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Thoughts on MMA #19: UFC 130: Rampage vs. Hamill


Realizou-se no passado fim-de-semana mais um evento da UFC, desta feita o UFC 130: Rampage vs. Hamill, evento que, devido a lesões, sofreu várias alterações no seu crad e acabou por colocar, frente a frente, no Main Event o Quinton “Rampage” Jackson e o Matt Hamill. É sobre este evento que vou falar esta semana, destacando os trĂŞs combates que mais interessado estava em ver....


Começo pelo combate entre o Stefan Struve e o Travis Browne. O primeiro chegava a este combate com um recorde de vinte e cinco vitórias e quatro derrotas, sendo que já combate na UFC desde 2009, onde começou com uma derrota, seguida de três vitórias e depois de nova derrota, chegava aqui com duas vitórias consecutivas. Já o Travis Browne, não registava nenhuma derrota no seu recorde pessoal, tendo vencido dez combate (apenas uma na UFC) e tendo empatado o seu último combate, contra um Cheick Kongo, num combate que foi, na minha opinião, muito mau e onde cheguei a dizer que os dois mereciam perder.

Com tudo isto, quando olhei para este combate pensei que o Browne ia querer limpar a sua imagem e conquistar aqui uma vitória que não deixasse dúvidas, o que acabou por acontecer. O combate começou com os dois a atacarem o adversário e a distribuírem alguns golpes, mas cedo se percebeu que era o Travis Browne quem estava mais ofensivo e quem ia causando mais danos no adversário, apesar do Stefan Struve tentar sempre responder à altura. E aliás o Struve até esteve perto da vitória, quando tentou, por duas vezes, aplicar uma submissão ao adversário, mas o Browne conseguiu defender-se bem, voltou a colocar o combate de pé e, do nada, sacou de um grande soco que deixou o adversário KO.

Um combate sem grande histĂłria e com uma excelente vitĂłria para o Travis Browne, que assim “limpou” um pouco a sua imagem depois daquele combate com o Kongo. Quanto ao Stefan Struve, Ă© ainda muito jovem e certamente terá mais oportunidades pela frente e, certamente, que as vai aproveitar.


Destaco depois o combate entre o Frank Mir e o Roy Nelson. O primeiro despensa grandes apresentações. É um antigo campeão Heavyweight, com um registo de catorze vitórias e cinco derrotas, chegando a este combate com uma vitória sobre o Cro Cop. O Mir já não é o Mir que foi em tempos, apesar de ainda ser um excelente lutador, mas está longe daquilo que conseguia fazer nos tempos em que foi campeão. Já o Roy Nelson, foi o vencedor da temporada dez do The Ultimate Fighter, onde venceu na final o Brendan Schaub.

Depois disso venceu o Stefan Struve em trinta e nove segundos e perdeu contra o Junior dos Santos, tendo depois disso ficado sem lutar durante bastante tempo, devido a vários problemas, se não estou em erro, ligados a patrocinadores. Mas isso pouco importa, o que importa é que ele chegava aqui com um recorde de 16-5, tinha um grande teste pela frente e, devo confessar, que estava a torcer por ele, pois acho que ele tem muito potencial e precisava aqui de uma vitória. O primeiro round começou com o Mir a tentar levar o combate para o chão, mas o Nelson ia-se defendendo bem e evitando as ofensivas do adversário. Mas o Mir ia-se superiorizando ao adversário, principalmente, aplicando fortíssimas joelhadas no Nelson que se ia aguentando, mas sem se conseguir defender da melhor maneira, sendo que o Mir conseguiu, mesmo, um excelente takedown, perto do final do round.

O segundo round voltou a trazer um Frank Mir melhor, que cedo levou o combate para o chão e ai dominou o adversário, que ainda voltou a pôr o combate de pé, mas voltou a sofrer um takedown e voltou a ser dominado. O terceiro e último round foi mais do mesmo, com o Mir sempre por cima e com o Roy Nelson a parecer, sempre, muito cansado e sem nunca conseguir responder à altura e sem nunca conseguir causar grandes danos no adversário. Com tudo isto, o Frank Mir acabou por ganhar o combate por Decisão Unânime.

Uma boa vitĂłria para o Mir que se mostrou sempre superior e que conquistou, como referi, uma boa vitĂłria. Já o Nelson voltou a perder, nĂŁo demonstrou, infelizmente, grande coisa e agora terá que se concentrar já no prĂłximo combate, pois uma derrota ai pode ser a “morte do artista”. Acho que ele precisa de perder algum peso, caso contrário será complicado ele aguentar os trĂŞs rounds de um combate.


E, por fim, o Main Event da noite, onde frente a frente estavam o Quinton “Rampage” Jackson e o Matt Hamill. O primeiro chegava a este combate com um recorde de trinta e uma vitĂłrias e oito derrotas, tendo vencido o seu Ăşltimo combate contra o Lyoto Machida e estando a combater na UFC desde 2007, depois de vários anos na PRIDE.

Já o Hamill entrou na UFC através da terceira temporada do TUF, tendo chegado ai com apenas uma vitória, conquistando depois mais três. Sofreu depois a sua primeira derrota, volta a vencer, voltou a perder e depois disso venceu cinco combates até chegar a este. Estava tudo lançado para termos um bom combate e achava, à partida, que qualquer um dos dois poderia sair daqui com a vitória. O primeiro round foi muito equilibrado, com várias investidas de parte a parte e sem se puder dizer que um dos dois se tenha evidenciado, de forma clara, mais do que o outro. Apesar do equilíbrio, acho que se pode dizer que foi o Rampage quem foi mais assertivo e quem mais danos causou. Quanto ao segundo round, acabou por ser bastante parecido com o primeiro, com o equilíbrio a prevalecer, mas com o Rampage a mostrar-se sempre mais incisivo e a conseguir sempre causar mais danos no Hamill.

O Ăşltimo round voltou a ser mais do mesmo, com o Rampage melhor, mas o Matt Hamill a conseguir responder Ă  altura em certas situações, mas apesar do equilĂ­brio em certas alturas, o Rampage pareceu sempre melhor e causou sempre mais danos. E, sem surpresas, o Quinton “Rampage” Jackson acabou por ganhar o combate por DecisĂŁo Unânime. Acabou por nĂŁo ser um grande, grande combate, mas acabou por ser interessante e o Rampage conseguiu uma importante vitĂłria. Quanto ao Matt Hamill, perdeu, mas deu boa conta de si e certamente que terá novas oportunidades no futuro.


Destacar ainda, como sempre, os bĂłnus da noite, onde o combate entre o Brian Stann e o Jorge Santiago, foi considerado a Fight of the Night.

Já o Knockout of the Night só podia ir para o Travis Browne e a submissão da noite para o Gleison Tibau, na vitória sobre o Rafaello Oliveira.

De resto, acho que acabamos por ter um bom evento, é certo que estávamos à espera do embate entre o Frankie Edgar e o Gray Maynard, pelo título Lightweight, mas o combate teve que ser adiado pois os dois lutadores lesionaram-se, o que tirou algum interesse, digamos assim, ao evento, mas mesmo assim acho que não podemos dizer que este tenha sido mau e tivemos bons combates.

NĂŁo tenho muito mais a dizer, espero que tenham gostado do evento e da crĂłnica e fico Ă  espera de saber o que acharam deste UFC 130: Rampage vs. Hamill, sendo que eu estarei de volta apĂłs a grande final da temporada treze do The Ultimate Fighter.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...
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