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Slobber Knocker #133: Rescaldo do Royal Rumble


Bem-vindos a mais uma edição do Slobber Knocker e trago aquilo que já tinha prometido. É apenas mais uma revisão a um dos eventos mais polémicos em toda a história da WWE, ficando a competir com a Rumble do ano anterior para qual a que teve pior recepção. Até cheguei a ter a ideia de substituir este artigo para todo um referente ao polémico main event e ao que esteve errado nele. Mas também posso fazer isso aqui, não posso?...

Se ainda não tiveram demais destas ao longo desta semana, aqui fiquem com mais uma revisão ao Royal Rumble deste ano, que volta a inaugurar a “Road to Wrestlemania” de forma demasiado agitada e não da maneira que eles queriam.

Cesaro & Tyson Kidd (c/ Adam Rose & Natalya) derrotam The New Day (Big E & Kofi Kingston c/ Xavier Woods) no Kickoff


Planos alterados. Originalmente seria um 6-Man Elimination, mas Xavier Woods não podia competir e tiveram que alterar o combate, deixando também Adam Rose de fora e retirando as regras de eliminação. Se calhar se assim fosse, até podia ter sido um combate melhor. Mas não é que tivesse havido algo de errado com este, porque não houve.

Fica nula a minha compreensão da expectativa negativa para este combate, apenas porque envolve umas quantas gimmicks menos felizes. Quando olho para este combate, mantenho o positivismo porque vejo bons performers em todos os integrantes. Ainda para mais quando aqui compete a potencial nova equipa de Cesaro e Tyson Kidd, esse aglomerado de enormes talentos, que queixa há a retirar aqui?

O único que podia exigir é que fosse essa parceria a vencer, nem só pela preferência, mas porque são os que devem ser agora lançados, ainda para mais quando os New Day já deixaram bem claro que não vão a lado nenhum com essa gimmick que se baseia em nada basicamente. E até isso se concretizou e fez-se após um combate sólido, que esteve longe de roubar qualquer porção de espectáculo que fosse, mas que fez bem aquilo que era suposto: aquecer. Ainda para mais, deu-nos a conhecer o alto calibre desta plateia, que se mostrava bem ruidosa, como se quer, especialmente nos louvores a Cesaro. E bem sabemos o quão barulhenta ela conseguiu ficar mais tarde, mas já aí chegamos.

O combate serviu e já aqueceu o ringue para toda a acção que aí vinha. Se eu quiser falar do futuro destas tag teams, adianto o dos New Day e digo o que toda a gente já percebeu: não têm futuro, pelo menos desta forma. Quanto à parceria de Kidd e Cesaro, aliados a Adam Rose, eu se fosse booker, mandava-os já para a Wrestlemania e construía-os para serem candidatos aos títulos de equipas para defrontar os Usos no evento, deixando-os ter daqueles combates que andavam a ter pelos títulos, há uns bons meses atrás e por acaso envolvendo os Usos. Se tanto querem brincar com o star power na Wrestlemania, uma brincadeira que aqui podem arranjar é que, da mesma forma que a equipa de Cesaro e Kidd tinha Adam Rose e os Rosebuds do seu lado, os Usos também tinham uma “party crew” constituída pelo pai Rikishi e dois velhos amigos em Scotty 2 Hotty e Brian Christopher. Ideias soltas. Como se já não soubessem que eu faço demais disso.

The Ascension derrotam os New Age Outlaws


Fraco, fraco, fraco. Tudo nos Ascension é fraco actualmente e isto é dito por alguém que sempre gostou dos Ascension enquanto estes estavam no NXT – que se frustrava tanto com os seus constantes squashes a jobbers como qualquer outro, mas que gostava da ideia deles e da sua execução. Uma das provas mais fortes – quiçá ao lado de Adam Rose – de como alguém que brilha no NXT, falha redondamente no plantel principal. E com uma mudança de gimmick completamente desnecessária.

Depois de uma paupérrima construção, veio finalmente algo a parecer um propósito: a velha rivalidade com as lendas que já muita boa gente teve pelo midcard – sim, no midcard porque a do Orton foi muito diferente e de outra categoria – para ir entretendo. O combate com os New Age Outlaws é, em teoria, uma boa maneira de os estabelecer. Mas se eles ainda estão, também, na missão de convencer, então não é com um combate fraquíssimo como este que o farão.

