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MMA: UFC Fight Night: Condit x Kampmann 2 - Antevisão + Pesagens


O UFC apresenta o UFC Fight Night 27, a segunda incursão da organização em sua nova plataforma de exibição nos Estados Unidos, o canal FOX Sports 1. O evento acontecerá em Indianápolis e apresenta na luta principal, uma revanche de um combate sensacional. O americano Carlos Condit tenta evitar a terceira derrota seguida contra o dinamarquês Martin Kampmann, primeiro que o venceu no UFC. Eles entrarão no octógono logo após Donald Cerrone e Rafael dos Anjos travarem uma batalha onde o vencedor invade de vez o top 10 da divisão dos leves....

Dois combates envolvendo meios-médios campeões do TUF estão programados. Estreando na categoria, Kelvin Gastelum quer mostrar que o título no TUF 17 não foi obra do acaso. O Ultimate Fighter mais jovem da história vai encarar Brian Melancon, que substitui o contundido “caveira” Paulo Thiago. Imediatamente antes, o campeão do TUF 11 Court McGee encara o vencedor do TUF Smashes Robert Whittaker.

Na abertura do card principal, o peso médio havaiano Brad Tavares tenta sua quarta vitória seguida contra o ex-TUF 17 Bubba McDaniel. Logo depois, o sempre porradeiro Takeya Mizugaki retorna contra o igualmente alucinado mexicano Érik Pérez, na luta de pesos galos candidatíssima a melhor da noite.

O card completo do  UFC Fight Night 27 é o seguinte:

CARD PRINCIPAL

Peso-meio-médio: Carlos Condit x Martin Kampmann
Peso-leve: Donald Cerrone x Rafael dos Anjos
Peso-meio-médio: Kelvin Gastelum x Brian Melancon
Peso-meio-médio: Court McGee x Robert Whittaker
Peso-galo: Takeya Mizugaki x Erik Perez
Peso-médio: Brad Tavares x Bubba McDaniel

CARD PRELIMINAR

Peso-médio: Dylan Andrews x Papy Abedi
Peso-meio-médio: Justin Edwards x Brandon Thatch
Peso-pena: Darren Elkins x Hatsu Hioki
Peso-meio-médio: James Head x Jason High
Peso-meio-médio: Zak Cummings x Ben Alloway
Peso-leve: Roger Bowling x Abel Trujillo


O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 17:30 horas do Brasil e 21:30 horas de Portugal 

------------------------------------------- Antevisão-------------------------------------------

Carlos Condit (EUA) vs Martin Kampmann (DIN)

Um dos mais empolgantes lutadores da categoria, Condit não vence um combate há um ano e meio, desde que conquistou o cinturão interino em cima de Nick Diaz. Na sequência, foi derrotado por Georges St-Pierre na luta de unificação e por Johny Hendricks, na eliminatória para o título. Em ambas, bônus de luta da noite, a quinta premiação nas últimas seis apresentações.

Condit é um dos lutadores mais versáteis da categoria – e vem procurando evoluir nos diversos aspectos do jogo com o passar do tempo. Sua maior arma é o kickboxing tão habilidoso e variado que chegou a mandar GSP a knockdown com um chute que o canadense sequer viu de onde veio (e sequer entendeu que fora atingido por um chute). Carlos é também um dos poucos lutadores a ter nocauteado no UFC usando joelhada voadora.

Outra ferramenta que se tornou poderosa no leque do “Assassino Por Natureza” é o jogo ofensivo da guarda. Condit não dá sossego ao oponente que cai por cima, seja tentando socar ou cotovelar, seja na busca frenética por uma finalização ou raspagem. Seu principal problema continua sendo nas quedas, tanto ofensiva quanto, principalmente, defensivamente. Este, aliás, foi o diferencial que rendeu a vitória a Kampmann na primeira luta entre eles.

Aos 28 anos, com 1,85m de altura e 1,93m de envergadura, Condit tem retrospecto profissional de 28-7, com 5-3 no UFC. Foi pego em três submissões antes de desenvolver o jiu-jítsu defensivo, mas não é parado por ninguém desde 2006 e jamais foi nocauteado na vida. Por outro lado, tem a respeitável marca de 26 interrupções (mais de 90% de suas vitórias) igualmente divididas em nocautes e finalizações. Carlos ganhou dois bônus de luta da noite no UFC, um no WEC e dois de nocaute no atual emprego.

