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Thoughts on MMA #21: UFC 131: Dos Santos vs. Carwin


Estou de volta para falar de mais um evento da UFC, desta feita o UFC 131: Dos Santos vs. Carwin, que foi para o ar no passado fim-de-semana e, como sempre, vou destacar os três combates que mais interessado estava em ver deste evento....


Começo pelo combate entre o Demian Maia e o Mark Muñoz. O primeiro é, sem dúvida, um excelente lutador, que até já teve a sua oportunidade pelo título Middleweight e que chegava a este combate depois de duas vitórias seguidas (depois de ter perdido com o Anderson Silva no combate pelo título) e com um recorde pessoal de catorze vitórias e duas derrotas.

Já o Muñoz, chegava aqui com um recorde pessoal de dez vitórias e duas derrotas, tendo tido a sua primeira derrota na sua estreia na UFC e tendo perdido, novamente, vários combates depois, em Agosto do ano passado, tendo conquistado, depois disso, duas boas vitórias.

Sem dúvida, um bom combate em perspectiva e penso que os dois acabaram por corresponder. No primeiro round, penso que o Maia conseguiu ser mais forte e dominou o adversário, causando-lhe alguns danos e conseguindo controlar as investidas do Muñoz. No segundo round, o Muñoz mostrou-se melhor, conseguiu evitar os takedowns do adversário e não deixando levar o combate para o chão acabou por conseguir maior ascendente, evitando que o Maia levasse o combate para onde era superior.

Com o combate equilibrado desta forma, o terceiro round mostrava-se decisivo e o Mark Muñoz conseguiu ser mais forte, acertou uns bons socos no adversário e controlou sempre o combate e as investidas que o adversário lhe ia lançando. Com tudo isto, foi necessário recorrer à pontuação dos juizes e a vitória, sem grande surpresa, foi atribuída ao Mark Muñoz, que assim levou de vencida do Damian Maia, por Decisão Unânime.

Penso que acabou por ser um bom combate, muito bem disputado e com os dois a estarem bem, apesar de eu ter que confessar que estava à espera de algo mais do Maia, que até esteve bem no primeiro round, mas penso que o não ter conseguido levar o combate para o chão acabou por condicionar a estratégia que ele tinha para o combate e fê-lo sofrer esta derrota, contra um Mark Muñoz que se mostrou em grande forma. E antes de passar ao próximo combate, só uma nota para um dos juizes que terá sido a única pessoa que não viu o Maia a ganhar o primeiro round. Há coisas que não se percebe...


Destaco depois, o embate entre o Kenny Florian e o Diego Nunes. O primeiro é um produto da primeira temporada do The Ultimate Fighter, onde perdeu a final para o Diego Sanchez, mas não foi por isso que deixou de entrar na UFC e a verdade é que ele aproveitou bem essa oportunidade. Venceu, de seguida, três combates e teve uma oportunidade pelo título Lightweight, tendo saído derrotado. Venceu depois seis combates, voltou a ter oportunidade pelo título, mas voltou a perder.

E depois de duas novas vitórias, voltou a sofrer mais uma derrota, não podendo assim ter nova oportunidade pelo título. Com tudo isto, o Florian chegava aqui com um recorde pessoal de catorze vitórias e cinco derrotas e com a estreia na categoria Featherweight. Já o Diego Nunes ingressou na UFC depois da absorção da WEC, onde venceu quatro dos cinco combates que disputou e onde sofreu a sua única derrota, chegando a este combate com um recorde pessoal de dezasseis vitórias e uma derrota, e depois de uma boa estreia na UFC, onde conseguiu uma vitória sobre o Mike Brown. Um excelente combate em perspectiva e confesso que estava a torcer pelo Kenny Florian, pois é um lutador que gosto bastante e achava que ele poderia sair daqui com uma boa vitória.

Mas confesso que cheguei a temer por ele, pois penso que ele não esteve grande coisa no primeiro round e podia ter sido “arrumado” pelo Diego Nunes que desferiu vários e bons golpes sobre o Florian que, como eu disse, poderia ter perdido o combate no fim do round. No segundo round, o Kenny Florian apresentou-se melhor, controlou melhor o combate, controlou melhor o adversário, conseguiu pôr as coisas a seu favor e foi causando vários danos no Nunes que pouco ia fazendo. O terceiro round foi parecido ao segundo, sempre com o Florian por cima e a mostrasse melhor, controlando o combate e causando mais danos no adversário, mas a verdade é que mesmo sobre o fim do combate o Diego Nunes poderia, mais uma vez, ter chegado à vitória, mas o Florian mostrou-se resistente e foi necessário recorrer à pontuação dos juizes para apurar o vencedor.