O encontro foi maioritariamente dominado pelos New Age Outlaws e, numa questão de cinco minutos, acabaram os Ascension por capitalizar e vencer. Ao final desses rápidos minutos, percebemos que a equipa de Konnor e Viktor fez pouco mais que um par de “rest holds” e uma inversão final que culminou na vitória. Isto, para convencer, faz zero e mais depressa resulta para “desconvencer” alguém. Até porque eu já estava ciente de que eles eram bastante limitados em ringue mas que, em equipa e com gimmicks interessantes, podiam safar-se muito bem na divisão tag team – o que não falta lá é disso. Parece que lhe retiraram os dois factores e terão que recomeçar do zero, para levar os Ascension a algum lado – no caso de Adam Rose, reconheço que me parece já ter sido isso feito e que já melhorou qualquer coisa.

Bookei a dupla de Cesaro e Kidd para a Wrestlemania porque não vejo qualquer futuro certo e brilhante para os Ascension, pelo menos para já. Cheira muito a que a ideia seja eles conquistarem os títulos na Wrestlemania, mas over como eles não estão, fica algo agridoce. Também não os ia querer enterrar, logo fico de braços atados. Cá fico para ver o que fazem, sempre sabendo que eles podem puxar uma asneira do absoluto nada.

The Usos derrotam The Miz & Damien Mizdow pelos WWE Tag Team Championships e retêm os títulos


Já existiu mais história entre estas duas equipas do que agora. Até gostei de ver aquele envolvimento da Naomi e de fazerem algo desse género, porque acrescenta algo mais à divisão de equipas, em vez de se limitar a criar competição básica à volta de vitórias sobre os Campeões e respectivas candidaturas aos títulos. Aprofunde-se a divisão tag team e deem-lhes storylines mais concretas! No entanto, essa história já desvaneceu e quando chegou aqui ao Royal Rumble, a história que rola são os primeiros indícios da separação de Miz e Damien Mizdow. Nem é tarde, nem é cedo, foi bem engraçado enquanto durou e acabar antes de ficar demasiado gasto e sem piada não tem grande propósito.

Quanto a este combate em si, creio que ele não tinha nenhuma responsabilidade assim tão grande neste card, nem se esperava que roubasse o show, mesmo que os Usos já o tivessem feito várias vezes anteriormente, sempre bem acompanhados por bons adversários. Não tinham nada sobre a mesa que pudessem acrescentar à estrutura do combate, a não ser mais um pequeno puxão ao cordel que separará a equipa do actor e do duplo, mas isso é algo que já tem vindo a ser progressivamente feito há um tempo.

Logo foram atrás do costume e deixaram os Usos dominar com uns spots à Usos, enquanto vamos dando umas risadas à custa do Damien Mizdow, que vai sempre imitando as manobras executadas e sofridas por The Miz. O que também existiu e que já começa também a parecer típico é Miz a não apanhar os colegas nos dives, já sabemos bem a trapalhada que ele já causou devido a isso. Os Usos saem com uma vitória limpa e um encontro satisfatório que solidifica o seu segundo reinado em direcção à Wrestlemania.

Quanto ao futuro, acho que já ambos o têm escrito. Os Usos devem ter o seu reinado garantido até à Wrestlemania. Lá devem ter à sua espera, ou os Ascension ou Cesaro & Tyson Kidd. Já disse qual desses preferia, lá veremos qual eles preferem, se é que preferem algum desses – se optarem só por uma equipa. Miz e Mizdow já têm escrito que se separarão e o culminar também se deve dar na Wrestlemania, possivelmente com Mizdow a sair por cima e a ter o seu primeiro push como Face. Renova a imagem porque não faria sentido emancipar-se do Miz para continuar a imitá-lo e podia trazer o Damien Sandow antigo de volta, progressivamente, chegando a utilizar o próprio Miz como isco para bocas intelectuais à qual o plastificado estrela de Hollywood não encontra resposta. Estiquei-me um pouco aí, mas de resto, acho que é simples de se prever.

The Bella Twins derrotam Paige & Natalya


Até lhes deram um combate relativamente longo e com uma equipa constituída por duas das mais talentosas que lá estão – vá, não se riam e digam que são as Bellas, não precisam de ser maus – saiu algo aceitável e razoável. Mas precisa de um pequeno empurrão para sair da categoria do “fraco”, porque não fez muito, não acrescentou muito ao evento – o que já é costume com as Divas agora – e notaram-se vários erros por parte das Bellas, especialmente a Brie que se atrapalhou ali algumas vezes. E ela até andava a ser a melhorzita das duas.

