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Thoughts on MMA #14: UFC 126: Silva vs. Belfort


Cá estou eu para mais um rescaldo de um evento da UFC, desta feita o UFC 126: Silva vs. Belfort, onde o grande destaque foi o embate entre Anderson Silva e Vitor Belfort, pelo título Middleweight. Como sempre, vou destacar três combates deste que foi o primeiro evento a passar em directo em Portugal.....


Começo por destacar o combate entre o Jon Jones e o Ryan Bader. O primeiro chegava a este combate com seis combates na empresa, com apenas uma derrota, derrota essa que era a única da sua carreira, já que em doze combates tinha onze vitórias. O Bader, por sua vez, chegava ao combate com doze vitórias e zero derrotas, tendo pelo meio sido o vencedor da oitava temporada do The Ultimate Fighter. Perspectivava-se aqui um excelente combate, pois estes dois são dois bons lutadores e prometiam um bom espectáculo.

Pessoalmente, estava mais tentado em apostar numa vitória do Ryan Bader, o que não se veio a verificar. O primeiro round começou com os dois a estudar o adversário, sendo que terá sido o Bader a fazer a primeira ofensiva, mas o Jones soubesse defender e mostrou-se melhor no chão, dominando sempre o adversário e procurando, mais do que uma vez, a submissão. O Bader, com alguma dificuldade, lá se foi aguentando, mas sem conseguir dar grande resposta. O segundo round, teve um inicio mais renhido, ainda que não tenha havido grandes investidas de parte a parte, mas, mais uma vez, quando o combate foi para o chão, o Jon Jones mostrou-se melhor, tendo mesmo chegado à vitória por submissão depois de uma Guillotine choke.

Com tudo isto, o Jon Jones terá a oportunidade de lutar contra o Shogun pelo título Light Heavyweight, o que é um grande passo na sua carreira e penso que é algo que ele já merecia. Penso que o Ryan Bader também seria merecedor desta oportunidade se tivesse ganho, sendo que agora terá que vencer mais um ou outro adversário para voltar a entrar na rota do título, o que eu acredito que pode mesmo vir a acontecer.


Destaco depois o embate entre o Forrest Griffin e o Rich Franklin, duas caras bem conhecidas do mundo MMA e da UFC. O primeiro foi o primeiro vencedor do TUF e já está na empresa desde 2005, tendo no seu record pessoal dezassete vitórias e seis derrotas. Já o Franklin também está na empresa desde 2005 e tem um record pessoal de vinte e oito vitórias e seis derrotas, com um No contest pelo meio. Dois bons lutadores, que já não estão no seu auge, mas que são sempre capazes de proporcionar um bom combate, e eu aqui estava a torcer pelo Griffin, pois foi graças a ele e ao Stephan Bonnar (na final do TUF) que eu fiquei fã de MMA e, por isso, ele é um dos meus lutadores favoritos. Indo ao combate, o primeiro round é muito fácil de descrever.

O Forrest entrou muito bem, conseguiu levar o adversário para o chão e ai dominou o Franklin por completo, ainda que este se tenha defendido bem e ele não tenha causado grandes danos. Ainda assim, dominou o adversário, ganhando, claramente, o round. O segundo round começou mais equilibrado, mas com algum ascendente do Griffin que mais uma vez conseguiu o takedown, sendo que desta vez o Rich Franklin soubesse defender melhor e voltou a pôr o combate de pé. Mesmo de pé, era o Forrest Griffin quem estava melhor e quem mais danos ia causando, ainda que o Franklin, aqui e ali, conseguisse responder. Chegamos, então, ao terceiro round, que foi, quanto a mim, o mais equilibrado dos três, com os dois a estarem bem, com o Franklin a defender-se bem dos takedowns e a conseguir ficar por cima por uns instantes, mas o Forrest estava numa das suas noites e conseguiu reverter a situação a seu favor.

Um bom combate, muito bem disputado e com a vitória a ser conquistada pelo Forrest Griffin por Decisão Unânime, quanto a mim justamente, apesar do ar algo surpreendido do Rich Franklin. Uma vitória importante para o Griffin, principalmente, por ter estado fora durante vários meses. Ainda assim, nem para ele, nem para o Franklin, se perspectivam grandes voos nesta altura da carreira de ambos, sendo certo que o Franklin quererá voltar às vitórias o mais depressa possível e ele já nos habituou a andar nesta irregularidade entre a vitória e a derrota.


E, por fim, o grande Main Event da noite, entre o campeão Middleweight Anderson Silva e o Contender Vitor Belfort. O campeão dispensa apresentações. Na UFC só sabe ganhar e é campeão da categoria desde o seu segundo combate, tendo, no global, apenas quatro derrotas em trinta e um combates e já venceu todos os nomes grandes da empresa nesta categoria. Quanto ao Belfort, já por várias vezes entrou e saiu da UFC, tem um record de dezanove vitórias e oito derrotas, sendo que desde que regressou à empresa que este embate entre os dois era anunciado e, depois de alguns contratempos, finalmente, o grande dia chegou. Havia grande expectativa para este combate, pois o Anderson Silva é daqueles lutadores que tanto gera ódios, como amores e enquanto uns esperavam aqui uma grande vitória dele, outros esperavam por um grande derrota.

O combate começou parado e foram precisos quase dois minutos para se ver acção a sério e nenhum parecia disposto a dar o primeiro passo, tendo sido o Vitor Belfort a distribuir os primeiros golpes a sério, até mandou o campeão ao chão e ai este parece ter percebido que a brincadeira tinha acabado e resolver acertar o adversário com um pontapé em cheio na cara, que pôs o Belfort KO e sem saber muito bem onde estava. Simples, rápido e eficaz. Com isto o Anderson Silva mantém-se como campeão e parece impossível alguém vencê-lo por esta altura. Havia grandes expectativas à volta deste combate, mas o Anderson Silva tratou de mostrar que é o melhor e que está preparado para qualquer adversário, ficando agora à espera do próximo adversário que, certamente, não será o Belfort que, dá-me ideia, perdeu aqui a rota do título durante algum tempo.


Destacar ainda o embate da categoria Bantamweight entre o Miguel Torres e o Antonio Banuelos, onde o primeiro conquistou uma vitória convincente.

De resto, destacar os bónus da noite, onde o Fight of the Night foi muito bem atribuído ao combate entre o Donald Cerrone e o Paul Kelly.

Já o Knockout da noite, tinha mesmo que ir para o Anderson Silva e a submissão para o Jon Jones.

Em geral, penso que foi um excelente evento e uma excelente forma da UFC se estrear, em directo, em Portugal. Espero que tenham visto o evento, que tenham gostado e que usem os comentários para dizer de vossa justiça.

Quanto a mim, estarei de volta depois do UFC 127: Penn vs. Fitch que vai para o ar, se não estou em erro, a 27 deste mês.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...
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