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MMA: UFC 179: Aldo x Mendes 2 - Antevisão + Pesagens


O UFC volta à capital mundial do MMA pela quinta vez, agora em um ginásio inédito, mas com larga história no vale tudo. José Aldo luta pela sétima defesa consecutiva, mas terá seu adversário mais perigoso até hoje. Antes, Glover Teixeira e Phil Davis duelam para saber quem sobrevive no top 5 dos meios-pesados....

O octógono mais famoso do mundo volta à Cidade Maravilhosa pela quinta vez, mas agora em um novo palco. No próximo sábado, o Ginásio do Maracanãzinho, com décadas de história no mundo das lutas, recebe o UFC 179, card mais importante realizado no país em 2014.

O campeão dos penas José Aldo coloca seu cinturão em jogo pela sétima vez na luta principal. O desafiante será Chad Mendes, derrotado pelo campeão há dois anos e meio, mas que apresentou enorme evolução desde então.

No combate coprincipal, um duelo com o mote “matar ou morrer” em relação às pretensões de disputa de cinturão. O ex-desafiante dos meios-pesados Glover Teixeira encara Phil Davis, que busca ampliar seu recorde contra brasileiros.

Um saudável quebra-pau entre os meios-pesados Fabio Maldonado e Hans Stringer dividem o card principal entre as estrelas e os prospectos. Abrindo esta porção da programação, Lucas Mineiro encara Darren Elkins pela categoria dos penas, enquanto o invicto Carlos Diego Ferreira terá pela frente o talentoso iraniano Beneil Dariush.

O card completo do UFC 179 é o seguinte:

CARD PRINCIPAL

Peso-pena: José Aldo x Chad Mendes
Peso-meio-pesado: Glover Teixeira x Phil Davis
Peso-meio-pesado: Fábio Maldonado x Hans Stringer
Peso-pena: Darren Elkins x Lucas Mineiro
Peso-leve: Diego Ferreira x Beneil Dariush

CARD PRELIMINAR

Peso-meio-médio: William Patolino x Neil Magny
Peso-leve: Yan Cabral x Naoyuki Kotani
Peso-mosca: Wilson Reis x Scott Jorgensen
Peso-pena: Felipe Sertanejo x Andre Fili
Peso-leve: Gilbert Durinho x Christos Giagos
Peso-leve: Fabrício Morango x Tony Martin

O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 21:00 horas do Brasil e 00:00 horas de Portugal 

------------------------------------------- Antevisão------------------------------------------

Cinturão peso pena: José Aldo (BRA) vs Chad Mendes (EUA)

Uma vitória neste sábado deixará Aldo (24-1 no MMA, 6-0 no UFC) empatado com Jon Jones na terceira posição do ranking de defesas de cinturão consecutivas na história do UFC, com sete, atrás apenas de Anderson Silva (10) e Georges St. Pierre (9). Em seu último compromisso, não teve trabalho para despachar Ricardo Lamas, ao contrário do sofrimento da vitória sobre o Korean Zombie, no último UFC Rio, quando o campeão precisou superar o oponente e uma fratura no pé para manter o cinturão em sua casa.

Para construir um retrospecto tão forte, invicto desde 2005, Aldo se transformou num lutador completo, capaz de trocar, derrubar e finalizar, com um sistema defensivo muito forte, inteligência e leitura de luta bem acima da média, além de não levar sentimento algum para o octógono. Como não existe perfeição, o condicionamento físico normalmente o deixa em situação ruim quando os combates se estendem, mas ele nunca chegou a ficar realmente em perigo, até porque normalmente entra no quarto round já com a parada nos pontos praticamente decidida.

No próximo sábado, Mendes (16-1 no MMA, 7-1 no UFC) não terá apenas a oportunidade de vingar a derrota de quase três anos atrás, sua única no MMA profissional. A conquista do cinturão seria a coroação de um belo trabalho de reconstrução técnica. Desde que o joelho de Aldo o derrubou, Chad colecionou corpos estirados no chão – quatro nocautes brutais consecutivos, que não foram cinco porque o americano enfrentou Nik Lentz com febre.

Nunca é demais repetir a importância que Duane Ludwig teve enquanto desempenhou o papel de técnico principal do Team Alpha Male, especialmente com TJ Dillashaw e Chad Mendes. E é bom repetir porque, mesmo tendo saído da equipe, Bang ainda foi responsável por este camp do desafiante. Mendes hoje é um trocador mais sólido e desenvolto, que aprendeu a gerar ainda mais potência nos golpes, tem um dos melhores – se não o melhor – níveis de wrestling da divisão e conta com um técnico que desconstruiu Renan Barão, companheiro de equipe de Aldo e com um estilo com muitas semelhanças. Não duvide que Ludwig tenha feito o mesmo com o jogo do número 2 peso por peso da atualidade.

