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Thoughts on MMA #22: UFC on Versus 4: Kongo vs. Barry


Estou de volta para falar de MMA e de UFC, desta feita do UFC on Versus 4: Kongo vs. Barry, que teve lugar no passado fim-de-semana e que viu o seu Main Event alterado à última da hora. Como sempre irei destacar os três combates que mais interessado estava em ver...


Começo pelo combate entre o Matt Mitrione e o Christian Morecraft. O primeiro veio da décima temporada do The Ultimate Fighter e apesar de não ter sido o vencedor da temporada a verdade é que ele vai ganhando o seu lugar na UFC, chegando a este evento com quatro vitórias (tendo, dos nomes mais “sonantes”, vencido o Kimbo Slice) e nenhuma derrota. Já o Morecraft fazia aqui o seu terceiro combate na empresa, onde chegou com seis vitórias e nenhuma derrota, mas acabou por perder logo na sua estreia e depois de ter vencido o seu último combate procurava aqui nova vitória. Indo ao combate, este começou bastante equilibrado e com os dois a trocaram alguns socos, sendo que não tardou até vermos o Mitrione a mandar o adversário ao chão, que ainda assim conseguiu recompor-se.

O round continuou, sempre equilibrado, com boas investidas de parte a parte e com os dois a causarem danos no adversário, mas mais uma vez o Mitrione parecia melhor, tendo, a certa altura, ido para cima do adversário, voltando a derruba-lo, mas no chão acabou por não conseguir finalizar o combate, com o Morecraft a defender-se bem das investidas do adversário. No segundo round, voltamos a ter equilíbrio, com boas investidas de ambos os lados e com os dois lutadores a estarem muito bem, com o Christian Morecraft a conseguir a certa altura levar o combate para o chão, mas com o Matt Mitrione a mostrar que estava melhor e a conseguir, com aqueles seus socos, pôr o adversário KO e assim conquistar a vitória. Sem dúvida uma excelente vitória do Mitrione que assim continua a sua senda vitoriosa e vai conquistando, cada vez mais, o seu espaço na UFC e veremos o que o futuro lhe reserva.


Destaco depois o combate entre o Rick Story e o Charlie Brenneman. O Rick Story chegou a este combate com um recorde pessoal de treze vitórias e três derrotas, sendo que depois de uma estreia com uma derrota na empresa, conquistou depois seis vitórias consecutivas e procurava dar seguimento a esta senda vitoriosa. Já o Charlie Brenneman, chegou a este combate com treze vitórias e duas derrotas, tendo disputado três combates na empresa, conquistando duas vitórias e sofrendo uma derrota. A verdade é que este combate foi o que sofreu alterações de última hora. Era suposto o Rick Story enfrentar o Nate Marquardt, mas este acabou por chumbar nos exames médicos e foi logo despedido da empresa. Não se sabe ao certo o que se passou, mas o que é certo é que parece que na UFC o Nate Marquardt nunca mais irá combater e neste evento acabou, então, por ser substituído pelo Charlie Brenneman.

No que ao combate diz respeito, o primeiro round foi equilibrado, com os dois a estarem bem e a infringirem dano no adversário, mas a partir do momento que o Brenneman conseguiu levar o combate para chão, ganhou algum ascendente e dominou o adversário, ganhando assim alguma vantagem. O segundo round, pode-se dizer que voltou a ser mais do mesmo, com o Brenneman a conseguir, mais do que uma vez, o takedown, sendo que da segunda vez conseguiu ganhar vantagem sobre o Rick Story, controlando assim o adversário, voltando a sair por cima em relação a este. O último round trouxe um Rick Story melhor e à procura da vitória, procurando, por mais do que uma vez, pela submissão, mas o Charlie Brenneman soubesse defender à altura e com isso conseguiu chegar ao fim do round sem cair nas submissões do adversário. Com isto, foi necessário recorrer às pontuações dos juizes que, sem grande surpresa, atribuíram a vitória ao Charlie Brenneman por Decisão Unânime. Sem dúvida uma grande vitória para ele, que entrou à última da hora para este combate e mesmo assim conseguiu sair daqui com a vitória. Quanto ao Rick Story penso que podia ter feito mais, é certo que a mudança de adversário poderá não ter ajudado, mas a verdade é que ele acabou por deixar surpreender-se e quando quis vencer já não foi a tempo. Sem dúvida um excelente combate e uma excelente vitória para o Charlie Brenneman.

E por fim, aquele que passou a ser o Main Event da noite e onde, frente a frente, estiveram o Cheick Kongo e o Patrick Barry. O primeiro já é bastante conhecido nestas andanças e chegava aqui com um recorde pessoal de 15-6-2, estando já à vários anos na UFC, sempre com um percurso algo irregular, tendo conquistado algumas boas vitórias que foi intercalando com algumas derrotas, algumas delas surpreendentes. Já o Pat Barry, chegou à empresa sem nenhuma derrota e na UFC conquistou três vitórias e sofreu duas derrotas nos cinco combates que realizou, sendo que procurava aqui juntar mais uma vitória ao seu registo.

O combate começou com os dois um pouco na expectativa e fazendo poucas investidas, não arriscando grande coisa, até que o Pat Barry acertou em cheio com um soco no Cheick Kongo que parecia ter ficado KO, até o árbitro teve dúvidas, mas este conseguiu recompor-se e num ou outro momentos nos segundos seguintes voltou a dar a mesma sensação, mas o Kongo ia sempre aguentando-se e, do nada, sacou de dois socos de direita que puseram o Barry KO e garantiram a vitória ao Kongo, quando parecia que este mais segundo, menos segundo ia acabar por sofrer a derrota. Um combate curto, mas cheio de acção e com a vitória a sorrir ao Cheick Kongo que não pode deixar de surpreender, pois a vitória parecia mesmo que ia sorrir ao Pat Barry.


De resto, destacar, como sempre, os bónus da noite onde o Fight of the Night foi, e muito bem, atribuído ao combate entre o Nik Lentz e o Charles Oliveira.

Já o Knockout da noite tinha que ir para o Cheick Kongo e a submissão da noite foi, também ela, muito bem atribuída ao Joe Lauzon, que assim venceu o Curt Warburton.

Quanto à questão do Nate Marquardt não à grandes comentários a fazer, já que pouco ou nada se sabe, sendo que das especulações que se fazem, fala-se de duas coisas: ou ele não atingiu o peso necessário, já que era a sua estreia na categoria Welterweight, ou acusou positivo para alguma substância proibida. Tendo em conta as consequências, estou tentado a apontar para a segunda, mas acho que não vale a pena tirar conclusões precipitadas e certamente que no futuro teremos novas informações.

Bem, penso que tivemos um bom evento, sabemos que as grandes estrelas nunca estão nos eventos televisionados, mas penso que acabamos por ter um excelente evento, com bons momentos e bons combates e mais uma vez se prova que cada vez mais as redes sociais (particularmente o Facebook) são de uma extrema importância nos dias de hoje, já que alguns dos combates seleccionados para ai serem transmitidos acabaram por ser mais interessantes (como já se esperava) que alguns combates que às vezes fazem parte do card principal de alguns eventos.

Não tenho muito mais a dizer, espero que tenham visto o evento, que tenham gostado e que também tenham gostado da crónica, sendo que eu estarei de volta já para a semana para fazer o rescaldo do UFC 132: Cruz vs. Faber que vai para o ar já este fim-de-semana.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...
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