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MMA: UFC On FX 8 - Belfort vs. Rockhold - Antevisão + Pesagens


A segunda visita do UFC ao Brasil em 2013 acontece numa improvável localidade. A cidade catarinense de Jaraguá do Sul recebe o UFC On FX 8. O card principal tem quatro lutas, três delas de elevada importância nas respectivas categorias. No combate principal, Vitor Belfort que só perdeu uma vez na carreira como peso médio, encara Luke Rockhold, que estreia no UFC com a moral de trazer o cinturão da categoria do Strikeforce.....

A luta co-principal terá o antigo dono do título do Strikeforce, destronado exactamente por Rockhold: o superastro do jiu-jítsu Ronaldo Jacaré, que também estreia na organização já ocupando a oitava posição do ranking oficial do UFC. Jacaré vai encarar Chris Camozzi, que tenta invadir a lista dos melhores da categoria.

Outro brasileiro bem ranqueado que estará em ação em Jaraguá é Rafael dos Anjos. O carioca luta pela quarta vitória seguida para se consolidar no top 10 contra o perigoso Evan Dunham. Abrindo a porção principal do evento, Rafael Sapo faz sua estreia em solo nacional como lutador do UFC contra o estreante João Zeferino, ex-campeão mundial e antigo rival das competições de jiu-jítsu.

O gigantesco card preliminar de nove lutas traz onze brasileiros em dois duelos locais e sete combates com a tônica Brasil x Resto do Mundo. Os dois pesos moscas brasileiros com pretensões de chegar a uma disputa de cinturão estarão em ação: John Lineker enfrenta o perigoso russo Azamat Gashimov, enquanto o experiente e talentoso Jussier Formiga encara o cascudo Chris Cariaso. Entre os galos, Iuri Marajó mais uma vez enfrentará um estreante compatriota. Desta vez o oponente será Iliarde Santos. Mais um degrau acima na balança, Hacran Dias, o único da turma que estreou contra Marajó a vencê-lo, encara o ascendente Nik Lentz.

Pela categoria dos leves, o ídolo da galera Francisco Massaranduba enfrenta Mike Rio. Gleison Tibau, que venceu Massaranduba no ano passado, busca recuperação contra John Cholish e o garoto Lucas Mineiro abre a noite contra Jeremy Larsen.

Dois outros atletas muito queridos do público brasileiro também estarão em ação na noite catarinense: o meio-médio Paulo Thiago, que recebe o novato Michel Trator, e o meio-pesado Fábio Maldonado, que tentará parar a sequência de três derrotas contra Roger Hollett.

O card completo do UFC on FX 8 é o seguinte:

CARD PRINCIPAL

Pesos-médios: Vitor Belfort x Luke Rockhold
Pesos-médios: Ronaldo Jacaré x Chris Camozzi
Pesos-leves: Rafael dos Anjos x Evan Dunham
Pesos-médios: Rafael Natal x João Zeferino

CARD PRELIMINAR

Pesos-penas: Hacran Dias x Nik Lentz
Pesos-leves: Francisco Massaranduba x Mike Rio
Pesos-leves: Gleison Tibau x John Cholish
Pesos-meio-médios: Paulo Thiago x Michel Trator
Pesos-galos: Iuri Marajó x Iliarde Santos
Pesos-meio-pesados: Fábio Maldonado x Roger Hollett
Pesos-moscas: John Lineker x Azamat Gashimov
Pesos-moscas: Jussier Formiga x Chris Cariaso
Pesos-leves: Lucas Mineiro x Jeremy Larsen

O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 17:30 horas do Brasil e 21:30 horas de Portugal 

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Vitor Belfort (BRA) vs Luke Rockhold (EUA)

Vivendo a melhor fase de sua carreira, Belfort adicionou experiência aos punhos mortais. Como peso médio, perdeu apenas para Anderson Silva em sete combates, com cinco vitórias no primeiro round e duas no segundo. Neste meio, uma derrota para Jon Jones que lhe deixou mais lucro do que prejuízo. No combate seguinte, enterrou Michael Bisping com um chute alto no UFC São Paulo.

Campeão do torneio do UFC 12 com apenas 19 anos, o “Fenómeno” consegue a proeza de ser o segundo colocado do ranking dos médios 16 anos após aquela conquista. O lutador que sempre confiou no boxe e no gatilho mais rápido do MMA, ultimamente resolveu lembrar ao mundo que guarda uma faixa preta do mestre Carlson Gracie ao pegar Anthony Johnson num mata-leão e quase arrancar o braço de Jones fora com um armlock encaixado com muita velocidade.