Muita coisa foi apresentada na coluna Choque de Titãs, mas é preciso juntar todas aquelas informações para saber o que pode acontecer quando as portas do octógono fecharem e os lutadores estiverem frente a frente.

Para quem gosta de dados macabros, Aldo vai entrar no octógono sob a pressão de ter visto os cinturões de sua equipe escoarem pelo ralo em 2014. Para piorar, vai enfrentar um representante de uma equipe que há anos estuda seu jogo e um lutador que nada mais parece com aquele derrotado em janeiro de 2012. Nas casas de aposta, nenhum desafiante anterior teve odds tão baixas quanto Mendes agora, nem mesmo Frankie Edgar.

Isto posto, vale reforçar que a tarefa de Mendes não será nada fácil. Ainda que ele tenha melhorado na troca de golpes em pé, vai enfrentar um mestre na arte de manter a distância e de contragolpear, que começa as lutas de modo mais agressivo e veloz do que Barão, além de ser um kickboxer imprevisível, que atinge com a mesma capacidade e potência cabeça, corpo e pernas dos rivais.

O grande lance para Mendes será roubar um dos três primeiros rounds e apostar num eventual cansaço do campeão para controlar os dois últimos. Será muito difícil, porém, uma vez que André Pederneiras certamente está ciente deste cenário e deve ter preparado algum plano. O que importa é que veremos um duelo diferente do primeiro, com alguns momentos de troca de golpes violenta, mas com o brasileiro novamente com o braço estendido ao final, desta vez com uma decisão na casa dos 48-47.

Peso meio-pesado: Glover Teixeira (BRA) vs Phil Davis (EUA)

A grande sequência de cinco vitórias no UFC, que completavam oito anos de invencibilidade, renderam a Glover (22-3 no MMA, 5-1 no UFC) a sonhada e merecida chance de disputar o título mais importante do MMA mundial. Porém, suas habilidades não foram páreo para a monstruosidade de Jon Jones, que se deu ao luxo de enfrentar o violento mineiro dentro do ponto forte do desafiante. No final, derrota por decisão unânime e uma lesão no braço.

Recuperado física e mentalmente do choque contra o trem expresso, Glover agora precisa se reconstruir para tentar nova sorte no topo da divisão. Para tanto, será mais importante do que nunca variar seu vasto repertório ofensivo. Teixeira tem um boxe sólido, com bigornas nas extremidades dos braços, mas precisa chutar mais, é verdade. Campeão brasileiro de luta olímpica, ele é muito bom em quedas, bem acima da média que seus compatriotas, além de ter um jogo de chão técnico, ofensivo e de muito oportunismo.

Eterna promessa de desafiante, Davis (12-2 no MMA, 8-2 no UFC) vinha em boa sequência despachando brasileiros no Brasil, incluindo Lyoto Machida, em polêmica decisão no UFC Rio 4, quando teve um importante duelo marcado para receber de volta Anthony Johnson ao octógono. Porém, a potência do jogo de Rumble deixou Davis acuado, com medo de ser nocauteado. O resultado foi uma derrota por decisão acachapante e um monte de dúvidas acerca de seu futuro.

Os dois reveses de Davis mostraram que, apesar de se tratar de um lutador fisicamente privilegiado e dono de técnica bem acima da média, faltam ajustes para todos os lados. O campeão da Divisão I da NCAA pela poderosa Penn State University foi dominado no wrestling por Rashad Evans, que não tem as mesmas credenciais e é menor fisicamente. A parte da troca de golpes, onde Davis aprendeu a usar muito bem sua grande envergadura e a se movimentar, não foi páreo para Johnson na parte técnica e foi uma lástima na comparação de força e potência. Ainda assim, é impossível negar que se trata de um lutador de excelência, que ainda é criativo quando está no chão, capaz de adaptar finalizações a qualquer situação.

Um combate entre dois lutadores completos, que dominam bem a meia-cancha, normalmente acaba descambando para a pancadaria. Caso Glover consiga este intento, a luta fica bem ao seu estilo, já que o mineiro é capaz de aplicar pressão para acuar Davis.

