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MMA: UFC Fight Night 50: Jacaré x Mousasi - Antevisão + Pesagens


Para bater o forte card do Bellator MMA 123, os matchmakers do UFC escalaram um evento de primeira para uma sexta-feira. O UFC Fight Night 50, que será disputado no Grand Theater do Foxwoods Resort Casino, em Mashantucket, Connecticut, tem seis integrantes dos top 15 dos rankings oficiais da organização espalhados em seis combates no card principal.....

Dois ranqueados estarão frente a frente na luta mais importante da noite. Valendo a revanche do duelo disputado há seis anos, o peso médio Ronaldo Jacaré enfrenta Gegard Mousasi visando devolver o nocaute sofrido no DREAM 6. O vencedor, especialmente se for o brasileiro, ficará muito perto de se tornar o próximo desafiante.

Também visando uma disputa de cinturão, o gigante holandês Alistair Overeem retorna para sua segunda luta do ano contra o americano Ben Rothwell. Pela mesma categoria, Matt Mitrione e Derrick Lewis prometem trocar pancadas até alguém cair.

O ponteiro da balança despenca para as três lutas que abrem o card principal. Pela divisão dos leves, os ases da luta agarrada Michael Chiesa e Joe Lauzon prometem batalha acirrada no chão. Agora pelos penas, Charles do Bronx e Nik Lentz tentam definir um vencedor do duelo que aconteceu em 2011, quando ainda eram leves. Abrindo esta porção do evento, o ex-desafiante dos moscas John Moraga e o jovem prospecto Justin Scoggins tentam se recuperar de derrotas.

 O card completo do UFC Fight Night 50: Jacaré x Mousasi é o seguinte: 

CARD PRINCIPAL

    Peso-médio: Ronaldo Jacaré x Gegard Mousasi
    Peso-pesado: Alistair Overeem x Ben Rothwell
    Peso-pesado: Matt Mitrione x Derrick Lewis
    Peso-leve: Joe Lauzon x Mike Chiesa
    Peso-pena: Nik Lentz x Charles do Bronx
    Peso-mosca: John Moraga x Justin Scoggins

    CARD PRELIMINAR
    Peso-leve: Al Iaquinta x Rodrigo Damm
    Peso-médio: Rafael Sapo x Chris Camozzi
    Peso-galo: Chris Beal x Tateki Matsuda
    Peso-pena: Sean Soriano x Chas Skelly

O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 20:00 horas do Brasil e 00:00 horas de Portugal 

------------------------------------------- Antevisão------------------------------------------

Peso médio: Ronaldo Jacaré (BRA) vs Gegard Mousasi (ARM)

A história entre Jacaré (20-3 no MMA, 3-0 no UFC) e Mousasi (35-4-2 no MMA, 2-1 no UFC) é curiosa. Eles se enfrentaram na final do GP do DREAM, com vitória do armênio nascido no Irã e radicado na Holanda. Partiram para o Strikeforce, onde conquistaram cinturões – Jacaré nos médios, Mousasi nos meios-pesados. Quando a organização de Scott Coker faliu, migraram para o UFC, onde disputaram três lutas cada. Agora, seis anos após o primeiro confronto, eles voltam a dividir a área de luta em combate de grande representatividade.

O mundo é um lugar melhor para Jacaré em 2014 do que era em 2008. Naquela época, ele era um grappler de nível raro, dos melhores da história do jiu-jítsu, mas unidimensional. Com a evolução dos treinos, a categoria na arte suave continua nas alturas, mas agora é seguida de um forte wrestling e o boxe, que se não é dos mais polidos, é capaz de derrubar quem estiver em sua frente. Para completar, Jacaré é muito forte, com condicionamento físico acima da média e inteligência de luta diferenciada. Pode-se dizer que o capixaba que cresceu no Amazonas é um lutador completo e integrante da elite do atual esporte.

Não se pode dizer que Gegard Mousasi evoluiu tanto quanto Jacaré de 2008 para cá. E não se trata de depreciação do eurasiático. Apesar de ter apenas 23 anos na época, Mousasi já era um monstro de cartel 24–2–1, com 21 vitórias por nocautes e finalizações, passagens por PRIDE e RINGS e conquistando um título importante. O “Apanhador de Sonhos” já treinava com Fedor Emelianenko e mostrava nível estelar na troca de golpes e um perigoso jogo de chão desde o começo de sua carreira e, com o tempo, acumulou experiência. Para não dizer que nada foi adicionado, a defesa de quedas, que antes era lamentável –, e custou o cinturão do Strikeforce – ficou muito sólida.