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Tão empolgante quanto o adversário, Kampmann também vem de derrota para Hendricks, quando se tornou mais uma vítima da bigorna do atual desafiante. O nocaute interrompeu uma sequência de três vitórias (com dois bônus), que poderiam ser quatro se os juízes não lhe tivessem tirado a luta contra Diego Sanchez (também bonificada) na mão grande.

O estilo low profile, tranquilão, de quem não se mete em bate-boca ou provocação nem fica se vangloriando dos feitos esconde um dos lutadores mais técnicos da divisão, dono de um jogo completo. O kickboxer das combinações limpas e justas dos primeiros tempos desenvolveu o wrestling na Xtreme Couture e agora é capaz de não só se manter de pé na maior parte do tempo (tem a quarta maior taxa de defesa de quedas da história dos meios-médios do UFC) como tem nas quedas uma arma a seu favor – quando se dão conta, os oponentes estão lidando com alguma tentativa de finalização como a que pegou Thiago Pitbull (o dinamarquês é o sexto lutador que mais tentou finalizações na história do UFC, de acordo com as estatísticas oficiais).

“Hitman” ainda tem uma característica que pode ser muito útil contra Condit: a capacidade de renascer das trevas. Apenas no histórico recente, Pitbull e Jake Ellenberger o tinham sob controle antes de acabarem finalizado e nocauteado, respectivamente.

Ex-peso médio que se encontrou na atual divisão, Martin tem 1,83m de altura e envergadura. Seu cartel de 20-6 (11-5 no UFC) mostra bem a versatilidade de seu estilo, já que ele conquistou oito vitórias por nocaute e sete por submissão. O nocaute sofrido contra Hendricks foi o único nos últimos quatro anos de Kampmann, que jamais foi finalizado na carreira profissional.

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Como os dois evoluíram desde o primeiro confronto, é de se esperar novamente uma batalha acirrada, decidida nos detalhes. Como é maior e movimenta-se melhor, Condit tende a ter vantagem no controle da distância. Seu jogo de pernas, os ataques em ângulos e os chutes baixos serão fundamentais para impedir que Kampmann atue na curta distância, onde costuma ser mais perigoso tanto na trocação quanto no clinch para conseguir uma queda.

Provavelmente Carlos aprendeu com algumas de suas derrotas que ficar por baixo investindo numa guarda ativa pode ser um convite para sofrer uma controversa derrota nas papeletas dos juízes. Neste caso, pode-se esperar que o americano aproveite para tentar raspar ou escapar caso encontre-se de costas para o chão.

Na batalha entre o camarada que nunca foi nocauteado contra outro que nunca foi finalizado, a aposta é em Condit por nocaute técnico no quarto round.

Donald Cerrone (EUA) vs Rafael dos Anjos (BRA)

Depois de exagerar e “virar o fio” em 2011, Cerrone adotou um calendário mais humano e venceu três de quatro, numa delas conseguindo a proeza de ganhar bônus de nocaute e luta em apenas 76 segundos de ação frenética contra Melvin Guillard. A derrota, também sensacional, aconteceu para o atual desafiante Anthony Pettis, que o nocauteou com uma canelada na linha de cintura. A recuperação veio no domínio sobre KJ Noons, em maio.

Empolgante deveria ser o nome do meio do “Cowboy”. Somando-se WEC e UFC, o cidadão conquistou onze bônus (oito de melhor luta) em quinze combates, incluindo o melhor de 2009, contra o atual campeão Ben Henderson. Muay thai agressivo e em alto volume, queixo resistente, boas quedas e perigosas finalizações, mesmo da guarda, construíram um lutador que venceu nove das últimas onze lutas. Para bater Cerrone hoje em dia, é difícil esperar por brechas – o melhor caminho é tentar ser superior a ele em alguma área.

O ex-namorado da octagon girl Brittney Palmer e peão de rodeios está com 30 anos, tem 1,83m de altura e dois centímetros a mais de alcance. Seu histórico profissional no MMA mostra 20-5, com um respeitável 7-2 no UFC. Treze oponentes tiveram que se render, a maioria através de estrangulamentos como mata-leão, guilhotina e triângulo, enquanto Melvin Guillard e Charles do Bronx foram nocauteados.

