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DezTaques da Semana (24.01.2016 - 30.01.2016)



Já a noite está avançada mas ainda é tempo de revisitar algumas coisas. E já se passaram algumas semanas. E já se passaram umas semanas com muito acontecimento importante a acontecer e ninguém cá para os destacar. Já viram a falta que isso fazia? Não respondam, não preciso da resposta forte assim tão directa. Mas é verdade, não há engano, o DezTaques da Semana está de volta e não tinha como falhar. Uma semana destas? Com Rumble, Lucha... É preciso estar a detalhar? Recordemos lá a semana!

10 - Recuperação


Mais uma história de David e Golias. Mas uma que tem recebido um bom apoio dos fãs que se têm mantido do lado de Kalisto. O raio do moço é divertido de se ver, como eles muito dizem! Tudo partiu de um grande momento no Monday Night Raw de há duas semanas que viu Kalisto surpreender todos, sacar de uma "upset" e derrotar Alberto Del Rio pelo United States Championship. Essa alegria seria substituída por uma enorme desilusão porque logo no Smackdown da mesma semana, Del Rio recuperaria o título. Para quê tanta coisa então? Simples, para prolongar esta brincadeira. Novo rematch para o Rumble e Kalisto vinha de coração e alma enormes e cheios e já com uma boa data de nomes lançados para puxar boas reacções. Tinha o público do seu lado. E, o que se pode notar dos dois encontros anteriores, é que foram dois grandes combates a trazer algo do melhor de Del Rio ao cimo. O do Royal Rumble? Ainda melhor. O ainda melhor do ainda melhor? Kalisto volta a vencer e a conquistar o título para mostrar que a sua persistência prevalece. Que venha um bom reinado. Já deu para se manter quente no Raw a derrotar - e a interromper - The Miz! O "pedido de desculpas" por isso seria numa defesa de título fantástica com Neville no Smackdown, que prometia muita acção voadora. E cumpriu a promessa. Grande combate e uma muito positiva nota para a sua primeira defesa de título com sucesso.

Nota: Botch tremendo no combate que não o estragou nem estorvou por passar por mera naturalidade num combate que se quer espontâneo.
Nota2: É só o Sin Cara lesionar-se que é um tal de ganhar títulos sozinho. A ver se ele percebe a pista...

9 - Ganham todos!


Ou quase todos. Continuam bons ventos no NXT e faz falta um candidato ao título de Finn Bálor, enquanto este continua a sair por cima de todos os desafios que lhe são colocados à frente. Três homens acharam que tinham legítimo direito ao cinto e a oportunidade de o provar foi-lhes cedida. Samoa Joe, Sami Zayn e Baron Corbin eram os homens e há duas semanas atrás William Regal marcou esta Triple Threat para marcar um candidato. Basta ganhar e está decidido um. É assim tão simples, não é? Talvez não seja. Após um muito bom combate equilibrado, instala-se a barraca quando o pobre desgraçado do Baron Corbin encontra-se preso num Sharpshooter de Sami Zayn e um Crossface de Samoa Joe. Ao mesmo tempo. Não teve outra opção senão desistir. Mas... Quem vence? O Tanas. Incerteza quanto ao responsável pela desistência, competidores, árbitros e Regal discutem. Mas nada ficou certo. Acabou a edição desta semana do NXT sem sabermos quem é o candidato principal ao NXT Championship!

Nota: Já o Corbin... Não há qualquer dúvida de que tenha ganho juízo para a próxima.
Nota2: Um final destes. Tragam-no dez vezes antes de qualquer desqualificação ou "no contest" que tanto gostam de fazer no Raw!

8 - OWNED!


