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MMA: UFC 177: Dillashaw x Soto - Antevisão + Pesagens - Renan Barão desmaia durante o processo de corte de peso e é retirado da luta


O octógono mais famoso do mundo retorna a Sacramento, capital da Califórnia, para o quarto evento na cidade, todos eles envolvendo disputa de cinturão. A Sleep Train Arena, casa do Sacramento Kings da NBA, hospeda o UFC 177, liderado por uma revanche muito aguardada.

A luta principal marca a primeira defesa do cinturão do americano TJ Dillashaw. O campeão dos galos deveria enfrentar Renan Barão na revanche do UFC 173 mas problemas médicos tiraram ontem Barão da luta e a ser substituido por Jose Soto..

A forte categoria dos leves estará representada em três dos outros quatro combates do card principal. Imediatamente antes da disputa do título, o vencedor do TUF 13 Tony Ferguson vai atrás de sua terceira vitória consecutiva contra Danny Castillo, que perdeu uma em quatro. Ramsey Nijem, derrotado por Ferguson na final do TUF, encara o amazonense Carlos Diego Ferreira, enquanto Yancy Medeiros dá as boas-vindas ao destruidor campeão dos penas do Legacy FC Damon Jackson. Entre estes combates, Bethe Correia encara Shayna Baszler, parceira de Ronda Rousey.

O card completo do UFC 177 é o seguinte:

CARD PRINCIPAL

Peso-galo: TJ Dillashaw x Joe Soto
Peso-leve: Danny Castillo x Tony Ferguson
Peso-galo: Bethe Correia x Shayna Baszler
Peso-leve: Ramsey Nijem x Carlos Diego Ferreira
Peso-leve: Yancy Medeiros x Damon Jackson

CARD PRELIMINAR

Peso-médio: Lorenz Larkin x Derek Brunson
Peso-pesado: Ruan Potts x Anthony Hamilton
Peso-leve: Cain Carrizosa x Chris Wade

O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 20:30 horas do Brasil e 00:30 horas de Portugal 

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Cinturão peso galo: T.J. Dillashaw (EUA) vs Renan Barão (BRA) / Jose Soto (EUA)

A série de percalços que afetaram direta e indiretamente o card do UFC 177 teve seu mais tenebroso capítulo nesta sexta-feira. Momentos antes da pesagem oficial, o desafiante ao cinturão dos pesos galos Renan Barão passou mal, teve que ser hospitalizado e não poderá disputar a luta principal do evento.

De acordo com reportagem do Combate.com, primeiro a noticiar o fato, Barão estava na banheira em processo para perder os 700 gramas finais para alcançar o limite de peso da categoria. Quando se levantou, passou mal e desmaiou. O potiguar permaneceu inconsciente até receber soro na veia e só recobrou os sentidos quando já estava sendo atendido pelos médicos e foi imediatamente cortado do combate.

Na entrevista após a pesagem, Dillashaw não perdeu a oportunidade de cutucar o ex-campeão (tradução do Combate.com):

    “Ele está com medo, não quis me enfrentar. Ele nunca teve problemas para bater o peso, é engraçado que ele tenha tido esse problema bem agora. Eu visto a camisa da empresa e vou enfrentar quem quer que eles colocarem à minha frente. Eu quero vencer todo mundo, especialmente por Sacramento. Torçam por mim, me apoiem, quero que vocês façam muito barulho.”

O problema com Barão sequer foi o único fato bizarro do dia. Com a única atração de peso do UFC 177 fora, a organização puxou o estreante Joe Soto, ex-campeão do Bellator que enfrentaria Anthony Birchak no card preliminar, para a luta principal. Vocês não entenderam errado: TJ Dillashaw vai colocar o cinturão em jogo contra Soto, que se preparou para lutar três rounds e terá que disputar uma luta que pode chegar a cinco.

Em entrevista ao site oficial do UFC, Soto comentou como foi convocado para a maior chance de sua vida profissional:

    “Eu estava deitado pelado no chão no meu quarto, me refrescando, e um número do UFC me ligou. Pensei: ‘Cara, o que eles querem?’ (risos) Então eles me pediram para descer e me perguntaram se eu queria a chance (de lutar pelo cinturão). Eu disse que pegaria (a luta).”