Os dois combates de 2012 não foram as únicas demonstrações que Vitor ainda tem truques na manga. Em janeiro deste ano, contra Bisping, o carioca finalmente mostrou que os treinos com os lendários kickboxers Ray Sefo e Tyrone Spong renderam dividendos. Com ótimo trabalho de chutes, Belfort mandou o britânico uma vez a knockdown no primeiro round e o exterminou no segundo com uma canelada violenta no pé do ouvido. Porém, apesar disso tudo, o carioca deixou claro contra Jones um velho problema, agravado pela idade: ele leva o terror a qualquer um nos cinco primeiros minutos, mas deixa o ritmo desabar a partir da metade do segundo round.

Aos 36 anos, 1,84m de altura e 1,88m de envergadura, a máquina de nocautes já enfrentou boa parte das lendas da história do MMA, de Tank Abbott a Jon Jones, passando por Anderson, Randy Couture, Chuch Liddell, Tito Ortiz, Kazushi Sakuraba e outros. Vitor tem cartel de 22-10, com 11-6 no UFC. Ele deu cabo de quinze combates pela via rápida dolorosa e finalizou outros três – sua última decisão aconteceu em 2007, na despedida do Cage Rage e da categoria meio-pesado. Anderson, com o lendário nocaute com chute alto frontal no UFC 126, foi o único que finalizou Belfort em menos de oito minutos.

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 Rockhold chegou ao Strikeforce com uma vitória e uma derrota na carreira. Percorreu caminho na série Strikeforce Challengers e venceu seis oponentes medianos. Quando seria promovido a encarar os melhores, viu uma luta contra Matt Lindland e outra contra Tim Kennedy caírem por contusões. Luke ficou mais de um ano parado e todos se esqueceram dele.

Foi quando o Strikeforce o resgatou da inatividade diretamente para disputar o cinturão de Ronaldo Jacaré. Com uma atuação sólida, ele tomou o título do brasileiro e o defendeu em duas vitórias dominantes: um nocaute contra Keith Jardine e uma decisão sobre Kennedy. Pronto, todas as dúvidas sobre o title shot nonsense foram dissipadas. O Strikeforce tinha um campeão legítimo e os rankings, um novo integrante.

Seguindo a marca registrada de sua equipe, a American Kickboxing Academy, Rockhold concentra seu jogo na mistura do kickboxing com luta olímpica e o Guerrilla Jiu-Jitsu de Dave Camarillo. Apesar de não ser um fora-de-série em nenhuma área, Luke tornou-se um lutador perigoso por ser muito grande e forte, além de possuir um condicionamento físico acima da média. Um Michael Bisping de dimensões avantajadas, mais técnico e mais versátil.

O americano de 28 anos é quase um “peso pesado”. Ele tem a mesma altura (1,91m) e alcance (1,96m) de Minotauro, mas alguns quilos a menos em off. Seu cartel profissional é de 10-1, com 9-0 no Strikeforce. Apenas Jacaré e Kennedy chegaram ao final, enquanto outros seis foram finalizados e dois nocauteados.

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Por mais que tenha se tornado um top legítimo, com algumas vitórias de respeito, Rockhold nunca enfrentou ninguém sequer parecido com Belfort. Acostumado a ditar o ritmo de suas lutas, o americano vai lidar com o caos nos cinco primeiros minutos.

Por outro lado, o brasileiro não poderá esperar tanto como fez contra Bisping, que vencia o round contra Vitor até levar um knockdown, pois Rockhold controla melhor a distância e é mais perigoso no clinch.

Podemos esperar alguns minutos nervosos, com os lutadores se estudando e Luke esperando o momento que o rival vai liberar o inferno. Quando isto acontecer, Rockhold terá que dar seu jeito para sobreviver. Se ele conseguir, dará um grande passo rumo à maior vitória da carreira.

Oito minutos. Para não deixar um tom cabalístico, dez. Este é o tempo que Belfort tem para lidar com a desvantagem física, quebrar o alcance e a movimentação de Rockhold para mandá-lo para a vala mais próxima. A partir do terceiro round, abre-se uma clareira para Rockhold, que pode tanto nocautear o brasileiro nos dez minutos finais quanto vencer por decisão. As chances de vitória são praticamente divididas meio a meio. Porém, para não ficar sobre o muro, a aposta é que Luke silencie a Arena Jaraguá.