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Visto pelo lado bom, o melhor peso leve brasileiro tem quatro vitórias nas últimas cinco lutas. Pelo lado ruim, a campanha poderia ser 3-2, já que, na visão de muitos, inclusive do MMA Brasil, Dos Anjos teria sido derrotado por Evan Dunham em sua última luta, em Jaraguá do Sul.

Na divisão mais embolada do UFC, Rafael é um dos lutadores que mais tem apresentado evolução. O esforçado e corajoso faixa preta de jiu-jítsu adquiriu uma bela bagagem no muay thai graças aos treinos com campeões mundiais da modalidade na Evolve MMA, em Cingapura, e com o mestre Rafael Cordeiro, na Kings MMA. O condicionamento físico tem se mostrado acima da média de seus compatriotas e o jiu-jítsu, aperfeiçoado pelo mestre Roberto Gordo e pelo amigo de infância Philipe Furão, sempre é uma ferramenta perigosa. Mais do que nunca, todo o grupo deverá estar sincronizado, como esteve no passeio sobre Mark Bocek, para encarar o pacote completo do Cowboy.

Com cartel de 19-6, sendo 8-4 pelo UFC, e 28 anos, Dos Anjos está alcançando seu ápice como atleta. Ele tem 1,75m de altura e cinco centímetros a mais de alcance. Rafael finalizou oito oponentes e venceu nove por decisão. Foi violentamente nocauteado por Jeremy Stephens num combate em que controlava as ações e a derrota para Guida ficou contabilizada como finalização, pois o americano apertou seu osso fraturado com o antebraço, fazendo Rafael desistir.

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A vantagem nas dimensões dá ao americano praticamente a obrigação de controlar a distância e trabalhar o muay thay de longe, usando muitos golpes em linha e chutes baixos, visando quebrar a movimentação do brasileiro e não deixá-lo se aproximar.

Caso se veja em desvantagem na troca de golpes, Rafael poderá encurtar a distância a fim de levar o combate para o solo, situação mais propícia para o carioca obter vantagem técnica sobre o nativo do Colorado. Porém, a última luta deixa um gosto amargo na boca do brasileiro, que não conseguiu uma única queda contra Dunham e ainda foi superado na trocação. Num cenário parecido – e, desta vez, sem ajuda da “papeleta amiga” – Rafael deve cair em uma decisão.

Kelvin Gastelum (EUA) vs Brian Melancon (EUA)

Último a ser escolhido pelo time de Chael Sonnen no TUF 17, Gastelum lutou contra a desconfiança em todas as fases da competição. Com dois mata-leões e um nocaute sobre concorrência bem mais experiente, ele era tido como a próxima vítima do matador Uriah Hall na final. Porém, com uma abordagem corajosa, não deixou o oponente trabalhar na distância e tornou-se o mais jovem campeão (e um dos mais improváveis) da história do TUF.

Wrestler nos tempos da North Idaho College, faculdade que formou Sarah Palin, all-american na NJCAA (National Junior College Athletic Association, uma liga menor que a NCAA), Gastelum deve se beneficiar do corte de peso, ficando provavelmente um meio-médio forte, podendo tirar ainda mais proveito do clinch e do controle posicional no solo. O estilo brigador em pé dá lugar a um sujeito por vezes metódico no chão, que sabe usar o ground and pound para encontrar uma brecha e encaixar uma finalização. Porém, falta-lhe um longo caminho a percorrer na troca de golpes.

Gastelum tem 21 anos, 1,75m de altura e 1,80m de alcance. Está invicto no MMA, tendo vencido todas as seis lutas que disputou profissionalmente, além das quatro do TUF. Apenas a vitória sobre Hall aconteceu por decisão, enquanto três vieram por nocaute e outras duas por submissão.

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Importado do Strikeforce, Melancon entrou no UFC pela porta dos fundos, junto com a geladeira, o fogão e Anthony Smith, totalmente despercebido. Porém, apresentou seu cartão de visitas na estreia ao nocautear Seth Baczynski no soar da buzina do primeiro round, em julho, e já está de volta.

Faixa roxa de jiu-jítsu do ex-campeão dos pesados do UFC Ricco Rodriguez, na Paradigm Training Center, Melancon é bom de quedas, mas prefere conduzir os combates na troca de golpes, onde consegue disparar perigosos ganchos que ora saem como mata-cobras de esquerda. Foi assim que ele abalou Baczynski no começo da luta e o mandou à lona num belo contragolpe.