Uma velha rivalidade foi recuperada no Monday Night Raw. O reencontro entre os arqui-inimigos Heath Slater e o rapper convidado por já múltiplas vezes, Flo Rida. O galardoado artista foi mesmo convidado a subir ao ringue e partilhar um momento com os Social Outcasts, que culminou... numa "Rap Battle". Com... Bo Rida! Digam o que disserem, o Bo Rida foi o Rei. Aliás, nem coloco muitas dúvidas na sua vitória e não estou sozinho nessa decisão. É claro que a diversão não podia durar assim muito tempo e Flo Rida chamou os Dudley Boys que vieram derrotar os Social Outcasts, representados por Bo Dallas e Curtis Axel. Mau perdedor, esse Flo Rida...

Nota: Mas a falar a sério, fui o único com dificuldade em acompanhar as rimas do Flo Rida? É que achei que as do Bo Rida fluíam muito melhor!
Nota2: Reagir como eles era a atitude certa, confesso...
Nota3: Sabemos o quão 2000 é gritar "WAZZUUUUUP?" mas os Dudleys podem fazê-lo e safar-se com isso. O Flo Rida não, nem que isso fosse a coisa mais 2016. Ou ele próprio o fosse.

7 - WHO'S THE BOSS?!


Haja lá uma divisão de Divas como deve ser! Muito bom combate entre Charlotte e Becky Lynch pelo Divas Championship no Royal Rumble, mesmo que fosse muito mais orientado por storytelling do que por wrestling puro como elas o faziam no NXT. Becky Lynch era a óbvia favorita, de bem longe e era a ela que se vendia o combate como vencido. Batalhou contra tudo, contra a adversária, contra Ric Flair, contra o próprio vestuário. E tudo isso estava a estorvar bastante, principalmente Flair que recorreu a beijos - para asco geral - e ao velho casaco para tirar a visibilidade de Becky e romper-lhe a submissão. Charlotte volta a vencer e a reter como uma Flair. E nós aceitamos. O que também aceitamos é uma visitinha de uma amiga nossa que já não víamos há um tempo: Sasha Banks rebenta com a arena! Assim sim! Faz aquilo que tem a fazer: atacar as duas e sair com a plateia a seus pés. Tudo a postos para um (bom) combate entre Sasha e Becky no Raw seguinte, que vinha a ser interrompido pela frustradíssima Charlotte. Há aqui uma história a três a abrir-se e nós à espera! Aquele cinto é para chegar quentinho à cintura de Sasha Banks!

Nota: Com Sasha Banks a agir a solo, Naomi lesionada e Tamina a lutar sempre como se estivesse lesionada... É oficial anunciar a Team BAD como acabada?
Nota2: O Ric Flair já beijou a Becky Lynch. Eu não. E é este tipo de coisas que levo na cabeça para as noites agitadas à procura do sono!
Nota3: No Smackdown, ainda são distracções de Ric Flair que custam os combates às adversárias de Charlotte. A vítima foi Natalya e, ao menos, safou-se de boca mais limpa. Foi só Flair desatar com "Wooos" desalmados e deixá-la estarrecida a olhar para ele e a perguntar o que raio estava a dar ao velho. E Charlotte aproveitou bem.
Nota4: Mas a acção de Divas continua a ser dupla na WWE! Ainda por cima há uma nova temporada de Total Divas para todos! Logo os dramas têm que passar para o ringue e é aí que, infelizmente, temos Paige e Natalya, com a primeira a voltar magicamente como Face. Foi essa a parceria que derrotou Alicia Fox e Brie Bella. Diz que a amizade de Paige e Fox estava azeda...

