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Quem quer ser um milionário?


O dinâmico mundo do wrestling encontra na falta de planejamento da WWE – sobre a qual falei na semana passada -, uma rapidez enorme. Nada é de concreto e, em busca de buzz para alçar as audiências, o que era essa semana pode já não ser na semana do advir.

Pensando nisso, o meu artigo dessa semana tenta balancear com o dinamismo e apresentar uma análise do contexto que irá se seguir nos próximos meses. É uma temática criativa (em épocas em que a CWO desaprendeu a inventar) que tende a se separar do pesado tema que debati na semana passada, destoando a uma leitura menos carregada – até porque hoje à noite ocorre o Survivor Series. Ao final, eu explicarei de onde tirei essa ideia e do porquê. Agora, limito-me a explicar brevemente o conceito. Trata-se de uma paródia ao velho filme "Quem quer ser um milionário", onde apresento questões e respondo-as de acordo com o que creio ser mais fidedigno.



C – Sim, voltará para combater na Wrestlemania. No que concerne ao próximo grande PPV da WWE, essa talvez seja a questão mais pertinente. A derrota de Undertaker, mais do que indignação (para alguns) suscita, sobretudo, a incógnita quanto ao futuro. Eu admito que minha aposta passa por um apelo, embora ache que o melhor caminho para o Deadman seja a aposentadoria. Não sou daqueles que acredite que um lutador, se aposentado, irá causar um buraco na WWE ou algo assim. Nenhum, até hoje, o fez. De fato, Taker é o maior de todos os tempos e isso não há como mudar. Todavia, sua carreira já deveria ter terminado antes e ele, muito pelo prazer que tem pela modalidade, seguiu combatendo - e em alto nível. Melhor é terminar algo em grande do que perambular por aí como Hogan ou Flair causando vergonha alheia (belos tempos, TNA!). 

Mas o fato é que ainda é cedo para dar como certa a retirada do Deadman. A sua derrota pouco significa nesse sentido, à medida que quase oito meses depois sequer tivemos noticias concretas. Normalmente, uma aposentadoria, sobretudo de um grande ícone, é feita com alarde e é deixada com clareza a certeza de que houve ali a retirada do lutador.

Esse talvez seja o grande ponto que me sustente para crer em mais um combate. Existe sempre a possibilidade da alternativa D (voltar e não combater, mais ou menos como no RAW1000), mas ainda assim, o mais natural é que se tenha-o a liderar vez mais o alinhamento de uma Wrestlemania. No entanto, é imprescindível que se diga que, sem um grande plano, não haverá volta. Não pensem vocês que depois de um dos maiores momentos da história do wrestling (o fim da streak), a WWE vá custar todo o legado de um dos seus grandes a pô-lo, por exemplo, contra um Ryback.

Se eu tivesse de antever, irá ser Taker VS Cena ou Taker VS Sting.



B – Bryan não volta a tempo da RTWM. A lesão de Daniel Bryan é mais séria do que se crê. O fato é que a WWE normalmente acelera processos de contusão para trazer grandes nomes em tempo de combater na Wrestlemania. Mas o caso do antigo campeão mundial é mais complexo. Existe a ciência dos riscos de acelerar a sua recuperação, podendo inclusive custar a carreira do lutador. No entanto, existe para mim uma certeza inevitável: Bryan irá estar na Wrestlemania XXXI. Não lutando – como aposto -, deverá estar no painel de analistas do pré-show ou cumprindo outra função que não envolva contato físico. 


Dito isso, é bom reiterar que é um pesar perder-se sangue novo num PPV grande. A WWE, que urgentemente precisa de renovação, perde bastante sem Bryan. Isso pois ele completaria um forte time que chega para dominar esse evento: Ambrose, Rollins, Wyatt, Reigns, Harper, Rowan e, de certeza, algumas cabeças do NXT – que deverão estrear até lá. Bryan, também, perde o show que marcaria um ano da sua ascensão na WWE e, por isso, além da qualidade, ele também é um grande prejudicado.


D – Seth Rollins. É importante frisar que crescimento é diferente de destaque. Desses quatro, ainda que não esteja ativo no momento, o de maior destaque, com certeza, virá a ser Roman Reigns. Entretanto, como claro na questão, fala-se em crescimento/evolução. Ou seja, Seth Rollins é, dos nomes apresentados, o que obterá a maior evolução, mediante as grandes feuds com que vem se altercando. 

