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Mac in Touch #33 (extra!) - Extreme Rules – análise combate-a-combate (parte I)

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Mac in Touch extra, este que vos chega na segunda-feira de ressaca do Extreme Rules. Vou aproveitar a série de crónicas do “Sucesso às Fatias” para começar a analisar combate-a-combate e analisar o primeiro PPV sobre este prisma.

A análise será mais técnica, e justificará as avaliações que darei abaixo da mesma....

Terei de a dividir em duas partes dada a extensão da mesma, por isso, ou amanhã ou quarta-feira haverá o Mac in Touch dentro da “agenda”.

É o primeiro de muitos, espero, e surge numa onda de aceitação da vossa parte, a qual agradeço e me deixa extremamente satisfeito. Afinal é algo que gosto muito de fazer, e ainda por cima vos agrada.

Aqui fica:

Extreme Rules – análise combate-a-combate (parte I)


Miz vs Cody Rhodes

A possível ausência de reacções do público a este combate poderia ser facilmente justificada com a ausência de build, mas ao colocar-se Cody Rhodes e Miz, estrelas que têm obviamente muita popularidade e também uma certa quilometragem dentro do ringue, nem isso poderia servir de desculpa para que a psicologia de ringue fosse menos evidente (porque o público reagiria ao combate na mesma)...

... mas não foi por aí que o combate falhou. Miz tem evidenciado muitas falhas técnicas e o entrosamento com Cody não foi o melhor – basta ver o tropeção após Cody lhe segredar algo ao ouvido (algo que, embora não devesse, ficou à vista de todos) e a altura em que vai ao canto do ringue e salta abrindo as pernas com as costas para o ringue obrigando Cody a atirar-se para que não houvesse contacto.

Não foram as únicas falhas de um combate que nada de escandolsamente errado teve em termos de storytelling e de psicologia de ringue, mas que teve na falta de química/entrosamento e na técnica de Miz razões para que estas fossem manifestamente piores que com dois lutadores habituados a lutar juntos ... ou com outro tipo de bagagem técnica.

Cody conduziu o combate, e muito bem. Creio que é justo de dizer que o salvou de ser algo “miz”erável e tornou-o no patamar acima – combate vulgar, de um show semanal.



Chris Jericho vs Fandango

Jericho é um lutador que dá sempre gosto ver, seja quem fôr o adversário. A maneira como gere os timmings e “chama” o público para o combate é extraordinária. Fandango beneficiou muito disso mesmo neste combate, quase totalmente guiado pelo Lionheart... embora também saia prejudicado pelo facto de não lhe serem reconhecidos os méritos que possa ter  por enfrentar uma estrela que evidencia tanto o seu talento.

O build para o combate era já longo (um dos maiores em todo o card, ultrapassando inclusivé o do título da WWE), e a história entre ambos estava a ganhar uma dimensão que chamaria naturalmente o público ao combate... mas Jericho, em termos de psicologia de ringue já é fenomenal, e o público aderiu muito bem graças a isso mesmo, tornando-se um combate bastante bem “estruturado” desse ponto de vista.

A história que foi sendo contada durante o combate (storytelling) só destoou no início com a raiva, a meu ver, ligeiramente exagerada da parte de Y2J, mas a partir daí, tudo o que se fez acabou por fazer todo o sentido e é o maior elogio que posso fazer a quem o liderou.

De lamentar, de resto, apenas os dois botches, quando Jericho falhou o flip e tornou um tentativa de cover num bump sofrido e ainda o crossbody que não era para ser contra-atacado mas resultou numa tentativa de cover por parte de Fandango.

Um combate com muita fluídez, facilmente irresistível e com a mestria de Jericho a evidenciar-se. Lamento que Fandango tenha perdido o combate dado o ímpeto que tem vindo a perder, contudo, isso é material para outra crónica porque a análise, hoje, é mais técnica e nesse aspecto não há muitas queixas a apresentar relativamente a esta rivalidade.


Kofi Kingston vs Dean Ambrose

A intensidade deste combate foi muito bem gerida por ambos os atletas. Seria de esperar uma reacção menos positiva por parte do público que prejudicasse o desenrolar o combate, mas Ambrose já consegue manipular grandes audiências e Kofi tem a tal aceitação por parte do público mais novo apesar da falta de carisma que vai (cada vez menos) evidenciando. Fez perfeitamente o papel de coitadinho ao longo do comabte e contribui para que houvesse simpatia por ele e ódio ao mesmo tempo, o que é perfeitamente normal por ser tão “bonzinho”... algo que não agrada a fãs mais “sábios”, mas que resulta para que estes se oponham ao “bom da fita” e assim foi – basta ouvir a reacção à vitória de Ambrose!

Quanto à linha que orientou o combate, não teve nada de errado, com a alternância normal entre o jogo de chão de Ambrose e o comeback de Kofi com manobras mais “mexidas” e que entram em harmonia com as personalidades de ambos os atletas.

O final do combate foi vertiginoso e só pecou por um erro... que até foi denunciado por JBL! – Kofi aplica o Trouble in Paradise e não deixa Ambrose ficar fora do ringue de forma a reter o título. É algo pequenino e que até se pode aceitar pelo facto de se tratar de um babyface e querer ganhar “limpo”.

Sheamus vs Mark Henry

Pode parecer estranho mas considero que este combate pecou por ter sido demasiado ... equilibrado! Em nome da lógica e da credibilidade, de fazer encaixar as semanas anteriores com este combate em específico, Henry ganharia facilmente porque aquilo que ele precisava de fazer era arrastar um homem de 200 e tal quilos (exagerando, obviamente!!) – tarefa nada difícil de concretizar, já que semanas antes tinha arrastado dois camiões que não teriam menos de 1 tonelada!! Sim, os músculos são diferentes mas a acção é a mesma e a força de um homem não varia assim tanto de um membro para o outro.

Em termos de entertenimento, toda a situação de fugir aos quatro cantos acaba por trazer o público ao combate. Afinal, foi um combate que não acontece na WWE com regularidade e bem gerido por ambos os intervenientes de forma a evidenciar que se tornava de algo especial e diferente...
De resto, a história é pouca. O entertenimento foi sofrível, mas a lógica... nenhuma.



Alberto del Rio vs Jack Swagger

A intensidade do combate foi o que se destacou de um combate entre intervenientes que já traziam uma história relativamente longa. As armas e as manobras (os Gut Wrench Powerbomb’s, as “vergastadas” de Del Rio com a “cana” e até o próprio ankle lock) foram inseridas no combate nos timmings certos em relação ao que ele ia trazendo e mantendo o patamar elevado no que toca à freneticidade, o que é muito difícil de fazer.

O público pode ter sido chamado ao combate de forma apropriada, argumentarão uns, mas para além de eu discordar disso (Del Rio, para mim tem pouco carisma enquanto babyface e Swagger ainda tem de crescer nesse campo), creio que as respostas dadas ao àrbitro relativamente à desistência ou não de cada um dos lutadores tiraram fulgôr ao combate da mesma maneira que uma expressão inadequada durante uma manobra de submissão ou no intervalo de manobras ou um selling “parvo”. Ou seja, foi um “downer” que se meteu na eletricidade que foi passada para fora e ainda na fluídez do próprio combate, que nunca se desejaria “aos soluços”.








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