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Thoughts on MMA #16: UFC on Versus 3: Sanchez vs. Kampmann


Estou de volta com mais uma evento da UFC, o UFC on Versus 3: Sanchez vs. Kampmann, do qual vou destacar, como é habitual, os três combates que mais interessado estava em ver do evento.....


Começo pelo combate entre o Brian Bowles e o Damacio Page, dois lutadores da categoria Bantamweight, acabadinhos de chegar à UFC, depois da incorporação da WEC na empresa. O Brian Bowles chegava a este combate vindo de uma derrota, onde perdeu o título da categoria, mas a verdade é que antes dessa derrota só contava com vitórias no seu registo. Também o Damacio Page chegava a este combate vindo de uma derrota, tendo no global um record pessoal de quinze vitórias e cinco derrotas. Quanto ao combate, este começou equilibrado e com várias investidas de parte a parte, principalmente, do Page que entrou a todo o gás e a atacar o adversário, principalmente, ao pontapé e à joelhada.

Mas a verdade é que o Bowles conseguiu resistir às investidas do adversário, conseguindo também causar-lhe alguns danos, que fizeram com que ele conseguisse derrubar o Page e com o adversário no chão foi domínio absoluto do Bowles que não conseguindo o TKO partiu para a submissão que fez desmaiar o adversário e garantiu-lhe a vitória. Uma excelente vitória do Brian Bowles que sempre me pareceu melhor que o adversário e que conseguiu aqui uma importante vitória, quem sabe, para voltar à rota do título, que deve ser o seu principal objectivo neste momento.


Destaco depois o embate entre o C.B. Dollaway e o Mark Muñoz. O primeiro é um produto da sétima temporada do The Ultimate Fighter, tendo chegado invicto ao reality show, onde perdeu a final do mesmo para o Amir Sadollah. Isso não o impediu de continuar na empresa, tendo em seis combates apenas sofrido uma derrota. Quanto ao Mark Muñoz, já à vários anos que está na empresa, depois de uma curta passagem pela WEC, chegando aqui com nove combates realizados, dos quais perdeu dois. Sinceramente, esperava que aqui tivéssemos um combate equilibrado e bem disputado, mas não foi nada disso que aconteceu.

O Dollaway até entrou bem, mas o Muñoz conseguiu pô-lo KO em apenas cinquenta segundos. Ele ainda protestou que o árbitro não devia ter parado o combate e que ele poderia ter continuado, mas dá-me ideia que já no primeiro murro que o derruba ele ficou mais para lá do que para cá, sendo que me pareceu, também, que ele não tinha grandes condições para se defender das investidas do Muñoz a partir do momento que foi ao chão. Vida de árbitro é sempre difícil e as suas decisões passíveis de serem contestadas, mas pareceu-me que aqui o árbitro esteve bem e fez o que tinha a fazer. Como referi acima, esperava-se mais deste combate que quase “não deu para aquecer”, pois foi quase “chegar, ver e vencer”, onde o Mark Muñoz conseguiu uma importante vitória.


E por fim, o grande Main Event da noite. Frente a frente Diego Sanchez e Martin Kampmann. O primeiro foi um dos vencedores da primeira temporada do TUF, sendo que se manteve invicto nos seus primeiros dezassete combates. A este combate ele chegava com vinte e dois combates realizados e apenas quatro derrotas. Já o Martin Kampmann, chegava ao combate com dezassete combates realizados e quatro derrotas, sendo que vinha de uma derrota frente ao “estreante” Jake Shields. Devo confessar que sou um fã do Diego Sanchez e esperava que ele mantivesse a toada que mostrou no seu último combate, depois de alguns combates em que pareceu ter perdido um pouco o rumo.

O combate começou equilibrado, com várias investidas de parte a parte, até que o Kampmann conseguiu derrubar o Sanchez com um murro, mas este soubesse defender bem, voltando a equilibrar as coisas, procurando, sempre, por um takedown, mas o adversário ia-se defendendo à altura. Um primeiro round bem disputado, onde se pode dizer que o Kampmann terá tido algum ascendente, deixando, inclusive, a cara do Diego Sanchez muito mal tratado. No segundo round o equilíbrio manteve-se, mas julgo que foi o Sanchez quem mais danos causou no adversário, apesar deste ter voltado a defender-se muito bem das tentativas de takedown do adversário. Como disse, um round equilibrado e muito bem disputado, mas quanto a mim com maior ascendente do Diego Sanchez que por várias vezes conseguiu acertar o adversário com uma combinação explosiva de murros.

O terceiro e último round começou equilibrado como os outros dois, mas com menos intensidade de parte a parte, pois os dois lutadores mostravam danos evidentes e pareciam algo cansados, principalmente, o Martin Kampmann. E a prova disso mesmo é que a certa altura, finalmente, o Sanchez conseguiu o takedown, depois de inúmeras tentativas falhadas. Ainda assim o Kampmann defendeu-se bem e conseguiu voltar a pôr o combate de pé, mas mesmo assim, quanto a mim, o Sanchez mostrou-se melhor e pareceu-me, desde logo, que foi ele a ganhar o round. Com isto, foi preciso recorrer às pontuações dos juízes e o Diego Sanchez acabou por ganhar o combate por Decisão Unânime.

Quanto a mim foi uma decisão justa, apesar do combate ter sido muito equilibrado e a vitória poder ter pendido para qualquer um dos lados. Houve quem não gostasse, mas eu julgo, como referi, que o Martin Kampmann venceu o primeiro round e o Diego Sanchez o segundo e o terceiro. A cara deste último ficou em pior estado, mas isso não quer dizer nada, pois julgo que pelo que ele fez nos dois últimos rounds mereceu a vitória. Não foi o Diego Sanchez dos bons e velhos tempos, mas foi um Diego Sanchez bem melhor do que aquele que vimos à uns tempos atrás. E, é bom referi-lo, tivemos aqui um grande combate e uma grande forma de fechar o evento. Os dois lutadores estão de parabéns e esperemos que tanto um, como o outro, nos proporcionem mais combates destes no futuro.


De resto, destacar os bónus da noite. O Fight of the Night tinha que ir para o combate entre o Diego Sanchez e o Martin Kampmann, que foi, de facto, um excelente combate.

Já o KO da noite foi, muito bem, atribuído ao Shane Roller, que assim venceu o Thiago Tavares. Quanto à submissão da noite foi para o Brian Bowles.

Não tenho muito mais a dizer, espero que tenham gostado da crónica e do evento, sendo que peço que deixem a opinião sobre ambos os assuntos.

Quanto a mim, estarei de volta após o UFC 128: Shogun vs. Jones, que vai ter lugar no dia dezanove deste mês.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...
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