Melancon tem 31 anos, apenas 1,72m de altura e cinco centímetros a mais no alcance. Seu cartel profissional é de 7-2, sendo 1-0 no UFC, com quatro vitórias por nocaute e um oponente que desistiu sob pancadas. As duas lutas que perdeu (uma delas para Isaac Vallie-Flagg, no Strkeforce) foram por decisão.

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Neste combate entre dois sujeitos agressivos, Gastelum pode pagar um preço alto se insistir na trocação destrambelhada. Num dado momento, pode acabar estirado no chão, vítima de um contragolpe certeiro de Melancon.

O caminho mais justo para o garoto é se aproximar no melhor estilo locomotiva de Chael Sonnen, sabendo que vai receber uma ou outra pancada na cara, a fim de grudar e levar o combate para uma guerra na luta agarrada. Ainda que derrubar Melancon não seja uma tarefa tão fácil como foi colocar Hall no chão, a tenacidade de Gastelum o conduzirá para mais uma apertada vitória por decisão.

Courtney McGee (EUA) vs Robert Whittaker (NZL)

Campeão do mais estranho TUF de todos, McGee era considerado a “próxima grande coisa” na divisão dos médios. Abriu 3-0, mas logo levou um atraso do boxe de Constantinos Philippou e tombou controversamente diante de Nick Ring, fazendo-o pensar na vida. Em seguida, recuperou seu volume de jogo na vitória sobre Josh Neer.

Wrestler de origem, dono de um boxe ajustado, eficaz nos golpes em linha reta, bom no clinch contra a grade e batendo andando para frente, McGee costuma lutar num ritmo agressivo e constante, motivado pelo reservatório de gás grande e pelo queixo duro, lançando golpes em grande volume (o FightMetric o escala no top 10 entre os lutadores que mais lançam golpes significativos por minuto na história do UFC).

Aos 28 anos, ex-alcoólatra e viciado em heroína, Court tem 28 anos, 1,80m de altura e longos braços que alcançam 1,93m de envergadura. O parceiro de equipe de Glover Teixeira na equipe The Pit, de Chuck Liddell, tem cartel de 15-3, com 4-2 no UFC. Ele finalizou sete adversários, conquistou dois nocautes e só foi derrotado por decisão.

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Avassalador, Whittaker limpou a casa do TUF Smashes Austrália vs Reino Unido com dois nocautes que somaram 96 segundos de ação. Na final, mostrou coração e agressividade para superar uma contusão na perna na batalha contra Brad Scott. Em seguida, fez a “unificação” com o vencedor do TUF 16, que aconteceu simultaneamente, nocauteando Colton Smith.

O jovem e impetuoso neozelandês radicado na Austrália e de origem no caratê e hapkidô é marrento, mas o talento justifica a postura. Porém, apesar da pouca idade, sabe diferenciar o momento em que pode deixar o punho esquerdo na linha de cintura, como fez contra Smith, um trocador sofrível, daquela hora em que precisa adotar uma postura mais clássica, como na vitória sobre Scott. E sempre tem a seu favor a enorme capacidade de fazer a concorrência fazer uma viagem de ida para as profundezas da vala.

Depois do TUF, Whittaker passou a integrar os treinos da Tristar Gym, onde trabalha com craques do porte de Georges St. Pierre e Rory MacDonald, sob a batuta de Firas Zahabi. Ele está com 22 anos, tem 1,80m de altura e de envergadura e seu cartel oficial é de 11-2, com 2-0 pelo UFC, com vitórias igualmente divididos entre nocautes e submissões, com mais uma única por decisão, exatamente a final do TUF.

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No atual momento da carreira de Whittaker, McGee é um desafio bem complexo. Na luta em pé, o approach implacável do americano pode tirar o australiano do prumo. Se isto acontecer, abre-se uma importante brecha para McGee derrubar e trabalhar o ground and pound ou abrir caminho para encaixar uma finalização.

Ainda que a vontade de cravar Whittaker por nocaute seja grande, é difícil imaginar que o queixo de pedra do americano seja posto a pique agora. McGee por decisão.