Ronaldo Souza (BRA) vs Christopher Camozzi (EUA)

O monstro das finalizações estava em processo adiantado de se tornar um lutador completo quando foi surpreendido por Rockhold e acabou perdendo o cinturão do Strikeforce em luta duríssima. Desde então, três passeios. Finalizou o ex-TUF 16 Bristol Marunde com direito a passagem andando na grade, nocauteou Derek Brunson em segundos e amassou o faixa-preta Ed Herman, pegando-o numa americana em três minutos.

Apesar de só estrear no UFC neste sábado, Jacaré é daqueles casos que a fama chegou ao MMA antes dele próprio. Pense num título do jiu-jítsu. Jacaré conquistou. Pense em outro, no peso ou no absoluto. Conquistou também. Um adversário da mais nobre linhagem como Roger Gracie ou Marcelinho Garcia. Batidos. Ronaldo é, sem exagero, um dos maiores nomes da história da arte suave.

A mudança para o MMA americano e para a X-Gym mostrou um novo Jacaré, cada vez com mais ferramentas ao seu dispor. Venceu lutas no wrestling, outras no boxe e sempre deixou claro que encará-lo no chão é tarefa para raros. Muito forte fisicamente, ele adquiriu um belo poder de punch, somado ainda ao queixo resistente, que suportou pedradas secas de Robbie Lawler. Porém, apesar de treinar com Anderson e Rafael Feijão, Souza ainda precisa evoluir ao lidar com oponentes que o atacam em alto volume na longa distância.

Jacaré subirá ao octógono catarinense com 33 anos, 1,83m de altura e 1,88m de envergadura. Seu cartel é de 17-3, com uma luta sem resultado (Jason Miller o acertou com uma pedalada ilegal que abriu um rombo no rosto do brasileiro). Ronaldo finalizou 13 oponentes e nocauteou Brunson. Das derrotas, além da decisão contra Rockhold, foi nocauteado na estreia por Jorge Patino “Macaco” e sucumbiu estranhamente a uma pedalada contra Gegard Mousasi.

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Com quatro vitórias consecutivas, Camozzi deixou para trás um retrospecto irregular no UFC desde que precisou deixar o TUF 11 contundido. Porém, há que se destacar que o americano não teve nenhuma atuação de encher os olhos nesta boa fase, ainda que o nível da concorrência tenha sido bem inferior a Jacaré.

Oriundo do wrestling escolar, Camozzi é o típico lutador que povoa a divisão dos médios no UFC. Não é um mau lutador em nenhum ramo, tampouco se destaca tecnicamente. Faixa-roxa de jiu-jítsu e com treinamento em muay thai, Chris tem em seu favor o bom porte físico (apesar da limitada capacidade cardiorrespiratória) a habilidade de mudar o curso de uma luta, algo que pode ser muito útil (apesar de pouco provável) neste sábado.

Em sua segunda passagem pelo principal evento do mundo, Camozzi tem 26 anos, 1,91m de altura e um centímetro a mais de envergadura. Ele possui cartel profissional de 19-5, com 6-2 no UFC. Pupilo do Kru Marc Montoya na Factory X MMA, o americano venceu cinco por nocaute e seis por submissão, mas foi finalizado em três oportunidades.

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Pelo menos podemos dizer que Camozzi foi corajoso ao trocar o anfíbio pelo réptil, já que ele saiu da luta contra Rafael Sapo para substituir Constantinos Philippou contra Jacaré.

Para não dizer que somente um milagre fará com que o americano saia do Brasil com cinco vitórias seguidas, ele tem um caminho. Camozzi terá que passar quinze minutos se movimentando sem parar pela periferia do octógono, lançando jabs e chutes baixos até doer para vencer por decisão. Olhando as lutas dele, é difícil lembrar quando isso aconteceu.

Jacaré tem alguns caminhos para chegar à luta agarrada. Ele pode acertar uma pancada violenta em Camozzi como também usar suas entradas de queda. Luiz Banha quase pegou Camozzi num mata-leão. Se aquela situação acontecer contra Jacaré, é fim de linha. Na verdade é exatamente esta a aposta: mata-leão de Jacaré no primeiro round.

