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DezTaques da Semana (21.02.2016 - 27.02.2016)



Bem-vindos a uma nova edição do DezTaques da Semana que voltou a hibernar a semana passada. O meu pedido de desculpas pelo sucedido ecá estou de novo, com a minha saúde de volta para vos trazer um novo resumo da semana. É que esta não podia falhar, foi bem recheada e com muita coisa a acontecer em muito lado!

10 - De volta à irmandade


Confesse-se que não foi o mais forte dos NXTs. Não é que lhe tenha faltado a sua solidez mas não avançou muita coisa e tinha muito "filler" na sua constituição. O seu main event também está longe de ser dos melhores que já apresentaram. Mesmo em termos de acção em ringue, com pouca força para manter um combate verdadeiramente apelativo. A Bayley não ia fazer tudo sozinha e o realmente se desenrascasse daqui ia depender dela e do tempo que ela passasse no ringue. Refiro-me ao main event em tag team entre a parceria de melhores amigas cuja amizade não foi agitada pelo combate por título que tiveram anteriormente, Bayley e Carmella, e a parceria já antiga da sempre amada Eva Marie e de Nia Jax. Foi um combate passável, de história de vingança simples, com plateia cansada e pouco envolvida. Nunca passou do morno e tiveram que erguer a fasquia ao levantar algum heat com a vitória do filtro humano de todo o heat. Após conseguirem o isolamento de Bayley, Nia maltratou Carmella com três Leg Drops massivas, permitindo a Eva Marie um pin oportunista. Até foi inteligente. Mas o que tem a malta à espera é mesmo o encontro de Bayley com Asuka...

Nota: Já vi isto a ser mencionado por aí. Bayley e Carmella têm funcionado como o Roman Reigns e Dean Ambrose do NXT. Mas sem o exagero dos laços familiares à força.

9 - O que elas andam a fazer


Dois combates de Divas aconteceram no Fastlane, a culminar duas histórias. Como tem funcionado a divisão de Divas e nem me importo. O combate de abertura pertenceu-lhes e foi o superior dos dois encontros com a parceria duvidosa de Sasha Banks e Becky Lynch a derrotar Naomi e Tamina. Um combate competente, onde até a Tamina se portou bem, e onde não havia grande surpresa a tirar-se desta cartola. Tinha um simples dever na história e aquecer o público pra o restante espectáculo que se desenvolveria. Cumpriu-o e tinha as melhores Divas no combate para o fazer, mesmo que estivessem do mesmo lado. Encontro com expectativas mais baixas mas que se demonstrou competente - mas nada por aí além - foi o muito pessoal confronto entre Charlotte e Brie Bella, que viu a Campeã a reter o título. A história do finish é simples, Brie Bella tinha um Half Crab preso mas magoara uma perna anteriormente, o que a impedia de manter força sobre a manobra e obrigou-a a ceder, deixando a aberta para Charlotte prender o Figure Eight. Mas fica a estranha sensação de que queriam transmitir outra ideia. Brie aplicava a manobra voltada para Ric Flair que, para tentar proteger a filha... Desatou a gritar-lhe "What about Daniel?". Nunca era suposto acreditarmos que foi isso que a levou a largar, pois não? Espero que não e que tenha ficado como uma mera loucura à moda Flair. Como seria de esperar e já com a Wrestlemania a chegar, as duas histórias fundiram-se no seguinte Monday Night Raw. Sasha Banks derrotou Naomi e a história viria a repetir-se. E repetiu-se mas para o seu lado também, com Becky Lynch a acudir quando o ataque caía sobre ela. Só faltava uma visita de Charlotte para nos comunicar que um combate entre as parceiras-mas-não-amigas seria realizado para definir uma adversária pelo título na Wrestlemania. E, de repente, tudo aqueceu!

Nota: Gostei daquela sucessão de patadas seguidas da Naomi. Mas a Sasha Banks, no apron, a gozar com ela é que foi verdadeiramente um dos mais altos pontos da noite!
Nota2: A minha aposta para a Wrestlemania? Um empate ou "no contest" obriga a complicações que se resolverão da forma simples: a inserção de ambas numa Triple Threat. Mantenho a Triple Threat porque não há construção aparente para Natalya, não sei bem o que se está a passar com a Paige e a Bayley tem um Takeover a ocupá-la e acredito que só estreie depois da Wrestlemania.
Nota3: Achava a Becky Lynch que ia ter sossego no seu combate com Natalya no Smackdown mas ainda tinha que ter Naomi e Tamina à perna. Atacaram Natalya para estragar as coisas e instalou-se o caos até vir a essencial ajuda de Sasha Banks. A deixa para Charlotte lhes voltar a lembrar do combate que apuraria uma candidata ao título para a Wrestlemania e mandá-las marcar o Raw nas agendas!

