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Thoughts on MMA #31: UFC 136: Edgar vs. Maynard III


A UFC trouxe-nos, no passado fim-de-semana, mais um dos seus PPV’s, desta feita o UFC 136: Edgar vs. Maynard III, do qual vou falar esta semana e do qual vou destacar, como é habitual, os três combates que mais interessado estava em ver.....


Começo pelo combate entre o Chael Sonnen e o Brian Stann. O primeiro fazia aqui o seu regresso depois da suspensão que foi alvo, estando sem competir desde o combate que teve com o Anderson Silva pelo título Middleweight. Com um registo de vinte e cinco vitórias, onze derrotas e um empate no seu registo pessoal, o Sonnen pretendia aqui ter o melhor dos regressos, ou seja, pretendia sair do combate com uma vitória que, quem sabe, o colocasse de novo na rota do título. Já o Stann, chegava aqui motivado depois de três vitórias consecutivas.

Com um registo pessoal de onze vitórias e três derrotas, ele pretendia dar continuidade aos bons resultados e vencer pela terceira vez no presente ano. Indo ao combate, este trouxe um Chael Sonnen em grande estilo, sempre muito dominante e sem dar grandes hipóteses ao adversário. O primeiro round foi, inteiramente, dominado por ele, fosse quando o combate estava de pé ou quando este ia para o chão.

O Brian Stann bem que tentava responder, mas sem grande sucesso. O segundo round, o Sonnen continuou a apostar em levar o combate para o chão, conquistou a dominar o adversário e previa-se que a vitória estava para chegar e foi só uma questão de tempo até ele aplicar a submissão e vencer, assim, o combate. Sem dúvida um grande regresso do Chael Sonnen que, depois do combate, bem ao seu estilo, aproveitou logo para desafiar o campeão Anderson Silva e veremos se uma nova oportunidade pelo título surgirá para ele, coisa que eu acho que é muito provável de acontecer.


Destaco, depois, o combate entre o campeão José Aldo e o Kenny Florian, com o título Featherweight em jogo. O primeiro é campeão desde a WEC onde era uma das estrelas da empresa e na sua carreira só foi derrota uma vez, já à muitos anos, tendo, também, no seu registo pessoal dezanove vitórias. Fazendo aqui o seu segundo combate na UFC ele era considerado, pela grande maioria (e com razão), o favorito a sair daqui com a vitória. Quando ao Florian, foi um dos participantes da primeira temporada do The Ultimate Fighter e está na UFC desde essa altura.

Sendo um lutador com grande valia e com talento reconhecido, a verdade é que falhou sempre as oportunidades de lutar por um título, tendo agora aqui a oportunidade de o fazer (na terceira categoria onde compete) e com um registo de catorze vitórias e cinco derrotas, ele pretendia contrariar o favoritismo do adversário. No que ao combate diz respeito, este teve um início algo “parado” e com pouca acção, com os dois lutadores a estudarem o adversário e sem arriscarem muito. Penso que o Kenny Florian vinha bem preparado e o Aldo sabendo disso preferiu jogar pelo seguro. Ainda assim penso que não há grandes dúvidas de que o campeão foi o melhor em topo o combate. O Kenny Florian ainda respondeu aqui e ali, mas o José Aldo controlou sempre o combate e foi sempre ele quem esteve por cima e quem mais danos causou no adversário. Defendeu-se sempre bem das tentativas de takedown do adversário, estragando assim a estratégia que este trazia para o combate, e usou os seus excelentes pontapés para ganhar ascendente e para fazer o suficiente para ganhar.

A vitória chegou pela decisão dos juizes que, sem grande surpresa, atribuíram a vitória ao Aldo por Decisão Unânime. Foi uma boa vitória do José Aldo que, assim, se mantém como campeão e se é certo que ele não terá estado no seu melhor nível, como grande parte dos fãs afirmam, a verdade é que não se pode dizer que ele esteve mal e a verdade é que ele fez o suficiente para ganhar e na óptica dele isso era o mais importante. Quanto ao Florian muito provavelmente terá tido aqui a sua última oportunidade de lutar por um título, mas nunca se sabe e a vida dá muitas voltas, mas acredito que, pelo o título ou não, ele voltará a trazer-nos grandes combates e grandes prestações, como já fez no passado.


E, por fim, o grande Main Event da noite onde frente a frente estiveram o campeão Lightweight Frankie Edgar e o Gray Maynard, sendo que o título estava em jogo e este era o derradeiro “tira teimas” entre os dois. O primeiro é campeão desde que venceu o B.J. Penn e apesar de o ter vencido uma segunda vez e de estar à seis combates em perder, os fãs ainda torcem o nariz quanto à sua “capacidade” de ser campeão, coisa que acho uma injustiça e acho que ele tem vindo a mostrar, combate atrás de combate, que merece estar no lugar em que está. Com um recorde pessoal de treze vitórias, uma derrota e um empate, ele pretendia levar de vencida, precisamente, o adversário que foi o único a derrotá-lo e com o qual empatou no seu último combate.

Quando ao Maynard, queria provar aqui que devia ter sido ele a vencer no último combate entre os dois. Participante na quinta temporada do The Ultimate Fighter, ele está na UFC desde essa altura, sendo que conta no seu registo com dez vitória, um empate e um No contest, e ele pretendia dar aqui mais um passo em frente na sua carreira conquistando o título Lightweight. O combate era de extrema importância para os dois, mas percebia-se que era o Gray Maynard quem mais queria “provar”, por assim dizer, neste combate e por isso não foi de estranhar vê-lo a entrar com tudo no primeiro round e as coisas pareciam complicadas para o campeão, mas este conseguiu aguentar-se e foi respondendo a bom nível. E apesar dos danos sofridos, o Frankie Edgar abordou os dois rounds seguintes da forma que tinha que fazer: foi mais ofensivo, controlou o combate e foi para cima do adversário, não lhe dando grandes hipóteses de resposta e causando-lhe alguns danos.

No quarto round, as coisas continuaram no mesmo ritmo, com o campeão em maior destaque e a controlar as “operações”, lançando várias ofensivas sobre o adversário, o que deixou o Maynard em “maus lençóis”, sendo que depois de alguns socos ele acabou, mesmo, por ir ao chão e a partir daí não havia muito a fazer e o Edgar não perdeu a oportunidade para terminar ali o combate, vencendo por TKO. Sem dúvida, uma grande exibição do campeão Frankie Edgar que assim manteve o seu título e provou que é, sem dúvida, um dos nomes fortes da categoria neste momento. Quando ao Gray Maynard terá que voltar forte no próximo combate se quer voltar a ter nova oportunidade de lutar pelo título.

Para terminar, destacar, como habitualmente, os bónus da noite, onde o Fight of the Night foi, e muito bem, entregue ao combate entre o Leonard Garcia e o Nam Phan, combate que desta vez não teve “controvérsia”.

Já o Knockout da noite tinha mesmo que ir para o Frankie Edgar. E a submissão da noite foi, também ela, muito bem entregue ao Joe Lauzon que, assim, venceu o Melvin Guillard.

No geral, penso que tivemos um excelente evento, o card estava recheado de bons combates e penso que foi um excelente evento e as coisas estiveram dentro da expectativa, sempre com bons combates e bons momentos.

De resto, não tenho muito mais a acrescentar, espero que tenham gostado do evento e da crónica e fico à espera da vossa opinião sobre ambos.

Quanto a mim, se nada de anormal acontecer, estarei de volta depois do UFC 137: St-Pierre vs. Condit que vai para o ar no dia vinte e nove deste mês.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...
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