Mas foi o que foi e não se deve condenar a vitória das Bellas porque temos que nos lembrar que a Nikki ainda é a Campeã e não é muito famoso andar aí a somar derrotas, ela ainda não é Campeã Intercontinental. Já equilibrou visto que foram sucessivas derrotas para com as duas talentosas Divas da outra equipa que construíram este combate e fica tudo em aberto em relação à candidata ao título – criando possivelmente alguma tensão entre Paige e Natalya.

Com isso mencionado, fico a ponderar os planos para a Wrestlemania. Se colocarão essas duas amigas a enfrentar-se, se Nikki ainda será a Campeã, se vai ser um combate a envolver um montão delas para lhes dar a participação no grande palco, se dá tempo de a AJ regressar. Uma divisão demasiado instável para se prever muita coisa, sinceramente.

Brock Lesnar derrota Seth Rollins e John Cena, num Triple Threat pelo WWE World Heavyweight Championship e retém o título


Lindo, impecável, tremendo. É uma pena que toda a polémica que se montou à volta da Rumble, do seu vencedor e das suas circunstâncias possa ter ofuscado algo tão bom como este combate. Nem dá para dizer que ainda é cedo para estar a abrir a lista dos combates do ano, mas este já reservou o seu lugar lá, logo já creio que seja seguro fazer a menção. Todos os três performers estiveram excelentes e finalmente vimos que já deixam Seth Rollins brincar com os miúdos grandes e a provar que o consegue fazer com facilidade.

Teve um desenvolvimento muito próprio do cenário específico que existia neste alinhamento, tinha tudo para ser muito mais que um mero spotfest e assim o foi. Brock Lesnar era a besta que tinha pouco a fazer a não ser manter essa postura e dominar – acrescentam-se os seus “no sells” como prova de que não é às boas que se mantém o monstruoso Campeão no chão e a necessidade de três Attitude Adjustments seguidos fica aqui em destaque como momento a acrescentar à abundância de German Suplexes como mostra de domínio; John Cena ainda parecia estar a tentar redimir-se após a massiva derrota e o azedo sabor da quase vitória que experienciou no final do Verão passado e tinha que levar um “mindset” ainda mais focado, por ainda ter outro perigoso adversário com que se preocupar. E Seth Rollins brilhou por todo o lado por onde se podia brilhar, mantendo um bom balanço de oportunidades de vitória em relação aos adversários. Não há como não destacar spots como a elbow drop sobre Lesnar na mesa de comentários, aquela manobra aérea cujo nome ainda não verifiquei que foi algo espectacular, de uma beleza tremenda e digna de sacar de um pop à plateia como se tivesse regressado um herói a casa e o seu desempenho no final, onde ficou provado que mesmo sendo o homem derrotado e a ficar por baixo no pin, foi praticamente a figura da noite e pode estar aqui o cimento que o manterá no topo da companhia de forma permanente.

Não tenho propriamente algum defeito a apontar ao combate. Nem no vencedor que foi justíssimo, visto que não esperava que existisse já o cash-in de Seth Rollins neste evento e vou com a ideia de se levar o reinado de Lesnar até, pelo menos, a Wrestlemania. Claro que o único erro seria dar a vitória ao Cena, mas não foram por aí. Nem em qualquer momento em concreto do combate, dou as minhas maiores aclamações ao momento em que Lesnar estava “arrumado” como uma forma de o humanizar e de mostrar que ainda era possível deixá-lo vulnerável. Tal contribui para criar a ideia de que, com os tipos certos e aqui o caso era Seth Rollins, até existem maneiras de bater o imbatível, assim como também contribui para aumentar o estatuto de besta de Lesnar quando este retorna desse estado para vencer o combate e sair por próprio pé sem aparentar grandes dificuldades ou danos.

Momento alto da noite e verdadeira prova de qualidade acima da média neste evento, que pode deixar boas portas abertas para a Wrestlemania. Podemos virar-nos contra a ideia do Campeão ausente mas não nos podemos virar contra as capacidades de Brock Lesnar em ringue e ele já leva uma boa colecção de grandes combates entre as suas poucas aparições. O encontro com Roman Reigns nem tem por que ser tão mal afamado e até tenho boas expectativas para ele. E no caso de dúvida, temos sempre que questionar se Seth Rollins ainda será uma peça no meio disto tudo ou não. Para já, a cena do título desaparecido está com bom aspecto, principalmente com um combate destes a embelezá-lo.