Rafael dos Anjos (BRA) vs Evan Dunham (EUA)

O retrospecto recente de Rafael, o melhor brasileiro na mais acirrada categoria do MMA mundial, é de 3-0, mas poderia ser de 8-1. Ele vencia Clay Guida, mas acabou não suportando as dores no maxilar quebrado e teve que se render. Fora isso, uma derrota para Gleison Tibau em luta dura, onde Dos Anjos era o lutador mais técnico no octógono.

Faixa-preta de Roberto Gordo, Dos Anjos deixou de ser um ótimo grappler para se tornar um lutador completo. A defesa de quedas, característica muito útil na divisão, está num nível muito elevado. O condicionamento físico é dos melhores – senão o melhor – dentre os brasileiros. Mas foi a evolução no muay thai o que mais chamou atenção.

Treinando constantemente na Evolve MMA do mestre Chatri Sityodtong e na Kings MMA de Rafael Cordeiro, Dos Anjos dominou inteiramente o kickboxer Anthony Njokuani no jogo do adversário, usou um gancho de direita no contragolpe para nocautear George Sotiropoulos e um chute alto que abriu caminho para finalizar Kamal Shalorus. Contra Mark Bocek, um passeio em todos os ramos do MMA.

Com cartel de 18-6, sendo 7-4 pelo UFC, Dos Anjos está alcançando seu ápice como atleta, com 28 anos, 1,75m de altura e cinco centímetros a mais de alcance. Ele finalizou oito oponentes e venceu outras oito por decisão. Foi violentamente nocauteado por Jeremy Stephens num combate em que controlava as ações e a derrota para Guida ficou contabilizada como finalização, pois o americano apertou seu osso fraturado com o antebraço, fazendo Rafael desistir.

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Invicto em onze lutas na carreira, quatro pelo UFC, Dunham era um dos prospectos mais empolgantes da categoria, mas uma derrota em julgamento absurdo para Sean Sherk e um violento nocaute para Melvin Guillard frearam sua ascenção. Evan então venceu o fraquíssimo Shamar Bailey e o pequeno Nik Lentz, mas novamente foi derrotado, desta vez pelo crescente TJ Grant. Na última apresentação, passou por Gleison Tibau em luta dura, aproveitando o cansaço do brasileiro.

Ganhador de três bônus de luta da noite e um de submissão, Dunham é um lutador de estilo ofensivo em qualquer situação que se encontre, até mesmo quando está por baixo, no chão. Faixa-preta de jiu-jítsu, com ótimo wrestling defensivo desenvolvido na Xtreme Couture e trocação versátil, repleta de joelhadas e chutes, o americano aprendeu os atalhos para manter as lutas onde ele fica mais confortável, seja trocando em pé ou em transições no solo.

Evan está com 31 anos e tem 1,78m tanto na altura quanto na envergadura, características que o deixam como um dos maiores leves do UFC. Ele ostenta retrospecto profissional de 14-3, sendo 7-3 no UFC. No total, seis oponentes foram finalizados e outros três nocauteados. Guillard foi o único que o venceu antes do fim regulamentar do combate.

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Assim como a luta principal, este é mais um duelo de difícil prognóstico. Os dois lutadores possuem ferramentas para anular a pressão do adversário.

Dunham não só se defende bem de submissões como mantém-se ativo sempre e pode dar algum trabalho para o brasileiro no solo, apesar de ser inferior neste aspecto. Já Rafael tem boa mobilidade e ótimo gás para cortar em ângulos e atingir o adversário primeiro nas trocas de golpes, aproveitando o fato de Dunham ter dificuldade de manter os combates na distância correta quando ele decide ficar em pé. No fim das contas, Dos Anjos chegará ao final tendo infligido mais danos e uma queda aqui e outra ali para garantir a dura vitória por decisão.

Rafael Natal (BRA) vs João Augusto Zeferino (BRA)

O mineiro gente boa tem uma trajetória complicada no UFC. Ele perdeu na estreia para Rich Attonito e empatou em seguida com Jesse Bongfeldt (em luta que chegou a ser anunciada como três 30-30, mas depois foi corrigida para 28-28). Duas boas atuações nas vitórias sobre Michael Kuiper e Paul Bradley antecederam a derrota para Andrew Craig. Neste combate, Sapo quase nocauteou o oponente, mas se descuidou e acabou vitimado por um chute alto nos segundos finais do segundo round.

