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Análise e Pensamentos do WWE RAW: Guerra é um Inferno


O Análise e Pensamentos do WWE RAW avalia o semanal mais famoso da WWE, classificando todos os combates e segmentos tendo em conta a sua qualidade. Nesta edição, fala-se sobre a continuação da rivalidade entre Seth Rollins e Kane pelo WWE World Heavyweight Championship, assim como a continuação da Divas Revolution e da rivalidade entre Bray Wyatt e Roman Reigns e o que de restante ocorreu no programa da segunda-feira.

ASSISTAM AO MONDAY NIGHT RAW:
http://wrestlingnoticias.blogspot.pt/2015/09/wwe-monday-night-raw-28092015.html




Está de volta! Oh…

A WWE conseguiu fazer com que o desafio aberto de John Cena pelo USA Title fosse sagrado o suficiente para os smarks, pelo que a vitória de Cena contra Rollins por esse título foi o suficiente para o celebrar com o regresso deste desafio.

Este desafio tornou-se popular por ser algo que não estamos habituados a ver na Raw. Eles evitaram largamente as armadilhas do booking em que caem quase sempre, tais como maus finais por desqualificação. Era (quase) sempre alguém que queria ganhar o titulo, e isso junto a um campeão formidavel que deu tudo por esse titulo, é sempre algo de valor.

Mais importante, não foi usado para marcar um six-man tag mais logo, e muito menos como uma ferramenta para construir (ainda mais) um combate pelo título num especial evento ao vivo (ou mesmo um house-show glorioso) dias mais tarde.

No entanto, foi isso que tivemos no último RAW com Xavier Woods a aceitar o desafio, o que levou a uma interferência de Big E e Kofi Kingston, para que os Dudley Boyz pudessem também interferir e isto levar a um combate de equipas interpromocional. Isto foi feito, claro, para ajudar a vender o combate pelo título no especial evento ao vivo no Madison Square Garden este próximo sábado.

Isto normalmente seria aceitável. Era normal para um RAW em Setembro. Bolas, até acho que é fantástico que os New Day continuem atrás do USA Title, isto depois do que Woods disse no Twitter.

Mas, por outro lado, isto é pouco satisfatório porque desvirtua tudo que o desafio aberto do USA Title era suposto ser. Se não fosse o regresso do mesmo, e adicionando a expectativa extra por causa de tal facto, isto não valia a pena ser mencionado. Mas foi.

No entanto, estou ansioso pelo Big E vs Cena.

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Um passo para a frente, outro para trás

Tal como tudo neste show, eu não consegui decidir se gostei deste segmento. Parece que a WWE está a puxar a Divas Revolution de tal maneira que ela vai explodir, tudo porque há uma imensa confusão na mesma.

Ou algo parecido com isso?

A realidade é que eles estão de tal maneira assustados em dar mais do que um segmento às mulheres neste show que juntaram tudo num só segmento, o que resultou numa salganhada pior do que a que tinham.

O bom:
  • Becky Lynch deu conta de Miz tão bem como estaríamos à espera, trazendo o seu sexismo e misoginia ao de cima, antes de pegar no microfone deste e desafiando-o a fazer algo quanto a isso
  • O “heelismo” de Nikki Bella porque ela está mesmo a juntar-se algo pelo facto de ser heel, e a fazer acusações ultrajantes
  • Paige é um milhão de vezes melhor como heel porque ela pode permitir que o seu lado emo adolescente vir ao de cima
  • Natalya é a verdadeira babyface que a contradiz
O mau:
  • Promo de Charlotte, quer na forma como a disse como no conteúdo que ela falou, nomeadamente que ela anda a falar sobre mulheres capacitando umas às outras num ringue, onde estão a lutar por um cinto (ou deviam)
  • Paige mandando bocas ridículas sobre Brie e Nikki namorarem com Daniel Bryan e John Cena, uma vez que isso não tem nada a haver com esta história
  • O facto de que é difícil descobrir qual é a história que estão a contar aqui
  • Que de alguma maneira eles juntaram a Team PCB e que esta ficou chocada quando Paige as deixou, e ainda mais chocada quando ela atacou Natalya
Há muito potencial aqui, mas estão a tentar fazer muito em pouco tempo. Se eles se preocupassem em dar tantos segmentos às mulheres como aos homens, elas podiam fazer wrestling divertido e de valor.

Bolas, até podia ser melhor do que o RAW que estamos a ter hoje em dia

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Tão mau que é bom?

Estou perplexo pelo booking nesta rivalidade entre Seth Rollins e Kane, portanto vamos voltar atrás para tentar fazer algum sentido do ponto de vista geral.

Alguém fez uma queixa anónima contra Kane, portanto a “Ashley dos RH (Recursos Humanos)” foi chamada para avaliar a situação. Kane fica descontraído enquanto Rollins perde a cabeça numa tentativa desesperada de provar que Kane não é o Director de Operações que afirma ser, mas sim um demónio do inferno que é surpreendentemente bom a esconder tal facto.

