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Thoughts on MMA #15: UFC 127: Penn vs. Fitch


Estou de volta para mais uma crónica sobre MMA e a UFC, desta feita para falar do UFC 127: Penn vs. Fitch, que se realizou no passado fim-de-semana, destacando, como habitualmente, os três combates que mais interesse me suscitava no evento.....

Começo pelo embate entre o australiano George Sotiropoulos e o alemão Dennis Siver. O primeiro é um produto da sexta temporada do The Ultimate Fighter e desde ai vinha com seis vitórias seguidas (mais uma numa outra empresa, antes disso) e nenhuma derrota. Já o Siver, chegava ao combate com duas vitórias consecutivas, sendo, tal como o adversário, um lutador interessante, estando tudo lançado para termos aqui um bom combate destes dois lutadores. No que ao combate diz respeito, este começou bastante táctico sem nenhum dos dois fazer grandes investidas, sendo que o Sotiropoulos tentou sempre levar o combate para o chão, mas o adversário soube sempre defender-se bem das investidas do homem da casa. Este parecia estar algo por cima, até que o Siver lhe acertou em cheio com um murro, que o fez ir ao chão, sendo que o Sotiropoulos ainda se conseguiu pôr de pé, mas o Siver voltou a derrubá-lo com um outro murro, tentando acabar com o combate de seguida, mas o adversário aguentou-se bem até ao final do round. O inicio do segundo round foi bem disputado e renhido, com investidas de parte a parte e com os dois a causarem alguns danos do adversário, com o Sotiropoulos a procurar o takedown e com o Siver a defender-se bem e a tentar acertar em cheio no adversário com um dos seus murros. Sem dúvida um round muito bem disputado e com os dois a estarem muito bem. O terceiro round foi, também ele, muito equilibrado e bem disputado, com os dois a estarem em bom plano, mas pareceu-me que foi o Dennis Siver a estar melhor, pois além de ter sido o que mais acertou no adversário, do meu ponto de vista, esteve também muito bem a defender-se das tentativas de takedown do adversário que não conseguiu um único takedown ao longo de todo o combate. Com tudo isto, foi necessário recorrer às pontuações do júri para conhecermos o vencedor e, para mim sem grande surpresa, foi o Dennis Siver quem acabou por vencer este combate por Decisão Unânime. Como disse, para mim não foi uma surpresa, por tudo o que ele fez no combate acho que foi uma vitória justa. Quanto ao futuro, eles estão numa categoria muito competitiva, com muito bons talentos e é difícil apostar que algum deles vá ter uma oportunidade pelo título, mas penso que com esta derrota (a primeira na UFC) o George Sotiropoulos perde algum do ímpeto com que chegava a este combate.

Destaco depois, o combate entre o Michael Bisping e o Jorge Rivera. Já aqui tive a oportunidade de dizer que, ao contrário de muito boa gente, sou um fã do Bisping e apesar de ser um lutador que às vezes perde combates contra adversários que não se percebe muito bem porque é que ele perdeu, acho que ele é um bom lutador. Ele chegava aqui com duas boas vitórias consecutivas e era para mim o favorito. Quanto ao Rivera é também um bom lutador, tendo já, por várias vezes, entrado e saído da UFC, tendo nos últimos tempos, ao que parece, “vindo para ficar”, tendo chegado a este combate com três vitórias seguidas. Indo ao combate, o primeiro round teve um inicio equilibrado e muito bem disputado, com várias investidas de parte a parte, mas quanto a mim com maior ascendente do Bisping que foi com tudo para cima do adversário, derrubando-o por duas vezes, até que o combate teve que ser interrompido (e bem) pois ele acertou com uma joelhada ilegal no Rivera, quando este se encontrava no chão. Pensou-se que o combate ia ficar por ali, mas o Rivera quis continuar e o combate recomeçou, com um ponto a ser retirado ao Bisping. O resto do round voltou a ser bem disputado, com novo ascendente do Bisping, principalmente, a partir do momento em que conseguiu um novo takedown. O segundo round começou com um excelente soco do Jorge Rivera que quase derrubou o Michael Bisping, mas este conseguiu aguentar-se e defender-se bem, virando, em seguida, o combate a seu favor, tendo acertado no adversário com vários murros e joelhadas que o deixaram indefeso e levaram a que o arbitro parasse o combate e o Bisping vencesse o mesmo por TKO. Uma excelente vitória do Bisping que, como disse, é para mim um excelente lutador e estou em crer que se ele continuar nas sendas das vitórias talvez possa ter uma oportunidade pelo título, objectivo do qual ele deve andar atrás. Esperemos para ver o que o futuro lhe reserva...

