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Thoughts on MMA #17: UFC 128: Shogun vs. Jones


Estou de volta, com mais um evento da UFC, o UFC 128: Shogun vs. Jones, evento que teve lugar no passado fim-de-semana, e de onde vou destacar, como habitualmente faço, os três combates que estava mais interessado em ver.....

Começo pelo combate entre o veteraníssimo Mirko “Cro Cop” Filipović e o Brendan Schaub. O primeiro dispensa grandes apresentações, sendo um dos lutadores de MMA mais conhecidos de sempre. Combates no currículo é coisas que não lhe falta, bem como vitórias, mas os seus últimos combates têm desiludido e há quem diga que se calhar ele já se devia ter reformado. Quanto ao Brendan Schaub, estreou-se na UFC no TUF, onde chegou à final, tendo perdido para o Roy Nelson. Tinha chegado ai com quatro vitórias e nenhuma derrota, tendo depois disso conseguido, na UFC, três vitórias e nenhuma derrota.

Perspectivava-se aqui um bom combate e mais um “teste” para o Mirko Cro Cop. Indo ao combate, penso que este começou muito táctico e sem grandes investidas de parte, sendo que foi o Brendan Schaub a conseguir ganhar algum ascendente quando conseguiu aplicar o takedown no adversário. Numa primeira situação o Cro Cop ainda se conseguiu defender, mas depois o Schaub dominou por completo, indo causando danos no adversário. Ainda assim, o Cro Cop conseguiu inverter a situação e voltar a pôr o combate de pé, equilibrando um pouco as coisas e evitando as tentativas de takedown do adversário. O segundo round, começou com um excelente pontapé por parte do Cro Cop, mas logo de seguida o Brendan Schaub voltou a levar o combate para o chão com um takedown, onde foi causando mais alguns danos no adversário. O round acabou por se desenrolar numa toada mais ou menos idêntica ao primeiro, com o Cro Cop mais táctico e defensivo e com o Schaub mais atacante, sendo que este último acabou por ser penalizado por, mais do que uma vez, ter acertado na nuca do adversário.

Um segundo round bastante equilibrado, ainda que não se tenham visto grandes investidas de parte a parte. O terceiro round começou com mais um takedown por parte do Schaub que assim, mais uma vez, levou o combate para o chão, mas desta vez o Cro Cop até se defendeu bem, mas por pouco tempo, pois voltou a ir ao chão com um novo takedown. No chão, verificou-se algum domínio por parte do Brendan Schaub, sendo que o Cro Cop ainda conseguiu pôr o combate de pé, tendo sido ai que ele sofreu um murro (quase vindo do nada) que o mandou ao tapete e quando o Schaub se preparava para confirmar o KO, o árbitro não teve outra alternativa a não ser terminar o combate, de onde o Brendan Schaub saiu com uma vitória por TKO e o Cro Cop sem saber muito bem onde estava. Um combate que não tendo sido um grande combate, acabou por ser bom, e acabou por confirmar que o Cro Cop já não está “ai para as curvas” (coisa que muita gente já percebeu) e acabou por ajudar à afirmação do Brendan Schaub na empresa.


Destaco depois, o combate entre o Urijah Faber e o Eddie Wineland, na categoria Bantamweight. Os dois são lutadores que vêm da WEC e faziam aqui o seu Debut na UFC. O primeiro chegava ao combate com vinte e quatro vitórias e quatro derrotas, tendo sido campeão da categoria Featherweight, durante bastante tempos, na WEC. Já o segundo tem um record de dezoito vitórias, seis derrotas e um empate, chegando a este combate com quatro vitórias consecutivas. Dois bom lutadores, que prometiam trazer-nos aqui um bom combate.

O primeiro round, começou renhido e bem disputado, com várias investidas de parte a parte e com os dois a estarem muito bem. O equilíbrio manteve-se durante todo o round e é difícil dizer qual dos dois teve maior ascendente. No segundo round, o Urijah Faber entrou melhor, sendo que o adversário até ia respondendo à altura, mas parecia o Faber estava melhor e conseguiu até levar o combate para o chão, com um excelente (e nada tradicional) takedown. No chão, o Faber dominou o Eddie Wineland, que se ia defendendo bem das investidas do adversário, que investia, principalmente, com uns excelentes slams.

