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Thoughts on MMA #35: UFC 139: Shogun vs. Henderson


Estou de volta para falar de MMA, mais propriamente de UFC e do UFC 139: Shogun vs. Henderson que foi para o ar no passado fim-de-semana e do qual vou destacar, como habitualmente, os três combates que mais interessado estava em ver.....


Começo pelo combate entre o Urijah Faber e o Brian Bowles. O primeiro chegou à UFC vindo da WEC, tendo já combatido por duas vezes na empresa e tendo, no seu último combate, disputado o título da categoria Bantamweight. Com um recorde de vinte e cinco vitórias e cinco derrotas, o Faber procurava aqui uma vitória que o colocasse, de novo, na rota do título.

Quanto ao Bowles, também ele ingressou na empresa vindo da WEC, tendo vencido os dois combates que realizou na UFC e pretendia juntar aqui mais uma vitória ao seu recorde de dez vitórias e apenas uma derrota, derrota essa onde perdeu o título Bantamweight da WEC. Sem dúvida, dois excelentes lutadores e um excelente combate em perspectiva. Indo ao combate, foi o Urijah Faber a entrar melhor, controlando as ofensivas do adversário e atacando sempre de longe para evitar as tentativas de contra-ataque do Brian Bowles.

O domínio do Faber foi claro no primeiro round, principalmente, quando ele levou o combate para o chão e não deu grandes oportunidades de resposta ao adversário. E o segundo round colocou as coisas ainda mais a favor do Urijah Faber que acertou um soco no adversário que o fez ir ao chão e depois ai ele dominou as operações, colocou o Bowles em má posição, com socos atrás de socos, e depois partiu para a submissão vencendo assim o combate. Sem dúvida uma grande prestação do Faber que se exibiu a grande nível e que agora quer a sua desforra com o campeão Dominick Cruz.


Destaco depois o embate entre o Wanderlei Silva e o Cung Le. O primeiro dispensa grandes apresentações, pois é daqueles lutadores que tem um currículo que fala por si. Estrela da PRIDE, muitos podem dizer que o Wanderlei Silva já não é o que era, mas ele pretendia provar aqui o contrário. Com um impressionante recorde pessoal de trinta e três vitórias, onze derrotas, um empate e um No Contest, só a vitória lhe interessava. Quanto ao Le, veio da Strikeforce e fazia aqui a sua estreia na UFC, sendo que pretendia aqui juntar mais uma vitória ao seu recorde de sete vitórias e apenas uma derrota.

Falando do combate, este trouxe um Wanderlei Silva não sei se dos bons e velhos tempos, mas pelo menos de um grande nível. O Le até entrou bem, controlando as ofensivas do adversário e atacando sempre muito bem, tendo mesmo lavado o adversário ao chão. Mas desta vez o Wanderlei soube estar à altura e após perceber a estratégia do adversário, controlou-o bem, contra-atacou ainda melhor e causou danos no adversário que, ainda assim, foi o vencedor do primeiro round. No segundo round, as coisas pareciam que iam continuar a favor do Cung Le, mas o Wanderlei Silva inverteu as coisas a seu favor, atacando com mais precisão e evitando os contra-ataques do adversário, que ia sempre tentando responder à altura.

As coisas até estavam algo equilibradas, mas o Wanderlei começou a “crescer” no combate, foi com tudo para cima do adversário e depois de várias joelhadas, várias cotoveladas e vários socos, o árbitro teve mesmo que parar o combate e, assim, o Wanderlei Silva venceu por TKO. Sem dúvida uma grande exibição do Wanderlei Silva que ultrapassou da melhor forma as dificuldades que lhe foram colocadas durante o combate e conseguiu uma merecida e importante vitória.


