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Slobber Knocker #36: E o mundo não acabou...



… Nem o mundo do nosso tão estimado wrestling. Estimado porque mesmo quando lhe rogamos pragas ainda o adoramos. “Tough love” diga-se. Mais uma vez, vou dividir o meu artigo em duas partes e na próxima semana cá venho apresentar-vos mais um Slobber Knocker, mesmo na última semana do ano para ser feito com precisão....

Não querendo ignorar as sondagens deste site – se ainda não votaram estão à espera de quê? – e fazendo o paralelismo com um outro artigo recente que apresentava uma abordagem mais negativa, aqui fica a minha reflexão debruçando-me mais sobre o que me agradou. Porque é o que faço sempre até na vida. No entanto não vai deixar de ser uma análise a variados pontos.

Muito matutei sobre como viria a fazer isto, e tive assim umas ideias que vou ver se resultam bem. Porque não começamos por analisar os grandes combates de cada companhia?


Wrestlemania XXVIII: End of an Era Hell In a Cell: Triple H vs The Undertaker

De imediato que o destacámos como combate do ano. E é merecidíssimo. Três lendas provaram porque é que chegaram a esse mesmo estatuto. O combate para os mais jovens que também teriam o seu momento de brilho no mesmo card estarem tão colados ao ecrã como qualquer outro espectador. Um festival de saltos para mim que reagia a cada momento empolgante, emocionante e imprevisível. Porquê é que não se fazem mais combates destes durante o ano? Porque só dá para fazer desses de vez em quando…



WWE Championship Match: CM Punk vs Chris Jericho
Não dava para seguir o espectáculo que foi o Hell in a Cell pouco antes, mas que lá foi para distrair e espairecer dele por um bocado, isso foi! Ficou-lhe logo na cauda como segundo grande combate da noite e realizou um sonho molhado de muitos de ver estes dois génios em ringue e no microfone às turras neste grande palco. Um espectáculo que não desiludiu e que cimentou aquilo que Jericho vinha fazer: colocar pessoal over. Com tanto veterano não tão bom como ele a recusar-se a fazê-lo, por aí se vê o tipo de trabalhador e até pessoa que Chris Jericho é…


Once in a Lifetime: The Rock vs John Cena
O hype que levava parecia que queriam fazer o combate do ano ali. Mas não tinha a expectativa para tanto, ainda para mais com os outros dois já mencionados no card. Não me deixou de agradar bastante e até fiquei surpreendido por saber que teve uma duração mais longa que o Hell in a Cell, logo até passou depressa. Ainda mais uma vénia por saber que são dois lutadores que com as suas limitações em ringue – da última vez que disse que o The Rock era limitado pregaram-me a uma cruz, será que o farão outra vez? – conseguem protagonizar grandes combates e mostram que até valem muito mais que aquilo que normalmente se vê. Foi combate com acção e dimensão suficientes para entrar nos livros de história.


Extreme Rules: World Heavyweight Championship Match: 2-out-of-3 Falls: Sheamus vs Daniel Bryan

Eles tinham borrada para compensar e da grande. Depois da gigante desilusão que foi o “combate” de 18 segundos na Wrestlemania, cabia agora vermos o que merecíamos. E era algo deste calibre que deveríamos ter visto na Wrestlemania, porque tinha qualidade suficiente para estar presente nesse palco. Mostrou que Daniel Bryan tem talento para dar, vender, alugar, tudo e ainda lhe sobra e mantiveram Sheamus como um tipo rijo como cornos. O que devia ter sido feito mas só se lembraram à segunda. Podia ser pior, podiam não se ter lembrado sequer, mas grande combate.


WWE Championship Match: Chicago Street Fight: CM Punk vs Chris Jericho
Eu lembro-me que estava todo tolo na altura. E depois fui a ver o feedback e outras críticas e mantiveram o combate mais pelo mediano. O que vale é que não me posso fiar no que outros dizem para fundamentar o que penso, porque se eu estava todo tolo a ver isto, então raios me partam, eu estava todo tolo a ver! E de facto adorei o combate, fez bom uso de storytelling e de spots doidos, “near falls” e agressividade bem distribuída por toda a longevidade do combate. Um excelente seguidor do combate da Wrestlemania e um perfeito encerrador de feud.