O último round, começou com os dois mais na expectativas e sem fazerem grandes investidas, até que o Faber conseguiu acertar alguns murros e aproveitou para causar alguns estragos na cara do Wineland. Depois disso, partiu para o takedown e ao ser bem sucedido voltou a ser dominador. Com isto, o combate chegou ao fim e foi necessário recorrer aos juizes, tendo, sem grandes surpresas, a vitória sorrido ao Urijah Faber, por Decisão Unânime. Com esta vitória dá-me ideia que o Faber poderá ter uma oportunidade pelo título e cá estaremos para ver o que ele vai ser capaz de fazer.


E, por fim, o grande Main Event da noite, pelo título da divisão Light Heavyweight, onde o campeão Maurício “Shogun” Rua tinha pela frente o Jon Jones. O campeão é sobejamente conhecido, teve um excelente percurso na PRIDE e desde que chegou à UFC regista duas derrotas e três vitórias, a última das quais sobre o Lyoto Machida, onde conquistou o título. Já o contender, chega a este combate com doze vitórias e uma derrota, por desqualificação, tendo vencido no seu último combate o Ryan Bader, o que lhe permitiu ter esta oportunidade pelo título, devido à lesão do Rashad Evans. Dois excelentes lutadores, um excelente combate em perspectiva e apesar de a maior parte das pessoas atribuir, sem grandes dúvidas, a vitória ao Shogun, eu sempre achei que o Jones poderia dar aqui um ar da sua graça.

O combate começou com Jones a entrar a todo gás e acertar logo com uma joelhada no adversário, continuam as investidas a partir daí, conseguindo mesmo levar o combate para o chão. Nesta posição o Jones aproveitou para castigar o Shogun, que se ia defendido como podia, sendo que quando conseguiu voltar a pôr o combate de pé o Jones continuou a investir e a causar danos no adversário, conseguindo, mesmo, voltar a levar o combate para o chão. Com isto o Jon Jones ganhou, claramente, o round, onde o campeão pouco ou nada fez. No segundo round continuaram as investidas do Jones que continuou a castigar o adversário, sendo que o campeão continuava irreconhecível, pois não conseguia responder e parecia, desde o primeiro segundo do combate, algo desgastado.

O terceiro round trouxe-nos um Shogun melhor e a, finalmente, tentar fazer alguma coisa, mas o Jones estava imparável e tinha sempre uma resposta à altura. Com o combate no chão voltou a castigar o Shogun com tudo o que era murro e cotovelada e mesmo quando o combate ficou de pé ele continuou a investir sobre o adversário e terminou o combate, de forma gloriosa, com uma joelhada (terminou como começou) que deixou o Shogun por terra e lhe garantiu a vitória e o título, tornando-se o campeão mais jovem da história da UFC. Uma grande combate do Jon “Bones” Jones que dominou, por completo, o Shogun que, praticamente, não fez nada no combate. Agora o Jones terá pela frente o Rashad Evans, num grande combate em perspectiva, e o Shogun terá que esperar um pouco, e vencer mais um ou outro combate, para voltar a ter uma oportunidade pelo título, que será, certamente, um objectivo seu.

De resto destacar os bónus da noite, onde o Fight of the Night foi, muito bem, atribuído ao combate entre o Edson Barboza e o Anthony Njokuani que foi, de facto, um excelente combate.

Quanto ao Knockout of the Night foi dividido entre o Brendan Schaub e o Erik Koch, que nos proporcionaram dois excelentes Knockouts.

Já o prémio de Submission of the Night não pode ser atribuído neste evento, pois nenhum dos combates terminou com uma submissão.

Resumidamente, acho que tivemos aqui um excelente evento, com um excelente card e com muito bons combates e um excelente Main Event que surpreendeu algumas pessoas, mas como eu já referi sempre achei que o Jones poderia dar aqui um ar da sua graça, mas claro nunca esperei que ele dominasse o Shogun da forma que ele fez.

Não tenho muito mais a dizer, espero que tenham gostado do evento, da crónica e espero que deixem a vossa opinião sobre este UFC 128: Shogun vs. Jones.

Fico-me por aqui, espero que tenham gostado e estarei de volta daqui a algumas semanas depois do UFC 129: St-Pierre vs. Shields, que, se não estou em erro, terá lugar no dia trinta de Abril.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...
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