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MMA: UFC The Ultimate Fighter Nations: Finale - Antevisão + Pesagens


Com o fim da exibição da temporada do reality show The Ultimate Fighter Nations, é hora de conhecer os campeões. Nesta quarta-feira, o Colisée Pepsi de Québec, no Canadá, vai ver quatro compatriotas disputando dois contratos, os técnicos se enfrentando e mais um duelo entre top 10 da divisão dos médios....

Na luta principal, Michael Bisping retorna depois de se recuperar de delicada cirurgia no olho para encarar o herói de guerra Tim Kennedy, num duelo onde o vencedor ficará mais próximo de Chris Weidman. No duelo coprincipal da noite, Patrick Côté e Kyle Noke fazem o confronto dos técnicos do TUF Nations.

O vareio canadense na temporada se refletiu nas decisões. Apenas lutadores do país se classificaram. Entre os médios, Sheldon Westcott e Elias Theodorou devem fazer duelo muito equilibrado, enquanto a jovem sensação Olivier Aubin-Mercier pega o nocauteador Chad Laprise. Os quatro finalistas somam cartel de 27-1-1. Abrindo o card preliminar, o peso pesa Dustin Poirier tenta a terceira vitória seguinda diante de Akira Corassani.

 O card completo do TUF Nations Finale é o seguinte:

Card principal

Peso-médio: Michael Bisping x Tim Kennedy
Peso-meio-médio: Patrick Côté x Kyle Noke - duelo dos treinadores do TUF Nations
Peso-médio: Sheldon Westcott x Elias Theodorou - final do TUF Nations no peso médio
Peso-meio-médio: Chad Laprise x Olivier Aubin-Mercier  - final do TUF Nations no meio-médio
Peso-pena: Dustin Poirier x Akira Corasani

Card preliminar

Peso-meio-médio: Sam Stout x KJ Noons
Peso-galo: Sarah Kaufman x Leslie Smith
Peso-meio-pesado): Ryan Jimmo x Sean O'Connell
Peso-galo: George Roop x Dustin Kimura
Peso-leve: Mark Bocek x Mike De La Torre
Peso-médio: Nordine Taleb x Vik Grujic
Peso-meio-médio: Richard Walsh x Chris Indich
.Peso-galo: Mitch Gagnon x Tim Gorman



O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 16:30 horas do Brasil e 20:30 horas de Portugal 

------------------------------------------- Antevisão------------------------------------------

Peso médio: Michael Bisping (ING) vs Tim Kennedy (EUA)

Recuperado de uma cirurgia no olho, Bisping (24-5 no MMA, 14-5 no UFC) volta para mais uma campanha rumo à sonhada disputa do cinturão dos médios. Em sua última apresentação, o Conde venceu Alan Belcher depois de um combate chato que foi encerrado por uma dedada no olho não intencional aplicada pelo britânico. A vitória serviu para amenizar a dor do confronto anterior, quando Bisping abriu a fila de nocautes violentos de Vitor Belfort em 2013.

Os fatos de ser um sujeito falastrão, de ter perdido todas as lutas decisivas de sua carreira e da conhecida dificuldade de nocautear fazem com que muitos menosprezem o inglês. Porém, ao avaliar o estilo de luta de Bisping, percebe-se que o menosprezo é um erro. Dono de um kickboxing muito técnico, apesar de pouco potente, Michael tem também nível decente no wrestling e no jiu-jítsu, principalmente no aspecto defensivo de ambas as modalidades.

Ainda invicto no UFC, Kennedy (17-4 no MMA, 2-0 no UFC) bateu dois brasileiros no octógono. Em ambas as situações, teve que superar um começo difícil para chegar à vitória. Na estreia, foi dominado por Roger Gracie no primeiro round, mas mostrou condicionamento físico superior para virar e vencer por decisão. Na sequência, vinha sendo controlado por Rafael Sapo na troca de golpes até nocautear o mineiro com um petardo violento.

O sargento das Forças Especiais do Exército americano aperfeiçoou o boxe, wrestling e jiu-jítsu em treinos na academia do conterrâneo Chuck Liddell, mas mostra gosto mesmo pela luta agarrada, tanto no clinch quanto no chão, situações onde chegou a dominar o supercampeão Roger Gracie. O histórico militar, onde atuou como combatente no Iraque e Afeganistão, fez com que Kennedy desenvolvesse preparo físico exemplar e uma fortaleza mental que, somados, o transformam num lutador mais perigoso que suas habilidades indicariam.