Extreme Rules Match: Brock Lesnar vs John Cena
Já que estou numa de honestidade por andar mais ao contrário dos restantes, digo: Na altura não fui grande fã deste combate. E quando via as reacções tão eufóricas ao combate, parecia que via alguns contentes só porque houve sangue. Andava a ver as opiniões erradas também. Na altura achei que foi outro combate de Cena a levar porrada velha e a ganhar no fim – ainda para mais quando levou mais porrada ainda. Mas assim que analisei o combate à posteriori apercebi-me que realmente foi algo muito diferente do costume. Até foi inovador. Estampou na cara de toda a gente o nome do PPV. E Lesnar interpretou a sua personagem doentia na perfeição. Não me tornei propriamente um fã acérrimo do combate, mas aprendi a apreciá-lo e dou-lhe o seu lugar de destaque como um dos grandes momentos do ano.


Over the Limit: WWE Championship Match: CM Punk vs Daniel Bryan
Só ao dizer os dois nomes já justifico. Vão lá vê-lo outra vez. Aquilo é wrestling. E só não fechou o PPV porque tínhamos o combate de sonho entre John Cena e Johnny Ace e tínhamos de assistir a uma extremamente imprevisível Heel Turn de Big Show. Que se dane que os dois possivelmente mais talentosos do plantel tivessem um espectáculo técnico para dar…


Money in the Bank: WWE Championship Match: No Disqualification: CM Punk vs Daniel Bryan

Brilhante, mais uma vez. Desta vez tinha ainda AJ para a parte do “storytelling” e de imediato que se antevia artimanha por ali. Até nem houve nada de muito excepcional nessa parte mas o combate em si é que foi aquilo que já estava pré-escrito: um espectáculo com dois dos melhores que lá andam…


SummerSlam: Chris Jericho vs Dolph Ziggler
Uma feud bem arranjada porque sabíamos que ia dar em maravilhas. Claro que também tinha os seus lados negativos, por exemplo, estávamos todos à espera que isto fosse para mandar Jericho embora. E com o seu cargo de favorecer outros, ia embora sem nenhuma vitória em PPV. Mas não era para já que isso se ia dar, logo até foi mais bem feito, Jericho vence este excelente encontro, leva uma vitória importante para casa num grande combate e lá coloca Ziggler over no dia a seguir para andar a “rockar” a mais os Fozzy. Foi o espectáculo que se esperava com estes dois talentos com tanta coisa em comum…


Brock Lesnar vs Triple H
Não teve o mesmo impacto que o encontro entre Lesnar e Cena e Lesnar até levou mais wrestling consigo desta vez. Mas souberam muito bem como equilibrar o encontro e tornar o assunto pessoal. Fora os cânticos mal situados de “You tapped out!” que não eram propriamente esperados e apropriados, foi uma boa maneira de fechar o PPV que aos olhos de muitos desapontou. O final ainda deixou em aberto um “encore” entre estes dois. Irá concretizar-se? Temos um 2013 pela frente…


Night of Champions: WWE Championship Match: CM Punk vs John Cena
Já está mais que provado: estes dois entendem-se que é uma maravilha em ringue. Punk traz o melhor de Cena ao decima e a cada vez que os dois se encontram em ringue, sai clássico. Daí que eu não me importasse com a repetição da feud, claro, com a única condição: que o Cena não ganhe. Grande combate cujo final deixou muitos miúdos a choramingar – e outros ficaram simplesmente cépticos – mas que eu achei que até teve o se quê de inteligência – talvez fosse melhor feito com algo mais que um German Suplex, mas até serviu. O importante é que Punk manteve – a minha posição de defesa perante Punk também já me garantiu mais um lugar noutra cruz, irá suceder-se outra vez? Afinal de contas este é um artigo de revisão do ano de 2012, também posso reflectir sobre o que aconteceu aqui na minha rubrica.



Nota: Houve um pequeno senão. O final foi feito para que Cena não ficasse por baixo, dando a entender que ele também não perdeu. Mas não posso deixar de imaginar que criaram um spot em que Cena não teve a inteligência ou a habilidade suficientes para levantar os ombros na situação. Será que essa parte foi assim tão bem pensada?

Hell in a Cell: World Heavyweight Championship Match: Sheamus vs Big Show
Esta ainda tem mais destaque pela surpresa que foi. A rivalidade no papel não agradava a muitos e fazia torcer narizes. E imaginando a acção de ambos em ringue ainda menos satisfação trazia. Quando chega ao dia e eles sacam do combate da noite, fornecendo um combate equilibradíssimo, emocionante e bastante físico, todos os cépticos tiveram que dar o braço a torcer e considerar que existiu bastante qualidade no encontro. Para quê a necessidade de um Super-Sheamus? Parece que descobriram aqui como bookar um babyface de topo a perder de forma limpa e a ficar a parecer fortíssimo. Merece o destaque.