Seis anos é uma eternidade no MMA do formato que conhecemos hoje, então pouco se aproveita da primeira luta entre Jacaré e Mousasi, exceção apenas ao fato de o brasileiro ter mais cuidado ao invadir a guarda do armênio para não ser vitimado por outra pedalada. Cabe lembrar que Jacaré inclusive era melhor no ringue no momento da interrupção.

Uma batalha de estilos – mais do que isso, uma luta pelo controle da distância – será travada neste combate principal. Jacaré deverá procurar o clinch, para dali deixar o rival de costas no chão, enquanto lutar da média para a longa distância será o melhor que Mousasi tem a fazer.

Assim como a ótima guarda ativa de Gegard não é suficiente para dar conta do quase perfeito controle posicional de Ronaldo, a evolução do boxe do brasileiro não deve funcionar para muito mais saídas que não a de encurtar distância contra o kickboxing de ângulos e volume de Mousasi. Este cenário deve produzir uma luta dura, disputada com variações de domínio e terminada com a mão de Jacaré erguida após a leitura das papeletas.

Peso pesado: Alistair Overeem (HOL) vs Ben Rothwell (EUA)

A campanha de Overeem (37-13 no MMA, 2-2 no UFC) no UFC é muito aquém do que sua reputação prévia supunha. O brutal nocaute no adoecido Brock Lesnar, na estreia, e a chuva de ground and pound em cima de Frank Mir, na última apresentação, foram entremeadas por duas vexaminosas derrotas por nocaute. Na primeira, vencia Antonio Pezão em luta morna quando foi pego pelos enormes punhos do brasiliense. Em seguida, cansou ao juntar Travis Browne na pancada na grade e o queixo novamente confessou após um chute alto frontal.

O básico ao descrever Overeem é dizer que trata-se de um trocador de elite, que passou pelas mãos de alguns dos melhores treinadores de muay thai, campeão do K-1 World GP, do DREAM e do Strikeforce simultaneamente, com um thai clinch dos mais mortais que o MMA já viu. Mas isso seria injusto com as habilidades do holandês, que tem um wrestling subvalorizado e, acredite, possui mais vitórias por finalização do que por nocaute na carreira.

Big Ben (33-9 no MMA, 3-3 no UFC) é o legítimo porteiro dos pesados que vive na gangorra há sete anos sem repetir resultados. No UFC, ano passado, foi pego numa guilhotina por Gabriel Napão, depois de levar um passeio, e nocauteou Brandon Vera, mas já foi feito de saco de batata por Cain Velasquez, já aplicou violento nocaute em incrível virada sobre Brendan Schaub, dentre outros resultados igualmente desnivelados.

Apesar de ser um wrestler de origem, Rothwell é chegado a colocar seus punhos nos rostos alheios com bastante intensidade. Seu kickboxing é útil numa divisão com nível de talento abaixo da média, principalmente por ter poder de nocaute monstruoso, mas o condicionamento respiratório não lhe permite maiores aventuras. Para piorar, a defesa de quedas poderia ser melhor e o jiu-jítsu é tão limitado que ele quase bateu numa chave de braço de um cansado Mark Hunt. Curiosamente, Rothwell foi finalizado somente duas vezes na carreira, com oito anos de intervalo entre as ocorrências.

O kickboxing de Rothwell, que foi um tanto melhorado por Duke Roufus, não é tecnicamente do nível do de Overeem, mas a soma queixo e punhos de cimento certamente deixarão o inglês radicado na Holanda precavido. Se considerarmos que Overeem costuma confessar até o que não fez quando atingido com violência no rosto, precaução é o melhor a se ter.

Verdade seja dita, nem precisa de tanto cuidado. Overeem é mais rápido, ágil, técnico e resistente fisicamente. Variando entre a longa distância e o clinch, The Reem deve minar Big Ben até conseguir aplicar uma queda e finalizar pela primeira vez depois de quase cinco anos – um nocaute técnico no ground and pound também é possível.

Peso pesado: Matt Mitrione (EUA) vs Derrick Lewis (EUA)

Ninguém dava nada quando Mitrione (7-3, 7-3 UFC) chegou no TUF 10 como mais um migrado do futebol americano e com o agravante de não ter experiência anterior no MMA. Porém, o Meathead (que pode ser traduzido tanto como desajeitado como uma gíria para atleta grande e forte) logo abriu 5-0, ainda que sem bater ninguém que mereça destaque, e se passou a ver seu nome cercando o top 10. Nas cinco seguintes, apenas duas vitórias contra oponentes já demitidos, uma derrota normal (vitimado por um canhão de Roy Nelson) e duas um tanto embaraçosas.