Rafael é um faixa-preta de Vinicius Draculino que importou com maestria a arte-suave para o MMA, principalmente quando ele derruba e cai por cima, pesando sobre os oponentes e buscando evoluções de posição até achar uma brecha para encaixar uma finalização. Em pé, a evolução dos treinos com Phil Nurse é notável, mas ainda falta um “algo mais” para ligar o bom trabalho de manutenção de distância com os punhos pesados. O condicionamento físico, que já foi um problema, vem melhorando nas últimas apresentações.

Radicado em Nova York, onde treina com várias estrelas na academia de Renzo Gracie, Sapo está com 30 anos e tem 1,83m de altura e 1,96m de alcance. Seu cartel profissional hoje é de 15-4-1, com 3-2-1 pelo UFC. Rafael aplicou oito submissões e três nocautes até o momento. Nunca foi finalizado, mas sofreu três derrotas por nocaute.

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Quando foi pescado pelo UFC para a vaga deixada por Camozzi, Zeferino perambulava por eventos no sul do Brasil aguardando sua chance de chegar ao principal palco do MMA mundial. Em sua última aparição, em abril, ele conquistou o cinturão do Nitrix ao finalizar Wellington Monalisa em meio round. No penúltimo combate, outra finalização, desta vez contra o competente faixa-preta Thiago Rela, que esteve no TUF Brasil 1, no MMA Rocks.

Campeão mundial de jiu-jítsu pela CBJJE na faixa marrom em 2008 e vice na preta em 2010, formado pela Gracie Floripa, Zeferino baseia seu jogo fortemente na arte-suave, apesar de ostentar faixa marrom de kickboxing pelo sistema de Duke Roufus e kruang azul de muay thai. Sempre que vê a oportunidade, João Augusto busca pressionar os oponentes no clinch para então levar as lutas para o solo.

Zeferino, que tem Tony Eduardo como treinador de jiu-jítsu e o mestre Rangel Farias como técnico principal, faz parte da Nitrix Fight Team e treina em Balneário Camboriú. Ele tem 27 anos, 1,80m de altura e provavelmente vai baixar para meio-médio para a sequência da trajetória no UFC. Seu cartel hoje é de 13-4, que começou com 1-3, com nove vitórias por submissão, uma por nocaute e sete triunfos seguidos.

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Sapo e Zeferino já se conhecem. Em 2008, eles se enfrentaram num torneio de jiu-jítsu e o catarinense levou a melhor. Porém, no sábado a competição é outra e Rafael é mais rodado no MMA.

Quando dois wrestlers talentosos se enfrentam, a luta costuma ser decidida na pancadaria. Ao confrontar dois jiu-jiteiros talentosos (com confronto passado), o mesmo deve acontecer. Como Zeferino não teve muito tempo para se preparar e Natal é superior na troca de golpes, podemos esperar que o mineiro consiga acertar o oponente com algum bom golpe e abra caminho para uma vitória por finalização na primeira metade do combate.

Antevisão original de MMA-Brasil 
http://www.mmabrasil.com.br/

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 A encarada pós-coletiva de imprensa do UFC no Combate 2 foi só uma prévia do que viria na pesagem desta sexta-feira. Após reclamar da postura de Vitor Belfort na véspera, quando o brasileiro tentou encostar o punho no seu queixo, o americano Luke Rockhold resolveu colocar pressão no adversário. O ex-campeão do Strikeforce andou para frente e se encostou no carioca, que o empurrou para longe. Os dois foram rapidamente separados pela organização e Rockhold foi retirado do palco.

O clima apenas esquentou para o evento principal do UFC no Combate 2, neste sábado em Jaraguá do Sul (SC). O canal Combate transmite ao vivo, com exclusividade, a partir de 17h30m (horário de Brasília), e o COMBATE.COM acompanha em Tempo Real a partir do mesmo horário, além de exibir em vídeo a primeira luta, entre os pesos-leves Lucas Mineiro e Jeremy Larsen.

