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Thoughts on MMA #23: UFC 132: Cruz vs. Faber


Estou de volta para falar de MMA, desta vez do UFC 132: Cruz vs. Faber, que teve lugar no passado fim-de-semana, de onde vou destacar, como é habitual, os três combates que mais interessado estava em ver....


Começo pelo combate entre o Tito Ortiz e o Ryan Bader. O primeiro dispensa grandes apresentações, pois é quase uma das lendas da UFC, estando na empresa à muitos anos e já tendo proporcionado grandes momentos aos fãs. Mas a verdade é que os últimos tempos não têm sido risonhos e o Ortiz perdeu, nos seus últimos cinco combates, quatro vezes e empatou uma. Ou seja, com tudo isto, ele chegava aqui tendo vencido, pela última vez em 2006. Por seu lado, o Ryan Bader é um dos lutadores da nova geração e um dos mais promissores na empresa.

Foi o vencedor da oitava temporada (se não estou em erro) do The Ultimate Fighter e apenas perdeu no seu último combate, chegando a este combate com um recorde pessoal de doze vitórias e uma derrota. Sem dúvida, um grande combate em perspectiva, com o Bader a procurar voltar às vitórias e com o Tito Ortiz a tentar adiar a reforma, pois o presidente da UFC, Dana White, tinha afirmado que se ele perdesse era despedido. A verdade é que o Tito deu boa conta de si e conseguiu mesmo adiar a “reforma”.

O combate começou com os dois um pouco na expectativa, sem fazerem grandes investidas. As coisas estavam equilibradas até que o Tito acertou em cheio com um murro de direita no adversário, que foi ao chão e aproveitando-se disso ele partiu para a guillotine, que lhe garantiu a vitória por submissão. Sem dúvida, uma excelente vitória do Tito Ortiz que parece ter surpreendido muita gente que já estava à espera da sua despedida. Mas como eu costumo dizer, em MMA tudo pode acontecer e todos os lutadores estão a um soco “bem dado” de perderem. Tenho pena pelo Ryan Bader que assim perdeu pela segunda vez consecutiva e perdendo assim algum do ímpeto que ia tendo, mas tenho a certeza que já no seu próximo combate ele vai mostrar toda a sua qualidade e novas oportunidades surgirão para ele.


Destaco depois o embate entre o Wanderlei Silva e o Chris Leben. O primeiro é um excelente lutador que também dispensa grandes apresentações, tendo sido uma das estrelas da PRIDE, sendo certo que na UFC o percurso não tem sido muito famoso, com três derrotas nos últimos cinco combates e com uma lesão que o impediu de combater durante vários meses. O Wanderlei fazia então aqui o seu regresso e tentava levar de vencida o Chris Leben, uma das “estrelas” da primeira temporada do The Ultimate Fighter.

O Leben sempre foi um lutador muito irregular, capaz de levar de vencida adversários que ninguém esperava e capaz de perder quando toda a gente pensava que ele venceria com alguma facilidade. Sem dúvida, um bom combate em perspectiva, mas a verdade é que “não deu para aquecer”, como se costuma dizer. O combate começou, os dois estudaram um pouco o adversário e depois de uma pequena troca de murros, onde chegou a parecer que o Wanderlei Silva tinha vantagem, o Chris Leben acertou em cheio no adversário e deixou-o KO em apenas vinte e sete segundos. Sem dúvida um grande vitória para o Leben que voltou a surpreender e, certamente, que este não era o regresso que o Wanderlei esperava, mas certamente que novas oportunidades virão.


E, por fim, o grande Main Event da noite, onde o campeão da categoria Bantamweight, Dominick Cruz tinha pela frente o Urijah Faber. Estes dois lutadores vieram da WEC, quando esta empresa foi absorvida pela UFC, sendo que o campeão fazia aqui a sua estreia na empresa e tinha pela frente o único adversário com quem perdeu nos dezassete combates que realizou. De resto, foi tudo vitórias. Já o Urijah Faber fazia aqui o seu segundo combate na UFC e é sem dúvida um excelente lutador, tendo já sido campeão da categoria Featherweight, sendo que com as suas vinte e cinco vitórias e quatro derrotas, procurava aqui nova vitória que lhe garantisse novo reinado de campeão.

Indo ao combate, este começou com um primeiro round muito equilibrado, com os dois a estarem bem e a aproveitarem as oportunidades para infringir danos no adversário, ainda que não tenha sido um round com muita intensidade e com muita acção. O segundo round, voltou a ser equilibrado, mas com algum ascendente do campeão, que conseguiu acertar no adversário com bons murros e pontapés, defendeu-se bem das tentativas de takedown do Urijah Faber e ainda conseguiu um takedown perto do final do round. Em certas alturas, o Faber ainda conseguiu algumas boas investidas e acertou em cheio no Dominick Cruz, mas este ia parecendo melhor. Quanto ao terceiro round, voltou a ser muito equilibrado, com ataques e contra-ataques de parte a parte, com takedown e resposta a esses takedown por parte dos dois e com, mais uma vez, o equilíbrio a imperar e não se podia dizer que um dos dois estava a dominar o adversário.

O quarto round voltou a trazer equilíbrio, com boas combinações por parte do campeão, e com o Urijah Faber a conseguir colocar, mais do que uma vez, o campeão em situação perigosa, mas este soube defender-se à altura, e por mais do que uma vez o Faber conseguiu defender-se dos takedowns do Cruz. Com isto, chegámos ao último round, que voltou a ser equilibrado, com investidas de parte a parte e com os dois a estarem muito bem e a proporcionarem um grande combate. Sem dúvida, que foi um grande combate, muito bem disputado e muito equilibrado, com os dois a estarem muito bem e a ter que se recorrer à pontuação dos juizes para se descobrir o vencedor, que acabou por ser o Dominick Cruz, por Decisão Unânime, e assim ele permaneceu como campeão.

Penso que foi uma decisão justa, o Cruz mereceu vencer e penso que não à que assobiar a decisão dos juizes, apesar de não ser perceber como é que um juiz atribuiu uma pontuação de 50-45 e outro uma pontuação de 48-47. Se viram o mesmo combate como é que julgaram de maneira tão diferente? São estas coisas que não agradam aos fãs e que acabam por levar a que alguns fãs se mostrem descontentes, mas penso que no final acabou por ganhar quem merecia e foi, sem dúvida, uma grande vitória para o Dominick Cruz. Quanto ao Urijah Faber, pelo que mostrou, certamente, que voltará a ter nova oportunidade pelo título num futuro próximo.

De resto, destacar, como sempre, os bónus da noite, onde o bónus de Fight of the Night só podia ir para o combate entre o Dominick Cruz e o Urijah Faber que, de facto, foi um grande combate.

Quanto ao Knockout da noite teve muitos candidatos, mas acabou, quanto a mim muito bem, por ser atribuído ao Carlos Condit que assim venceu o Dong Hyun Kim. Já a submissão da noite só podia ir para o Tito Ortiz, na sua vitória sobre o Ryan Bader.

Não tenho muito mais a acrescentar, a não ser que não percebo muito bem como é que o Melvin Guillard, com a qualidade que tem e demonstra, continua a combater “apenas” em eventos, digamos, secundários ou então continua a ficar de fora dos cards principais dos PPV’s. Não se percebe...

Bem, não tenho mais a dizer, espero que tenham visto o evento, que tenham gostado e que também tenham gostado da crónica e que digam o que acharam das duas coisas.

Quanto a mim, estarei de volta depois do UFC 133: Evans vs. Davis, que vai para o ar, se não estou em erro, no dia seis de Agosto.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...
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