Ultimas

Thoughts on MMA #12: UFC 125: Resolution

Cá estou eu para a minha primeira crónica do ano, espero que tudo vos tenha corrido bem neste período de festas e que 2011 seja um grande ano para todos. Indo à crónica, vou falar do último evento da UFC, o UFC 125: Resolution, que foi para o ar no primeiro dia do ano, e como sempre destacarei três dos combates do evento.



Começo pelo combate entre o Brandon Vera e o Thiago Silva. Devo confessar que sou fã do primeiro e já o vi fazer muito bons combates na UFC. Ele teve um inicio bastante fulgurante com várias vitórias consecutivas, parte delas na UFC, tendo depois sofrido algumas derrotas e conquistando algumas vitórias, sem nunca ter conseguido manter uma regularidade como atingiu no princípio da carreira. Quanto ao Silva é um bom lutador, também ele com um recorde muito positivo, só tendo perdido ao seu decimo quarto combate, contra o Machida, e depois de nova vitória voltou a perder contra o Rashad Evans.

Estava bastante curioso para ver este combate e não fiquei desiludido. Os dois entraram bem e logo com investidas sobre o adversário, mas a partir do momento em que o combate foi para o chão, o Silva controlou as operações e não deu grandes hipóteses para que o Vera respondesse. Talvez “atiçado” pela provocação do Thiago Silva no final do primeiro round, o Vera entrou a todo o gás no segundo, mas o Silva soube estar à altura e equilibrar as coisas, não tardando a voltar a levar o combate para o chão, onde voltou a controlar e a causar estragos no adversário. No terceiro round, o Brandon Vera voltou a entrar melhor, derrubando mesmo o adversário, mas o Thiago voltou a conseguir equilibrar as coisas e voltou a levar o combate para o chão, onde procurou a submissão, sem sucesso, partindo depois para a destruição do adversário que nada conseguiu fazer para responder.

Com isto o combate chegou ao fim e a vitória foi, como é óbvio, atribuída ao Thiago Silva, por Decisão Unânime. Um grande combate do Silva que marcou uma posição e uma ligeira desilusão em relação ao Vera que pouco ou nada fez no combate e nunca conseguiu estar à altura do adversário, que mostrou toda a sua qualidade.

Destaco depois o embate entre o Chris Leben e o Brian Stann. O Leben é um dos lutadores mais conhecidos da primeira temporada do The Ultimate Fighter (talvez não pelos melhores motivos) e sempre nos habituou a uma coisa: altos e baixos. Tão depressa está em alta e a ganhar, como depois está a perder com quem menos se espera.

Quanto ao Brian Stann teve um percurso bem interessante na WEC e também tem dado bem conta de si na UFC, apesar de um ou outro percalço. Devo confessar que não sou grande fã do Chris Leben e estava convencido que o Stann ia aqui levar a vitória para casa e, de facto, não me enganei e não demorou muito para que isso se provasse.

Os dois lutadores entraram com ímpeto e tentaram logo marcar posição, mas o Stann não deu grandes hipóteses e pouco mais de três minutos e meio depois do inicio do combate alcançou a vitória por TKO, depois de uma grande joelhada por parte do Stann. Como disse, estava inclinado a apostar numa vitória do Brian Stann, que acabou mesmo por surgir e, assim, este ganhou mais alguns créditos na empresa, enquanto o Chris Leben, mais vitória ou derrota, continuará a ter o seu espaço e os seus combates, a não ser que comece a meter os pés pelas mãos muitas vezes seguidas, o que não acredito que vá acontecer.

E, por fim, o grande Main Event da noite onde o campeão Frankie Edgar punha em jogo o título contra o Gray Maynard. O campeão chegava ao combate com duas vitórias moralizadoras sobre o B.J. Penn e com apenas uma derrota no recorde, curiosamente, frente ao Gray Maynard. Este por sua vez tinha acabado de vencer o Kenny Florian para ter esta oportunidade pelo título e fora um No Contest no seu registo podíamos encontrar apenas vitórias. Um grande combate em perspectiva e devo confessar que não sabia muito bem em quem apostar para sair daqui com a vitória, mas estava mais inclinado em apostar no campeão.

Mas a verdade é que o Maynard tratou de pôr o campeão em sentido logo no começo do primeiro round, tendo-o derrubado por mais de uma vez e tendo-o colocado numa posição delicada, mas o Edgar soube estar à altura e lá se foi aguentando. O segundo round foi mais “calminho” e pareceu-me que foi o Edgar a estar melhor apesar de ter sido um round algo equilibrado e com os dois a recuperem algum fôlego.

O terceiro round voltou a ser equilibrado, com os dois a estarem em bom plano e acho que nenhum dos dois se evidenciou por ai além, apesar de em alguns momentos um ou outro ter estado mais por cima. Quanto ao quarto round, começou com o Edgar a tentar a submissão, mas o Maynard soubesse defender, mas penso que, apesar do equilibro, foi mesmo o campeão quem esteve melhor neste round e foi ele quem mais estragos causou no adversário. O último round foi, também ele, bem equilibrado, com os dois a investirem sobre o adversário e a tentar ganhar vantagem para vencer o round.

De uma forma global, o combate foi equilibrado e renhido, sendo difícil de dizer quem tinha ganho, por isso, não arrisquei dizer nada e esperei pela decisão dos juizes que não podia ter sido mais surpreendente: um empate! Se às vezes critico os juizes, a verdade é que num combate destes era mesmo complicado atribuir a vitória fosse a quem fosse e ainda por cima isto termina com um empate e o público, como é óbvio, não gosta. Com isto o Frankie Edgar permanece como campeão, mas tenho a certeza que o Dana White vai voltar a pôr o Gray Maynard no caminho do campeão e ele bem que merece e eu pelo menos quero que isso aconteça para voltarmos a ter um combate como este. O problema é que o Dana White não deve querer deixar o Penn “pendurado” durante muito tempo... a ver vamos.


De resto, gostava ainda de destacar o combate entre o Nate Diaz e o Dong Hyun Kim, de onde este último acabou por sair com a vitória, por Decisão Unânime, tendo sido também um bom combate de se ver.

Quanto aos bónus da noite, o Fight of the Night só podia mesmo ter sido atribuído ao embate entre o Frankie Edgar e o Gray Maynard. Enquanto o KO da noite foi muito bem atribuído ao Jeremy Stephens, na vitória sobre o Marcus Davis, e a submissão da noite tinha que ir para a guillotine choke do Clay Guida sobre o Takanori Gomi.

Não tenho muito mais a dizer, espero que tenham gostado da crónica e do evento e que deixem a vossa opinião sobre ambos os assuntos. Eu voltarei com uma nova crónica depois do UFC: Fight for the Troops 2.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...


Com tecnologia do Blogger.