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Slobber Knocker #121: Rescaldo do Bound for Glory


Bem-vindos a mais uma edição do Slobber Knocker que vem ainda com o bizarro Bound for Glory relativamente fresco. Talvez não esteja tão fresco assim por ter sido um pouco esquecível. De facto, o Bound for Glory mais diferente de todos e por razões que não caíram tão bem nos fãs. Já fiz todo um artigo sobre isso na semana anterior, não é isso que venho aqui fazer outra vez.

Venho mesmo para cumprir o meu habitual compromisso de fazer uma revisão aos grandes PPVs das duas principais companhias. Mesmo que este não se tenha sentido como um PPV grande. Ainda é o Bound for Glory, pelo menos de nome.

Minoru Tanaka derrota Manik


E foi um bom combate de abertura, sem dúvida. Manik foi bem recebido pelos fãs apesar da sua afiliação com o principal vilão da noite. Por aqui aparentava que esta plateia de Tóquio pretendia aplaudir o skill, reagindo sempre como deve ser a intencionais manobras de heat. E com silêncio nas suas habituais alturas porque é assim que as plateias Japonesas funcionam.

Como combate de abertura, consideraram-no "acção de X Division", com Minoru Tanaka a impressionar também com os seus dotes atléticos, já conhecidos pelos fãs Japoneses há uns bons anos. Focaram-se nisso para começar a aquecer a plateia e trabalharam bem ali uns spots que desse para barulho e aplausos e para que houvesse um início enérgico. Juntaram a isso uns bons finais falsos e um bom final limpo por submissão e tinham a plateia e até o público em casa a entusiasmar-se com um bom espectáculo de wrestling, mesmo que carregasse 0 de história ou propósito.

Em 10 minutos abriram bem o PPV. É claro que é um mero combate TNA vs Wrestle-1, não há ponta de história, não há heat entre os lutadores, não há culminação, não há seguimento. Foi só um espectáculo visual que não brincou com emoções. Como foi o resto do card. Com isto, deu início o sentimento que se prolongaria por todo o PPV: estamos a assistir a um espectáculo de wrestling de alta qualidade, mas que podia estar num "One Night Only". Mas a acção continuava e tínhamos que aproveitar as boas partes.

Ethan Carter III derrota Ryota Hama


Para mim um resultado previsível. Não era aqui que via sítio ou razão para acabar com a streak invicta de Ethan Carter. O Bound for Glory é um bom palco para tal acontecimento, mas não este Bound for Glory. Não seria em território Japonês, para um lutador que nada faria com essa vitória em EC3 no Impact Wrestling, que o conseguiria. Daí que sempre soubesse que o jovem sobrinho falso da patroa vencesse. Mas até venderam bem a ideia da derrota à porta, dado o bicho que lhe foram buscar para adversário.

Não tenho muita familiaridade com lutadores Japoneses, ainda menos da Wrestle-1. Conheço um punhado de estrelas da NJPW e, com estas interacções com a TNA, conheço agora também alguns integrantes da Wrestle-1. E, de facto, não conhecia Hama e não deu para conter o susto ao vê-lo. E ainda mais assustador foi o spot em que vi o pobre EC3 a ter a cabeça encartada entre o canto e aquele traseiro que deve ter o seu próprio governo. E àquela velocidade. Fiquei genuinamente preocupado com o pobre Carter. E todo o combate teve momentos de susto ao ver o quão assustadoramente atlético Hama ainda conseguia ser e ao contar as vezes que EC3 teve que aguentar aquele peso.

Ao longo do combate, houve a pequena história introduzida por Carter na sua promo pré-combate, que colocou a plateia contra si - por cortesia, muita malta ainda gostava dele. Queria armar-se em Hogan e queria fazer um slam àquele bisonte. Ficou-se pelo querer mas ainda teve duas tentativas. O combate, relativamente curto, baseou-se nisso e no domínio de Ryota Hama, a parecer que ia acabar por deixar o ex-Derrick Bateman espalmado como se cilindros lhe tivessem passado por cima. No final, EC3 teve que recorrer a golpes baixos para conseguir obter a vitória sobre o gigante e somar uma notável vitória.

Notável no papel. Derrotou um bicharoco que parecia impossível de deitar abaixo sequer, quanto mais vencer. Fê-lo no Bound for Glory. Mas fê-lo neste Bound for Glory a uma estrela que não tem qualquer afiliação com o Impact Wrestling. Sem razão para acabar com a streak, sem grande força que continue para além do óbvio facto de que foi com um adversário difícil. E vénia para Hama pelo atletismo que demonstrou para aquele corpo.

