanas passam e cá estou eu de novo para desmanchar prazeres e apontar dedos. E isso que até é fora do meu costume! Fico contente com a reacção positiva à edição de estreia deste novo espaço e também feliz por não me tomarem como um chato desagradado com tudo. Estico muito a coisa aqui e ainda assisto a tudo para me divertir. Longe de ser tão picuinhas como aqui sugiro!

Mas erros cometem-se. Ou então coisas que podiam ter tomado caminhos diferentes. E cá estamos para as alternativas. A brincadeira é igual à da semana passada!

10 - "No Way", digo eu!


No Way Jose continua a dar as suas cartas iniciais com vitórias fáceis, como foi a que teve sobre Jonathan Ortagun. E não, não sou contra a personagem e sim, até gosto bem dele. Qual é o problema afinal?

O que está errado: Chamem-lhe a "mesquinhice da semana" que afinal até é capaz de aparecer algum de vez em quando. Até pode parecer algo sem importância e sem peso para constar aqui, para vocês. Mas o Full Nelson Slam nunca devia ser um finisher!
O que se aproveita: Não me lembro de alguém que tenha ficado com o finisher alguma vez. Também deve mudar.
Podia ser pior: Mais alguma fraca variante de um Facebuster ou Headlock Driver.
A alternativa: Ele tinha outro inicialmente. E é um indivíduo rápido e atlético. Fica bem um finisher de "strike" rápido que pode tirar do nada ou antecipar com uma chamada que seja um passinho de dança.

9 - Monstros fraquinhos


A rivalidade entre Drew Galloway e Lashley pelo TNA World Heavyweight Championship ainda não está assim tão perto da conclusão e há um Slammiversary para engrandecer a coisa. E Lashley tinha em mãos uma oportunidade de fazer Drew passar trabalhos. Escolhendo-lhe o adversário. Que vinha no plural, com ambos os Tag Team Champions Abyss e Crazzy Steve, dos Decay, a competir. Mas forte como ele é, Galloway venceu mesmo que não se conseguisse safar da azeda astúcia de Lashley.

O que está errado: Tag Team Champions a perder em vantagem numérica. Mesmo que fosse para um World Champion muito forte, eles também têm cintos, não podem ficar assim tão longe.
O que se aproveita: Também convém a Drew Galloway ser imparável, por acaso.
Podia ser pior: Total domínio singular.
A alternativa: É um booking um pouco à WWE. Atirar um Campeão Heel a um Campeão Face para proveito deste. Também nunca se acanharam de virar o olhar às vantagens numéricas. Um "no contest" é opção mas também é um pouco à moda da WWE. Outros dois? Toda a gente ocupada mas talvez recorresse a Tyrus e Spud, resolvendo a questão da candidatura aos títulos com os BroMans na seguinte semana.

8 - A ganhar às cegas


Continua o reinado de Trevor Lee sobre toda a X-Division, sob mentoria do veterano Gregory Shane Helms. A contar também com Andrew Everett como parceiro, defendeu o seu título num Ultimate X contra esse seu parceiro, de quem obteve ajuda, DJ Z e Eddie Edwards, principal rival nesta história. O combate estava ganho por Eddie Edwards, que conseguira obter o cinto mas Helms é demasiado esperto e distraiu o árbitro para que este apenas visse Trevor Lee com o cinto, após retirar-lho das mãos.

O que está errado: Tem o seu sentido na história, mas talvez não fosse pelo Eddie Edwards como o vencedor que não o foi. A parceria com Andrew Everett podia ser mais disto.
O que se aproveita: Apesar de tudo, é uma escolha totalmente lógica e aceitável. Edwards é quem principalmente rivaliza com Lee e Helms e acredito que daqui se retire - ou devia retirar - um one-on-one para o Slammiversary.
Podia ser pior: Se fosse ao DJ Z. Também se meteu ao barulho mas em segunda mão, era o que menos fazia sentido naquele posto.
A alternativa: Construiria uma aliança entre Trevor Lee e Andrew Everett, em que este ganha muitos combates por ele. Demasiados. Em competições singulares, seria sempre graças a um golpe dele. Várias competições em Ultimate X, Trevor Lee à rasca, era Everett quem o desenrascava - já aqui. Ao início fazia-o de bom grado mas a ambição e falta de reconhecimento faziam-no procurar vitórias para si, causando oposição de Lee e Helms e consequentes alternações. Culminaria numa Face Turn, feud pelo título e vitória de Everett.

7 - Jogo Técnico e Sujo


Dolph Ziggler foi surpreendido por um golpe baixo de Baron Corbin no Extreme Rules, no combate sem desqualificações entre ambos. Humilhado, Ziggler desafia Corbin para um combate de wrestling técnico, sua especialidade. Corbin aceita e Ziggler vinga-se... Com um golpe baixo. Olho por olho. Dente por dente... Aquilo por aquilo.