A questão aqui é o verbo acuar. É possível que a luta com Johnson tenha traumatizado o Mr. Wonderful, então é provável que ele tente uma postura não tão passiva, usando mais os chutes e a longa envergadura para deixar Glover distante e aproveitando sua explosão para encurtar e derrubar o brasileiro.

Bem, isso é bonito na teoria. Na prática, é difícil imaginar que Teixeira não conseguirá chegar no raio de ação. E quando isso acontecer, meus amigos, a vaca de Phil Davis vai deitar. A aposta é que o Brazilian Killer perca de um brasileiro pela primeira vez e sinta o gosto amargo de ser nocauteado também de modo inédito.

Peso meio-pesado: Fabio Maldonado (BRA) vs Hans Stringer (HOL)

O super carismático Maldonado (21-7 no MMA, 4-4 no UFC) vai passando um 2014 bem de extremos. Em março, na estreia do UFC em Natal, ele foi o Caipira de Aço de sempre, acordando quando estava banhado de sangue para arrastar Gian Villante para as profundezas da pancadaria alucinada. Em maio, quebrou o galho do UFC ao substituir o lesionado Junior Cigano, mas sentiu na pele o porquê de as comissões atléticas americanas terem definido limites de peso para o MMA quando foi brutalizado por Stipe Miocic diante de seus conterrâneos paulistas.

O sorocabano é um lutador de wrestling defensivo muito deficiente, ofensivo quase inexistente, de chão com um longo caminho evolutivo pela frente e que não sabe chutar (de acordo com sua própria autoanálise). Então como um atleta assim é tão amado pelos fãs de qualquer lugar do mundo? A resposta é simples. Pegue um camarada com queixo de aço, coragem extrema, que se alimenta do próprio sangue e ataca com ferocidade usando um boxe de ótimo nível técnico, especialmente na curta distância e no castigo contra a linha de cintura dos pobres incautos. O resultado é a festa da pancadaria que qualquer fã de MMA fica alucinado quando assiste.

O holandês Stringer (22-5-3 no MMA, 1-0 no UFC) vai disputar sua segunda luta pelo UFC e novamente estará no território hostil do solo brasileiro. Na estreia, ele foi a Natal encarar Francimar Bodão e saiu vitorioso de uma disputa fisicamente dura e desgastante, algo que parece ser o que ele gosta. O resultado teve um quê de controverso, mas nada que não seja facilmente digerido.

Apesar de vir de uma das mais tradicionais escolas de kickboxing do mundo e de ser aluno do monstro Henri Hooft na Blackzilians, Stringer não é dos mais habilidosos na troca de golpes em pé, mas sabe se portar dentro de uma pancadaria e não tem medo de tomar soco na cara. Sua maior virtude é a pressão que aplica no clinch e no solo quando consegue cair por cima. Como é fisicamente um sujeito forte, até mesmo a troca de esgrimas na grade é algo desgastante contra ele.

Luta relativamente fácil de prever. Assim como qualquer adversário de Maldonado com um pingo de juízo na cabeça, Stringer terá que evitar ao máximo trocar socos com o Caipira de Aço no pocket. Ou ele tenta manter o duelo na longa distância, ou encurta rapidamente para o clinch, mas sem parar muito tempo ali, buscando logo uma queda para deixar Maldonado de costas para o chão.

É bem provável que o holandês consiga seu intuito no primeiro round, mas a chance de nocautear é quase zero e de finalizar não será tão fácil. A partir do segundo assalto, Maldonado vai emergir do ground and pound sangrando e vai levantar a torcida como está acostumado a fazer, trazendo Stringer para seu mundo de terror. No fim das contas, vitória do brasileiro por decisão e vagabundo dando cambalhotas pelas arquibancadas.

Peso pena: Darren Elkins (EUA) vs Lucas “Mineiro” Martins (BRA)

Depois do início avassalador quando baixou de categoria e emendou cinco vitórias, Elkins (17-4 no MMA, 7-3 no UFC) se posicionou entre os melhores da divisão dos penas e viu seu retrospecto cair. O triunfo contra Hatsu Hioki ficou no meio de derrotas para Chad Mendes (num nocaute brutal) e para Jeremy Stephens, em resultados que ainda não ameaçam seu emprego, mas enterraram suas pretensões de disputar o cinturão.

Ter se tornado um peso pena enorme fisicamente ajudou muito no forte jogo de wrestling do ex-Divisão II da NCAA pela University of Wisconsin–Parkside. Elkins é explosivo, tenaz, de excelente condicionamento cardiorrespiratório e capacidade para esmagar quando tem o controle posicional nas disputas de luta agarrada, seja no clinch ou especialmente no chão. Em pé, tem poder de punch, embora lhe falte um pouco de polimento e diversidade de combinações.