6 - Negócios de família


A principal conclusão a que chegamos no Impact Wrestling é que a Reby Sky é daquelas esposas mal recebidas na família. A família em questão são os Hardys, na qual já se instalou confusão. Matt Hardy, o novo TNA World Heavyweight Champion pensava que contava com o apoio do irmão nas suas acções na semana anterior, que o levaram ao título. Mas Jeff não é cá desses e disse-as como tinha que dizer, incluindo a boca suja para Reby Sky, a esposa que vai puxando as cordas. Culminou num desafio pelo título na mesma noite, ficando marcado o main event entre irmãos, com o título Mundial em jogo. E ia acontecer. Se aquele asilo andante que é a dupla de Eric Young e Bram não interrompesse para atacar Jeff. Desencadeou a vinda dos Beer Money ao salvamento, que originou a invasão da nova dupla de Crazzy Steve e Abyss contra a dupla de Storm e Roode. O último a tentar intrometer-se foi Kurt Angle, mas levou do Tyrus. Pandemónio. O que Matt Hardy fazia? Mantinha-se quietinho. Nem ponta de ajuda ao irmão. Nem quando Eric Young o enterra, de cabeça, por uma mesa dentro com um Piledriver. São essas imagens macabras que fecham mais um Impact Wrestling na POP.

Assunto relacionado e que também é assunto de preocupação para Matt Hardy é a existência de um candidato ao título a qualquer momento, como ficou definido para outros títulos, em mais um infame "Feast or Fired". Num combate repleto de estrelas a arriscar tudo, malas foram recolhidas e reveladas: uma oportunidade pelo King of the Mountain Championship para Eli Drake; uma oportunidade pelos World Tag Team Championships para James Storm (e Bobby Roode, creio que seja seguro supôr); uma oportunidade pelo World Heavyweight Championship para Drew Galloway; e, o mais trágico, a folha de despedimento para Grado. Continua a tradição!

Nota: A naturalidade com que Jeff Hardy anuncia, ao início, na sua chegada, que tem algo importante a fazer logo ia preparar-se, pintar a cara e ir ao ringue dizer o que pensava. Não é isso que todos fazemos?
Nota2: Novo cargo de Tyrus: babysitter. O que poderá ser mais triste para ele é que o pequeno Maxel está muito mais over do que ele!
Nota3: Em relação ao Feast or Fired: ele consta na digressão Britânica onde estão a ser gravados novos episódios, mas é demasiado triste pensar no abandono do hilariante Grado! Ainda para mais para conseguir aquela mala teve que superar e passar por cima do Aiden O'Shea! Esse podia ficar com ela!
Nota4: Em relação às malas e às invasões finais: Eric Young é o King of the Mountain Champion e aponta isso como razão para ser o candidato principal ao título Mundial, em vez de Jeff Hardy. Daí justifica o ataque. O engraçado é que ele é King of the Mountain Champion e estava no combate Feast or Fired, onde havia uma mala a garantir um combate por esse mesmo título. Gosto de pensar na situação caricata que aconteceria se, in-universe, Young vencesse essa mala. Se fosse o EY antigo, era capaz de lutar consigo mesmo que nem um Al Snow!
Nota5: E ainda em relação às invasões, devo aprofundar a situação de Abyss e Crazzy Steve que se aliaram por razões ainda desconhecidas e formaram uma equipa para atacar os Wolves, contra quem combateram neste Impact Wrestling, sem se preocupar com uma desqualificação. Mas não andam sozinhos e trazem uma simpática rapariguinha, Rosemary, que muito bem maquilhada, faz as Dollhouse parecer um grupinho normal a caminho da catequese. Nem estou a desgostar.
Nota6: E sublinho a superioridade de Crazzy Steve a Heel, tornando-se um palhaço psicopata. Um Doink the Clown invertido e aprovo-o.
Nota7: Só mais uma coisa a apontar é que entram com a "The Nobodies" de Marilyn Manson. Compraram-me aí mesmo!