Mitrione trouxe do futebol americano um condicionamento físico forte. Durante sua fase de vitórias, a evolução no boxe e kickboxing foi notável (o nocaute sobre Christian Morecraft saiu com uma combinação de quem sabe). O problema é que as duas características fizeram com que o lutador achasse que seria o “Dominick Cruz dos pesados”. Obviamente um plano deste tipo não teria condição de ser bem sucedido. O wrestling defensivo de Mitrione é do tipo de ser dominado por Cheick Kongo, o ofensivo nunca foi usado (apesar de entradas de queda serem usadas em sua posição de defensive tackle no futebol americano) e o jiu-jítsu foi facilmente sobrepujado por Schaub, que o colocou para dormir.

Também ex-jogador de futebol americano, Lewis (11-2 no MMA, 2-0 no UFC) fez caminho inverso ao de Mitrione. Seu começo foi duro, com as derrotas entre as cinco primeiras lutas, mas quando se entendeu com seus punhos, virou um triturador de carne humana que mandou Guto Inocente de volta aos meios-pesados, emagou Jack May no chão e, ainda no Legacy, provocou a única derrota de Jared Rosholt, que tem 3-0 no UFC.

Lewis, diferentemente de Mitrione, nunca teve a ousadia de simular o estilo de Cruz. Ele é um lutador mais à moda antiga, daqueles que têm a missão de bater em gente e nada mais. A “Fera Negra”, pupilo de Seth Petruzelli no Silverback Fight Club, entrou no boxe para tentar conter o instinto de sempre se meter em brigas na rua. Lewis importou do futebol americano a noção de tackle e a adaptou ao clinch e às quedas do MMA, que serão úteis na luta desta sexta-feira, visto que ficar sob seu ground and pound é uma situação aterrorizante para os oponentes.

Mitrione tem a chance de controlar o combate fazendo-o ser disputado no kickboxing. Como é mais ágil e tem melhor jogo de pernas, ele pode manter Lewis longe até conseguir uma oportunidade para o nocaute ou vencer por decisão. Porém, esta é uma aposta arriscada, visto que o ex-TUF deixa brechas e basta uma para seu oponente colocá-lo de olho virado no chão. A expectativa é que Lewis consiga encurralar Mitrione na grade e mandar couro até o árbitro salvar a pele de Matt.

Peso leve: Joe Lauzon (EUA) vs Michael Chiesa (EUA)

J-Lau (23-9 no MMA, 10-6 no UFC) pode estar sentido os efeitos das batalhas disputadas no octógono. Os resultados sempre foram um tanto instáveis, mas suas lutas eram garantia de animação sempre, tanto que se trata do maior vencedor de bônus de performance da história do UFC. Especialmente na derrota para Michael Johnson viu-se um Lauzon apático, aceitando a superioridade do oponente. A vitória contra Mac Danzig foi melhor, mas ainda assim bem abaixo das performances anteriores.

Lauzon é um sujeito que precisa de ajustes, mas tem ferramentas suficientes para sobreviver na selva dos pesos leves e adaptar seu jogo conforme o oponente. Para suplantar um adversário como Chiesa, Joe pode usar o boxe que derrubou Melvin Guillard, por exemplo. Na troca de golpes, Lauzon é corajoso para sair na mão no centro do octógono, tem queixo duro e lança socos e chutes em grande quantidade. Se o adversário não tiver calma, pode ser sugado pelo redemoinho e se afogar em águas profundas.

Vencedor do TUF 15, Chiesa (11-1 no MMA, 4-1 no UFC) segue em frente com um jogo monocórdico, mas de eficiência notável. Fora a surpreendente finalização sofrida para Jorge Masvidal (surpresa não pelo resultado, mas pela forma), o “Maverick” aplicou três vezes (Anton Kuivanen, Al Iaquinta e Colton Smith) seu mortal mata-leão e dominou Francisco Massaranduba em maio. Ainda que não sejam oponentes de primeira linha, não deixa de ser um feito notável.

Chiesa é um caso a ser estudado. À primeira vista, pode parecer surreal como um sujeito com um nível tão tosco na trocação possa ter um retrospecto deste na mais forte divisão do UFC. A questão é que ele lança socos e chutes com o claro intuito de abrir caminho para o clinch, usando um ritmo constante, quase mecanizado. Quando ele chega à luta agarrada, dá um jeito de colocar o oponente no chão mesmo sem ter um wrestling de primeira linha e mesmo se o adversário for forte como Massaranduba. Neste ponto, a transição para as costas e o mata-leão acontece instintivamente. A paciência budista a persistência são, na verdade, suas maiores qualidades.

