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Thoughts on MMA #25: UFC on Versus 5: Hardy vs. Lytle


Estou de voltar para falar de MMA, desta feita do UFC on Versus 5: Hardy vs. Lytle, que foi para o ar no passado fim-de-semana, e do qual vou destacar, como habitualmente, os três combates que mais interessado estava em ver.....


Começo pelo combate entre o Donald Cerrone e o Charles Oliveira. O primeiro é um excelente lutador que chegou à UFC vindo da WEC, onde proporcionou aos fãs muitos e bons combates e onde andou várias vezes na disputa pelo título Lightweight, que nunca chegou a conquistar. A estreia na UFC trouxe-lhe uma vitória e aqui ele procura dar seguimento a esse bom começo, pretendendo acrescentar mais uma vitória ao seu registo pessoal, onde se podem contar quinze vitórias, três derrotas e um No Contest.

Quanto ao Charles Oliveira é um jovem brasileiro de muito talento, que chegou (invicto) à UFC à pouco mais de um ano, conquistando na empresa duas vitórias nos dois primeiros combates que disputou, mas depois disso sofreu uma derrota e um No Contest, registando, no seu recorde pessoal, um total de catorze vitórias, uma derrota e um No Contest. Sem dúvida, que tudo estava lançado para que tivéssemos aqui um bom combate. E este começou com os dois a não perderem tempo e a desferirem alguns golpes sobre o adversário, sendo que durante algum tempo assistimos a uma boa troca de golpes entre os dois.

Acho que o combate esteve sempre equilibrado, podemos dizer que, se calhar, o Donald Cerrone ia tendo um pequeno ascendente, ascendente esse que ele acabou por confirmar ao derrubar o adversário com uma boa sequência de murros e uma joelhada, o que fez com que o Charles Oliveira fosse ao tapete e ai o Cerrone não lhe deu hipóteses, foi para cima dele e acabou com o combate vencendo por TKO. Um bom combate, ainda que curto, com o Donald Cerrone a mostrar o seu “poder de fogo” que lhe garantiu uma boa vitória e veremos o que ele tem no seu horizonte para o futuro, quem sabe se não será uma oportunidade de lutar pelo título da categoria Lightweight.

Quanto ao Charles Oliveira, é ainda muito novo, ainda tem muito que aprender e evoluir e penso que ele terá que ter mais tempo de descanso para recuperar dos combates, pois, se não estou em erro, num ano de UFC este foi o seu quinto combate, se calhar é de mais (até pela “tenra” idade que tem) e se calhar isso fez com que ele não chegasse tão bem preparado a este combate.


Destaco depois o combate entre o Jim Miller e o Ben Henderson. O primeiro apenas tem uma derrota na UFC em dez combates, juntando apenas a essa derrota uma outra, tendo no seu recorde pessoal tem um total de vinte vitórias e duas derrotas, tendo ganho os últimos sete combates em que esteve envolvidos, tendo vencido alguns lutadores de respeito.

Já o Ben Henderson era uma das estrelas da WEC, onde foi campeão Lightweight, tendo perdido o seu último combate na empresa (agora absorvida pela UFC), onde também perdeu o título para o Anthony Pettis. A estreia na UFC trouxe-lhe uma vitória e, com um total de treze vitórias e duas derrotas, ele procurava aqui uma nova vitória para, quem sabe, talhar caminho para ter uma oportunidade pelo título da divisão Lightweight.

No que ao combate diz respeito, este trouxe-nos um primeiro round muito bem disputado e equilibrado, sem nenhum dos dois ter um domínio claro, apesar de me parecer que o Henderson ia dominando mais, principalmente, quando o combate era levado ao chão. Contudo, o Miller também ia respondendo bem e não perdia uma oportunidade para tentar terminar o combate com uma submissão, ainda que o adversário se fosse sempre defendendo bem, o que ia fazendo com as suas sucessivas tentativas de submissão não fossem bem sucedidas.

O segundo round trouxe um Ben Henderson melhor que o adversário, Ben Henderson esse que partiu logo para a ofensiva, procurando sempre o takedown e, assim, levar o combate para o chão. Ai ele foi sempre melhor, dominando o adversário, que “apenas” ia respondendo com algumas tentativas de submissão, que até poderiam ter dado certo, mas o Henderson mostrava-se sempre melhor e ia defendendo-se bem, o que não era nada bom para o Miller. Aliás as coisas estavam mesmo complicadas para o Jim Miller, pois o Henderson mostrava-se muito forte e ia-lhe causando vários danos, não lhe dando grandes oportunidades de resposta.

O terceiro round começou um pouco mais lento, com os dois a mostrarem já algum cansaço, mas não tardou a vermos uma nova boa troca de golpes entre os dois. Sendo que o Miller conseguiu, mesmo, a certa altura derrubar o Henderson, ainda que este tenha resolvido bem as coisas, pois com um takedown virou as coisas a seu favor e no chão não deu grandes hipóteses ao Miller que foi, completamente, dominado (já nem conseguia tentar responder com submissões) e não era capaz de parar o ímpeto do adversário que se mostrava melhor e mais forte. Com tudo isto, o combate chegou ao fim, foi necessário recorrer às pontuações dos juizes para determinar o vencedor, que, sem grandes surpresas, foi o Ben Henderson, que assim venceu por Decisão Unânime. Uma excelente vitória para o Ben Henderson e a ver vamos se terá ou não uma oportunidade pelo título Lightweight (penso que será essa a sua intenção), sendo certo que há muitos bons lutadores nesta divisão, o que não torna as coisas fáceis para ninguém, mas acho que, mais cedo ou mais tarde, e continuando ele a este nível, o Ben Henderson terá a sua oportunidade.