5 - Muito a reter da Rumble


Claro que há muito mais acontecimento mais importante e de deixar cair mais queixos que ficará, muito evidentemente, nas posições mais cimeiras deste retornado DezTaques. Mas outras boas memórias a ter em conta se retiram desse grande evento:
- Mark Henry e Jack Swagger, no Kickoff, impediram os Dudleys, os Ascension, Darren Young e Damien Sandow de ir à Royal Rumble para durarem 45 segundos. E com isso refiro-me aos tempos dos dois juntos!
- Curtis Axel foi tristemente eliminado após pouco mais de 1 minutos da Royal Rumble de 2016. No entanto, não desesperemos, ainda está na de 2015!
- R-Truth, apesar de começar a ter o seu acto mais repetitivo, ainda conseguiu ser hilariante. Levar uma escada para o ringue, subi-la e perguntar pela mala puxou umas boas risadas sonoras da minha parte, mesmo que já o visse a acontecer. Diz que é para fazer parceria com o Goldust agora! Mas ele é um homem casado!
- Podem partir Kevin Owens e Dean Ambrose em cinco pedaços num combate Last Man Standing, que eles voltam para mais. Enquanto Dean Ambrose sobreviveu para contar a história toda, algo a aprofundar mais à frente, Kevin Owens foi mais cedo mas com grandes marcas lá deixadas. É ele o desmancha-prazeres que elimina AJ Styles e reencontra depois um velho amigo em... Sami Zayn! Surpresa agradável e que acabou por dar em Zayn a eliminá-lo. Mas, lá está, desmembrem o Owens se for preciso, que ele ainda vai ao Raw seguinte ganhar um combate contra o Dolph Ziggler!
- Continua o foco da Wyatt Family. Já eram Luke Harper, Erick Rowan e Braun Strowman dominantes quando chega o homem/besta com costas a ajustar com eles. É Brock Lesnar quem se livra dos três. Mas faltava um, que era o próprio Bray Wyatt... Que ainda pôde contar com os seus três gunões porque não há regra que os desqualifique. Os quatro, em conjunto, eliminaram a besta favorita a vencedora para choque de muitos e deixa em aberto o conflito na Wrestlemania! Com certeza que o povo conseguirá digerir melhor esse combate que o encontro com Kane que se deu no Raw seguinte!

4 - Regresso... A casa!


Voltou ele a fazer essa referência pausada. Com um Raw já com muita antecipação e a antever uma boa subida de audiências, dcidem apimentar um pouco mais a coisa ao anunciar o regresso de uma tremenda estrela. Era o Flo Rida? Foley nos livre! Aparentemente era o Miz, ele é que chegou com a limousine para enganar e irritar o povo. E ele pode fazê-lo porque é excelente nisso e sou eu o gajo que defenderá isso continuamente. Não era muito difícil prever quem era a figura que chega de forma bem ruidosa e enérgica: The Rock! Claro que só podia ser o bem galardoado actor e ex-WWE Champion que, num longo segmento sem interrupções, roubou o show. Interacções no backstage com Miz, Rusev, Lana e Big Show já puxaram gargalhadas mas, em ringue, tinha que ser visitado pelos obrigatórios. É da praxe. THE NEW DAY! A única maneira de melhorar. Foi um festim de piadolas e já havia referências à genitália de camelídeos. Acabou com a vinda de alguém que não tinha tanta graça como os que já lá estavam e que já leva um jeitoso historial de derrotas para com os Tag Team Champions: os Usos. Os New Day lá levaram na boca e o segmento tinha que ficar selado obrigatoriamente por um People's Elbow. Bem-vindo de volta, Rock. Vemos-te na Wrestlemania XXXII! Ou antes, se quiseres!

Nota: Diz que a boca sobre a flexibilidade de Lana é mais um castigo pelo heat que a falsa Russa tem no backstage. Eu cá acho que é precipitado... Eu nunca tive o privilégio de vê-la de (bem bem) perto e sei que ela é flexível. Já a viram a treinar?!
Nota2: "This is awesome" para um tipo parado no meio do ringue sem dizer nada... Lembram-se quando ele era fortemente apupado depois da Wrestlemania XXIX? Pois, é rápido de se esquecer!
Nota3: Por muito infantil que seja uma piada referente a um "pénis de lama", continua a ser melhor que "Rooty Tooty Booty". O Jericho de 2016 não compete com o The Rock de 2016...
Nota4: O que se retém ao fim é que... Os Usos ainda são os eternos candidatos aos títulos ou foi só porque sim? É que já sabemos que é isso que os vai ocupar na Wrestlemania! - certamente com outras equipas.
Nota5: O Smackdown serviu de oportunidade para os New Day expressar as suas frustrações quanto ao sucedido no Raw. E até puderam contar com Miz como apoio. A interrupção é que vinha por parte dos Usos, que traziam Titus O'Neil e Dolph Ziggler como companhia. Deu em combate e a vitória não sorriu para os queixosos.