Luke Rockhold entrou no palco com cara de poucos amigos, sob vaias e gritos de "Uh, vai morrer". Ele pediu a toalha para cobri-lo ao tirar a cueca e subir à balança, e bateu 84,4kg, dentro do limite de tolerância para o peso-médio. Em seguida, foi a vez de Vitor Belfort entrar, levantando o público. O carioca tirou o boné e o gorro e enfim revelou seu novo corte de cabelo, um moicano baixo na frente e mais cheio na nuca. De cueca, ele também marcou 84,4kg. Após se reidratar e colocar a bermuda, Belfort se posicionou para a encarada, e Rockhold partiu para cima dele, se encostando no rival e usando sua vantagem de altura para ameaçá-lo. O brasileiro não perdeu tempo e o empurrou para longe. Empolgado, bateu o punho no peito e levantou o público presente na Arena Jaraguá, enquanto seu adversário era retirado do palco.

O clima de tensão surgiu logo na primeira encarada da pesagem. O brasileiro Lucas Mineiro, que bateu 69,4kg, bem abaixo do limite do peso-leve, chegou bem próximo do americano Jeremy Larsen após subir à balança. Outro brasileiro, John Lineker, foi o primeiro a precisar tirar a cueca e ficar nu para bater o limite da categoria mosca: 57,2kg, incluindo uma libra (455g) de tolerância em lutas que não valem cinturão. Iuri Marajó, bastante abatido pelo corte de peso, registrou 61,9kg em sua primeira tentativa. Após tirar seus colares e cueca, conseguiu marcar 61,8kg.

O americano John Cholish foi o primeiro estrangeiro a requisitar a cobertura das toalhas para tirar a cueca e subir à balança. Cholish, todavia, não conseguiu bater o limite nem assim, ficando pouco mais de 100g acima da tolerância dos pesos-leves, com 70,9kg. Ele recebeu um prazo de uma hora para perder o peso extra, ou perderia uma porcentagem de sua bolsa (mais tarde, o americano bateu 70,8kg dentro da janela de tempo recebida). Seu adversário, o potiguar Gleison Tibau, marcou 70,8kg sem problemas. Outro americano, Mike Rio, também ficou nu para subir à balança, mas bateu os 70,8kg para o confronto com Francisco Massaranduba, que ficou bem abaixo do limite, com 69,9kg.

Único atleta catarinense do UFC no Combate 2, João Zeferino entrou com a bandeira de Santa Catarina e foi ovacionado pela torcida. Ele marcou o valor exato da categoria médio, com 83,9kg. Seu adversário, o também brasileiro Rafael "Sapo" Natal, marcou 84,4kg. Em seguida, o carioca Rafael dos Anjos subiu ao palco de casaco e duas camisas, uma delas com uma mensagem pedindo a manutenção da luta olímpica no programa dos Jogos Olímpicos. Estrela do coevento principal, Ronaldo Jacaré entrou fazendo seu gesto característico, imitando a boca de um jacaré. Na encarada, porém, manteve distância ao americano Chris Camozzi.

Confira os pesos marcados por cada um dos lutadores nesta sexta-feira:

CARD PRINCIPAL

Pesos-médios (até 84,4kg): Vitor Belfort (84,4kg) x Luke Rockhold (84,4kg)
Pesos-médios (até 84,4kg): Ronaldo Jacaré (84,4kg) x Chris Camozzi (84,4kg)
Pesos-leves (até 70,8kg): Rafael dos Anjos (70,8kg) x Evan Dunham (70,8kg)
Pesos-médios (até 84,4kg): Rafael Natal (84,4kg) x João Zeferino (83,9kg)

CARD PRELIMINAR

Pesos-penas (até 66,2kg): Hacran Dias (66,2kg) x Nik Lentz (66,2kg)
Pesos-leves (até 70,8kg): Francisco Massaranduba (69,9kg) x Mike Rio (70,8kg)
Pesos-leves (até 70,8kg): Gleison Tibau (70,8kg) x John Cholish (70,8kg)
Pesos-meio-médios (até 77,6kg): Paulo Thiago (77,1kg) x Michel Trator (77,6kg)
Pesos-galos (até 61,7kg): Iuri Marajó (61,8kg) x Iliarde Santos (60,8kg)
Pesos-meio-pesados (até 93,4kg): Fábio Maldonado (93kg) x Roger Hollett (92,5kg)
Pesos-moscas (até 57,2kg): John Lineker (57,2kg) x Azamat Gashimov (57,2kg)
Pesos-moscas (até 57,2kg): Jussier Formiga (57,2kg) x Chris Cariaso (57,2kg)
Pesos-leves (até 70,8kg): Lucas Mineiro (69,4kg) x Jeremy Larsen (70,3kg)


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