A Nova União havia mudado a estratégia de corte de peso de Barão. No UFC 173, quando o lutador perdeu o cinturão para Dillashaw, a dieta para a pesagem começou dez dias antes. Porém, a equipe considerou que o potiguar não recuperou bem o peso em maio e decidiu retornar ao procedimento antigo, de iniciar a dieta a apenas quatro dias da pesagem. Deste modo, o ex-campeão teria mais peso para cortar por dia, mas seu corpo ficaria exposto a menos tempo de dieta.

Além de Barão, o já fraco card do UFC 177 sofreu outra baixa considerável pela manhã na Califórnia. O campeão olímpico Henry Cejudo, que faria uma bastante aguardada estreia na noite de sábado, também teve problemas médicos e sua luta contra Scott Jorgensen foi removida do card, que terá apenas oito lutas, três na parte preliminar. Esta foi a terceira vez que Cejudo apresentou complicações ao tentar cortar peso para o limite da categoria dos moscas. Há seis anos, quando ainda tinha 21 de idade, Cejudo conquistou a medalha de ouro de luta olímpica estilo livre na categoria até 55 quilos, quase dois abaixo do limite dos moscas.

O UFC não comunicou se mexerá na forma de exibir o evento na América do Norte. Com um combate principal de pouco apelo popular liderando, o evento já era esperado para ser mais um fiasco de venda de pacotes de pay-per-view. Sem a revanche entre Barão e Dillashaw, a quantidade de norte-americanos que desembolsará mais de US50 para assistir ao card principal deverá ser ínfimo.

Peso leve: Tony Ferguson (EUA) vs Danny Castillo (EUA)

Vencedor do TUF 13, Ferguson (15-3 no MMA, 5-1 no UFC) é um dos melhores prospectos revelados pelo reality show do UFC nos últimos anos. Sua única derrota no octógono aconteceu quando a evolução da troca de golpes de Michael Johnson ainda era surpresa. Em seguida, “El Cucuy” foi implacável ao pegar Mike Rio num triângulo de mão invertido e encher o rosto do japonês Katsunori Kikuno de pancadas no mesmo UFC 173 que foi estrelado por Barão e Dillashaw.

Ferguson é adepto da clássica escola americana de MMA, que junta o boxe com o wrestling. Em seu caso, a primeira modalidade é mais utilizada que a segunda. Ele é um lutador que apresenta ritmo muito forte, volume elevado de socos combinados, alguns ataques ao corpo dos oponentes e punhos que fizeram Kikuno e Ramsey Nijem caírem desacordados e que arrombaram o maxilar de Aaron Riley. O wrestling lhe é útil para manter os combates em pé, mas ele soube variar para as quedas quando foi surpreendido, exceção feita à derrota para Johnson.

Assim como Ferguson, Castillo (17-6 no MMA, 7-3 no UFC) também sofreu nas mãos de um melhorado Michael Johnson – as lutas foram consecutivas, com Danny lutando depois. A partir dali, o caminho de vitórias voltou, primeiro às custas de uma velha estratégia contra Paul Sass e Tim Means, depois numa bela mudança de mentalidade que rendeu uma derrota que deveria ter sido empate contra Edson Barboza. Na última luta, justificou o apelido e mandou um “Last Call” para Charlie Brenneman.

O ponto de mudança aconteceu quando Castillo deixou de confiar apenas nas quedas e no ground and pound sufocador para apostar nos punhos pesados e na agressividade, não por acaso fruto do mesmo trabalho feito com o técnico Duane Ludwig com todo o Team Alpha Male, que transformou wrestlers em matadores. Mesmo sem o talento de Barboza, Castillo não teve receio de avançar e chegou muito perto de nocautear o friburguense. Contra o ex-professor de espanhol, a oportunidade não foi perdida e Brenneman caiu como uma árvore abatida.

Na teoria, este confronto deveria ser ruim para Castillo, visto que ele não tem ainda a fluidez no boxe de Ferguson, tampouco seu volume de jogo na troca de golpes. O wrestling de Danny é melhor, mas derrubar Tony será uma tarefa mais complicada do que foi contra Sass e Means. O que pode equilibrar as ações é a agressividade de Castillo, repetindo a estratégia que rendeu a vitória a Johnson contra seu oponente. Ainda assim, com alguns sustos, Ferguson deverá triunfar por decisão.