3 - Está de volta!


Mais um grande acontecimento há muito aguardado: o regresso do único e sempre inovador Lucha Underground! Como boa série que se preze, não era esperada apenas pelo regresso da sua acção em ringue mas também para começar a responder a perguntas deixadas no final da primeira temporada, no Ultima Lucha. É feito logo numa "cold open" arrepiante com Vampiro a deixar um manicómio, a receber a boleia de Matt Striker e a voltar para o templo, agora governado pela bela Catrina, que está ainda mais louco que antes. Mas isto foi produzido pela Showtime ou quê? E depois vem a acção. Em menos de uma hora, aconteceu tanta coisa:
- Fenix e Catrina nunca foram melhores amigos. Quer dizer, até foram mas nem quando eram o eram. Daí que Catrina o quisesse tramar ou colocar à prova e colocou-o a defender o seu Gift of the Gods Championship contra King Cuerno. E foi esse o nosso primeiro combate da temporada. Acção desta, com títulos em jogo... E com uma mudança de título logo! King Cuerno é o nosso novo Gift of the Gods Champion e ainda nem meia hora tinha passado no primeiro episódio!
- Mais da Catrina a remexer e a causar confusão como já o Dario Cueto bem gostava de fazer. Desta vez colocou logo o trio conturbado de Ivelisse, Son of Havos e Angélico a competir. Logo agora que já se tinham entendido. Maneira de os convencer era com um bom prémio, que era a candidatura ao Lucha Underground Championship já nessa mesma noite. É a primeira noite ainda! Lá trabalharam as suas amizades e diferenças e deram um combate completo, nada de voos do Angélico, ainda não é preciso. No final, saiu a favorita Ivelisse por cima e partia para enfrentar alguém tão insignificante como Mil Muertes, que assistia de perto. O combate pelo título não foi o squash que se daria a entender, as coisas não funcionam bem assim aqui. Ivelisse mostrou muita resiliência mas a força de Mil Muertes era muita. E incluía a Catrina. Mil Muertes retém mas todas as vénias para Ivelisse. E todas as vénias para o Lucha Underground que regressa!

Nota: E para acabar, o regresso do nosso grande amigo. Dario Cueto! Com Black Lotus a seu lado, conseguiu atrair três estarolas com 20 paus de entrada cada um para um clube de combate underground. Não há sinal de que permaneçam vivos. Sejam bem-vindos!
Nota2: Até vem com trono e tudo. Mas mesmo sem trono eu diria o mesmo: o Mil Muertes... Que Rei!
Nota3: O Angélico voltou a parecer um pouco um Seth Rollins mais homoerótico. Não é que isso me incomode alguma coisa, mas foi o único mais próximo de um problema que eu consegui apontar aqui no meio disto tudo.

2 - GET READY TO FLY!