MVP derrota Kazma Sakamoto


Tinha uma dúvida antes do combate e outra durante o combate. Ambas acabaram por ser esclarecidas. A primeira: sim, o Sakamoto é o Sakamoto. A segunda: estava MVP a trabalhar como Face? Ao que aparentava, sim. Aproveitaram a sua carreira no Japão como veículo para ser bem recebido pelos fãs. Mais bem recebido do que os seus próprios lutadores. MVP respondia as boas reacções com taunts e simpatia, enquanto que Sakamoto ia sugando bem o seu suposto heat e até conseguia obter mais.

Durante todo o encontro houve a impressão de que queriam mesmo vender a ideia de regresso a uma antiga casa para MVP, como se fosse essa a história do combate. Havia uma certa emoção por trás da sua performance e creio que era essa a ideia, a história para o combate. Já Sakamoto estava a vender uma personagem Heel que desconheço por não andar muito informado sobre a Wrestle-1 e os feitos das suas estrelas. MVP antecedeu toda a acção com uma promo - que ainda foi dita num tom característico da actual personagem Heel - que, no meio de menções subtis à WWE, falou desse seu tal regresso a casa.

Com isso, decorreu um bom combate sem que estonteasse ou se esticasse assim muito para além do comum, agradando o suficiente. MVP respondia de forma positiva à boa reacção do público e até lhes devolvia algumas taunts. Sakamoto ia mostrando um lado agressivo que consistia em "striking" rápido e uma reacção histérica a acompanhar. Não pude evitar o riso ao imaginá-lo a ver a cara do Tensai na vez do MVP para descarregar raiva. Nos comentários até se fez referência a essa sua passagem pela WWE. E por aí foram desenvolvendo o combate, de forma simples, de modo a que, no final, se pudesse considerar um combate equilibrado.

Foi o herói improvável a sair vitorioso, demonstrando que teve um regresso a casa com sucesso e que Sakamoto nem aqui está muito voltado para vencer combates. Ainda assim é melhor que ser criado de alguém. MVP sai vitorioso mas não há sinais à volta dos seus parceiros, Kenny King cujo estilo de luta até se integraria no Japão e aquela que possivelmente será a lacuna mais grave: não tinha Bobby Lashley, logo não tinha World Heavyweight Championship.

Samoa Joe derrota Low Ki e Kaz Hayashi num 3-Way pelo X Division Championship e retém o título


Já nem era surpresa que fosse o combate da X Division entre três talentos anormais o primeiro a destacar-se em todo o evento. Ficava apenas a dúvida se ia aparecer mais à frente algum que o superasse. Não é que a X Division e o seu espectáculo visual faça sempre isso, existem sempre aquelas vezes em que dão um spotfest que faz bem à vista mas que leva pouca a nenhuma psicologia. Mas, apesar de não haver história neste combate, não era um elenco qualquer e envolvia o Campeão Samoa Joe que já não necessita de descrições ou pormenores, o estilo inortodoxo de Low Ki e o veteranismo de Hayashi que já se tornou conhecido na WCW - talvez não muito recordado, contudo.

Mais uma vez, parece ter calhado ao da casa ser o Heel e Hayashi conseguia acumular algum heat intencional enquanto os louvores todos iam para Samoa Joe, que mais parecia ele o menino da casa. No decorrer do encontro ia justificando todos os pops e aplausos a cada domínio, fazendo pouco mais que ser o Samoa Joe, o que já não é dizer pouco. Mas foi acção equulibrada, cheia de bons spots, atletismo para vender e sobrar e grandes reacções do público. De todos os encontros até então, sem dúvida o melhor da noite e muito possivelmente assim se manteve.

No entanto, tudo isto de combate bonito e defesa com sucesso de Samoa Joe em território internacional é para Inglês ver, porque a coisa está aldrabada. Mais uma vez por causa das malditas timelines que não coincidem. Com gravações a decorrer e episódios do Impact Wrestling ainda tão atrasados, na hora de colocar um título em jogo no Bound for Glory, teve que se distorcer um pouco a realidade. Porque em tempo real, nas gravações que decorrem, Samoa Joe já nem é Campeão. Nada melhor que partir para o suposto grande evento do ano, em território internacional de respeito, com um título emprestado. Já estarão suficientemente encrencados?