8 - O mundo é de Mundo


O trocadilho super-foleiro deste subtítulo justifica-se pelo protagonismo e supremacia da estrela do Lucha Underground que é Johnny Mundo, que brilhou no episódio desta semana. Estorvou e criou rivalidade com aquela besta assustadora e atlética que é Cage e agora encontra-o. A meter-se em apuros. Cage aproveita esta sua integração na nova temporada como Face - era um excelente Heel na primeira mas o seu estilo atlético surpreendente e contraditório à sua constituição física fazem dele fácil de se apoiar - para entrar contra Mundo a todo gás e com o público do seu lado. Uma prova de força e também de atletismo visto que era o que aqui abundava mas estava demasiado equilibrado para haver um simples vencedor. Tinha que existir algum tipo de táctica. Da parte de Mundo, claro. Uma ajudinha de uma cara conhecida da AAA, Taya, vem dar uma ajuda menos limpa a Mundo e criar uma nova aliança. Serviu para o entusiasta de parkour sair vitorioso num difícil desafio. Mas ninguém acredita que Cage vá ficar parado de braços cruzados...

Nota: Ainda nos lembramos de um Ultima Lucha com Johnny Mundo a receber ajuda da sua amada, Melina. Até me sentiria mal por ver uma nova aliança, mas dado o historial da menina Melina, até me sinto bem por ele querer expandir um pouco o seu leque...
Nota2: E por falar em grandex exibições de atletismo, aconteceu outro encontro muito notável neste bom episódio do Lucha Underground, que viu o renovado e mais "dick-zado" para um Heel de maior impacto Jack Evans, a derrotar outro high flyer na forma do caloiro PJ Black. É de notar a falta de vitórias de Black com duas derrotas nos seus dois únicos combates. Pode ser para começar alguma coisa.

7 - Feliz Aniversário, ROH!


Mais um grande PPV a decorrer em Las Vegas, onde a Ring of Honor celebrou o seu 14º aniversário com mais um evento repleto de combates de grandes implicações. Apesar disso, não foi um evento com muitas alterações. Alguns dos seus principais acontecimentos a destacar:
- Jay Lethal tinha uma árdua tarefa mas conseguiu manter o ROH World Championship na sua posse, ao vencer a Triple Threat contra duros desafiadores como Adam Cole e Kyle O'Reilly.
- Surpreendente mudança de título com o ROH TV Championship. Mas foi antes do 14th Anniversary. Tomohiro Ishii já entrou no PPV como TV Champion e forçou o combate a uma Triple Threat... E saiu de lá vencedor, sobre o ex-Campeão Roderick Strong e o seu rival Bobby Fish.
- Tiraram as desqualificações ao combate pelos ROH World Tag Team Championships mas tal não conseguiu favorecer os desafiadores All Night Express, de Kenny King e Rhett Titus, contra os Campeões War Machine, de Hanson e Raymond Rowe, que se juntam à lista dos "ainda Campeões" da noite.
- A "Elite" de Kenny Omega e dos Young Bucks a defender os NEVER Openweight 6-Man Tag Team Championships foi um belo de um brinde. Também se mantiveram Campeões, a passar por cima da aliança de Matt Sydal, ACH e Kushida.
- Michael Elgin sabia o que estava a fazer quando conseguiu a parceria com Hiroshi Tanahashi para desafiar os Briscoes. É que os irmãos multi-Campeões não foram capazes de vencer o desafio!
- Percalço na emancipação de Adam Page, ao sair derrotado contra BJ Whitmer. O povo quer é Steve Corino à porrada!

6 - Presos!