Sapo mostrou que controlar a distância contra Kennedy não é uma tarefa tão difícil. Bisping, mais técnico que o brasileiro neste aspecto, deve se beneficiar deste ponto do jogo. Do mesmo modo, o britânico mostrou contra Chael Sonnen que dominá-lo na grade e derrubá-lo é difícil mesmo para um wrestler de alto gabarito. Por outro lado, o trabalho constante de Kennedy e o ano de inatividade de Bisping tornam o americano capaz de crescer nos rounds finais. Na somatória, o cenário indica vitória do inglês por decisão em luta muito disputada.

Peso meio-médio: Patrick Côté (CAN) vs Kyle Noke (AUS)

Desde que retornou ao UFC, Côté (19-8 no MMA, 6-8 no UFC) não mostrou nem sinal de ser capaz de repetir o improvável title shot de 2008. Na verdade, o canadense mostrou pouca coisa. Reestreou chamado de última hora na derrota para Cung Le. Em seguida, viu uma derrota por nocaute virar vitória sobre Alessio Sakara graças aos golpes na nuca dados pelo italiano. Em março do ano passado, dominou dois de três rounds contra Bobby Voelker na estreia como meio-médio.

O “Predador” tem um boxe muito bem ajustado, como ficou claro nos dois rounds iniciais contra Voelker. Ele também tem qualidades interessantes no wrestling (já chegou a treinar com a seleção canadense) e no jiu-jítsu. É um lutador visivelmente talentoso tecnicamente, mas dá a impressão de ter problemas em se concentrar nos treinamentos e se manter na melhor forma física.

Noke (20-6-1 no MMA, 4-2 no UFC) tem algumas características em comum com Côté. Disputou uma temporada do TUF (a 11ª, contra a 4ª do oponente). A inatividade é ainda mais longa (não luta desde setembro de 2012). Também baixou de médio para meio-médio e igualmente venceu na estreia da categoria. Diferentemente do canadense, o australiano precisou de apenas 45 segundos para nocautear Charlie Brenneman.

Dono de bom nível técnico no kickboxing, Noke sabe se virar em todas as áreas do jogo sem apresentar um ponto fraco gritante. A versatilidade, principalmente a habilidade nas disputas de solo, foi desenvolvida desde que passou a fazer parte do time de Greg Jackson.

Por reunir dois lutadores que gostam de trocar golpes em pé e que são donos de queixos resistentes, os fãs podem esperar um duelo movimentado. Côté deverá tentar conduzir o combate na troca selvagem de golpes, mas poderá trazer a disputa para o clinch caso se veja em desvantagem técnica em pé. Este cenário de desvantagem tem maior probabilidade de acontecer, já que Noke tem ligeira vantagem no alcance e sabe variar os golpes em boa movimentação, deixando os adversários ocupados para se defender. Com esta abordagem, controlando a distância, Noke deve anotar uma vitória por decisão.

Final do TUF, peso médio: Sheldon Westcott (CAN) vs Elias Theodorou (CAN)

A campanha de Westcott (8-1-1) dentro da casa do TUF Nations reflete sua carreira. Como uma locomotiva sem freio, o lutador de Edmonton, que defende a Complete Fitness and Martial Arts, não precisou de um minuto em cada luta para finalizar Dan Kelly e Vik Grujic, este com um estrangulamento Von Flue. Em seu cartel, das oito vitórias conquistadas, seis aconteceram no primeiro round, cinco delas no primeiro minuto.

Westcott não era apenas um dos favoritos a chegar à final, mas também a conquistar os fãs. Sem ter base em arte marcial alguma antes de fazer seu primeiro treino de MMA, o atleta desenvolveu um jogo vigoroso de muita pressão, quedas violentas e controle posicional intenso no solo, sempre buscando uma oportunidade de finalizar via estrangulamento ou espancamento. Suas habilidades na troca de golpes não é tão desenvolvida, mas o ritmo intenso de suas atuações faz com que seja difícil impedir a aproximação de Sheldon. Um bom exemplo pode ser visto contra Tim Smith.