O conceito de evolução é importante também pois nem todos lutadores conseguem evoluir. Ambrose e Wyatt, por exemplo, não precisam. Estão, na minha visão, prontos. Reigns e Rollins, ao adverso, tem problemas sérios na dinâmica com o microfone e em pequenos aspectos de sua postura nas câmeras. Com isso, a melhor maneira de mudar para melhor é a exposição. Estando Reigns lesionado, Seth beneficia-se, aparecendo mais e, consequentemente, abrindo margens para alçar voos mais altos.
Também acho que Reigns está um passo atrás, de qualquer forma. Sua característica de powerhouse é, no entanto, seu cartão de visitas e, com ele, obtém mais chances ao sucesso na WWE. Contudo, o fator de ser extremamente chato em promos e sem expressão o faz retrógrado, se em comparação com seu antigo companheiro. Por isso, e esperando grande futuro para o MR. MITB - se continuar nos bons grados da WWE -, não me resta dúvidas que será ele o mais evoluído daqui a alguns meses.


É muito cedo para se prever, mas como a proposta desse texto engloba um bom período de tempo, então há de se fazer. Sou dos teóricos que crê que a Rumble sempre irá surpreender nos vencedores, mas sendo desse jeito errei as previsões óbvias dos últimos dois anos. Portanto, não vou cometer o mesmo erro em 2015: A – Roman Reigns.

Na pergunta anterior, já falava nele. Falei, inclusive, que embora o ache pior que Seth Rollins (não restam duvidas que os dois ainda não alcançaram os calcanhares de Ambrose no quesito qualidade), sua característica é de apetência na WWE. A empresa prefere lutadores com o tipo corporal de Cenas ou Rocks e, enquadrando-se nesse quesito, está aí então um grande candidato a chegar no main event da próxima Wrestlemania.

É preciso cuidado para não ocorrer um afobamento com o lutador. Com Batista, a WWE basicamente deu a ele o que queria e depois, ao ver o erro, precisou enfiar Bryan ao meio para sanear problemas e evitar um fiasco. Outros lutadores também passaram por apostas forçadas (nunca, que me lembre, vencendo a Rumble [desconsiderem Del Rio e esses tipos que foram main events secundários]) e depois acabaram falhando na carreira. Por isso, existem grandes problemas: Reigns irá voltar próximo ao PPV; Reigns não está pronto; A WWE precisa aprontá-lo a tempo da Wrestlemania; se pô-lo a vencer, corre riscos de sofrer o “efeito Daniel Bryan”; se pô-lo a vencer, corre riscos de que Reigns sofra dos “sintomas Drew McIntyre”.

Em suma, eu não sou partidário da vitória de Roman, até porque eu gosto de surpresas na luta de janeiro e, definitivamente, colocar o antigo Shield a ganhar seria arriscado e descontextualizado.


Pois bem, agora que terminei essa edição, preciso explicar-me. Não o fiz antes porque o leitor em geral não tem paciência para ficar lendo introduções enfadonhas e tudo mais. Ele é alguém que quer o conteúdo e assim o fiz. Mas é necessário que ratifique. Como disse, semana passada trouxe um conteúdo pesado e, como sempre que disserto procuro falar coisas que ninguém tem a coragem, pensei que hoje fosse, no entanto, melhor descansar.

Assim, busquei um conteúdo que é do meu extremo apreço. Quando entrei na CWO em 2009, eu já lia os blogs há pelos menos dois anos. Esse tipo de conteúdo de perguntas e respostas é clássico de um antigo colaborador do Wrestling Alliance (um blog já falecido), chamado Mr. Kennedy. Se não me corre engano, Kennedy foi, assim como eu, parte dos administradores do Alliance, mas já, desde antes, escrevia esse tipo de texto com criatividade. Eu sou extremo critico e acho que a falta desse tipo de coisa na Comunidade, hoje, é um grande mal. São poucos que fazem como o Chris JRM e tentam revitalizar a chama criativa.

A criatividade faz bem não só aqui, mas ao mundo. Foi inclusive, um dos pontos da minha critica a WWE na semana passada: a falta de criatividade e revitalização na companhia. Por isso, pensei que hoje fosse bom inovar em plagiar esse conteúdo tão bem feito por volta de 2010, trazendo um ar fresco ao meu espaço semanal. É importante dizer que, diferente de alguns, eu esperei o autor descansar todo esse tempo antes de copiar a iniciativa. Plagiar enquanto a pessoa é viva é feio – mas tem gente que assim o faz.

Convido, aos leitores que queiram, para comentar as suas opções as questões por mim levantadas, através dos comentários. Volto na semana que vem.

Obrigado.
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