Roman Reigns vence a 30-Man Battle Royal e apura-se para o main event da Wrestlemania XXXI


Chega ao momento de falar sobre esta polémica toda, não é? Aqui ficam os meus dois cêntimos e dado o tipo de combate que é, farei uma análise por tópicos.

O combate em si – Confesso que até mesmo em termos estruturais, já vi combates bem melhores. Fiquei sempre com a sensação de curtas participações e de muita gente a entrar e a sair do ringue, sem se ter aquela sensação caótica de muitas Superstars em ringue, ficando a parecer que estavam a fazer as coisas à vez. Superstar que podiam ter aguentado muito mais tempo no combate – e nem me vou focar naquele – e que eram despachados rapidamente, ficando poucos para se destacar. Felizmente cederam uma excelente participação de Bray Wyatt – que por acaso foi quem foi para casa com aquela eliminação.

O vencedor – Aqui está a causa da guerra. Reigns merece, Reigns não merece... a verdade é que se via muito mais mérito a Reigns no ano passado, quando se deu outro final fortemente vaiado pelos fãs. Porque também, muita coisa mudou ao longo do ano. Reigns ficou muito exposto e as suas fraquezas vieram à superfície. Ainda se gostava dele, mas não como o Superstar de topo, quando ainda aparentava estar muito verde para isso e quando se via colegas seus, alguns deles bem próximos, mais bem preparados. Mas a evidência começou a ficar cada vez mais forte: era ele o tipo e a sensação de “atafulhamento” chegou aos fãs e não caiu bem. Ficou sob pressão de tanto os fãs como os oficiais e deu algumas das suas piores promos depois de lhe ser apontado o dedo. E já estava evidente que ia ser ele a vencer a Rumble. Ou seja, já todos estavam à espera. Então porquê tanto melindre? Porque havia ali uma possível “opção B”, um raio de esperança que, mesmo que no fundo, não se acreditasse que vencesse, servia para disfarçar um pouco o óbvio que era o vencedor. Mas acontece que essa tal opção já tinha sido eliminada antes de Reigns entrar sequer. Se Bryan chegasse ao fim e Reigns vencesse, ficava com heat mas não tanto. Com essa estratégia nada inteligente, apenas conseguiram com que Reigns ficasse com o triplo do heat que iria ter e estragaram o ambiente do resto do combate. É aí que está o problema.


As surpresas: Tem sempre que haver e são bem-vindas. The Boogeyman nem precisa de grande propósito para aparecer e nem é assim um nome gigante veterano. Mas é entretido para caramba e veio para ver se conseguia ser mais esquisito que o Bray Wyatt. E este até pode ter ficado abalado mas não tremeu, despachou-o com a mesma pinta com que despachou o Zack Ryder. Em termos de “nome gigante veterano”, foi por aí que se inseriu a participação de DDP, que veio distribuir Diamond Cutters a toda a gente que havia disponível para os receber. Podia ter vindo mais tarde para dar umas lições de ioga ao pessoal para ver se os acalmava, mas veio para o pop e para matar umas saudades. A estrela no meio disto tudo foi Bubba Ray Dudley, que ainda o víamos há relativamente pouco tempo como Bully Ray, a regressar a uma das suas casas antigas. Em Philadelphia. Foi para rebentar com a arena e foi logo ao início. E foi lindo de se ver, só não havia D-Von, mas pronto, lá serviu o R-Truth para trazer algumas memórias dos Dudleys. Participação curta mas normalmente estas são para ser assim. Foi um bom momento enquanto a malta ainda estava bem disposta.