O melhor caminho para Lauzon é manter a luta na longa distância, aproveitando a deficiência de Chiesa trocando golpes e sem deixá-lo encurtar. Até mesmo um nocaute pode ser obtido neste cenário. O problema é a falta de ajustes de Lauzon dita acima. Uma hora Chiesa conseguirá diminuir a distância. Por mais que Lauzon tenha ótima defesa de submissões, Mike não desiste (aqui teremos uma senhora batalha no solo). J-Lau pode até não ter o pescoço apertado, mas deve sucumbir na decisão dos juízes.

Peso pena: Nik Lentz (EUA) vs Charles do Bronx (BRA)

A primeira luta de Lentz (25-6-2 no MMA, 9-3-1 no UFC) contra Charles iniciou uma fase negra dentro e fora do octógono. Com o pai seriamente doente, foram três derrotas seguidas (na verdade duas e o no contest contra o brasileiro). As coisas se acalmaram, Nik baixou de categoria e voltou com a velha solidez, entrando para o seletíssimo grupo de estrangeiros que venceram dois brasileiros no Brasil e perdendo apenas para Chad Mendes, como acontece com todo mundo que não se chama José Aldo.

Nik se tornou um pena muito perigoso ao concentrar suas fichas no wrestling fisicamente forte e técnico. Ele parece um soldado obediente que enxerga o clinch e as quedas como o oásis a ser conquistado. Quando cai por cima, imprime uma pressão sufocante que nem lutadores com jiu-jítsu desenvolvidos como Diego Nunes e Hacran Dias tiveram resposta. Não tem pressão no ground and pound para forçar uma interrupção e, pelo menos no alto nível, não tem destreza suficiente na arte suave para conseguir finalizações, especialmente contra Charles. Porém, Lentz é uma rocha difícil de ser removida de cima de seu corpo.

Curiosamente, a luta contra Lentz também representou duas derrotas e o no contest para Charles (18-4 no MMA, 6-4 no UFC). A recuperação parcial veio também na redução do peso, mas o paulista tombou mais vezes que o americano, até porque pegou mais oponentes de elite, como Frankie Edgar (que o derrotou tendo trabalho) e Cub Swanson. No momento, Do Bronx ostenta duas vitórias seguidas, em finalizações sensacionais sobre Andy Ogle e Hatsu Hioki.

Não deve haver um cidadão com entendimento mínimo de MMA que não curta ver Charles em ação. A inconstância é típica da pouca idade, assim como a inventividade também o é. Do Bronx é um dos mais criativos e dinâmicos lutadores em ação no MMA atual. Apesar de ter saído do jiu-jítsu, modalidade em que ostenta faixa preta da escola de Jorge Patino “Macaco”, o paulista do Guarujá tem um muay thai versátil, envolvente e técnico. Ele não tem a menor cerimônia em lançar joelhadas voadoras, combinar socos e chutes em ângulos distintos e pressionar seus adversários. Mas seu thai nem é uma ferramenta de nocaute, mas sim um meio valioso de levar os combates para o chão, onde um leque cada vez maior de finalizações sai de sua cartola.

O diferencial para Lentz não tomar o passeio que sofreu na primeira luta entre ambos é o maior foco do americano para implantar seu jogo de pressão na luta agarrada. A questão é que Charles está mais consistente hoje em dia. Enquanto o duelo ficar na troca de golpes, o passeio do brasileiro é garantido. Como Nik não tem medo de ser golpeado na cara, ele vai avançar em busca das quedas. E aí a aposta é que Do Bronx encontre um meio de finalizá-lo.

Peso mosca: John Moraga (EUA) vs Justin Scoggins (EUA)

Na rasa divisão dos moscas, o ex-desafiante Moraga (14-3 no MMA, 3-2 no UFC) vai se apresentando como um porteiro da elite. Chegou cheio de moral nocauteando Ulysses Gomez e finalizando o atual desafiante Chris Cariaso. Duas lutas depois, bateu Dustin Ortiz em combate complicado e de resultado bastante polêmico. Porém, quando encarou o top 5, foi brutalizado por John Dodson e amplamente dominado pelo campeão Demetrious Johnson.

O posicionamento no limbo de Moraga se dá pelo fato de ter um considerável poder de nocaute para um peso mosca, mas sem a técnica para sobrepujar os mais velozes. Já seu wrestling é útil em diversas situações, mas ele nunca foi um All-American como alguns analistas insistem em repetir e sua técnica também fica abaixo da dos integrantes da elite. Isto posto, não entendam que Moraga é um lutador ruim, pois ele não é. Apenas está numa posição indefinida e terá um teste desagradável pela frente para provar seu valor.