Lembra daquele Mineiro assustado que estreou como peso leve encarando Edson Barboza de última hora? Então, esqueça. Desde então, Lucas (15-1 no MMA, 3-1 no UFC) se arriscou como peso galo e se estabeleceu como pena, mostrando evolução notória. O poder de nocaute foi visto diante de Jeremy Larsen e a sagacidade no chão contra Ramiro Hernandez. Mas foi diante de Alex White, muita coisa superior aos dois adversários anteriores, que Mineiro chamou a atenção pelo modo calmo e brutal com que nocauteou um prospecto de alto gabarito.

Pupilo do sensacional trabalho que o técnico Diego Lima faz na filial paulista da Chute Boxe, que hoje é o centro mais importante da tradicional equipe oriunda de Curitiba, Lucas deixou de ser um trocador de golpes plásticos para adicionar novas armas ao repertório. Porém, ainda é na troca de golpes em pé que o sujeito que desce de mais de 80 quilos causa pânico dos oponentes. Ele é um lutador acertável, mas quando coloca seus punhos na face da concorrência, o negócio fica bruto e não é muito fácil resistir.

Não há sombra de dúvida que Elkins deveria buscar o clinch a qualquer custo, amassando Lucas na grade e minando seu gás ao passo que diminui seus espaços. O problema é que é comum Mineiro levar alguns bons golpes no começo dos combates e isso pode acabar empolgando o adversário. Mas se Elkins cair nesta esparrela, vai ter um fim semelhante ao que experimentou contra Mendes. E a aposta é exatamente numa vitória de Mineiro por nocaute.

Peso leve: Carlos Diego Ferreira (BRA) vs Beneil Dariush (IRN)

Passo a passo, Diego (11-0 no MMA, 2-0 no UFC) vai deixando para trás as dúvidas e posiciona-se cada vez mais como um forte prospecto na categoria mais acirrada do MMA mundial. Depois de conquistar o cinturão do Legacy em performance dominante contra o experiente Jorge Patino Macaco, o amazonense precisou de alguns segundos para finalizar Colton Smith na estreia no octógono e chamou ainda mais atenção no nocaute diante do duro Ramsey Nijem, que havia nocauteado seu adversário de sábado.

Um dos motivos de dúvida era como Diego lidaria com a inexperiência, mas ele se porta no octógono como se lutasse lá há anos. O atleta, que está radicado no Texas, é um cascudo faixa preta terceiro dan de jiu-jítsu, dono de boas quedas e muito perigoso no chão tanto por cima quanto por baixo. A troca de golpes era outro motivo de dúvida, já que não é tecnicamente vistosa, mas Diego sabe variar bem os golpes e, ainda que ataque aparentemente de modo desordenado, imprime alta intensidade e bate duro de verdade. Seu maior problema, que pode inclusive ser explorado no sábado, são os flancos que deixa na parte defensiva da luta em pé.

Assim como Diego, Dariush (8-1 no MMA, 2-1 no UFC) também chegou ao UFC metendo o pé na porta. Contra o experiente Charlie Brenneman, o iraniano precisou de pouco mais de um minuto e meio para finalizá-lo, lutando como se já fosse um velho conhecido do octógono. Porém, ele tombou já em sua segunda luta, nocauteado por Nijem, em resultado normal para um talentoso prospecto que ainda se encontra no meio da rotina de evolução. No último combate, Beneil se recuperou com um passeio e finalização sobre Tony Martin, que também lutará neste sábado.

Natural de uma das mais fortes escolas da luta olímpica mundial, bom de greco-romana, o iraniano teve belos resultados em competições de jiu-jítsu e aprimora cada vez mais seu muay thai nos treinos com Rafael Cordeiro na Kings MMA, caminhando a passos largos rumo a se tornar um atleta completo e dotado de capacidade técnica. Suas combinações de jab-direto-chute baixo são eficientes, mas a parte defensiva ainda deixa a desejar – e isso pode representar um real perigo nesta luta.

Junte dois prospectos muito talentosos, de grande capacidade de finalizar lutas e com buracos defensivos que podem ser explorados pelo rival e temos uma candidata a luta da noite.

Teoricamente, Dariush parece ser um pouco melhor tecnicamente que Diego tanto no wrestling quanto na troca de golpes em pé, além de ser capaz de se virar no chão, onde a vantagem do brasileiro é mais clara. Porém, o duelo se torna imprevisível exatamente pela dificuldade de mapear o que Diego pode fazer. Ambos podem nocautear e dificilmente alguém será finalizado. Neste cenário, a aposta é que Dariush vença numa apertada decisão, mas tranquilamente o oposto pode acontecer.