Eventualmente, Ashley dos RH encontra Kane com "saúde mental" e "capaz de continuar os seu trabalho como Director de Operações". Rollins, por outro lado, é um narcisista e profundamente paranóico. Isto claro leva a um confronto entre os dois, onde Rollins aleija a perna de Kane e este é levado de maca.

Este, é posto na ambulância e esta começa a afastar-se, no entanto esta pára do nada, começa a ficar vermelha por dentro, enche-se de fumo e o DEMÓNIO KANE sai de lá. Ele está a mancar, mas do nada bate com o pé e está recuperado das lesões. Então ele vai até ao ringue para afastar Rollins antes de posar como WWE World Heavyweight Title.

Não tenho a certeza se isto foi escrito para ser tão ridículo. Mas foi tão mau que até podia ser bom.

Eis o problema. Quem é que tens de apoiar e com quem tens de te preocupar? Kane enganou a coitada da Ashley e provou que era o psicopata violento com poderes demoníacos do Inferno. Rollins por outro lado, é tudo que Ashley dos RH disse que ele era e provavelmente muito pior.

Então, porque é que temos de ter dúvidas nesta luta? “Espero mesmo que aquele demónio dê cabo do narcisista no grande evento!”

Isto chega a um ponto onde, e volto a repetir, é tão mau que chega a ser bom, onde não consegues evitar mas rir-te do ridículo disto tudo. Mas isto não faz dinheiro, não vende um combate nem faz com que queiras ver mais na próxima semana

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O melhor do resto

Tensão: Então eles marcaram um Roman Reigns vs Bray Wyatt como combate principal, e este último está muito confiante porque é como ele é, enquanto Dean Ambrose, sendo o bom amigo que é, faz a voz da razão (tirando a parte dele ser um lunático, claro) e tenta chegar a um bom senso antes de oferecer apoio. Isto é bom! Então Reigns avisa o que tem Randy Orton também como amigo, devido a inimigos mútuos e Ambrose não leva isto muito a sério depois de terem sido queimados por Chris Jericho no Night of Champions. Isto é muito bom! Orton aparece para acalmar os ânimos e ficamos a pensar no que vai acontecer no combate mais tarde. Talvez o melhor segmento (em termos de avançar uma história) por parte destes gajos em anos. A tensão entre Ambrose e Orton está muito bem conseguida.

Big Show vs. Mark Henry: Eu gostei da honestidade que veio do booking de Show nestas semanas. Eles estão a construir um evento ao vivo na Network, e um combate contra Brock Lesnar. Então pô-lo a vencer uma quantidade de adversários maiores e mais fortes, quer dizer que ele pode vencer o adversário mais forte de todos. Claro que Cesaro e Henry não são tão credíveis para fazer isto valer a pena, mas eles não estão a falar de um combate na Wrestlemania... eles estão a construir um combate que vai acontecer num House Show transmitido na Network. Adicionem uma "video package" mais logo e chega bem para o combate.

Wyatt Family vs. Prime Time Players: Gostei do layout e da fluidez deste combate. Titus O’Neil e Darren Young foram apresentados como uma verdadeira equipa que eram campeões há não muito tempo enquanto Luke Harper fez quase todo o trabalho (e ele é sempre sólido) enquanto o Grandalhão McStrongman manteve o seu estatuto como um monstro invencível. Um combate giro, duro entre grandalhões.

Stardust vs. Neville: Eu adoraria o regresso do King Barrett se nos dessem motivos para isso. Não deram, por isso não adorei.

Randy Orton vs. Bo Dallas: Um clássico combate baseado no “heel que goza com a equipa local antes do face dar cabo dele pouco tempo depois”. Isto nunca passa de moda mas vale a pena porque dá para algumas estrelas da WWE terem vitórias limpas como esta.

Kevin Owens vs. Rusev: Este acabou com os dois não tendo um combate à seria, mas sim juntarem-se para dar cabo de Ryback antes de Dolph Ziggler aparecer para dar um superkick em Rusev e ter Owens a fugir. Mau. Tudo mau.

Heyman: Quando chegaram a esta promo, o público estava pouco activo – não que tivessem motivos para estarem activos – e foram tratados para algo que não era exatamente emocionante. Heyman fez a sua parte ao vender o combate e por Show como uma ameaça legítima a Lesnar. Eu não sei se vão pôr mais olhos a ver o combate, mas fizeram o que podiam.

Roman Reigns vs. Bray Wyatt: Não estava a odiar o combate que estavam a ter até ao final por desqualificação e não odiei o final tendo em conta como estavam a ser bookados, mas veio na altura errada de um episodio do RAW como este. A rixa depois do combate foi divertida e deu a entender que estes podiam ter uma rivalidade por algo mais importante como o WWE World Heavyweight Title. O "shot" final do RAW com ambos no chão depois de múltiplos spots em grande foi fantástico.

Foi um show estranho. Fizeram muitas coisas certas, mas muita coisa errada também. Algo foi tão mau que chegou a ser certo. Acho que ficamos no meio.

Nota: C

Original de Geno Mrosko com tradução de Simão Machado
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