Ah markanço! Rumores cada vez mais fortes da presença de AJ Styles na Royal Rumble e do seu contrato com a WWE. Ganharam tanta força -  a sério, TNA? - que já estava praticamente garantido e se calhar já nem ia ser uma surpresa tão grande. Que não fosse, que lá se lixasse! Foi logo ao início, o terceiro participante traz uma música estranha e um fraco trabalho de câmara não nos mostra o grande crã, ficamos apenas a ver Roman Reigns a fazer uma cara semelhante à nossa. Ah e ouviu-se a plateia a passar-se completamente, logo não devia ser o regresso do Ted DiBiase Jr. Finalmente a câmara mostra-nos a chegada de um indivíduo encapuçado inconfundível: AJ STYLES! O esperado impossível acontece e AJ Styles chega à WWE para a Royal Rumble! Entrada lenta, para absorver bem a reacção daquele público ainda incrédulo e a batalhar com os próprios fluídos. Teve um estupendo desempenho e apenas se viu eliminado por um gajo de quem aceitamos isso: o perfeito Heel que adoramos na mesma, Kevin Owens. Já é tempo de dizer aquilo que parecia tão distante há um tempo atrás: AJ Styles está na WWE e outro acontecimento surreal, AJ Styles compete no Raw. Contra Chris Jericho! Com hype por todo o lado, o público assistiu a um grande combate - mesmo com Jericho a mostrar cada vez menos aptidão física - e a uma grande estreia. AJ Styles mostra que pertence ali e vem para marcar impacto. E a Wrestlemania é já ali!

Nota: Comentadores sem medo de mencionar o seu passado breve na WCW, pelo mundo fora, nas independentes, como IWGP Heavyweight Champion e... É isso aí. Há mais alguma coisa que não tenham mencionado?
Nota2: O Styles Clash a preparar-se para ser o novo GTS do Hideo Itami... E chega então o Smackdown em que Styles é desafiado pelos Social Outcasts e enfrenta Curtis Axel... Para finalizar em grande com um Styles Clash! Isso é para começarem a ver o Smackdown!
Nota3: Com a eliminação, podemos ter um Styles vs Owens, assim só naquela porque até era jeitoso?
Nota4: Se Jericho vem para ter combates destes, tudo bem, assim sim. Mesmo que seja um Jericho bem mais lento e aparentemente intoxicado que o Y2J dos nossos hábitos. Mas passa bem.

1 - Time to play the game!


O grande momento que marcou esta semana. Uma Royal Rumble diferente, já isso sabíamos nós. E seria essa mais uma Rumble para Roman Reigns vencer? Muito indicava que sim, mesmo sendo o primeiro participante a entrar. Até conseguiram uma manha - que não deixou Reigns assim tão bem visto - de tentar enganar e vender a ideia de que Reigns estava arrumado e de evitar que o povo se fartasse de o ver no ringue durante uma hora ou mais: um ataque bruto da League of Nations, orquestrado por Vince McMahon. Sem o eliminar, no entanto, Reigns apenas teve que ser retirado pela equipa médica. Um repouso longo. Deu para Reigns descansar e atacar Sheamus quando este entrava e voltar ao combate e esperar pelo último participante... TRIPLE H! O patrão de Reigns, que este destruíra no TLC, voltava e vinha equipad e pronto para a porrada. Estava escrito o final com um frente-a-frente com os dois e a possibilidade de vitória a pender para qualquer um dos dois. Qual não é o pasmo quando Triple H elimina Roman Reigns e fica Dean Ambrose no ringue! Boa surpresa e deu-se um bom intercâmbio entre Ambrose e Triple H que apenas resultou na polémica vitória do COO, tornando-se Campeão pela 14ª vez, quando já não é totalmente activo. Caiu mal a muitos. Mas desta vez era suposto! Triple H celebrava, as reacções do público eram mistas.

Mais tinha que vir na noite seguinte no Raw, com a celebração da Authority e com Triple H a armar-se em Finn Bálor, a exibir o cinto por baixo do casaco do fato. Afirmou que será WWE Champion enquanto tiver que o ser e que não precisa de ser Campeão. Mas quer. É o Triple H, com ele pode resultar assim. Anunciou também que, no Fastlane, seria definido o seu adversário no main event da Wrestlemania. Mas essa revelação fecharia a noite, após um combate à la Teddy Long, com Roman Reigns e Dean Ambrose a enfrentar e a vencer Sheamus e Rusev da League of Nations. O anúncio seria feito de imediato: no main event do Fastlane seria definido o adversário para Triple H numa Triple Threat entre Roman Reigns, Dean Ambrose e... Brock Lesnar!