Tables, Ladders & Chairs: TLC 6-Man Tag Match: The Shield vs Team Hell No e Ryback
Ora bem, o ano está acabado, em meados de Dezembro já é tempo para olhar para trás e reflectir sobre o ano acabado de assistir, certo? Errado! Foi agora mesmo quase no fim do ano que conseguiram apresentar-me um combate para eu colocar lado a lado com o Hell in a Cell da Wrestlemania como combates do ano. Ainda melhor? Traz estreantes. Assim é que se estreia! No entanto não havia muito a explicar: trazia Dean Ambrose e Seth Rollins e isso já dizia tudo. Faltou um pouco mais de protagonismo de Daniel Bryan e se há combate jeitoso para o futuro é Ambrose vs Bryan. Ryback e Roman Reigns, aqueles que considerava os mais verdes neste conjunto, saíram-se lindamente e não ficaram ofuscados pelos mais talentosos, lembrando que um é a besta destrutora e dominante da companhia e outro é suficientemente bom para ser colocado em equipa com dois lutadores impecáveis. Kane é o Kane, ele já passou por praticamente tudo na sua carreira e enquanto tem genica e consegue acompanhar o ritmo dos jovens não estorva e enriquece o quadro. Grande combate, não parei quieto em nenhum momento e ainda tenho alguns dos spots em repetição na minha cabeça – então o bump da noite do Rollins… E é assim que quase com o ano acabar, me apresentam um combate do ano secundário… Que 2013 só traga maravilhas para os The Shield!



Money in the Bank Ladder Match: Dolph Ziggler vs John Cena
O exemplo de um combate que causava ansiedade por duas razões: antecipava-se um grande combate e temia-se um final terrível. Depois de colocar os pensamentos lógicos no sítio – para que raio havia o Cena de precisar do título Mundial? – é que chega o momento de desfrutarmos de um grande combate de elevada qualidade. Primeiro, tinha Dolph Ziggler, isso já diz muito. E segundo, John Cena é aquele gajo que é chato e genérico quando o mandam ser, se o mandarem fazer um clássico, ele faz. Portanto tudo no sítio para um grande combate. Assim foi, tudo muito bem trabalhado, ambos tiveram os seus momentos, deram bom uso a spots e só não usaram assim tanto a escada para nos colocar na beira do banco a ver quem é que lá chegaria. O final foi surpreendente e excelente, AJ faz uma das Heel turns mais apoiadas e aplaudidas das que haja memória e dá uma prenda de Natal a muitos ao mandar o Cena à fava e custar-lhe a vitória. Cabe a Ziggler acabar o que queríamos que ele acabasse. Mais uma pérola aqui deixada para o fim.


Nota: Vi muita crítica, mas admito ter ficado impressionado e faço vénia ao Hurricanrana do John Cena. Não foi perfeito mas há que ver que ele não é o Kofi Kingston ou o Sin Cara, desde que vi a elevação dele para os ombros do Ziggler que me impressionei. E mesmo que não tenha sido uma manobra perfeita, pelo menos o Mr. 5 Moves de vez em quando ainda vai metendo umas coisas diferentes pelo meio. Mas o desgraçado é apedrejado quando faz e quando não faz… É duro ser o Cena…

Nota geral: Não incluí combates como o Royal Rumble, Elimination Chamber ou Money in the Bank porque esses são feitos já de propósito para serem excitantes. É difícil estragar um combate desses e se quero destacar algo, que seja em boa acção singular.


Genesis: Monster’s Ball: Abyss vs Bully Ray
Combates Hardcore são normalmente bons quando são protagonizados por lutadores que saibam bem o que estão a fazer nessa área. Abyss e Bully Ray são dois exemplos de tipos que nos lembram que o wrestling Hardcore não é só aquela overdose violenta que se vê muitas vezes na CZW. Este combate comprova-o ao mostrar que pode-se entrar em campos brutais sem partir para o grotesco só porque sim. E ainda um ponto extra: deu para haver comédia pelo meio da brutalidade toda (“AAHH! MY BALLS!”)