Uma boa edição do Impact Wrestling a passar-se dentro da boa e velha jaula. É a edição especial do Lockdown! Tudo ajudou para um Impact Wrestling de qualidade elevada e um main event com muitas implicações e muita história. Mas antes de chegar a essa conclusão, houve todo um card para percorrer:
- Os Beer Money abriram o evento com uma sólida vitória sobre a equipa de Eric Young e Bram. Combate de abertura jeitoso e é esperada e bem atribuída a vitória aos Beer Money. Imenso fã de Young e Bram, tanto individualmente como em equipa, mas os Beer Money nunca perderiam nem podiam perder o seu primeiro combate de maiores implicações. Fizeram-no com convicção e, com o Jimmy Havoc a estorvar os Decay, talvez já tenham mais espaço para partir para os títulos já.
- Gregory Shane Helms continua a ser um bom mentor para Trevor Lee, que permanece X Division Champion. Mesmo depois deste Lockdown, onde voltou a defender contra Tigre Uno. Bom combate, é um bom ambiente para a X Division. Mas com um nome de peso como Helms e feuds concretas, espero que esteja aqui o pontapé-de-saída para uma revitalização da X Division. Quanto ao resultado, parece que nem saltar do topo da jaula valeu a Tigre Uno e Trevor Lee encontrou a sua saída vitoriosa.
- Aproveitar para fazer um pouco de história com o primeiro Lethal Lockdown feminino, mesmo que apenas contasse com seis Knockouts... Se contasse. Por óbvio ataque das Dollhouse, integrantes de um lado, Madison Rayne foi retirada da equação, ficando apenas Gail Kim e Velvet Sky para as defrontar. Gail Kim tentou recrutar Maria Kanellis mas não existiu qualquer confirmação. Quando já estavam cinco no ringue, à espera da terceira ajudante de Kim e Velvet, Maria Kanellis realmente vem... Mas é apenas para trancar a jaula e ficar do lado de fora, deixando as Dollhouse em vantagem. Foi este trio o vencedor e foi uma boa escolha, a de Jade, para obter o pin. De longe, a superior daquele grupo e, a par com Kim, no topo do talento da divisão de Knockouts. As Dollhouse saem por cima. Algo que é mais raro que o que parece e devia ser.
- Alto momento da noite. Odarg the Great é o momento alto de qualquer noite! Vinha para defrontar Eli Drake que, sabe-se lá porquê, vinha a insistir que aquele era o Grado! Combate evidentemente cómico, com Jessie Godderz a tentar interferir a favor do seu parceiro Eli Drake, mas a chamar a ajuda de Mahabali Shera, a favor de Odarg. A vitória sorriu ao peculiar personagem, mas a um alto custo: a máscara ficou na mão de Eli Drake! E... ERA MESMO O GRADO?! O QUÊ?!

Nota: Todas as notas positivas altas para a Boozer Cruiser Cam!
Nota2: Com Gail Kim e Jade a ser evidentemente as melhores naquela jaula, Marti Bell e Madison Rayne como as competentes a meio termo e Velvet Sky e Rebel como as piores à vontade... Tinham que se livrar da Madison Rayne?
Nota3: Após os escândalo, Grado tenta pedir ajuda a Billy Corgan mas, parece que é para levar o "Feast or Fired" para a frente e Grado é despedido. Continuo a esperar que seja temporário e que ele trame mais alguma. Nem que seja outro Odarg.