Nota: Vá, o que eu penso. Não me incomoda esse final e essa decisão mesmo que as críticas acerca de Triple H a roubar títulos em 2016 seja fácil para recorrer. E é, não o nego. Mas foi um final bem feito e, desta vez, ao contrário dos dois anos anteriores, não era suposto ficar agradado com o final, com a vitória dos Heels autoritários! E, ironicamente, as reacções do público não foram como as dos anos anteriores, a "adorados" babyfaces. O resultado não era assim tão imprevisível mas o "twist" do fim ao não deixar Roman Reigns para o final foi bom e surpreendente. Todo o combate foi bem feito e este resultado é o mais viável para dar seguimento à storyline. E sim, a ideia é fazer Reigns sair fortíssimo, paciência.
Nota2: A League of Nations dá um enxerto a Reigns. Volta a colocá-lo no ringue e a eliminá-lo para o eliminar a acabar o serviço de vez? Nada disso! Somos uma stable Heel! Nunca é suposto sermos muito espertos!
Nota3: Previsível ataque de Roman Reigns a Sheamus. O Irlandês ia muito devagar. Na Rumble. Ora, ele não era o AJ Styles a digerir as reacções. Nem o Miz com medo. Nem o Triple H a regressar em qualquer altura. Ou o Randy Orton em qualquer ocasião. Logo é claro que estava à espera de alguma coisa!
Nota4: Domínio de Lesnar na Rumble? Como é isso, mesmo?
Nota5: Roman Reigns até saiu bastante fragilizado daqui. Não só não conseguiu chegar ao derradeiro final, como chegou onde chegou porque esteve uma grande parte do tempo fora.
Nota6: Smackdown a ser imprevisível e a dar-nos um Hightlight Reel com Reigns e Ambrose, de modo a culminar em confusão para o main event, com a interrupção da Wyatt Family. O main event viu Reigns, Ambrose e Jericho contra Bray Wyatt, Luke Harper e Erick Rowan. Uma também previsível desqualificação fechou o combate e quando se instalava o caos e os números favoreciam a Wyatt Family, ainda para mais com um gigante do lado deles, o resgate vem de Big Show que iguala e permite ao trio sair por cima e escorraçar os gajos sujos. Sim, isto é o combate do Night of Champions com menos hype e com Jericho a entender-se melhor com os outros. E sim, o Big Show é Face.

Outros acontecimentos de relevo:

- Chad Gable e Jason Jordan, agora os American Alpha, continuam a sua crusada em direcção aos títulos Tag Team, ao derrotar ex-Campeões sucessivamente. Calhou a Blake e Judd desta vez, ser vítimas. O público adorou mas quem não deve ter achado muita piada foi a Alexa Bliss...

- Nia Jax, coberta de heat emprestado pela sempre amada Eva Marie, destrói a pobre Liv Morgan. Eva Marie apareceu mas não lutou. Querem melhor?

- E sabem quem está de volta? Alex Riley! Com novo visual e atitude, derrota Bull Dempsey com imposição e queixa-se numa promo do backstage de ser ignorado e ficar para trás em relação a lutadores independentes, formados fora e favoritos dos fãs. Numa promo assim e em TV, suporto-o e gosto da atitude que possa ser utilizada e traduzida em acção. No Twitter, ele só tem feito figura de parvo.

- Misterioso continua ele. Elias Samson derrota o jobber John Skyler e ainda não temos informações sobre ele para além da sua agressividade, que é um fã e músico de country solitário e que se parece muito com o Damien Sandow. Precisamos de mais.