O bonitão do TUF Nations mostrou na casa que não ficaria famoso apenas pela aparência. Em duas duras vitórias por decisão contra os australianos Zein Saliba e Tyler Manawaroa, Theodorou (8-0) mostrou força física na luta agarrada e condicionamento atlético acima da média dos companheiros de confinamento.

Pupilo de Sergio Cunha que passou uma temporada treinando na Team Nogueira, no Rio de Janeiro, quando trabalhou a preparação física com Rodrigo Babi, Theodorou não tem a mesma sanha de Westcott, mas é tão implacável quanto na tarefa de deixar os oponentes em posição defensiva no chão. A diferença é que a abordagem do Spartan é mais metódica e calma. Uma vez no solo, Theodorou usa bem seu peso e o ground and pound, fazendo com que a tarefa do oponente se levantar seja dificultada.

Em condições normais, este combate teria tudo para ser sensacional ao confrontar dois camaradas com o mesmo objetivo, mas com abordagens bem distintas. Porém, Westcott se viu envolvido em contusões durante o programa (ele quase foi impedido de lutar a semifinal) e não se sabe se os problemas foram sanados no camp completo após o TUF ou se algo atrapalhou os treinamentos.

No duelo entre um peso médio enorme (Theodorou) contra um meio-médio de origem (Westcott), a vantagem física fica ao lado do primeiro. Esta característica será importante no momento de Theodorou se defender das investidas de Westcott e reverter a seu benefício a pressão do oponente, conseguindo uma vitória por decisão e o contrato de seis dígitos com o UFC.

Final do TUF, peso meio-médio: Chad Laprise (CAN) vs Olivier Aubin-Mercier (CAN)

Um dos favoritos iniciais na disputa entre os meios-médios, principalmente após a confirmação de Westcott entre os médios, Laprise (7-0) não teve vida fácil na casa. Ele venceu Chris Indich por decisão em luta onde o rival foi bastante elogiado, principalmente pelo segundo round. Na semifinal, travava um bom duelo contra o amigo Kajan Johnson até quebrar sua mandíbula com um gancho de direita violento.

Laprise tem no boxe sua principal arma. Os socos saem em combinações fluidas, mesclando os em linha reta com os golpes curvos, mas o mais importante neste cenário é sua movimentação, o jogo de pernas eficiente que lhe permite golpear mesmo saindo lateralmente e que abre possibilidade para contra-atacar. Os chutes também se tornaram úteis no arsenal de Laprise, principalmente os que miram a cabeça do adversário. O ponto fraco de seu jogo, que pode representar perigo nesta quarta-feira, é a luta agarrada.

Em sua corrida na disputa do TUF Nations, Aubin-Mercier (4-0) usou de forte pressão na luta agarrada para superar Jake Matthews, quando passou quase um round inteiro nas costas do australiano, e para finalizar Richard Walsh em sua especialidade.

A carreira de Aubin-Mercier lembra o começo de Ronda Rousey. Também proveniente do judô, o jovem prospecto está invicto no MMA. Em suas quatro lutas profissionais, todas foram vencidas por mata-leão e nenhuma chegou ao segundo minuto. No TUF, Walsh foi abatido exatamente nestas circunstâncias, enquanto Matthews foi o único que resistiu dois rounds. Assim como Rousey no início, a trocação de Olivier é basicamente uma ferramenta para encurtar distância – muito bem executada, diga-se -, ainda que o garoto diga ser capaz de encarar qualquer um em pé.

Confrontos de estilos sempre são interessantes num esporte complexo como o MMA. Laprise terá a tarefa de controlar a distância com seus jabs, usando também os chutes baixos para evitar a aproximação de Aubin-Mercier. A grande questão aqui será o volume de golpes de Chad. Como Olivier já mostrou capacidade de pegar o tempo dos golpes de outros adversários, a expectativa é que ele se adapte a Laprise, consiga grudar, levar o adversário para baixo e finalizá-lo com seu velho mata-leão

Antevisão original de MMA-Brasil 

-------------------------------------------Pesagens -----------------------------------------


O que era para ser uma encarada brutal transformou-se em um bate-papo quase animado em Quebec, no Canadá. Protagonistas da luta principal do TUF Nations Finale, o americano Tim Kennedy e o inglês Michael Bisping, que vinham se provocando há meses, fizeram o inesperado: conversaram em tom provocativo e até riram no palco da pesagem do evento. Após cerca de um minuto sem que o papo terminasse, o CEO do UFC no Canadá, Tom Wright, afastou-os e encerrou o evento. Bisping ainda tentou fazer algumas provocações, mas Kennedy manteve o bom-humor e não entrou na estratégia do britânico.

