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Thoughts on MMA #32: UFC 137: Penn vs. Diaz


Estou de volta para falar de MMA e de mais um evento da UFC, desta feita o UFC 137: Penn vs. Diaz, que foi para o ar no passado fim-de-semana. Como sempre, vou destacar os três combates que mais interessado estava em ver no evento.....


Começo pelo combate entre o Mirko “Cro Cop” Filipović e o Roy Nelson. O primeiro é daqueles lutadores que dispensam apresentações, pois é um dos mais famosos no mundo MMA. Com um recorde pessoal de vinte e sete vitórias, nove derrotas, dois empates e um No Contest, ele à muitos anos que combate na UFC e percebesse que os seus momentos áureos já terão passado e as duas derrotas que sofreu nos dois últimos combates provam isso mesmo. Quanto ao Roy Nelson, foi o vencedor da décima temporada (se não estou em erro) do The Ultimate Fighter, estando na empresa desde essa altura, tendo um recorde de quinze vitórias e seis derrotas, sendo que também ele perdeu os dois últimos combates e ainda não se pode dizer que ele se impôs, definitivamente, na empresa.

Com tudo isto, vencer era de extrema importância para os dois e um grande combate estava aqui em perspectiva. Indo ao combate, este começou com o Nelson em maior destaque, sobretudo, quando o combate foi para o chão, mas assim que este voltou a ficar de pé foi o Cro Cop quem dominou e era ele quem ia estando por cima. No segundo round ele voltou a entrar mais ofensivo, mas o Roy Nelson soube aguentar o ímpeto do adversário e partiu depois para o ataque e assim que levou o combate para o chão não houve muito que fazer por parte do Cro Cop que acabou por ser, totalmente, dominado.

O terceiro round trouxe um Cro Cop muito desgastado e o Nelson, percebendo-se disso, aproveitou para ficar por cima, foi para cima do adversário e foi uma questão de tempo até que a vitória surgir-se por TKO. Um bom combate, muito bem disputado, com um Roy Nelson em boa forma e veremos se ele terá a possibilidade de lutar pelo título, como o próprio pediu, coisa que não acredito muito. Quanto ao Cro Cop parece ser mesmo o fim da sua carreira e à que prestar homenagem a um dos grandes nomes do mundo MMA.


Destaco depois o embate entre o Cheick Kongo e o Matt Mitrione. O primeiro à vários anos que se encontra na UFC e nunca foi muito regular nas vitórias, tendo um recorde pessoal de dezasseis vitórias, seis derrotas e dois empates. Já o Mitrione veio, também ele, da décima temporada do The Ultimate Fighter, estando na empresa desde então e à que dizer que até tem dado bem conta de si. Com um recorde de cinco vitórias e nenhuma derrota, ele procura aqui dar sequência ao seu bom momento e tentar manter a invencibilidade.

No que ao combate diz respeito, este acabou por estar longe daquilo que se esperava. Esperava-se mais do Mitrione no seu primeiro teste “a sério”, mas esperava-se, sobretudo, mais do Kongo que passou o combate na expectativa e a atacar pela certa. O primeiro round foi muito parado e com pouca acção, mas com vantagem para o Kongo que foi mais preciso e acertou mais no adversário. O segundo round não teve mais qualidade, mas teve um Matt Mitrione melhor, que soube defender-se bem, evitando as contra-ofensivas do adversário e estando mais certeiro nos seus ataques. Com tudo isto, e mesmo sem grande emoção, o combate estava equilibrado e o terceiro round era decisivo.

E ai o Cheick Kongo soube pôr as coisas a seu favor, levou o combate para o chão e ai controlou o adversário, colocando o round, claramente, a seu favor. O combate chegou, assim, ao fim e sem grande surpresa o Kongo venceu por Decisão Unânime. Sem dúvida, um combate do qual se esperava mais, como referi, ficando provado que o Mitrione ainda precisa de mais experiência e que, dificilmente, veremos o Kongo a ter uma oportunidade pelo título.


E, por fim, o grande Main Event da noite, onde, frente a frente, estiveram o BJ Penn e o Nick Diaz. O primeiro é um dos mais famosos lutadores da actualidade, apesar de estar numa fase descendente da carreira. Com um recorde pessoal de dezasseis vitórias, sete derrotas e dois empates, falamos de um lutador que já foi campeão Lightweight e Welterweight, e que procurava aqui uma vitória que, quem sabe, o pusesse no rumo do título.

Quanto ao Diaz, pode-se dizer que é um dos lutadores mais falados do momento, chegou à UFC vindo da Strikeforce, de onde saiu como campeão Welterweight e a verdade é que ele esperava lutar com o GSP pelo título, mas as suas (más) atitudes levaram a que o combate pelo título lhe fosse “retirado”. Com um recorde pessoal de vinte e cinco vitórias, sete derrotas e um No Contest, ele pretendia dar aqui sequência a senda de dez vitórias consecutivas que tinha conquistado até este combate. E falando do combate, este começou com um Penn a dar muito boa conta de si e a pôr o adversário em sentido. Levando o combate para o chão, ou mantendo-o de pé, era sempre ele quem estava por cima, o adversário ainda tentava equilibrara as coisas, aqui e ali, mas sem grande sucesso.

Mas a verdade é que no segundo round tudo se inverteu e o Nick Diaz tomou o controlo das acções, foi contudo para cima do adversário e soco atrás de soco foi deixando o BJ Penn sem resposta e sem argumentos para contra-atacar. O terceiro e último round, foi em tudo semelhante ao segundo, com o Diaz melhor e dominar, com o Penn a defender-se como podia e a tentar responder, mas sem grande sucesso. Com tudo isto, chegamos ao final do combate e foi necessário recorrer às pontuações dos juizes para determinar o vencedor que, sem grande surpresa, foi o Nick Diaz, por Decisão Unânime, que assim ganhou, também, a oportunidade de defrontar o GSP pelo título.

Quanto ao BJ Penn anunciou que este, provavelmente, seria o seu último combate, mas veremos se ainda volta atrás nesta decisão, ainda que se perceba que os seus grandes momentos já parecem ser coisa do passado.


E para terminar, como é habitual, os bónus da noite onde o Fight of the Night foi atribuído, e com toda a justiça, ao combate entre o BJ Penn e o Nick Diaz que, de facto, foi um excelente combate.

Já o Knockout foi, também ele, muito bem entregue ao Bart Palaszewski que assim venceu o Tyson Griffin. E a submissão da noite tinha que ir para o Donald Cerrone que, desta forma, venceu o Dennis Siver.

Penso que no geral tivemos um bom evento, com bons combates e bons momentos, ainda que se perceba que houveram algumas “baixas de última hora” e que o card, à partida, era bem mais forte. Ainda assim, como disse, penso que tivemos um bom evento.

Bem, não tenho muito mais a dizer, espero que tenham visto o evento e que tenham gostado, sendo que espero também que tenham gostado da crónica.

Quanto a mim, estarei de volta com nova crónica, se nada fora do normal acontecer, depois do UFC 138: Leben vs. Muñoz que vai para o ar no próximo fim-de-semana.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...
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