Takeya Mizugaki (JAP) vs Érik Pérez (MEX)

O japonês foi apresentado ao MMA ocidental quando caiu de paraquedas na disputa do cinturão do WEC. Foi derrotado por Miguel Torres, mas levou o inferno ao então campeão e top 10 peso-por-peso. Em seguida, oito lutas no ganha-e-perde, mas quase sempre transformando os combates em pancadarias. A gangorra se estabilizou com triunfos sobre Jeff Hougland e Bryan Caraway, nas viagens do UFC à China e ao Japão.

O japonês foi muito bem apelidado por Diego Tintin de uma espécie de “Korean Zombie” do segundo escalão, já que seu estilo de trocar pancadas como se não houvesse amanhã e sua razoável técnica em todos os ramos do jogo o tornam um dos lutadores mais legais de se assistir no peso galo. Desde que assinou contrato com a Zuffa, apenas Urijah Faber conseguiu pará-lo antes do fim do combate, mesmo com Mizugaki tendo enfrentado gente como Brian Bowles, Scott Jorgensen e Rani Yahya.

Mizugaki está com 29 anos, tem 1,70m de altura, 1,77m de alcance e cartel profissional de 17-7-2, sendo 4-2 no UFC, com cinco vitórias por nocaute e uma submissão quando ainda lutava no Japão. Nas suas derrotas, apenas duas pelas vias rápidas: foi finalizado por Faber e nocauteado há mais de seis anos.

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O mexicano conquista o público hispano-americano com sua máscara de lucha libre e muita agressividade. Em três apresentações no UFC, ainda não sentou no banquinho entre os rounds, finalizando John Albert, nocauteando Byron Bloodworth e conquistando o nocaute mais rápido da história dos galos na Zuffa ao exterminar Ken Stone em 17 segundos.

Natural da terra do boxe, El Goyito começou ainda adolescente no sandá (boxe chinês) para se acalmar e foi campeão de muay thai em seu país. Depois que migrou para o MMA e, posteriormente, para os Estados Unidos, onde passou a integrar a equipe de Greg Jackson, aprendeu boas transições no solo, onde implementa um ritmo de muito giro e pressão.

Aos 23 anos, o mexicano tem 1,73m de altura, três centímetros a menos de envergadura e cartel profissional de 13-4, com 3-0 no UFC e série de oito vitórias consecutivas. Pegou quatro oponentes no mata-leão, três na chave de braço (inclusive Albert, que alega não ter se rendido) e um no triângulo. Quatro foram nocauteados e apenas um o finalizou, há pouco mais de três anos.

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Mizugaki é o oponente mais perigoso de Perez até o momento, capaz de transformar o combate numa alucinada briga. Por ser mais técnico, caberá ao mexicano controlar o ritmo a fim de explorar as inúmeras brechas que o japonês deixa na troca de pancadas.

Como Takeya não para de andar para frente, derrubá-lo também pode ser uma saída para o jovem prospecto. Será difícil para Erik repetir o desfecho conseguido por Faber, mas o mexicano deverá ser agraciado por um triunfo na decisão dos juízes

Bradley Tavares (EUA) vs Robert McDaniel (EUA)

Ninguém está percebendo, mas Tavares já tem cinco vitórias em seis lutas no UFC, três delas consecutivas. Proveniente do TUF 11, o havaiano teve trabalho para bater Dongi Yang, mas mostrou ótimo serviço nos jabs nas vitórias sobre o inglês Tom Watson e o japonês Riki Fukuda, ambas na casa dos adversários.

Adepto da base do MMA americano que junta luta olímpica e boxe, com razoável poder de nocaute (apesar de não finalizar uma luta há um bom tempo), Tavares faz parte da equipe que era liderada pelo falecido Shawn Tompkins. Seu estilo não é dos mais plásticos, evitando trocas francas e fortemente calcado nos jabs, contragolpes e quedas. Foi pouco testado atuando de costas para o chão, posição que McDaniel terá vantagem.

O jovem americano tem 25 anos, 1,85m de altura, 1,88m de alcance e possui cartel de 10-1, sendo 5-1 no UFC, com quatro vitórias por nocaute e outras duas submissões. Sua única derrota aconteceu para Aaron Simpson, três vezes all-american na Divisão I da NCAA pela ótima Arizona State University.