E, por fim, o grande Main Event da noite onde, frente a frente, estiveram o Maurício “Shogun” Rua e o Dan Henderson. Estes são daqueles lutadores que dispensam apresentações e que toda a gente que segue a modalidade conhece. O Shogun foi estrela na PRIDE e continuou assim na UFC onde já foi campeão Light Heavyweight. Com um recorde de vinte vitórias e cinco derrotas, ele pretendia aqui uma nova vitória que o colocasse na rota do título. O Henderson fazia aqui o seu regresso à empresa depois de uma passagem pela Strikeforce, onde ganhou o título Light Heavyweight e, com um registo de vinte e oito vitórias e oito derrotas, também ele queria aqui vencer para, também ele, poder vir a ter uma oportunidade pelo título. Sem dúvida, um excelente combate em perspectiva.

No que ao combate diz respeito, o primeiro round foi dominado pelo Dan Henderson que cedo começou a superiorizar-se ao adversário e assim ganhou vantagem para todo o round. O Shogun ainda respondeu e as coisas no final estiveram mais equilibradas, com os dois a mostrarem que estavam dispostos a tudo para levar a vitórias para casa. O segundo round começou mais lento, com os dois um pouco mais na expectativa, mas ainda a causarem vários danos no adversário e a irem contudo para cima deles. As coisas estavam equilibradas, mas era o Henderson quem mais sobressaia e via o adversário a sangrar abundantemente. As coisas estavam complicadas para o Shogun que ainda por cima voltou a ser dominado no terceiro round, principalmente, quando o adversário levou o combate para o chão e ai parecia que ia ser o fim, mas o Shogun aguentou-se bem, conseguiu ainda responder e contra-atacou o adversário. Faltavam ainda dois rounds (pois este era um Main Event especial de cinco rounds, como serão todos a partir de agora, haja ou não um título em jogo) e via-se que os dois estavam exaustos.

No quarto round o Shogun entrou melhor, levou o adversário ao chão, mas este respondeu à altura. Os dois davam o tudo por tudo e iam para cima do adversário com aquilo que tinham e o que não tinham. A certa altura pareceu, mais uma vez, que o Dan Henderson ia ganhar, mas o Shogun voltou a conseguir dar a volta à situação e ganhou superioridade sobre o adversário e até chegou a parecer que poderia conseguir terminar ali o combate. Não o conseguiu e tivemos que ir ao quinto round. Depois de tudo o que já tinha acontecido no combate parecia impossível, mas os dois ainda tinham forças para continuar. Mas aqui viu-se o pior Henderson de todo o combate. Praticamente não atacou, apenas defendeu e tentou aguentar as investidas do Shogun, tentando mais “sobreviver” do que outra coisa.

Não que o Shogun estivesse muito melhor, mas dominou por completo o round, castigou contudo o adversário, mas não conseguiu acabar com o combate. E com tudo isto foi necessário recorrer às pontuações dos juizes para determinar o vencedor que acabou por ser o Dan Henderson e penso que com toda a justiça, olhando para o que aconteceu em todo o combate. Sem dúvida, um grande, mas grande, combate, com os dois lutadores a darem tudo o que tinham, e o que não tinham, e a deixarem os fãs em delírio.

Para terminar, destacar, como é habitual, os bónus da noite onde o Fight of the Night foi entregue, desta vez, a dois combates: aquele que opôs o Wanderlei Silva ao Cung Le e o que opôs o Maurício “Shogun” Rua ao Dan Henderson.

Já o Knockout da noite foi entregue ao Michael McDonald que assim venceu o Alex Soto. Quanto à Submissão da noite foi entregue ao Urijah Faber que, desta forma, venceu o Brian Bowles.

Penso que no geral tivemos um bom evento, com bons combates e bons momentos. Na minha opinião o card era bom e acho que ninguém saiu desiludido com aquilo que o evento nos trouxe.

Não tenho muito mais a dizer, espero que tenham visto o evento, que tenham gostado e que também tenham gostado da crónica, ficando eu à espera dos vossos comentários sobre ambos os assuntos.

Quanto a mim, estarei de volta logo após o The Ultimate Fighter 14 Finale que vai para o ar no dia três de Dezembro.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...
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