Peso galo feminino: Bethe Correia (BRA) vs Shayna Baszler (EUA)

O que falta em altura para Bethe (8-0 no MMA, 2-0 no UFC) lhe sobra em carisma, inteligência e evolução. Foi assim que a paraibana deu conta de Julie Kedzie, em luta complicada na estreia no UFC, e cobriu Jessamyn Duke de porrada no último mês de abril. Os resultados no octógono e a postura provocadora e confiante fora dele fizeram que a Pitbull radicada em Natal passasse de ilustre desconhecida para o radar de Ronda Rousey.

A campeã passou a considerar Bethe após a derrota de Duke, amiga de Rousey e uma das Quatro Amazonas, grupinho formado também por Baszler e pela ex-judoca Marina Shafir, que não integra o plantel do UFC. Ao sair do octógono, a brasileira virou para a câmera e mostrou o 4 virar 3 com os dedos da mão, dizendo que iria atrás das quatro amazonas.

Integrante da Pitbull Brothers, formada em Ciências Contábeis, Correia é faixa roxa de kung fu, técnica na troca de golpes, com boa visão de luta para mudar o ritmo de intensidade agressiva para uma postura mais defensiva, usando contragolpes. Neste camp, ela contou com a ajuda de Edelson Silva, ótimo treinador de boxe do Team Nogueira e namorado de Bethe. Ela já teve problemas no chão, mas vem diminuindo os buracos com treinos de jiu-jítsu e uma sólida defesa de quedas.

Apesar de fazer sua estreia no UFC neste sábado, Baszler (15-8 no MMA) é velha conhecida no cenário feminino do MMA, tendo enfrentado quase toda a elite nas categorias pena e galo em seus onze anos de carreira com passagens por Invicta FC, Strikeforce e EliteXC, dentre outras organizações. Ela esteve no TUF 18, finalizou Colleen Schneider no primeiro round, mas caiu logo na fase seguinte, quando se rendeu a um mata-leão de Julianna Peña, que acabaria campeã da temporada.

Baszler, como mostra seu retrospecto, é muito forte na luta agarrada, tendo conseguido todas menos uma vitórias via submissão, utilizando das ferramentas mais básicas, como a chave de braço, até mais raras, como o twister. Ela é habilidosa no clinch contra a grade e executa boas quedas, mas lhe falta força física em algumas situações, como aconteceu na derrota do TUF. A trocação é decente, de jabs alinhados, mas inferior à da rival tanto na técnica quanto na versatilidade. Ela tenta compensar isso com disposição de trocar socos alucinadamente no centro do cage.

O esquema aqui é claro: para Bethe, o ideal é manter o combate na troca de golpes, enquanto Baszler vai buscar o clinch para minar a brasileira e derrubá-la. Como de costume em duelos de estilos, a briga de foice será pela imposição de sua estratégia.

A disposição de Baszler para sair na mão no pocket pode se tornar uma armadilha para chegar ao clinch. Porém, não se engane pelo 1,62m da paraibana, oito centímetros mais baixa que Baszler. Bethe é fisicamente mais forte que sua oponente e, com o devido treino, tem condições de sair da situação de luta agarrada e voltar a mandar socos e chutes para cima da americana até adicionar mais uma vitória por decisão ao currículo.

Peso leve: Ramsey Nijem (EUA) vs Carlos Diego Ferreira

Derrotado por Ferguson na final do TUF 13, Nijem (9-4 no MMA, 5-3 no UFC) é um lutador tecnicamente inconstante, que vê esta característica refletida em seu retrospecto no octógono. As derrotas para os mais talentosos Myles Jury e James Vick aconteceram sem que o descendente de palestinos tivesse muita chance, mas especialmente sua última vitória, sobre o também talentoso iraniano Beneil Dariush, mostrou que Nijem sabe se virar para sair de enrascadas.

Durante o TUF, Nijem botou metade da audiência para dormir com um jogo quase que unicamente baseado no wrestling. Na final, achou por bem trocar com Ferguson e acabou violentamente nocauteado. Esta variação entre jogar no wrestling ou usar o kickboxing, raramente mesclando ambos, é a inconstância citada no parágrafo acima. Enquanto não resolver esta pendência, Nijem terá dificuldade de dar o passo à frente. O bom sinal é que ele tem mostrado alguma evolução, usando sua força física para explorar a troca de golpes, onde sobra coragem e queixo, mas falta maturidade. No chão, Ramsey é perigoso, com boas transições, mas ainda não está no nível do oponente.