O que está errado: No Extreme Rules era um No Disqualification em que golpes baixos eram legais. Ziggler devia estar preparado para isso ou pior. O Baron Corbin é que foi tramado. O JBL tinha razão. Raramente tem e não devia ter!
O que se aproveita: O tal "olho por olho" é o método anti-bíblico a que mais se recorre e com que todos se identificam. Ainda é possível ficar do lado de Ziggler e contar isto como Corbin a sofrer a sua réplica.
Podia ser pior: Ziggler realmente planear o combate técnico e apenas levar com outro estouro nos Ziggies. Aí era burro só.
A alternativa: Até podia fazer o tal combate técnico mesmo e vencê-lo. Estenderia a mão a Corbin após a sua vitória e BAM! um estoruo bem lá. Muita humilhação para Corbin, muito cedo? Pronto, talvez, ponto válido por aí também.

6 - Rápida recompensa


Rusev já parece ter um novo pretendente com quem se preocupar. Já não pode fazer asneiras à vontade que é interrompido. Que o diga Zack Ryder que, após ser destruído por Rusev no Raw, foi salvo por Titus O'Neil que aproveitou o "Memorial Day" para se alimentar do patriotismo presente e desafiar Rusev pelo cinto.

O que está errado: A passagem do regresso de uma suspensão, de um castigo disciplinar, para uma recompensa foi quase imediata, deixando uma mensagem mista e confusa.
O que se aproveita: É bom saber que Titus O'Neil não ficou prejudicado a longo prazo por parvoíces.
Podia ser pior: A recompensa imediata foi uma oportunidade pelo título midcard. A oportunidade só. Podia ter ido mais longe ainda! Ou então: podia ser o Jack Swagger outra vez!
A alternativa: Concordo plenamente que a razão da sua suspensão foi parva e que recebeu o tratamento merecido: piadas correntes. Mas não sei se passa uma mensagem muito clara ao resto do balneário. Devia construir algo mais até se lançar a um desafio destes.

5 - Em crescimento


Johnny Gargano e Tommaso Ciampa continuam a impôr-se cada vez mais na divisão de equipas do NXT. E começam a mexer com os nervos dos ex-Tag Team Champions The Revival, de Scott Dawson e Dash Wilder, a quem ainda lhes é devido um rematch contra os American Alpha, já marcado para o próximo Takeover. É que estes "indys" não acreditam que os Revival consigam vencer os Campeões ou... Eles mesmos. Foi no último NXT que se deu a prova: Gargano e Ciampa venceram!

O que está errado: Deviam os candidatos aos títulos estar a perder combates no último NXT antes do TakeOver?
O que se aproveita: American Alpha, The Revival, Gargano & Ciampa. Olhem para essas equipas integrantes e regozijem.
Podia ser pior: Alterar o combate e mexer com o card muito encima da hora.
A alternativa: Acredito que seja para continuar o crescimento de Gargano e Ciampa como tag team. Torná-los candidatos aos títulos é um bom método, mas não precisavam de tirar momentum aos Revival já. Deixaria em aberto com os Revival a aperceber-se que talvez não conseguissem vencer e a abandonar, deixando a contagem chegar ao fim. Ficariam no topo da rampa a olhar em desprezo, até Gargano e Ciampa baixarem a guarda para procederem a um ataque e a consequente resgate dos American Alpha. Como aconteceu.

4 - We, the People! Again!


Há dois Smackdowns atrás, Rusev derrotou Kalisto com o título em jogo, naquela que seria a última oportunidade de Kalisto pelo cinto. Para aquecer, enquanto "espera" por Titus O'Neil, é-lhe dado Jack Swagger, com novo hype. Escusado será dizer que Rusev venceu. Sem nenhuma dificuldade extraordinária. Outra vez.

O que está errado: Já quantas vezes vimos esses dois a bailar?
O que se aproveita: Rusev tinha perdido muito ímpeto. Com estes petiscos, ao menos, vai acumulando vitórias.
Podia ser pior: Podia ser mesmo o escolhido para candidato ao título!
A alternativa: Não há mais Faces que possam dar uma perninha para o job? Até os Social Outcasts funcionam como tweeners quando é preciso!

3 - Por onde anda ele?


No Raw pós-Extreme Rules, começaram logo os combates de qualificação para o Money in the Bank. No meio dos vários combates, Cesaro foi um dos felizardos trabalhadores que conseguiu a vitória sobre o Campeão Intercontinental The Miz, apurando-se. Desde então, pouco se tem visto de Miz a não ser uma "dispensa" para Hollywood onde acredito estar a focar-se nas filmagens do "Marine 5". O Money in the Bank aproxima-se e não há sinais de título Intercontinental.