Como semelhança a seu adversário, Scoggins (9-1 no MMA, 2-1 no UFC) também caiu diante de Ortiz em confronto muito duro e bateu categoricamente os “menores” Richie Vaculik e Will Campuzano (este, menor no nome apenas). A diferença é que, aos 22 anos, Scoggins é um dos representantes do futuro da divisão, enquanto Moraga, 30, terá muito mais dificuldade para se reinventar.

Scoggins tem um jogo muito versátil em pé, oriundo de credenciais que poucos em sua idade (22 anos) conseguem: foram diversos títulos internacionais de caratê, modalidade em que começou com apenas três anos, de kickboxing e ainda é faixa preta e instrutor de kempo. Depois de passar a treinar na American Top Team, o “Tanque” adicionou as finalizações no chão, que caíram muito bem em seu foco ofensivo e ritmo intenso. A luta contra Campuzano especialmente mostrou o enorme talento do garoto: um leque versátil de chutes trabalhou ao lado de quedas, socos e cotoveladas no ground and pound, além de uma boa defesa de guilhotina.

Definitivamente Scoggins tem mais talento e é o favorito para este duelo, mas as odds estão um pouco exageradas a seu favor. Especialmente quando o garoto tentar encurtar a distância, Moraga será capaz de fazer o duelo ficar competitivo. Mas não deverá ser este o cenário. Scoggins é mais versátil e agressivo em pé e é capaz de dar conta do confronto sem precisar se arriscar no clinch. Assim, a aposta é que ele vença na decisão.

Antevisão original de MMA-Brasil 

-------------------------------------------Pesagens -----------------------------------------


 Em uma pesagem de encaradas mornas, o brasileiro Charles do Bronx acabou roubando a cena negativamente. O peso-pena não conseguiu vencer a batalha contra a balança e ficou cerca de 1,8kg acima do limite da divisão, com 68kg. Ele tinha três horas para tentar atingir a marca, mas desistiu e será multado em 20% da bolsa. Seu adversário, Nik Lentz, não teve o mesmo problema, assim como todos os outros atletas do evento. Ronaldo Jacaré e Gegard Mousasi, que farão a luta principal, confirmaram o combate e trocaram sorrisos e cumprimentos na hora da encarada.

Pelo coevento principal, Alistair Overeem ficou mais de 7kg mais leve que seu rival Ben Rothwell. Também nos pesos-pesados, Matt Mitrione e Derrick Lewis, após se pesarem, trocaram provocações na hora da encarada e foram separados pelo presidente do Ultimate, Dana White. Os moscas John Moraga e Justin Scoggins passaram pela pesagem com tranquilidade, assim como os pesos-leves Joe Lauzon e Mike Chiesa.

Nas lutas do card preliminar, os brasileiros Rafael Sapo e Rodrigo Damm, que enfrentam Chris Camozzi e Al Iaquinta, respectivamente, conseguiram bater o peso de suas categorias e confirmaram seus combates. Ambas as encaradas foram respeitosas, assim como as protagonizadas por Chris Beal e Tateki Matsuda, e Sean Soriano e Chas Skelly.

CARD PRINCIPAL

Peso-médio (até 84,4kg): Ronaldo Jacaré (83,9kg) x Gegard Mousasi (84,4kg)
Peso-pesado (até 120,7kg) : Alistair Overeem (112,5kg) x Ben Rothwell (119,7kg)
Peso-pesado (até 120,7kg): Matt Mitrione (115,7kg) x Derrick Lewis (119,7kg)
Peso-leve (70,8kg): Joe Lauzon (70,3kg) x Mike Chiesa (70,8kg)
Peso-pena (66,2kg): Nik Lentz (66,2kg) x Charles do Bronx (68kg*)
Peso-mosca (57,2kg): John Moraga (57,2kg) x Justin Scoggins (57,2kg)

CARD PRELIMINAR

Peso-leve (70,8kg): Al Iaquinta (70,3kg) x Rodrigo Damm (70,8kg)
Peso-médio (84,4kg): Rafael Sapo (83,9kg) x Chris Camozzi (84,4kg)
Peso-galo (61,7kg): Chris Beal (61,2kg) x Tateki Matsuda (61,2kg)
Peso-pena (66,2kg): Sean Soriano (65,8kg) x Chas Skelly (65,8kg)

* Do Bronx cedeu 20% do valor de sua bolsa a Lentz por não ter batido o peso

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