5 - Slowlane


É verdade que o Fastlane foi de recepção mistas. Tudo se justifica bem com o facto do seu conteúdo ser misto. Resumo numa só entrada as principais desavenças da parte do card ali mais do "meio". Por lá houve coisa boa, coisa bem boa, coisa fraca e coisa que acaba por se classificar apenas como má. Recordemos:
- Num combate surpreendentemente movido para o Kickoff, Kalisto reteve o United States Championship contra Alberto Del Rio num 2 out of 3 Falls. Entende-se o estatuto de "underdog" de Kalisto e a procura de não deixar Del Rio muito por baixo. Mas foram estranhas opções para "falls", com Kalisto a vencer com uma DQ e um roll-up. A "fall" com mais respeito até foi a de Del Rio. Mas apesar de tudo foi um bom combate, um degrau acima de outros que já deram. Seguiram em caminhos separados no Raw, com a aliança dos Lucha Dragons e de Neville a perder para os New Day e Del Rio a dar a sua contribuição ao main event, como parte da League of Nations.
- Num dos melhores combates da noite, tal como esperado, Kevin Owens consegue manter-se Campeão Intercontinental em mais um combate contra Dolph Ziggler. Foi um dos pontos altos da noite, mas fica a desilusão de não o termos tido a dar a sua graça no Raw. Mas um tease para uma feud de Wrestlemania com AJ Styles já lá está!
- O festival de sono que foi a Wyatt Family contra a equipa de Big Show, Kane a Ryback não foi apenas fraco. Também padeceu em decisão de final. A Wyatt Family sai perdedora para uma equipa que integra dois veteranos gastos sem grande razão. Convencido estava eu de que deviam ainda ser uma ameaça. Mas a única ameaça que são capazes de nos fazer é a do rematch. Que concretizaram no Raw, para agonia da maioria. Aí o encontro ficou marcado por algo diferente: até o Ryback se aborreceu com aquilo e abandonou o combate. Só assim é que a Wyatt Family - já com Bray Wyatt na vez de Braun Strowman - vence. Ryback justifica-se dizendo que está farto de trabalhar em equipa e que deve pensar nele. Não fiquei esclarecido se devia ter sido uma Heel Turn a sério ou não.
- Eterno mark por Edge & Christian para largar numerosas risadas durante o Cutting Edge Peep Show com os New Day, outros pelos quais não me fico muito abaixo. Mas dou a devida razão a quem desprezou este segmento, que não foi dos melhores. Não tiro o factor entretenimento aos E&C nem aos New Day, ambas equipas das mais divertidas na história, mas o segmento não teve qualquer rumo ou até sentido. A participação da League of Nations serviu de nada e não enriqueceu coisa alguma. Tudo bem que tivemos o Edge a lançar notas à dança de Big E, mas de resto, nada se justificou. No Raw, como já disse, os New Day derrotaram os Lucha Dragons e Neville e fica a indicação de que a rivalidade com a League of Nations possa ser para prosseguir.
- Curtis Axel derrotou R-Truth porque o WWE Main Event foi ali parar de alguma forma. Tudo para mais um passo negativo na história de Goldust a querer fazer parceria com R-Truth, apenas estorvando mais. No Raw, tentou pedir desculpas com um bolo que só lhe foi parar à cara. E isto continua e nós sem sabermos porquê...

Nota: E porque o Smackdown é lar de combates de equipas, a acção em ringue por lá abriu com toda a League of Nations - até King Barrett! - a vencer os Lucha Dragons com Neville e Dolph Ziggler. Pouco a aprender daí.
Nota2: Kevin Owens afirmou, antes do Smackdown, estava tão inspirado pelas acções de Dean Ambrose que decidiu oferecer-lhe o rematch nessa noite. Em que ele não estava. E ele fartinho de saber. Achou que já podia tirar uma folga por já ter derrotado toda a gente. Grande erro: foi desafiado por Big Show. Mais tarde, bateu o gigante por contagem. Como seja, não precisamos de Big Show atrás do título Intercontinental! Ou qualquer título!
Nota3: Goldust mostrou-se mais útil no Smackdown ao ajudar R-Truth a derrotar Heath Slater. Se calhar até pega, agora...

4 - Afinal alguém é mesmo fenomenal!


O final da trilogia, o desempate. O que era num ringue "maior". Tinha uma enorme responsabilidade de ser o melhor da série. O que vale é que tinha performers de confiança como AJ Styles e Chris Jericho. Já um candidato a combate da noite antes do início do evento, no final concretizou-se e ficou empatado com o main event, como um dos principais pontos a valer realmente a pena deste PPV que prossegue a sua dificuldade em manter-se, ainda para mais numa altura tão louca como a Road to Wrestlemania. Combate fantástico e Stylees vence, saindo como vencedor desta série e a dar mais um passo em cimentar o seu legado nas "big leagues", como Jericho tanto lhe falava. No final, parecia chateado e pronto para se vingar mas estendeu-lhe a mão. Ainda é um bom homem. E levou essa brincadeira ao extremo no Raw seguinte ao babar-se todo a elogiar AJ Styles pelo seu feito. Os dois já estavam no ringue a trocar respeito quando são interrompidos pelos estraga-festas - ou melhora-segmentos se me perguntarem a mim - Social Outcasts, que pareciam fartos do festim de amor que ia ali com os "Y2AJ". Ambos gostaram do nome e da ideia de fazerem parceria para ir às trombas aos Social Outcasts. Concretizou-se com a equipa dos até ainda agora rivais a derrotar a combinação de Heath Slater e Curtis Axel.