Mas pronto, se não olharmos a isso e seguirmos a sequência como ela nos é apresentada em TV, tivemos um combate de qualidade e mais uma boa defesa de Samoa Joe. A recepção do público ao Campeão também foi bonita de se ver e a sua postura também, com um sentido agradecimento em Japonês. Ver um Samoano a fazer um gesto destes no Japão na sua língua, até parece um pedido de desculpas pelo Yokozuna, mas como eles não tiveram nada a ver com o assunto, fica só como um bonito gesto. Ficou bem para completar o combate de qualidade que foi.

Jiro Kuroshio & Yusuke Kodama derrotam Andy Wu & El Hijo del Pantera

O combate do evento que mais carrega a bandeira de "O PPV da TNA que mal foi da TNA", apresentando-se como exclusivo da Wrestle-1 e constituído apenas por estrelas integrantes na companhia de Great Muta. Um pouco de familiaridade para o público que via aqueles talentos com mais frequência. Seguia o cruzamento que ocasionalmente se faz com a lucha libre e o wrestling Japonês, trazendo à mente um luchador Japonês de seu nome Ultimo Dragon, como um dos mais reconhecíveis exemplos desse "crossover".

Como não sou grande conhecedor da companhia, foi um combate que assisti às cegas, sem reconhecer os integrantes e a ver os seus valores pela primeira vez. Intrigas: o Jiro é alguma mistura Japonesa entre o Heath Slater e o Tyler Breeze, ou algo assim parecido? E o gesto dele era a arrumar o cabelo ou a fingir que tinha uns headphones? Ou os dois? É suposto ele lutar sempre com o casaco ou foi desta vez que ele quis a proeza? Como fosse, já era o meu favorito naquele grupo e, em termos de acção em ringue, nenhum deles pecava. Entretanto, o El Hijo del Pantera - cujo nome não podia ser mais literal, de acordo com a informação de Taz - começou a gritar "Baka!" para os adversários, para diversão do público e eu ali a começar a ganhar um novo favorito.

Foi a equipa de lutadores não mascarados, aos quais chamavam de Novus, que acabou por sair vitoriosa neste encontro equilibrado e que serviu para manter o evento quente sem necessitar de elevar a fasquia ao tecto. O público reagiu bem aos seus próprios, numa noite em que as preferências pareciam recair sobre os forasteiros que vinham da companhia visitante - visitante num evento que costumava sempre ser seu. No entanto, para o fã da TNA que assistia ao seu PPV habitual, não ficará como um dos combates memoráveis, por muito boa que tenha sido a acção. Spots bons, atletismo cinco estrelas, longevidade competente, personagens sólidas. Mas faltava a familiaridade.

Por acaso já não incluía nos combates anteriores qualquer referência ao "aftermath" e a aplicações que se estivessem a avizinhar no futuro. Porque não dá, não há histórias a chegar aqui, muito menos para continuar. Desconhecia os lutadores e não os tornarei a ver por enquanto e há 0 relevância no que eles farão para o futuro do Impact Wrestling. Futuro esse que ainda é passado. Coisas complicadas.

Team 3D (Bully Ray e Devon) derrotam Abyss & Tommy Dreamer


Um combate que parece aqui colado em que apenas se vêem as fortes associações de nome. O propósito, esse, já não abunda assim tanto, mas isso não foi problema que parecesse afectar esta edição do Bound for Glory, logo prosiga-se. O que este coimbate carregava em imensidão era significado. Celebrava-se a introdução dos Team 3D no Hall of Fame da TNA e, com isso, colocavam nos a competir com um velho amigo e outro conhecido também bastante associado e familiarizado com o wrestling hardcore.

Consta-se que o plano inicial fosse inserir os Wolves e os Team 3D é que foram a sua substituição, não a outra equipa. Aí é que ia realmente parecer uma colagem no card, mesmo que tivessem os títulos em jogo. A não ser que pensassem noutros adversários. O certo é que o combate colocou os lendários Team 3D contra o lendário Tommy Dreamer, com o já bem conhecido Abyss a parceiro, para um combate de nostalgia que, mesmo sem necessitar de andar pelo genial, soube cumprir o seu dever e bem.