Por fim, o grande Main Event da noite, entre o B.J. Penn e o Jon Fitch. O primeiro dispensa grandes apresentações e é considerado por muito um dos melhores lutadores dos últimos tempos, ainda que algumas das suas últimas exibições tenham desagradado a alguns dos fãs, principalmente, as duas derrotas com o Frankie Edgar, que lhe custaram o título. Ainda que a vitória “supersónica” sobre o Matt Hughes lhe tenha dado um novo fôlego. Quanto ao Fitch é, também ele, um bom lutador que nos últimos vinte e dois combates (se não estou em erro) apenas perdeu um e chegava aqui com as legítimas ambições de ir para casa com uma vitória sobre o B.J. Penn. O combate começou com o Penn a entrar a todo o gás tentando desde logo derrubar o adversário e levar o combate para o chão, mas o Fitch defendeu-se bem e conseguiu manter o combate de pé. O combate continuou equilibrado, sem grandes investidas de parte a parte, até que o Penn conseguiu, mesmo, o takedown levando assim o combate para o chão, conseguindo mesmo alcançar as costas do adversário, ficando em boa posição para a submissão, mas o Jon Fitch deu bem conta do recado e defendeu-se muito bem, tendo mesmo conseguido inverter a posição, ficando ele por cima do adversário, mas também o Penn esteve à altura e defendeu-se bem. O segundo round começou com o Fitch em melhor plano, conseguindo derrubar o adversário com um takedown e tendo, assim, algum ascendente e algum domínio, mas o Penn ia-se defendendo bem e respondia à altura. A certa altura foi a vez dele conseguir um takedown, ficando de novo em boa posição para a submissão, mas o Fitch voltou a defender-se bem e a passar de uma situação desfavorável para uma bastante favorável, ficando por cima do adversário, causando-lhe alguns danos. O terceiro e último round começou com o Jon Fitch logo ao ataque, acertando com um murro em cheio no B.J. Penn, conseguindo, assim, levar o combate para o chão e ficando por cima do adversário. E aqui foi domínio, absoluto, do Fitch que foi com tudo para cima do adversário, sendo que nesta posição o Penn pouco ou nada fez, até esteve com algumas dificuldades em defender-se e não sei se numa ou outra situação o árbitro não poderia ter acabado com o combate. Não o fez e no final do round foi preciso recorrer aos juizes que acabaram por fazer com que este combate terminasse empatado, ainda que um dos juizes tenha dado a vitória ao Fitch e o próprio B.J. Penn reconheceu que achava que ia perder o combate. Com isto os dois, parece-me, ficam longe de uma possível oportunidade de lutar pelo título, principalmente, o Penn que voltou a desiludir e acho que se esperava mais dele. Se fosse eu a escolher um destes dois para ser o próximo candidato ao título não teria grandes dúvidas em escolher o Jon Fitch que me parece que foi o que mais fez para ganhar este combate.


De resto, destacar os bónus da noite, onde o Fight of the Night foi muito bem atribuído ao combate entre o Brian Ebersole e o Chris Lytle.

Também o Knockout da noite foi muito bem atribuído, desta feita, ao Mark Hunt, assim como a submissão da noite que foi atribuída ao Kyle Noke.

Não tenho muito mais a dizer, acho que no geral tivemos um bom evento, com bons combates, tendo sido muito bom de se ver e espero que o tenham feito, sendo que aproveito para lembrar que já podem assistir aos PPV’s em directo através da SportTV 3.

Espero que tenham gostado da crónica e do evento, esperando que deixem a vossa opinião sobre ambos os assuntos.

E como sempre fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...
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