Ex-campeão do Legacy FC, quando tirou o cinturão de Jorge Patino “Macaco”, Ferreira (10-0 no MMA, 1-0 no UFC) estreou no principal palco do MMA mundial como se já fizesse parte do elenco de lutadores do UFC há um tempo. O amazonense radicado há seis anos no Texas, que nunca lutou MMA no Brasil, pegou Colton Smith no fim de junho e não teve nenhum trabalho para botar o vencedor do TUF 16 no chão, passar a guarda e pegá-lo num mata-leão em menos de 40 segundos, o que rendeu ao brasileiro um dos bônus de performance daquela noite. Curiosidade: Diego e Colton já haviam se enfrentado numa competição de submission.

Carlos Diego é um cascudo faixa preta terceiro dan de jiu-jítsu, com 60% de suas vitórias por submissão e o resto por decisão. Ele apresenta boas quedas e é uma barreira séria no chão tanto por cima quanto por baixo. A troca de golpes não é tecnicamente vistosa, mas é variada, especialmente com chutes altos, e executada em alta intensidade, porém, descuidado defensivamente.

O amazonense já mostrou talento em outras oportunidades, mas Nijem é um buraco mais fundo do que Macaco, Smith ou Carlo Prater. Dariush troca melhor que Diego, chegou a deixar Ramsey em perigo, mas o pupilo de John Hackleman na The Pit Elevated de Chuck Liddell resistiu e conseguiu virar ainda no primeiro round.

A melhor saída para o brasileiro será, obviamente, levar a luta para o chão, mas não se derruba um ex-Divisão I da NCAA toda hora. A defesa de quedas de Nijem deixará o duelo em pé e a expectativa é que o americano anote uma vitória por decisão ou nocaute técnico.

Peso leve: Yancy Medeiros (EUA) vs Damon Jackson (EUA)

O havaiano Medeiros (9-2 no MMA, 0-2 no UFC) tem uma história curiosa no UFC. Na estreia, foi tentar defender um suplê da máquina de derrubar Rustam Khabilov e deslocou o polegar. Em seguida, teve ótima atuação no nocaute sobre Yves Edwards, mas caiu no antidoping por maconha. Em seguida, deixou de enfrentar o estreante Joe Ellenberger para pegar o macaco velho Jim Miller. Resultado: foi finalizado no primeiro round. Para piorar, estava escalado para bater de frente com Justin Edwards no próximo sábado e vai na verdade encarar um desafio mais cascudo.

Oriundo de Wai’anae, setor censitário de Honolulu, descendente de portugueses, Medeiros começou no caratê na ilha do Pacífico e passou a disputar o circuito colegial estadual de wrestling. Chegou a lutar como peso médio e meio-pesado, mas mudou seus hábitos alimentares quando conheceu os irmãos Diaz na Cesar Gracie Jiu-Jitsu. Aliás, Yancy também tem trabalhando para melhorar na arte suave com os encrenqueiros de Stockton. Apesar de ser um talento ofensivamente, Medeiros deixa algumas brechas na defesa que podem custar caro no sábado.

O MMA Brasil chamou a atenção dos leitores no fim de julho para Jackson (9-0 no MMA). Na ocasião, o texano passou o carro, deu ré e passou de novo o carro em Leonard Garcia, arrancando a fórceps o cinturão dos penas do Legacy do ex-UFC e acabando com sua série invicta. Cinco semanas depois, o sujeito estreia no UFC atendendo a um chamado com nove dias de antecedência para lutar na categoria de cima.

Como wrestler, Jackson disputou o circuito nacional universitário da NAIA pela Missouri Valley College e acabou o ano de 2012 com o status de All-American, na 4ª posição. Ele começou a se dedicar aos treinos de MMA em paralelo à faculdade e estreou no fim de 2012. Hoje ele é faixa roxa de jiu-jítsu de Octavio “Ratinho” Couto e seu head coach é o carateca e judoca Sayif Saud. Dono do simpático apelido de “Sanguessuga”, que até se justifica quando ele cai por cima, Jackson tem um estilo de luta fisicamente muito forte – ele deu fim a todos os seus combates antes do fim do tempo regulamentar, anotando sete submissões e dois nocautes, sempre antes do terceiro round.

Não fosse o inexistente tempo de preparação, a aposta seria em Jackson com pouca margem para dúvidas, mesmo lutando contra um cara grande da categoria de cima. Porém, lutar cinco semanas depois da última apresentação, provavelmente sem treino forte, é um cenário que nivela o combate.