Abyss recusou-se a apertar as mãos dos Hall of Famers, voltando-lhes as costas e recebendo o heat dos fãs. Isso respondeu à nossa pergunta sobre o seu estatuto como Heel ou Face com: Heel por hoje, amanhã lá se vê para que lado ele acorda virado. E quanto às regras do combate, não me lembrava se a sua estipulação tinha sido "extremizada" ou não, mas achei que tendo os integrantes que tinha, se não fosse Hardcore passava a ser. Não demoraram muito a ir brincar os brinquedos, especialmente quando já não tinham muito - ou nada - a fazer no ringue de mãos vazias.

Voou de tudo lá para dentro e utilizaram todo o tipo de armas brutas para lembrar as suas origens. Os bons fãs Japoneses cantavam pela ECW como se tivessem todos raízes em Philadelphia. Não deram muitas asas ao surpreendente, mostraram coisas familiares mas daquelas que o povo gosta de vê-los a fazer, que os fez famosos e que eles ainda sabem. A minha derradeira surpresa: a mesa Japonesa partir à primeira. A minha oposição: bumps em pionés é uma coisa, mas de frente é escusado. Não tão doloroso como já o fizera Cactus Jack aqui há uns tempos contra Triple H, mas ver Abyss a aparar a sua queda nos malditos espetos com as mãos para as encher dos ditos cujos, incluindo nos pulsos... Não tão bonito de se ver e perigoso. Mas ao menos não ficou com um a milímetros do olho, como o outro senhor de quem falei já fez.

Com isso, concluiu-se um bom combate que não estava ali para roubar o show mas sim para confortar os fãs com um combate seguro e que elevasse um pouco a escala da violência nessa noite. E tudo com o intuito de introduzir os Team 3D no seu Hall of Fame com um "Bang", com ajuda de uns amigos e apresentar um segmento pós-combate de agradecimento a todos os fãs que ajudaram a fazer da tag team aquilo que são hoje. Falta de história prévia à parte, ainda foi dos momentos mais Bound for Glory da noite.

Havok derrota Velvet Sky pelo Knockouts Championship e retém o título


Mais um caso em que o título teve que ser emprestado. Mesmo que pareça surpreendente, diz-se que Havok também já não é Campeã mas teve que fazer de conta que o era para fazer a sua "primeira" defesa no Bound for Glory. Contra Velvet Sky que nada fez para se apurar e tem passado mais tempo a ser sidekick de Angelina Love do que a ter o seu próprio destaque.

Mas fez-se o combate e utilizaram a estratégia muitas vezes empregue pela própria WWE: atirar o combate para antes do main event para acalmar as coisas antes do que realmente interessa. A tapar um buraco. Porque o combate também foi pouco mais que isso, um tapa-buraco e nunca conseguiu propriamente cativar assim muito interesse.

Havok é uma boa Knockout e parecem estar a aproveitar a sua vantagem de tamanho e agressividade para colocar os olhos nela e tornar todas as outras Knockouts vulneráveis e duras ao mesmo tempo, quando a conseguem desafiar. Parece estar a desempenhar o papel que provavelmente queriam para Lei'D Tapa e para preencher a lacuna que ficou desde que Awesome Kong se ausentou. E é boa em ringue, mas não tinha aqui muito por onde dar um combate memorável. Pouquíssimo para fazer com Velvet Sky que nem é das mais estonteantes em ringue e sem psicologia pela falta de qualquer história. Faziam e já fizeram muito mais com Gail Kim - e esse mesmo combate já foi limitado pelas condições físicas questionáveis de Gail Kim.

Com isso ficou o combate menos memorável, com menos atenção do público Japonês e até com menos interesse prévio do card. Naquela posição estratégica que cada vez exploram mais. Pode-se fazer muito mais com Havok mas aqui não foi o caso.

The Great Muta & Tajiri derrotam James Storm & The Great Sanada


Aqui estava o  main event e foi para uma história do midcard do Impact Wrestling que ficou reservado, se quiserem ver melhor as coisas. Desde o momento em que anunciaram que o Bound for Glory seria em território Japonês e que vi a história com James Storm e Sanada a desenrolar-se que pensei logo: esta história vai culminar, com bom hype, no Bound for Glory deste ano. Estava certo. O que não sabia era que ia ser a única história a lá chegar. 