E ai a vitória, quanto a mim justamente, foi atribuída ao Kenny Florian, por Decisão Unânime, mas, mais uma vez, houve um juiz que deve ter sido a única pessoa que não viu o Diego Nunes a ganhar o primeiro round. Não foi a melhor das exibições do Kenny Florian, mas a verdade é que o ter que ter perdido peso influenciou, certamente, a sua prestação, mas acho que ele esteve em bom nível, agora não sei se foi bom o suficiente para que ele tenha uma oportunidade pelo título da divisão Featherweight, que está nas mãos do José Aldo e que é o seu grande objectivo e a sua grande ambição neste momento. É possível, há quem diga que vai mesmo acontecer, mas a ver vamos o que é que o Dana White decide.


E, por fim, o grande Main Event da noite, onde frente a frente estavam o Junior dos Santos e o Shane Carwin. O primeiro foi um dos treinadores da última temporada do The Ultimate Fighter e deveria enfrentar o Brock Lesnar (o outro treinador da temporada), mas todos sabemos os problemas de saúde que o Lesnar teve e por isso vai estar de fora da competição por algum tempo. Mas voltando ao Dos Santos, este chegava aqui sem uma única derrota na UFC e apenas com uma na carreira e já à uns quatro anos.

Sem dúvida um excelente lutador que espreitava aqui a oportunidade de lutar pelo título da categoria Heavyweight. Por seu lado, o Carwin também espreitava essa oportunidade, depois da derrota, por submissão, frente ao Brock Lesnar, quando parecia que ia ganhar o título. Essa foi a sua única derrota e ele chegava aqui com um recorde pessoal de doze vitórias e uma derrota. Sem dúvida um excelente combate em perspectiva, confesso que estava algo curioso para ver o embate entre o Junior dos Santos e o Brock Lesnar, mas não sendo possível, penso que foi escolhido o melhor dos adversários.

Indo ao combate, penso que o primeiro round foi aquele que decidiu e ditou o destino do combate, pois o Junior dos Santos mostrou-se em grande, não dando grandes chances ao Shane Carwin que pouco ou nada ia conseguindo fazer. Tudo isto, permitiu ao Dos Santos controlar o segundo round, valendo-se do seu wrestling e conseguindo responder sempre à altura dos ataques do adversário.

O terceiro round voltou a ser mais do mesmo, com o Junior dos Santos sempre por cima e com o Carwin sem conseguir ter grandes investidas, pois até quando levava o combate para o chão o adversário conseguia recompor-se e colocar, de novo, o combate a seu favor. Isto fez com que, mais uma vez, a decisão coubesse aos juizes e a vitória foi, como é óbvio, atribuída ao Junior dos Santos por Decisão Unânime. E com isto vamos ter Cain Velasquez contra Junior dos Santos, pelo título Heavyweight, combate que deve acontecer no UFC 136, lá para Outubro.


De resto, destacar, como habitualmente, os bónus da noite, onde, merecidamente, o combate entre o Dave Herman e o Jon Olav Einemo foi considerada a Fight of the Night.

Já o Knockout of the Night foi atribuído ao Sam Stout, que desta forma venceu o Yves Edwards, e a submissão da noite foi atribuída ao Chris Weidman que, assim, venceu o Jesse Bongfeldt.

Bem, não tenho muito mais a dizer, espero que tenham visto o evento, que tenham gostado e que também tenham gostado da crónica.

Penso que no geral acabamos por ter um excelente evento, com bons momentos, bons combates e acho que tivemos tudo o que é preciso para ter um bom evento e acho que as expectativas que tínhamos para este evento não foram defraudadas (as minhas pelo menos não o foram).

Quanto a mim, estarei de volta, com nova crónica, por alturas do UFC Live: Marquardt vs. Story, que vai para o ar, se não estou em erro, dia vinte e seis deste mês.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...

PS: Peço desculpa por desta vez não ter desenvolvido as análises aos combates tanto como é habitual, pois os links que saquei para ver o evento não estavam em grande qualidade e tinham falhas no som e imagem, o que fez com que eu não conseguisse ver o evento da melhor forma. Peço desculpa por isso...
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