Ainda assim, o estreante pode se aproveitar de uma das brechas que Medeiros deixa na troca de golpes para uma de suas entradas rápidas. Se ele conseguir colocar o havaiano com as costas no chão, será uma questão de tempo até a interrupção. O mais sensato, todavia, é apostar que Yancy controlará o ritmo do combate na trocação à distância para garantir uma vitória segura por decisão. Mas minha aposta é sem sensatez mesmo.

Antevisão original de MMA-Brasil 

-------------------------------------------Pesagens -----------------------------------------


 Após as saídas de Henry Cejudo e Renan Barão do card, a pesagem do UFC 177, que aconteceu nesta sexta-feira em Sacramento, nos EUA, transformou-se em um evento secundário na programação da semana. Com todas as atenções voltadas para o acidente do brasileiro, que perdeu os sentidos no processo de corte de peso, os lutadores que farão as oito lutas da programação subiram à balança debaixo do anticlímax que se instalou na Sleep Train Arena. O público presente, ao ser informado que Barão não lutaria no sábado, vaiou o início da pesagem, e Dana White chegou a fazer menção de se desculpar com os presentes no palco.

Na nova luta principal, TJ Dillashaw e Joe Soto se cumprimentaram e fizeram uma encarada respeitosa. Sendo entrevistado, o campeão dos pesos-galos não poupou Renan Barão de críticas.

- Ele está com medo, não quis me enfrentar.Ele nunca teve problemas para bater o peso, é engraçado que ele tenha tido esse problema bem agora. Eu visto a camisa da empresa e vou enfrentar quem quer que eles colocarem à minha frente. Eu quero vencer todo mundo, especialmente por Sacramento. Torçam por mim, me apoiem, quero que vocês façam muito
barulho - disse Dillashaw.

Já Soto mostrou-se surpreso com a chance que ganhou.

- A primeira coisa que veio à minha mente é que eu tinha que perder esses 454g, e assim que eu perdi estava pronto. É um pouco estranho, mas eu treinei para isso, é por isso que eu treino o dia todo, todos os dias. Então estou pronto para ir lá e fazer um grande show - disse Soto, que há um mês e meio treuino na equipe Alpha Male, justamente a de TJ Dillashaw.

A pesagem teve dois lutadores acima do limite de suas categorias: Yancy Medeiros e Ramsay Nijem, com 71kg e 70,9kg, respectivamente - o limite é de 70,8kg. Na encarada com Nijem, seu adversário, o brasileiro Carlos Diego Ferreira, tocou a testa na do americano, provocando-o. Nijem devolveu a provocação e Dana White teve de intervir. Após serem separados, Diego sorriu ironicamente para o americano de origem palestina, que parecia incomodado com a atitude do rival. Após não bater o peso na primeira tentativa, quando chegou a ficar sem roupa, Nijem voltou para a segunda tentativa e conseguiu atingir o limite dos pesos-leves.

Outra encarada quente aconteceu entre a brasileira Bethe Correia e Shayna Baszler. Após ambas baterem o peso, Bethe, que usava um conjunto de calcinha e sutiã vermelhos bastante provocante, aproximou-se demais da americana, que empurrou a brasileira com a testa. Bethe devolveu o movimento e Dana White novamente precisou separá-las para evitar o confronto. As duas ficaram se provocando à distância, mostrando que a rivalidade entre a brasileira e as integrantes do grupo de lutadoras "Four Horsewomen" está maior que nunca.

Confira os pesos dos atletas:

CARD PRINCIPAL

Peso-galo (até 61,2kg)*: TJ Dillashaw (61,2kg) x Joe Soto (61,2kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Tony Ferguson (70,5kg) x Danny Castillo (70,8kg)
Peso-galo (até 61,7kg): Bethe Correia (61,5kg) x Shayna Baszler (61,2kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Ramsey Nijem (70,8kg)** x Carlos Diego Ferreira (70,5kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Yancy Medeiros (70,8kg)** x Damon Jackson (70,3kg)

CARD PRELIMINAR

Peso-médio (até 84,4kg): Lorenz Larkin (84,4kg) x Derek Brunson (84,4kg)
Peso-pesado (até 120,7kg): Ruan Potts (112,5kg) x Anthony Hamilton (115,7kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Chris Wade (70,5kg) x Cain Carrizosa (70,5kg)

* Por ser uma disputa de cinturão, não há tolerância de uma libra (0,454kg)
** Ramsey Nijem e Yancy Medeiros bateram o peso na segunda tentativa

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