Nota: O que tenho a apontar contra o combate no Fastlane é o "kick out" de Jericho ao Styles Clash. Ele ainda agora chegou e essa é apenas a segunda aplicação da manobra, isto pode fragilizá-la muito.
Nota2: Continuou a parceria "Y2AJ" contra os New Day... Desafio para o qual precisavam de um parceiro. Calhou bem que o Mark Henry tenha tido problemas com eles porque ofereceu logo ajuda, que foi aceite. Aliança sagrada, pois nem as suas habituais "shenanigans" serviram de alguma coisa para os Tag Team Champions, com a equipa de AJ Styles, Chris Jericho e Mark Henry a sair vencedora, após um mortífero Calf Crusher obrigar Xavier Woods a desistir.
Nota3: O AJ Styles dançou por uns segundos para gozar com os New Day. MEU DEUS, CAIAM TODOS OS SANTOS DOS ALTARES, ESTRAGARAM O AJ STYLES PARA SEMPRE! Malta... Um cházinho...

3 - Big Money Matt compra tudo...


O grande main event do Lockdown via Matt Hardy ceder o rematch a Ethan Carter III e a defender o TNA World Heavyweight Championship dentro da jaula. Antes disso já EC3 tinha tido oportunidade de subir ao ringue para agradecer a Rockstar Spud pela sua ajuda na semana anterior. Será que aqui já alguém suspeitava que isto trouxesse água no bico? É que o combate decorreu, com a sua esperada qualidade e algumas semelhanças aos seus encontros anteriores, em intensidade. Basearam-se muito nos "near falls" e nos falsos finishes com EC3 a sair de muita coisa que, por norma, acabaria com ele. Matt Hardy tentava de tudo e não obtinha nada parecia mesmo que não existia nada que detesse EC3. Teve que vir a Reby Sky, de novo a orquestrar tudo, planear algo, até à interferência de Rockstar Spud, que vinha ser o salvador disto tudo. Ou então não. Lembram-se dos agradecimentos todos nessa mesma noite? Pois, isso mesmo. Spud vira-se a EC3, fecha-lhe a porta da jaula na cara - literalmente - e ainda dá uma forcinha a Matt Hardy quando este se escapa. Hardy rouba mais um antigo aliado de EC3 e retém o título!

Nota: Mas é uma manobra arriscada, uma Heel Turn a Rockstar Spud, o derradeiro underdog de quem é tão fácil gostar. Ainda para mais em território Britânico!
Nota2: E nada contra uma nova feud entre EC3 e Spud, a química deles é estupenda. Mesmo com a estranheza das posições agora trocadas.

2 - Brotha vs Brotha vs Beast


Era assim que andavam a vender o combate e todos estavam à espera de uma verdadeira implosão da parceria e irmandade dos dois adorados irmãos falsos, Roman Reigns e Dean Ambrose. Mas uma implosão completa não podia acontecer sem turn. E Reigns não está em posição para Turns - para eles, porque muito povo bem pedia uma dessas - e uma em Ambrose nunca resultaria. Logo a história desse main event foi outra. A aliança entre Reigns e Ambrose para deitar abaixo Lesnar, que não tinha qualquer problema em ser colocada de lado, na hora de se resolver o assunto entre eles. Duas powerbombs à Shield pela mesa de comentadores dentro fizeram as delícias dos fãs e era o fundamental para impedir Brock Lesnar de desatar aos Suplexes a tudo o que se mexesse naquele ringue. Ou de o impedir de fazer mais, porque eles existiram na mesma e em abundância. A história do "Lesnar vs Reigns & Ambrose para desbloquear o Reigns vs Ambrose" estendeu-se até Lesnar, ainda assim, conseguir superiorizar-se e prender Reigns num Kimura, obrigando Ambrose a recorrer a cadeiras. Pancadas chegavam para todos. E ao despachar Lesnar distraiu-se e voltou-se para receber um Spear que selou a vitória a Roman Reigns para desilusão da maioria e surpresa de ninguém. Tanto a história desenvolvida como o resultado eram esperados mas o combate conseguiu ser estupendo na mesma e fazer valer a pena muito do evento. No final, Triple H e Reigns trocam olhares. Por essa noite, seriam olhares. No Raw do dia seguinte, a acção dividia-se em dois:
- Ainda antes do Raw, quando Dean Ambrose chegava à arena é recebido com festa: um ataque de Brock Lesnar obriga-o a abandonar a arena à qual acabava de chegar, numa ambulância. Paul Heyman dá uma promo sobre o sucedido e é interrompido por uma ambulância... Pelo que se sugere, roubada pelo lesionado Ambrose porque o gajo é tolo. Nem segurar-se conseguia mas rastejou até Lesnar na mesma, que o avançou com desprezo. A força que Ambrose tinha era para um desafio: uma Street Fight na Wrestlemania! Aceite!
- Roman Reigns passou a maioria do Raw agarrado ao telemóvel a tentar obter informação sobre o amigo. Deram-lhe mais com que se preocupar: um combate com Sheamus, com toda a League of Nations bem perto, para estorvar. Duraria pouco e começavam a estorvar mais directamente e mais de perto. Seria a menor das suas preocupações porque chega Triple H e não vem de fato. Aliás, vem pronto para dar a carga de lenha da vida de Reigns. Face repetidamente arremessada contra a mesa de comentários até fracturar o nariz. Quando chegou ao Pedigree nos degraus, já cara de Reigns era um grotesco chiqueiro de sangue. Foi essa imagem violenta de um Reigns ensanguentado que fechou o Monday Night Raw e começou a última etapa em direcção ao main event da Wrestlemania, pelo WWE World Heavyweight Championship.