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lIntegrante da Jackson’s MMA e sparring de Jon Jones, McDaniel chegou com moral ao TUF 17. Foi uma das vítimas do campeão Gastelum, mas voltou na repescagem. Escalado para encarar Uriah Hall, se borrou de medo nos dias que antecederam o combate e acabou nocauteado em parcos nove segundos. Na Finale, recuperou-se ao finalizar Gilbert Smith.

Ex-estudante de mecânica aeronáutica na Vernon Regional Junior College (que sequer tem programa de lutas), “A Ameaça” é um lutador que procura vencer sem sofrer riscos. Mesmo tendo agido como um dos sparrings de Jones para a luta contra Lyoto Machida, o forte de McDaniel é mesmo a luta agarrada no chão, onde ele atua com paciência, trabalhando transições até encontrar o ponto de dar o bote. No TUF 17 Finale, aplicou um passeio de passagens de guarda em Smith antes de pegá-lo num triângulo com o oponente já exausto.

McDaniel é um enorme peso médio de 1,90m de altura e 1,91m de envergadura. Seu retrospecto profissional é de 21-6, com 1-0 no UFC. Ele amealhou 16 vitórias por submissão e nocauteou quatro oponentes. Fora do TUF, não perde desde abril de 2010.

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A defesa de quedas do havaiano é sólida – e McDaniel não chega perto do talento de Simpson na luta agarrada. Por este motivo, será complicada a tarefa do amigo de Jonny Bones de levar a luta para o solo. Em seu estilo cansativo e eficaz, mais uma chuva de jabs deve conduzir Tavares a uma impensada quarta vitória consecutiva.

Antevisão original de MMA-Brasil 
http://www.mmabrasil.com.br/

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 A parte inicial da pesagem do "UFC Fight Night: Condit x Kampmann 2" foi disparadamente a mais tensa do evento. Na encarada da primeira luta, os leves Roger Bowling e Abel Trujillo tocaram testas e tiveram de ser separados pelo matchmaker (casador de lutas) Joe Silva. O mesmo aconteceu na encarada seguinte, entre os meio-médio Zak Cummings e Ben Alloway.

Mas o clima quente parou por aí, e todas as demais encaradas foram tranquilas, inclusive as duas últimas: a do brasileiro Rafael dos Anjos com Donald Cerrone, e a de Carlos Condit com Martin Kampmann. A pesagem foi realizada na tarde desta terça-feira, em Indianápolis (EUA).

O UFC também pôde comemorar mais uma pesagem sem qualquer problema em relação a peso. Todos os lutadores ficaram dentro do limite de suas categorias. Rafaels Anjos, por exemplo, marcou 70,5kg, cerca de 300 gramas abaixo do máximo permitido. Já Condit e Kampmann pesaram 77,3kg e 77,1kg, respectivamente, sendo que o limite é de 77,6kg.

Campeão da última edição do The Ultimate Fighter americano, Kelvin Gastelum mostrou estar bem mais seco agora se comparado ao reality show, onde competiu como peso-médio (até 84kg). Ele fará em Indianápolis a sua estreia como peso-meio-médio e pesou 77,1kg.

UFC Fight Night: Condit x Kampmann 2
28 de agosto de 2013, em Indianápolis (EUA)

CARD PRINCIPAL

Peso-meio-médio (até 77,6kg): Carlos Condit (77,3kg) x Martin Kampmann (77,1kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Donald Cerrone (70,8kg) x Rafael dos Anjos (70,5kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Kelvin Gastelum (77,1kg) x Brian Melancon (77,1kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Court McGee (77,1kg) x Robert Whittaker (77,3kg)
Peso-galo (até 61,7kg): Takeya Mizugaki (61,5kg) x Erik Perez (61,5kg)
Peso-médio (até 84,4kg): Brad Tavares (84,4kg) x Bubba McDaniel (83,9kg)

CARD PRELIMINAR

Peso-médio (até 84,4kg): Dylan Andrews (83,9kg) x Papy Abedi (83,7kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Justin Edwards (77,1kg) x Brandon Thatch (77,1kg)
Peso-pena (até 66,2kg): Darren Elkins (65,8kg) x Hatsu Hioki (66,2kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg): James Head (77,3kg) x Jason High (77,6kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg): Zak Cummings (77,3kg) x Ben Alloway (77,1kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Roger Bowling (70,5kg) x Abel Trujillo (70,3kg)

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