A pesagem teve um clima tranquilo em quase todas as encaradas, e todos os atletas bateram o peso. Apenas duas duplas de lutadores fugiram do lugar comum e se provocaram. Os treinadores do reality show - o canadense Patrick Côté e o australiano Kyle Noke - se encararam duramente, e não desviaram o olhar até a hora de descer do palco. Sem se cumprimentarem ou sorrirem, os lutadores mantiveram a fisionomia fechada durante todo o tempo, e Côté, aproveitando o apoio do público por lutar em casa, levantou o braço em sinal de vitória, para delírio dos fãs que compareceram ao evento.

Na encarada mais agressiva da noite, o sueco Akira Corasani e o americano Dustin Poirier, que são conhecidos por provocarem muito seus adversários e fazerem encaradas duras, não frustraram os fãs e se provocaram assim que se encontraram, após baterem o peso. Os dois tocaram as testas e se empurraram antes de serem separados por Tom Wright. Corasani desceu do palco primeiro enquanto Poirier era contido pelos membros do UFC até que o rival deixasse o recinto.

Um momento raro, e que gerou um burburinho entre o público aconteceu com a lutadora peso-galo Leslie Smith. Muito sorridente, a peso-galo subiu ao palco e, ao tirar a blusa, acabou desamarrando acidentalmente a parte de cima do biquíni que usava, tomando um susto, mas conseguindo segurar a peça de roupa antes que ela caísse e seu seio ficasse à mostra. Após amarrar novamente o biquíni, ainda um pouco envergonhada, ela subiu à balança debaixo de aplausos do público. A encarada com Sarah Kaufman foi tranquila e sem provocações.

Uma encarada curiosa aconteceu entre os meio-pesados Ryan Jimmo e Sean O'Connell. Após baterem o peso, os lutadores surpreenderam e, ao invés de se encararem como é a rotina, eles pegaram suas garrafas de isotônico e trançaram os braços para beber os líquidos, em um movimento comum entre casais de noivos após o matrimônio. No fim, fizeram um brinde, arrancando risos de Tom Wright e dos fãs presentes ao evento.

CARD PRINCIPAL

Peso-médio (até 84,4kg*): Michael Bisping (84,4kg) x Tim Kennedy (84,4kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg*): Patrick Côté (77,1kg) x Kyle Noke (77,6kg)
Peso-médio (final - até 84,4kg*): Sheldon Westcott (83,5kg) x Elias Theodorou (83,9kg)
Peso-meio-médio (final - até 77,6kg*): Chad Laprise (77,1kg) x Olivier Aubin-Mercier (76,7kg)
Peso-pena (até 66,2kg*): Dustin Poirier (65,8kg) x Akira Corasani (65,8kg)

CARD PRELIMINAR

Peso-meio-médio (até 77,6kg*): Sam Stout (76,7kg) x KJ Noons (76,2kg)
Peso-galo (até 61,7kg*): Sarah Kaufman (61,2kg) x Leslie Smith (61,2kg)
Peso-meio-pesado (até 93,4kg*): Ryan Jimmo (93kg) x Sean O'Connell (92,5kg)
Peso-galo (até 61,7kg*): George Roop (61,2kg) x Dustin Kimura (61,7kg)
Peso-leve (até 70,8kg*): Mark Bocek (70,8kg) x Mike De La Torre (70,8kg)
Peso-médio (até 84,4kg*): Nordine Taleb (83,9kg) x Vik Grujic (84,4kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg*): Richard Walsh (77,6kg) x Chris Indich (77,1kg)
Peso-galo (até 61,7kg*): Mitch Gagnon (61,2kg) x Tim Gorman (61,2kg)

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