Nota: Também só tenho um pequeno problema a apontar no main event do Fastlane. Todas aquelas cadeiradas ao Roman Reigns e ele obrigado a fazer um "no sell" para surpreender Dean Ambrose logo naquele momento. Era desse tipo de coisas que se atiravam ao Cena...
Nota2: A este ponto, se o Ambrose não fizer alguma louqueira enquanto lesionado e roubar veículos, então temos mesmo que assumir que ele está a virar Heel nesse corrente momento!
Nota3: E eu que jurava que o Bray Wyatt estava prontíssimo para ser elevado a adversário do Brock Lesnar! Alterações para quê?
Nota4: A reacção a Triple H durante aquela "beatdown" tão bruta... Sim, Reigns está bem!
Nota5: Asneirolas ao início e muito sangue ao fim. Vá, delirem!
Nota6: Triple H abre o Smackdown com uma promo para recordar quem ele é. Isso ou o segmento de abertura do Raw era para o Shane e o papel dele no Raw era dar porrada no Roman Reigns. E a sua promo interminável de abertura tinha que acontecer em algum lado!

1 - HERE COMES THE MONEY!


Previsibilidades no Fastlane? Peguem lá disto, então! Outro factor que sempre achei previsível foi aquele prémio "Vincent J. McMahon" que deixou muitos a pensar no que poderia ser e na sua importância. Eu sempre vi aquilo como um mero brinquedo para heat e pensei logo em Authority. Até achei que fosse para o Triple H, mas esse preferiu desfigurar pessoas, tinha mais a ver com ele. O prémio foi para Stephanie McMahon, que o recebeu banhada em vaias e com uma falsa emoção. O lindo vinha quando ela se preparava para dar um discurso que tinha preparado "só por acaso". Uma certa música familiar contra-lhe o pio e traz um indivíduo a dançar e aos saltinhos. E ela conhece-o bem: o próprio irmão! Shane McMahon de volta ao Monday Night Raw! Shane O'Mac regressa, leva o público à loucura, recusa abraços e apertos de mão do pai e faz revelações chocantes. Parece que ele ainda tem uma boa fatia de poder ali e a Stephanie só consegue coisas porque ele deixa. Ela nem se acredita mas o velho do Vince parecia em apuros e teve que ficar a sós com o filho mais velho que, muito curto e grosso, lhe pediu controlo do Monday Night Raw. Caramba, fá-lo! Mas isso chateou Vince. Tanto que ele até soltou uma asneirola das pesadas para choque da plateia e colocou-lhe o ultimato. Shane McMahon poderia executar a sua parte como proprietário da WWE e controlar o Monday Night Raw se... Derrotar Undertaker na Wrestlemania num Hell in a Cell!! Shane, Taker, Mania, Cell, Wat-the-Shit?! Ninguém estava preparado para isto!