Por muito estranho que possa parecer ver Tajiri ou o ainda relativamente novato Sanada a ocupar um main event de um grande PPV, temos que ver que aqui o foco era em Great Muta, uma das maiores lendas do wrestling Japonês e do mundo, fundador da companhia que estava encarregue de partilhar este evento com a TNA ou até tomar-lhe toda a posse. Foi desrespeitado e traído pelo rookie em quem ele depositara confiança e tudo isso porque este ouvira e deixara-se levar pelas palavras e maus tratos de James Storm, que fartou-se de ser cowboy e quis passar a ser uma lenda e iniciar uma revolução, recrutando discípulos, de uma forma que só nos pode fazer lembrar Bray Wyatt um pouco demais. A cuspidela final foi o novo aspecto de Sanada que, como referência a Muta, ficava-se mais pelo gozo do que pela homenagem. Tajiri foi recrutado para ajudar Muta porque sim, porque também já é veterano e a malta conhece-o bem.

História para o Bound for Glory? É, com certeza, já eles fizeram mais com menos. Será para main event? Questionável mas eles assim seguiram e guardara o maior momento para quem teria a maior reacção: The Great Muta. O combate, no entanto, também não foi nada de muito explosivo e desenvolveu-se de forma normal. As suas artimanhas foram mais desenvolvidas nas trocas de fluidos cuspidos, como boa tradição de lutadores Japoneses. Havia de todas as cores. Um cuspia vermelho, outro verde e outro azul. O Storm é que, coitado, não faz dessas coisas mas até estava a ver quando é que cuspia cerveja. Mas isso já não faz parte da gimmick dele.

Daí que até nem inventassem muito para além desses truques e para deixar toda a gente de cara pintada. Nem mesmo o final teve um clima assim tão espectacular e viu a culminação sorrir aos bons, com Muta e Tajiri a sair por cima e a vingar os actos de desrespeito. Já podia tirar o propósito a Storm mas já há muita coisa feita em Impacts já gravados e sabe-se lá que coisas ele inventará. Mas não foram por esse caminho e optaram por um Storm a não se conformar e a atacar os lutadores vencedores após o combate. Até a chegada da Team 3D, para recuperar o pop e para roubar um pouquinho mais de atenção para si. Afinal os heróis da noite ainda eram eles. Acabaram por ser eles a concluir o evento e tudo.

Em termos de combate foi isto que apresentei, sem muitos mais pormenores a acrescentar e salientar. Em termos de segmentos, apenas apresentou algumas recordações de combates dos Team 3D ao longo do seu percurso na TNA - onde se nota bem o quanto eles recuperaram a forma física de forma impressionante - e a cerimónia que os introduziu no Hall of Fame, constituída pelos habituais discursos de elogios e agradecimentos. Sempre coisas agradáveis de se ver, especialmente com um Abyss todo aperaltado. Por cima disso, existiam curtas entrevistas dos competidores, antes dos combates, em que os lutadores tentam convencer o espectador do rigor da timeline e fazem de conta que o último Impact Wrestling foi mesmo na semana que passou. Até fizeram bem a coisa, a gente aqui é gentil e faz de conta que acredita e deixa-se andar, eles fazem o seu trabalho.


E é claro que também não posso retirar daqui qualquer implicação futura com a ausência de histórias para continuar. O único que se pode discutir em relação ao futuro é mesmo o formato do PPV, se continuará assim no próximo ano ou se, assentando a poeira dos episódios gravados e do novo acordo televisivo, volta so seu formato tradicional e já temos um Bound for Glory a saber a Bound for Glory. Porque este não soube nada. Soube mesmo a um "One Night Only" que apresentasse qualidade - quando os ditos cujos até apresentam, de facto.

Não tenho muito mais a dizer em relação ao evento quando já dei tudo a entender ao longo do texto e nesta conclusão. Em conteúdo foi bom, mas não teve Bound for Glory em si. Talvez porque este ano mal lhes pertencia. Mas como todos somos espectadores diferentes, cabe a vocês dizer o que acham:

"Acreditam que o arriscado Bound for Glory deste ano resultou?"

Estejam à vontade para comentar o evento e o artigo, abordar a questão e dizerem tudo o que pensam. Apesar de saber que estes artigos de rescaldos costumam puxar pouquíssima a nenhuma conversa, acho que o próprio Bound for Glory em si o podia fazer. Apesar de não o ter feito na semana anterior. Na próxima espero poder cá estar de novo com mais conteúdo para vos apresentar e que esteja a gosto. Até lá fiquem bem, sequem-se bem das valentes molhas que por aí andam, cuidado com as gripes e uma boa semana!

Cumprimentos,
Chris JRM

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