Against All Odds: X Division Championship Match: Austin Aries vs Alex Shelley
Primeira aparição de Aries nesta listagem e veremos quantas vezes aparecerá ele. Aqui vem acompanhado de um lutador algo subvalorizado em competição singular mas que fez maravilhas na companhia na divisão Tag Team: Alex Shelley. Por muito tempo que um PPV da TNA era encabeçado pelo combate do título da X Division e este encontro prova o porquê desse destaque. Acção física, velocidade, acrobacias, dotes técnicos, beleza na execução. Palavras que definam este combate e o desempenho habitual destes dois talentosos lutadores.


Lockdown: Steel Cage: Jeff Hardy vs Kurt Angle

Grande combate que tiveram no PPV anterior no Victory Road. Fica à escolha do freguês qual dos dois o melhor, mas escolhi este porque foi a batalha final, que fervia mais e que os prendeu numa jaula, onde já se previa que insanidade sairia dali. Logo, claro está, Jeff Hardy é doido atira-se lá de cima para um Swanton Bomb enquanto se encontrava lesionado nas costas. Esperto! Ou então… dedicado, vá-se mais por aí.


World Heavyweight Championship Match: Bobby Roode vs James Storm
Foi um banho de sangue para ambos mas não foi por isso que foi bom – meses mais tarde teriam um encontro mais épico ainda que também se fartou de ter molho. Eles souberam bem como utilizar as regras mais extremas mas sem deixar de abordar as partes mais brandas e lentas de um combate técnico. E na hora de trazer a violência toda, lá se saiam eles. O final também gostei porque não queria ainda que o Roode perdesse o título e tinha a certeza que eles não o iriam fazer ganhar limpo, muito menos contra o Storm. Portanto até foi esperto mesmo que não fosse novo.


Nota: Quanto aos dois combates anteriormente apontados. Plateia mais irritante que a desse PPV não me lembro de haver em mais lado nenhum, durante o ano.

Sacrifice: Austin Aries vs Bully Ray
O encontro foi agora repetido com uma nova história e com papéis trocados. Na altura, Aries era o “underdog” e Bully era… bem, bully – porque agora já não é, até se veste normalmente e tudo. No entanto foi um grande combate para destacar a grande qualidade que estes dois podiam apresentar: de um lado, o veterano rejuvenescido que encontrou nestes seus últimos tempos uma reencarnação em competição singular que muitos gostavam de atingir já tão avançados na carreira; do outro, talento de topo na companhia a par talvez de Kurt Angle e dando-lhe as devidas asas, AJ Styles. Portanto, foi um esplêndido combate que viu um Aries babyface a sair vitorioso.


Kurt Angle vs AJ Styles
Outro caso que se explica automaticamente só de olhar para os nomes. Basta ler o texto do combate anterior. Falei neles. E em que contexto? Um contexto que desça as expectativas para este combate é que não era de certeza. O que talvez não se adivinhasse é que sairia daqui uma tag team que viria a dar combates ainda mais espectaculares…


Slammiversary: World Tag Team Championship Match: AJ Styles & Kurt Angle vs Christopher Daniels & Kazarian

Era este mesmo. E ainda houve outro. E lembro-me perfeitamente que depois de os acabar de ver pensei logo para mim que um dos dois ou ambos dariam para combate do ano mais tarde, se viesse a fazer isto que estou a fazer agora. Foram combates semelhantes, mas no bom sentido, no sentido em que se igualavam em qualidade e, pedindo emprestado à gíria estrangeira, “awesomeness”. Decorreu começando com a estrutura tradicional e acabando no “spot fest”. Mas o bom tipo de “spot fest”, fossem todos assim. Concluindo… Olhando para os nomes envolvidos, será também surpresa?




Destination X: Last Man Standing: AJ Styles vs Christopher Daniels
Num evento geralmente bom recheado de boa acção à maneira da X Division, o que se mais se destacou estava for a do torneio. Primeiro isto. Já lutaram um com o outro umas 700 vezes. E avaliando pelo que se vê… Que venham 700 mais. Com estipulações – à excepção de um desapontante “I Quit” em 2011 – ainda dão mais espectáculo e quando têm que se encher de porrada até que um deles não se consiga levantar… Vai ser bonito. Foi bonito. Não há necessidade de descrever mais…


World Heavyweight Championship Match: Bobby Roode vs Austin Aries

Quando tirar o título a Bobby Roode? Depois de um reinado bem longo, ele merece. Teve o mais longo? Espectáculo! Então para quem perder o título? Quem seria o tipo ideal com calibre para ser um bom sucessor? Do meu ponto de vista, qual o meu lutador favorito da TNA para além de Roode? Nem é preciso muito, é Austin Aries. Até aqui estamos a andar bem. E como fazê-lo? Num combate épico, é claro. Não é preciso dizer mais…