Nota: É aí que se dividem opiniões. Um pouco em público, sim, mas foi muito mais no próprio segmento. O regresso de Shane McMaho levou tudo ao rubro, fritanço geral. Ser o adversário de Undertaker na Wrestlemania foi um soco no estômago e mais abaixo que matou a "mood". Ainda há muita esperança de que haja desenvolvimento de storyline suficiente para fazer o combate sofrer algumas alterações até lá...
Nota2: O derradeiro "giveaway" de que o tal prémio era só uma valente balela para a Authority? Era o segmento inicial. Há lá Raw com um longo segmento inicial sem incluir Triple H ou Stephanie McMahon?
Nota3: Vince McMahon a soltar "F bombs", Shane McMahon a falar de assuntos delicados e verdadeiros em relação ao negócio, ali em pleno ringue... Eles querem atirar-se a esta Wrestlemania com mais força que um Leap of Faith do próprio Shane!
Nota4: Já envelhecido, surgiram comparações do aspecto físico de Shane McMahon, ao do actor Matt LeBlanc. E, da mesma forma que o regresso de Shane ser excelente mas não para ser adversário de Undertaker, uma reunião de Friends também seria excelente, a não ser que seja sem o Chandler...

Outros acontecimentos de relevo:

- Continua a crusada anti-mesa dos Dudleys. Vinham enfrentar os Usos. Só que não, deram-lhe os Ascension. Alimentaram-nos, vá. Vitória fácil para os gémeos e até seria no Smackdown onde passariam mais trabalhos, com D-Von Dudley a derrotar Jimmy Uso em competição singular. 

- American Alpha continuam em alta. Ex-Campeões Blake e Murphy continuam à rasca. Nova vitória a sorrir para a equipa de Jason Jordan e Chad Gable e a Alexa Bliss deve estar cada vez mais perto de se passar!

- Estão a deixar o Apollo Crews arrefecer e a deixar interesse desvanecer. Deixaram uma Heel Turn fugir e agora faz falta algo com ele para lhe manter interesse renovado. O simples combate com Christopher Girard foi jeitoso mas nada por aí além para o estabelecer de novo.

- É-me desconhecido o que Bull Dempsey deixou feito antes de partir. Assumimos isto como uma despedida: uma derrota contra Tommaso Ciampa!

- Na próxima semana, novo combate na "Farewell Tour" de Kurt Angle contra Bobby Roode mas o foco mesmo é o combate final... com Lashley! Que... Parece ainda algo alterado e afectado com aquele combate em que perdeu o título para Angle... Até lhe está a mudar um pouco a atitude. Tudo lenha para a fogueira que será o combate deles!

- King Cuerno, o Gift of the Gods Champion, derrota Killshot e já recebeu o recado de Catrina de que defenderá o seu título contra Fénix na próxima semana. A atrapalhar a Catrina quando essa tem mais com que se preocupar: Pentagón Jr! Desse tinha eu medo!

- Dá passos a feud entre Texano e Chavo Guerrero, com este a fazer de tudo para lhe complicar as coisas. Nesta edição competiu contra ele mas num "Gauntlet" com os dois integrantes da "Crew". Começou mal para o Guerrero porque o Cisco foi num instante. Foi Cortez quem complicou mais a vida ao ex-AAA Champion e permitiu a vitória a Chavo nesta etapa da rivalidade.

A figura da semana: Shane McMahon. HERE COMES THE MONEEEEEEEEY! Bem-vindo de volta!

O desaparecido: Titus O'Neil. HA! Só mesmo para a galhofa!

Classificação da semana: **** Semana de Fastlane deve ser semana muito positiva, mas acontece que o PPV não foi nada por aí além. O Raw do dia seguinte até teve momentos superiores. Eleva-se a fasquia e classificação com um bom e sólido Lockdown e com mais um PPV na semana, este a celebrar os 14 anos da Ring of Honor. Um pouco por todo o lado, mas houve coisa boa!

E por aqui concluo mais uma edição. Difícil inserir tanta coisa de importância em apenas dez posições, mas é aí que entra a minha batota das entradas múltiplas. Perdoem-nas, vá. E comentem estes acontecimentos aqui destacados, os vossos favoritos, algo que merecia mais destaque, o costume. O plano é voltar na próxima semana e peço que lá estejam para a recepção, mais uma vez. Até lá fiquem bem e continuação de uma boa Road to Wrestlemania!

Cumprimentos,
Chris JRM

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