Thoughts on MMA #37: UFC 140: Jones vs. Machida

Estou de volta para falar de MMA, mais precisamente da UFC e do seu UFC 140: Jones vs. Machida que foi para o ar no passado fim-de-semana e do qual vou destacar, como habitualmente, os três combates que mais interessado estava em ver.....

Começo pelo combate entre o Tito Ortiz e o Antônio Rogério Nogueira. Estes são dois lutadores que dispensam grandes apresentações. O primeiro à muitos anos que combate na UFC e com um recorde pessoal de dezasseis vitórias, nove derrotas e um empate, ele pretendia aqui chegar à vitória depois de ter perdido o seu último combate. Quanto ao segundo, foi estrela na PRIDE e fazia aqui o seu quinto combate na empresa, pretendendo juntar mais uma vitória ao seu recorde de dezanove vitórias e cinco derrotas, depois de ter perdido os seus últimos dois combates.

E indo ao combate, este começou com o Ortiz ao ataque e a ir para cima do adversário, tentando levar o combate para o chão, mas o Nogueira respondeu à altura e depois de uma joelhada no adversário foi domínio completo do Nogueira. O Tito Ortiz bem tentava responder e defender-se da melhor maneira, mas assim que foi ao chão o Antônio Rogério Nogueira não lhe deu grandes hipóteses, esteve sempre por cima, mais dominante e depois de violentas cotoveladas e violentos socos o árbitro percebeu que tinha que parar o combate. Uma grande vitória para o Nogueira que deixou o Ortiz muito mal tratado e quase sem resposta, naquele que pode muito bem ter sido o último combate da sua carreira.

Destaco depois o combate entre o Frank Mir e o Antônio Rodrigo Nogueira, mais dois lutadores que dispensam grandes apresentações. O primeiro já foi campeão da UFC e chegava aqui com um recorde de quinze vitórias e cinco derrotas, pretendendo ganhar aqui pela terceira vez consecutiva. O segundo foi uma das grandes estrelas da PRIDE e na UFC já foi campeão interino, tendo perdido esse título, precisamente, para o Mir. Chegava aqui com um recorde pessoal de trinta e três vitórias, seis derrotas, um empate e um No Contest, sendo que o seu objectivo era conseguir aqui a sua segunda vitória consecutiva.

O combate trouxe um Minotauro em bom plano e a querer dominar o combate desde o princípio. O Mir tentava responder, mas sem grande sucesso e o adversário ia causando estragos. Ele ainda levou o combate para o chão e tentou pôr as coisas a seu favor, mas o Nogueira respondeu à altura e voltou a ter o controlo do combate, sem dar grandes hipóteses ao adversário. De tal forma que a certa altura o Frank Mir já estava mais para lá do que para cá e as coisas pareciam complicadas. Mas quando parecia que o Minotauro ia acabar com o combate, o Mir pôs as coisas a seu favor, prendeu o braço do adversário, aplicou a submissão e pouco mais houve a fazer. Uma excelente vitória para o Frank Mir que esteve em maus lençóis, mas que conseguiu inverter as coisas a seu favor e conseguiu, assim, a vitória.

E, por fim, o grande Main Event da noite onde o campeão Jon Jones pôs o seu título da categoria Light Heavyweight em jogo contra o Lyoto Machida. O primeiro será a grande estrela do momento no que ao MMA diz respeito, tendo um recorde pessoal de catorze vitórias e apenas uma derrota. Ele fazia aqui a sua segunda defesa de título e pretendia acabar o ano da melhor forma. Já o seu adversário, dominou a categoria durante bastante tempo, esteve até invicto durante muito tempo e agora, depois de duas derrotas, conseguiu uma vitória que o voltou a pôr na rota do título.

Com um recorde pessoal de dezassete vitórias e duas derrotas, ele pretendia aqui chegar, de novo, ao topo da divisão e conquistar o título Light Heavyweight. No que ao combate diz respeito, este teve um primeiro round em que o Machida se mostrou em grande forma e onde controlou as operações. Ele mantinha sempre a distância e evitava, assim, os golpes do adversário. E depois partia para o ataque sempre na certa e ia causando danos no adversário. O Jones pouco conseguia fazer e ia sendo dominado pelo adversário. Já o segundo round trouxe um Jones melhor, a ir atrás do adversário e a conseguir algumas investidas que o colocaram em vantagem sobre o adversário. O Lyoto Machida tentava responder, mas sem sucesso e o domínio do adversário era visível. A certa altura o combate teve que ser parado para o Machida ser visto pelo médico, devido a um corte na testa, mas pode continuar a combater.

E as coisas continuaram no mesmo ritmo, com o Jon Jones melhor, a investir sobre o adversário e a conseguir a oportunidade de aplicar a submissão, vencendo, assim, o combate. Uma grande vitória para o campeão Jon Jones que confirma ser uma das estrelas do momento e que tem, sem dúvida, um grande futuro pela frente, saiba ele trabalhar para que isso aconteça. Quanto ao Lyoto Machida não conquistou o título que era o seu grande objectivo, mas certamente que continuara a trabalhar para ter nova oportunidade e voltará mais forte para procurar a vitória.

Para terminar, destacar, como habitualmente, os bónus da noite onde a Fight of the Night que foi atribuída, e com toda a justiça, ao combate entre o Jon Jones e o Lyoto Machida.

Já o Knockout da noite só poderia ir para o Chan Sung Jung que em sete segundos (ou coisa parecida) venceu o Mark Hominick. E a submissão da noite foi para o Frank Mir que, assim, venceu o Antônio Rodrigo Nogueira.

Penso que no geral tivemos um bom evento, com bons combates e bons momentos, tendo sido, como disse, um bom evento, muito agradável de se ver.

Espero que tenham visto o evento, que tenham gostado e que também tenham gostado da crónica, ficando eu à espera da vossa opinião sobre ambos os assuntos.
Quanto a mim, volto depois do UFC 141: Lesnar vs. Overeem que vai para o ar no dia trinta deste mês e será o evento que fecha o ano na UFC.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...