Antevisão original de MMA-Brasil 

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A encarada entre José Aldo e Chad Mendes na pesagem do UFC Rio 5, realizada nesta sexta-feira, no Maracanãzinho, não justificou a expectativa do público, mas tanto um quanto o outro foram seguros nas palavras e mostraram muita confiança em vencer na revanche de sábado. Os dois bateram 65,8kg, exatamente o limite da categoria dos penas quando há cinturão em jogo, e mantiveram uma distância segura ao ficarem frente a frente. Desta vez o presidente do Ultimate, Dana White, estava presente para evitar que algo ruim acontecesse.

- Assim como ele (Chad), muitos tentaram. Podem ficar tranquilos que esse cinturão vai ficar aqui. Amanhã conto com a presença de todos. Fiquem tranquilos, esse cinturão não vai sair daqui. Um grande beijo a todos - enfatizou o campeão, dono do único título brasileiro do UFC.

Muito empolgado, Aldo subiu as escadas correndo e não bateu o peso na primeira tentativa. Ele teve de tirar a bermuda e ficar nu, envolto por uma toalha, para bater os 65,8kg. Mas em momento algum demonstrou preocupação. Chad Mendes, por sua vez, foi o primeiro da dupla a se pesar e, ao ouvir as vaias da torcida brasileira, pediu para que o som fosse ainda mais alto, em tom provocativo. Eles não se cumprimentaram após a encarada. O desafiante garantiu que não é o mesmo de janeiro de 2012, quando foi nocauteado por Aldo também no Rio de Janeiro.

- Muita coisa mudou. Vi os erros que cometi na primeira luta. É difícil falar tudo o que mudou . Corrigi os erros e estou pronto para essa nova batalha - disse o americano.

Três atletas, num total de 22, não bateram seus respectivos pesos. O americano Tony Martin marcou 71,2kg e o brasileiro Fabrício Morango, 71,7kg. Os dois, que se enfrentariam pelos leves, onde o limite é de 70,8kg, agora lutarão no peso combinado até 71,7kg e não foram multados pela comissão atlética. Já o americano Scott Jorgensen, adversário do brasileiro Wilson Reis, bateu 58,1kg, sendo que o limite dos moscas é de 57,2kg. Ele abriu mão da segunda tentativa e perdeu 20% da bolsa de luta.

Estrelas do coevento principal, Glover Teixera e Phil Davis pesaram a mesma coisa: 93kg, cerca de 400g abaixo do limite dos meio-pesados. Antes da encarada, o brasileiro chamou a torcida e fez sinal se soco, apontando para o adversário e dizendo: "Acabou".

As melhores encaradas da pesagem foram entre William Patolino, que foi um dos mais aplaudidos pelo público, e Neil Magny; Darren Elkins e Lucas Mineiro; e Felipe Sertanejo e Ande Fili. Todos mostraram muita disposição e fecharam a cara.

O UFC Rio 5, ou UFC 179, será realizado a partir das 21h (de Brasília) deste sábado, no Maracanãzinho, com transmissão ao vivo do Combate e acompanhamento em Tempo Real do Combate.com.

CARD PRINCIPAL

Peso-pena (até 65,8kg): José Aldo (65,8kg) x Chad Mendes (65,8kg)
Peso-meio-pesado (até 93,4kg): Glover Teixeira (93kg) x Phil Davis (93kg)
Peso-meio-pesado (até 93,4kg): Fábio Maldonado (93kg) x Hans Stringer (93,4kg)
Peso-pena (até 66,3kg): Darren Elkins (65,8kg) x Lucas Mineiro (66,2kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Diego Ferreira (70,8kg) x Beneil Dariush (70,8kg)

CARD PRELIMINAR

Peso-meio-médio (até 77,6kg): William Patolino (77,1kg) x Neil Magny (77,6kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Yan Cabral (70,8kg) x Naoyuki Kotani (70,3kg)
Peso-mosca (até 57,2kg): Scott Jorgensen (58,1kg) x Wilson Reis (56,7kg)
Peso-pena (até 66,3kg): Felipe Sertanejo (66,2kg) x Andre Fili (66,2kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Gilbert Durinho (70,3kg) x Christos Giagos (70,8kg)
Peso combinado (até 71,7kg): Fabrício Morango (71,7kg) x Tony Martin (71,2kg)
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