Hardcore Justice: 4-Way Ladder: AJ Styles vs Kurt Angle vs Christopher Daniels vs Samoa Joe
Também não me vou prolongar muito quanto a isto. Vejam os nomes. Vejam a estipulação. Lembrem-se. Se não viram, imaginem. Caso encerrado até porque já estou a escrever isto há muito tempo e já estou meio cansado… Agora imagino como ficaria se andasse a ter combates destes…


World Heavyweight Championship Match: Austin Aries vs Bobby Roode
As mesmas proporções de épico que o combate do Destination X, talvez superando um pouquinho mais. Apenas acrescentando-lhe um pouco mais de artimanha com aquele final duplo para causar controvérsia, para que os dois pudessem ficar bem vistos antes de tirar um final a limpo e manter Aries a Campeão. Não falharam em parte alguma. Afirmo até que esta feud, os seus combates e os seus resultados foram a melhor coisa que a TNA fez este ano…


No Surrender: World Tag Team Championship Match: Christopher Daniels & Kazarian vs AJ Styles & Kurt Angle
Ler o texto da entrada do combate entre as mesmas equipas no Slammiversary.


Bound for Glory: Street Fight: James Storm vs Bobby Roode
E foi assim que superaram o seu encontro no Lockdown. Com um candidato a combate do ano na TNA. Com sangue até vir a mulher da fava rica e com violência suficiente para satisfazer antigos fãs da ECW. Mas mais importante de tudo, um excelente embate físico, culminação de uma enorme rivalidade pessoal e capaz de transmitir toda a sua emoção e carga psicológica ao espectador que não estava muito confortavelmente sentado enquanto via. Mais um exemplo de como se faz wrestling Hardcore como deve ser…



World Heavyweight Championship Match: Austin Aries vs Jeff Hardy
Com a qualidade dos combates de alto calibre que ambos tiveram, com a combinação e com os estilos que mesmo diferentes conseguem combinar… Era um combate que já fazia crescer água na boca desde o início. E no ringue fizeram de tudo e mais alguma coisa que podiam ter feito: menos desapontar, claro. E ainda bem. Se queriam fazer juz ao nome “Bound for Glory” e seguir um espectáculo como foi a Street Fight – mesmo que todo o evento apresentasse boa qualidade – tinham que fazer as coisas como fizeram aqui…


Turning Point: World Heavyweight Championship Match: Ladder: Jeff Hardy vs Austin Aries
Outro que não me conseguiu manter quieto no meu lugar. Outro que ao final deixou-me a pensar “entre os grandes combates do ano”. Outro que me fez pensar que o ano de 2012 foi descomunalmente superior a 2011 nesta companhia – ainda se fartou de fazer asneiras, mas qual é a companhia que não o faz em qualquer momento? E tirar o título do alcance do lutador no topo da escada através do comando? Isso é inovação! Um Twist of Fate doido encima duma escada empoleirada na escada. São o Hardy e o Aries, porque não haveriam de fazê-lo? Combate do ano? Para mim, pelo menos um dos vários foi!



E assim concluo aquele que terá sido possivelmente o meu artigo mais cansativo de escrever! Verifiquem, é quase o dobro dos outros. Só espero mesmo que não vos tenha maçado e que não o tenha tornado também o mais cansativo de ler. Procuro como sempre escrever algo apelativo e que suscite aos vossos comentários que acrescentem sempre algo.

Neste caso, nesta primeira parte do artigo, utilizei um formato simples e contínuo, mas tenho uma ideia para fazer algo diferente na continuação na próxima semana, a ver se resulta bem.

Fica agora a vosso cargo dizer o que acharam destes combates, o que acharam do ano 2012 em termos de wrestling – estejam à vontade para falar de outras companhias, devido à minha falta de atenção prestada às mesmas – acrescentem combates que vos marcaram este ano, excluam alguns da lista que não acharam grande espingarda.

Para a semana cá estarei para a segunda parte em que abordarei as Superstars de cada companhia e o seu percurso ao longo do ano. Até lá, que tenham um óptimo Natal, com tudo de bom, saúde, alegria, muita lambarice e tudo aquilo que necessitem.

Boas Festas e cumprimentos,
Chris JRM
Com tecnologia do Blogger.