O que está errado: Por onde para o título Intercontinental que ainda deve ter a sua importância?
O que se aproveita: No futuro, a vedeta Miz falará destes tempos com algum disparate que lhe assentará a personagem.
Podia ser pior: O Campeão até estar lá, sem nenhuma actividade exterior, mas a fazer nada. Já foi tempo disso!
A alternativa: Sou a favor de Miz a Campeão e de Miz como "estrela de cinema" a fazer os filmes que lhe apetecer. Mas que uma coisa não estorve a outra e se administre bem isso. Umas coisas de cada vez, a seu tempo. Senão vemos o Chris Jericho a levar algum título para alguma tour dos Fozzy ou o WWE Championship a ser levado pelo The Rock ou pelo Brock Lesnar para... Ah pois...

2 - Chão feito de lava!


Segmento estranho com Roman Reigns e Seth Rollins, naquela que deve ser a principal história. Roman Reigns esperava o candidato ao seu título e velho rival no ringue para um confronto físico. Rollins vem, de facto. E nem está para conversas. Avança para o ringue. Mas nunca chega a entrar. Muitos falsos alarmes e jogos mentais, mas Rollins nunca chegou a entrar em ringue. Reigns não reagia.

O que está errado: Roman Reigns não fica muito bem visto aqui. Ou como um tipo muito malandro ou como alguém não muito esperto. Havia, literalmente, nada a impedi-lo de correr atrás. Ele só ficou quieto a olhar. Como não há Rollins de gozar com ele?
O que se aproveita: Se Roman Reigns não fica muito bem visto, já Seth Rollins foi brilhante. E sem dizer uma única palavra!
Podia ser pior: Mais longo e com Reigns mais especado ainda.
A alternativa: Isto já nem é novo. Já vimos três Wyatts encurralar alguém no ringue, sem saída. Fora aquele lado que estava livre e que dava para uma fuga perfeita e fácil. Mas não importa, encurralado. Aqui acontece o semelhante, havia um tremendo nada a impedir Reigns de avançar. Os jogos mentais de Rollins foram divertidos e podiam ter acontecido na mesma, claro. Mas ele até virava as costas calmamente, sem repercussões. Alguma vez Reigns devia descer e correr atrás para Rollins se aperceber, soltar uma cara aterrorizada de "Oh shit!" e quase tropeçar em si mesmo a correr desalmado. Sempre pareceria que Reigns se importava um mínimo.

1 - Uau...


Rivalidade mais intensa e azeda na TNA é entre irmãos. Matt Hardy pirou de vez e quer aniquilar o "Brother Nero". Mas falta-lhe assinar um contrato para um Full Metal Mayhem no Slammiversary. Tinha que ser feito em casa. E tinha que ser feito no segmento mais bizarro da década. No ringue das suas origens, através de uma distracção de Reby Hardy e um bebé de plástico, a finalizar com uma queda aparatosa do "Brother Nero" numa mesa. Já é oficial.

O que está errado: Que raio foi aquilo?!
O que se aproveita: Não se nega. É hilariante. Muito reproduzido e parodiado ao longo destes dias, fica a certeza que se tornará um clássico intemporal, um momento de galhofa "daqueles" que jamais nos esqueceremos. E isto vem de um apologista dessas coisas, deviam vocês ver a minha estranhíssima lista de filmes favoritos e o apreço que tenho em ver e rever segmentos clássicos como o da Katie Vick.
Podia ser pior: Mesmo só para pôr chantilly na coisa, o Matt Hardy devia ter super-poderes!
A alternativa: Qualquer coisa, a sério. Um segmento mais mundano com menos bebés falsos a ser atirados e mesas que realmente dêem para bumps. Para quê a necessidade de fazer segmentos à Lucha Underground, em versão mais pobre, com uns dotes de representação de Matt Hardy de fazer inveja a um grande Tommy Wiseau e uma realização a par de um clássico como "Manos: The Hands of Fate". Até pode arranjar-se maneira de meter o Matt Hardy a tocar piano, o homem até sabe!

Desnecessário alargar-me mais, já impliquei com coisas suficientes. E que podem nem ser nada por aí além, estejam à vontade de as defender, mas por vezes é preciso esticar um pouquinho para se compor algo. O resto cabe a vocês, nas oposições, nas concordâncias, nas defesas de momentos, nos acréscimos de momentos que não vos tenham caído no goto e que achem que podiam constar aqui. O habitual domínio público. Vejo-vos na próxima quinzena e um bom Euro 2016 a todos, com boa sorte a Portugal! (E já agora, para os nossos leitores Brasileiros, fica a forcinha para a Copa América a acontecer em simultâneo!)

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