Os spots: É claro que têm sempre que ir inventando uma coisa ou outra. Por estranho que pareça, até nem mostraram nada de especial com Kofi Kingston. Ou se calhar nem é estranho, começa a ser difícil inventar coisas para ele. Mas protagonizou um momento em sai disparado mas é apanhado pelos Rosebuds que o levam de volta ao ringue. Também conta? É que este serviu mais para contar história – apanharam Kofi e salvaram-no mas não o fizeram a Adam Rose, que durou menos de 10 segundos no combate. O momento com Damien Mizdow também foi divertido e a contribuir para a iminente separação da dupla. Foi curta mas deu para dar umas risadas e desanuviar do recente desgosto, especialmente já após a sua eliminação em que se limita a imitar a fúria de Miz. Também quiseram fazer algo com a Wyatt Family e colocaram-nos a todos em ringue, apesar da não participação de Erick Rowan, que forçou a sua entrada não oficial no combate. Podia sair mais desse momento e questionaram-se apenas duas coisas: a eliminação de Luke Harper deu-se realmente quando devia? Então e o Curtis Axel? Tinha uma piada corrente na cabeça de perguntar onde estava ele por considerar que ele ainda estava no combate. Há regras que ditam que um lutador é desqualificado se não se dirigir ao ringue antes da entrada do seguinte. É pena, senão havia já aqui uma enorme feud entre Reigns e Axel para se discutir o verdadeiro vencedor. Outro ponto vai ao encontro da obsessão que têm com recordes inúteis. Até mesmo quando já não os podem superar, pois nunca ninguém conseguirá ter uma particpação abaixo de 1 segundo, recorde deito por Santino Marella. Mas queriam na mesma que ele o partilhasse com Titus O'Neil. E foi totalmente botchado. Porque não tinha como resultar: é muito mais fácil um indivíduo do tamanho de Kane eliminar alguém do tamanho de Santino do que qualquer um eliminar alguém do tamanho de Titus; é muito mais fácil para Santino, que é muito mais atlético que Titus, saltar por cima da corda tão rapidamente; é muito mais fácil para Kane sozinho ter o timing de atacar Santino no momento certo do que dois indivíduos, Roman e Ambrose, que têm que se sincronizar um com o outro antes de se sincronizar com Titus. Ou seja, tudo o que podia ter corrido mal assim correu e é bem feita, para a próxima que se preocupem com coisas mais importantes.

Afinal o que houve mesmo de errado?: Já falei na situação de “forma como venceu” ser pior que o vencedor e até já apontei outros defeitos ao combate. E volto a sublinhar, não teria nem tinha qualquer problema com Roman Reigns a vencedor. Mas não precisavam de esbofetear os fãs com tanta força. E outra coisa que aponto agora e que vejo como um problema considerável: a coisa correu mal e eles sabiam que ia correr mal. Eles estavam conscientes da plateia que tinham e sabiam bem em que cidade estavam, senão nem lhes davam o Bubba Ray. E tinham coisas feitas de maneira a que desse a entender que eles estavam a preparar-se, a mais óbvia sendo a presença de The Rock, no final – com tremendas mensagens ao Cristiano Ronaldo, vá-se lá entender a pobreza que vai na cabeça da imprensa – para tentar arrebitar a plateia, com pouco sucesso – ele foi bem recebido, o “endorsement” dele é que foi ignorado. Para além disso, as surpresas deram-se todas antes de se dar o “desastre Daniel Bryan”, deixando uma prenda para o fim como leve mimo aos fãs, que foi o caso de Dolph Ziggler a entrar na última posição. Acho que até deixarem um dos seus maiores Heels, Rusev, no final, foi uma tentativa de puxar os fãs para o lado de Reigns mas aí talvez eles não esperassem que o apoio fosse todo para o Búlgaro. Só azeda mais as coisas quando dá a sensação de que sabiam que ia sair um desastre mas seguiram na mesma porque era o que eles queriam e ponto final. E outra coisa que ainda posso acrescentar: aquele domínio de Kane e Big Show ao final. Dois Superstars que já há muito que passaram o seu tempo, são uma sombra do que eram nos seus melhores dias e já não estão nem metade tão over como já estiveram... a dominar e a limpar o ringue de potenciais e favoritos a vencedores. Dos predilectos dos fãs, um por um, a cair inanimados no exterior. Tão doloroso que até parecia simbólico. Portanto há razões para se desgostar deste combate e achar que continua uma “streak” de fracos combates naquele que devia ser dos mais entusiasmantes e emocionantes.

No entanto, não perco o entusiasmo em relação à Road to Wrestlemania ou à própria Wrestlemania, visto que já no ano passado conseguiram emendar e apresentar uma das melhores Wrestlemanias dos últimos anos. Fica um evento misto – muita polémica num combate e um outro combate de categoria – e uma expectativa aberta para o grande evento que aí vem.

Eu por aqui me fico e faço o costume, que é entregar o assunto a vós, se é que acham que ainda há alguma coisa a dizer em relação a isto. E se por acaso toquei e foquei nalgum assunto que ainda não tivesse sido muito esmiuçado por aí. É apenas mais uma mera contribuição e desta vez foi a minha, ainda não tinha acontecido. Agora estão à vontade e podem pegar no assunto no qual eu já me concentrei:

“Perturba mais o vencedor ou as circunstâncias?”

Lá espero ter tema para estar cá na próxima semana e até lá espero que fiquem bem e, se for o caso, que curem lá o desgosto. Até à próxima!

Cumprimentos,
Chris JRM



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