Quanto ao Jim Miller veremos o que lhe reserva o futuro, é apenas a sua segunda derrota na UFC (apenas a terceira na carreira) e certamente que ainda estarão reservadas para ele muitas coisas boas, num futuro próximo, e ele, certamente, vai aproveitar as oportunidades que lhe forem surgindo.


E, por fim, o grande Main Event da noite onde frente a frente estiveram o Dan Hardy e o Chris Lytle. O primeiro é um excelente lutador, apesar da “pouca sorte” que tem tido nos últimos tempos, pois perdeu os três últimos combates que disputou, sendo que a primeira destas derrotas foi contra o campeão Georges St. Pierre, pelo título Welterweight. Com estas derrotas, o Hardy perdeu algum fôlego que ia tendo e procurava aqui uma vitória que o pusesse longe do despedimento, pois se já é difícil a UFC “perdoar” três derrotas, perdoar quatro ainda é mais complicado.

Quanto ao Chris Lytle é, também ele, um bom lutador, já muito experiente nesta andanças e chegava aqui com um impressionante registo (devido ao número de combates que fez) de quarenta vitória, dezoito derrotas e quatro empates, sendo que chegava aqui depois de uma derrota no seu último combate e procurava encontrar de novo o rumo das vitórias, pois antes da última derrota que sofreu tinha um registo de quatro vitórias consecutivas. Sem dúvida que tínhamos todas as condições para ter aqui um excelente combate e acho que este acabou por não defraudar as expectativas.

O combate começou com várias ofensivas de parte a parte e acabamos por ter um primeiro round muito equilibrado, com uma boa troca de murros e pontapés entre os dois, sem que se possa dizer, claramente, que um estava a ser superior ao outro, mas dá-me ideia que ia sendo o Dan Hardy quem mais danos ia causando no adversário. Já o segundo round trouxe um Chris Lytle mais ofensivo e a causar mais danos no adversário, mas não tardou a vermos o Hardy a responder da mesma forma e as coisas voltaram a equilibrar-se e assistimos a mais um round muito bem disputado e equilibrado, com os dois a estarem muito bem e a darem o máximo para chegarem à vitória.

O terceiro e último round foi menos intenso que os outros dois, o que se percebe pois os dois lutadores já estavam bastante cansados, mas ainda assim continuaram a dar muito boa conta de si e a proporcionar um bom espectáculo. Os dois continuaram a trocar murros e pontapés a um bom ritmo e as coisas continuavam equilibradas, até que, quando parecia que o Hardy estava melhor, este decidiu tentar um takedown, que o Lytle não só defendeu da melhor maneira, como ainda conseguiu prender o adversário numa guillotine choke e assim acabou por vencer o combate por submissão.

Sem dúvida uma grande vitória do Chris Lytle, que fez aqui o seu último combate, pois tinha anunciado o final da sua carreira (para depois deste combate) no dia anterior ao evento, e não me parece que houvesse melhor forma dele se retirar, sendo que não há dúvidas que ele conquistou aqui uma excelente vitória. Quanto ao Dan Hardy, veremos o que lhe reserva o futuro, quatro derrotas seguidas, como referi, não augura nada de bom a seu favor e veremos se ele será ou não despedido.

Como disse, acho que ele é um bom lutador, mas sem vitórias a vida fica difícil para todos e veremos o que lhe trará o futuro, sendo que eu gostava que ele tivesse mais uma oportunidade, pois voltou a proporcionar aqui um excelente combate, ainda que, mais uma vez, não tenha conseguido chegar à vitória e aqui só tem que se queixar de si próprio, ainda que o Chris Lytle também tenha estado a um grande nível e tivesse merecido vencer.

E, por fim, destaco, como habitualmente, os bónus da noite onde o Fight of the Night foi entregue, e muito bem, a meu ver, ao combate entre o Dan Hardy e o Chris Lytle, não podia ser de outra maneira.

Já o Knockout da noite foi, também ele, muito bem entregue ao Donald Cerrone, que desta forma venceu o Charles Oliveira, e a submissão da noite foi entregue (tinha mesmo que ser) ao Chris Lytle na vitória sobre o Dan Hardy.

De uma forma geral penso que tivemos um bom evento, sabemos que os cards fora dos PPV’s nunca são os melhores dos melhores, mas penso que tivemos, como disse, um bom evento, com bons combates e bons momentos.

Não tenho muito mais a acrescentar, espero que tenham visto o evento, que tenham gostado e que também tenham gostado da crónica, ficando eu à espera de saber qual é a vossa opinião tanto sobre o evento, como da crónica.

Bem, não tenho muito mais a dizer, espero que tenham gostado e eu estarei de volta depois do UFC 134: Silva vs. Okami, que vai para o ar, se não estou em erro, no dia vinte e sete de Agosto.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.
Até à próxima...
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