- Acção de X Division, pelo título, a entusiasmar mas a mostrar a falta de rumo dessa divisão no Impact Wrestling. Tigre Uno a defender contra DJ Z e Mandrews. E tem sido sempre isso, uma combinação semelhante de três a fazer muitos moves porreiros. Troquem o Mandrews pelo Manik e têm qualquer combate do ano passado. O sinal de melhoria: as estranhas aparições de Gregory Shane Helms que parece estar a tramar alguma contra Tigre Uno! Já existe aqui uma história!

- Instala-se a rivalidade entre as Dollhouse e as Beautiful People. Porque a Gail Kim é a Campeã e não faz parte de nenhum dos grupos. Mas seguindo, o confronto foi singular e colocou Awesome Kong a derrotar Velvet Sky e "ganging up" nela com as restantes Dollhouse, até à tentativa falhada de salvamento de Madison Rayne que apenas foi forçada a assistir a um grotesco Splash da segunda corda de Kong sobre a pobre Velvet Sky. Ela parece pesar mais que o Bubba Ray...

- E começa a desenrolar-se o torneio Top Prospect à procura de novos talentos para enriquecer o plantel da Ring of Honor. Nesta primeira ronda vimos sair vencedor um já veterano Brian Fury - não confundir com o fantástico Bryan Fury do Tekken - sobre o mais novato Shaheem Ali. E temos Heel!

- Por falar em novatos, Cedric Alexander tem uma séria derrota a redimir. Mas a preocupação de Veda Scott ainda parece ser um processo sobre a companhia. Um desafio foi respondido pelo grande e adorado Cheeseburguer que, mesmo com uma streak de upsets a pairar contra Cedric e com o eterno factor underdog de Cheeseburguer... Este teve as suas oportunidades e a vitória de Alexander não foi fácil. Jonatham Gresham, rookie que o derrotou na semana anterior, veio impedir asneiras e logo ali se desencadeou um rematch que Alexander nem se preocupou em vencer e deixou desqualificar-se. 

- Jay Briscoe e Michael Elgin, num rematch de um grande encontro no Survival of the Fittest, era o main event que acabou por ser enriquecido e aumentado pela presença de Moose que fez do combate uma Triple Threat. Briscoe tinha algo a redimir, sendo que Elgin é um de um raro par de wrestlers com uma vitória por pin sobre Briscoe em muito tempo. Daí o bicampeão querer alguma vingança. Conseguiu-a após um combate bem árduo e difícil. No final, sempre o respeito acima de tudo.

Figura da semana: Triple H. É COO, manda. E se quiser ir ao ringue ganhar títulos, fá-lo, como o fez na Rumble. Talvez não uma surpresa para todos mas um grande momento. 14º Título Mundial para o The Game.
AJ Styles. E cá está ele. E aquilo é um pop, senhoras e senhores!

O desaparecido: Micah. Referência aqui feita propositadamente para mencionar algo. Pelo que consta, não esteve presente em nenhumas gravações para futuros episódios do Impact Wrestling. Falta de planos ou será que nem empregado pela TNA está ainda?

Classificação: ***** Que se lixe. Não vou estar a fazer demasiados cálculos para reduzir a nota. O Royal Rumble foi excelente. O Raw foi muito bom. Temos AJ Styles num lar que lhe faltava no currículo. The Rock visitou-nos. O Lucha Underground está de volta. É isto que se quer numa semana de wrestling!

E com estes destaques concluo e acabo com a mesma cantiga de sempre, que já tinha há semanas atrás, nos mais activos tempos deste almanaque semanal. Que isto é vosso e que podem e devem comentar o que aconteceu. A troca de ordens também é bem-vinda e eu confesso-o: está aqui um pódio difícil e, se pudesse, colocava-os todos na primeira posição! É porque a semana foi boa e é porque devem comentá-la. Estejam à vontade e estejam cá na próxima semana, que este espacinho voltou para ficar. Desde que eu não falhe. Até lá portem-se bem, agasalhem-se e desfrutem destas entusiasmante épocas - Road to Wrestlemania e nova temporada de Lucha Underground.

Cumprimentos,
Chris JRM

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