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Thoughts on MMA #02

UFC 117: Silva vs. Sonnen

Cá estou eu para mais um artigo, desta feita para fazer a análise ao último evento da UFC, mais precisamente o UFC 117: Silva vs. Sonnen, que foi para o ar no passado fim-de-semana. Foi um excelente evento, com excelentes combates, dos quais vou destacar, como é habito, os três que estava mais interessado em ver. Vamos lá então...

Queria começar por destacar o embate entre o Roy Nelson e o Junior dos Santos. O primeiro foi o grande vencedor da décima temporada do The Ultimate Fighter e já mostrou por várias vezes ter qualidade, sendo que eu estava à espera que ele conseguisse aqui levar uma vitória para casa, o que não se veio a verificar. Aliás, penso que ele não entrou muito bem no combate e o Junior dos Santos não se fez de rogado e foi para cima dele dominado o primeiro round por completo. No segundo round ainda pensei que o Nelson ia equilibrar e ganhar algum fôlego, mais foi por pouco tempo, pois o brasileiro voltou a estar melhor e voltou a dominar, o que também fez no terceiro round, que foi algo enfadonho, pois os dois estavam bastante cansados, principalmente, o Roy Nelson, que ainda assim mostrou uma grande resistência e capacidade de recuperação, pois foram várias as situações em que ele esteve em perigo eminente de perder o combate, conseguindo sempre dar a volta por cima, ainda que nunca tenha conseguido impor o seu “jogo” no combate. Penso que o Dos Santos estava bem preparado, nunca deixou o combate ir para o chão, defendeu-se muito bem das tentativas de takedown e isso foi meio caminho andado para dominar o adversário e conseguir uma excelente vitória por Decisão Unânime. Com isto, o Junior dos Santos ganha alguns créditos e pode começar a subir alguns degraus na divisão, uma vez que já tem várias vitórias seguidas, algumas delas contra adversários com algum nome e peso na divisão. Quanto ao Roy Nelson terá certamente uma nova oportunidade de mostrar todo o sue valor contra um adversário, que não sendo das grandes figuras da divisão, é alguém com talento e futuro, como foi o caso do Junior dos Santos.

Depois, destaque para o combate onde o veterano (e mais do que conhecido) Matt Hughes enfrentava o Ricardo Almeida. Se nos outros combates eu poderia ter algumas dúvidas quanto a quem seria o vencedor e se punha várias hipóteses “em cima da mesa” em relação ao que poderia acontecer, aqui só me parecia possível acontecer uma coisa: uma vitória, mais do que convincente, do Matt Hughes. Coisa que se veio a verificar. Os dois entraram muito na defensiva e numa de estudar o adversário, fazendo poucas (ou até nenhumas) investidas, até que o Hughes acertou em cheio com um murro no adversário, este foi ao tapete e ele partiu para a submissão (a sua imagem de marca) e venceu o combate, de forma simples e eficaz. Não há muito mais a dizer sobre o combate. Para ser sincero aconteceu aquilo que eu estava mais ou menos à espera que acontecesse e foi com muita naturalidade que o Matt Hughes levou o Ricardo Almeida de vencida e tenho a certeza que se continuarem a aparecer adversários como ele no seu caminho o Hughes continuará a somar mais umas quantas vitórias ao seu registo.

Por fim, o grande Main Event, onde o título da divisão Middleweight estava em jogo e onde, como referi na semana passada, eu estava à espera de ver uma derrota do Anderson Silva face ao Chael Sonnen, não que eu tenha alguma coisa contra o campeão, mas acho que estava na altura de termos um novo campeão para que houvesse alguma “agitação” (não encontro outra palavra apropriada) na divisão e para não termos um domínio tão declarado do brasileiro, que nesta altura parece não ter concorrência à altura, ainda que pareça já ter tido melhores dias. A verdade é que mais uma vez o Anderson Silva levou o adversário de vencida, num excelente combate, à que o dizer, que foi mesmo considerado a Fight of the Night. Mas se este combate foi o que foi, foi por causa do Sonnen que dominou o adversário do primeiro ao último segundo do combate. Nos três primeiros rounds o Silva não fez mais nada a não ser aguentar com os murros e as investidas do adversário e tentar (ainda que poucas vezes) responder com uma ou outra submissão. No quarto round entrou bem nos primeiros segundos, mas depois voltou a ser controlado. No último rounbd, o Chael Sonnen só tinha uma coisa a fazer, já que estava cansado, tal como o adversário (o que é normal): levar o combate para o chão e controlar. Ele até fez isso, mas mal o público começou a assobiar ele decidiu continuar ao ataque e acabou por cair na submissão do Anderson Silva que com apenas dez segundos brilhantes em todo o combate levou a vitória e o título para casa. Para mim, era o Chael que merecia a vitória e devia ter aguentado o combate mais dois minutos (acho que era esse o tempo que faltava para acabar) e ganhava com toda a certeza. Devia ter deixado o público assobiar e depois mandá-los calar no fim. Pensar mais no espectáculo do que na vitória foi o seu erro. Quanto ao campeão que se cuide, pois se lutar como lutou neste evento vai ter dificuldades em manter o título, a não ser que continue a acreditar que a qualquer momento pode “roubar” a vitória. Mesmo assim, grande combate...

Queria ainda destacar o embate entre o Jon Fitch e o Thiago Alves, que foi também um excelente combate, sendo que o primeiro, com a vitória que conseguida, vai ter uma oportunidade de combater pelo título da divisão Welterweight, contra o vencedor do combate entre o actual campeão Georges St-Pierre e o contender Josh Koscheck.

De resto, só destacar os bónus da noite. A Fight of the Night foi entregue ao combate entre o Anderson Silva e o Chael Sonnen, como já referi, e acho que não podia haver escolha melhor. O Anderson Silva ganhou ainda a submissão da noite, juntamente com o Matt Hughes, quanto a mim um bónus também muito bem atribuído e que tinha, mesmo, de ser dividido pelos dois. E quanto ao Knockout of the Night, foi atribuído ao Stefan Struve que conseguiu, de facto, um grande TKO frente ao Christian Morecraft.

Não há muito mais a dizer, apenas referir que este foi um grande evento, com excelentes combates e foi de encontro aquilo que o card prometeu desde que foi oficialmente confirmado.

Bem, espero que tenham gostado da crónica e do evento e conto com os vossos comentários para saber a vossa opinião sobre ambos os aspectos. Volto com uma nova crónica lá para o final do mês, quando for para o ar o UFC 118: Edgar vs. Penn 2.

E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.

Até à próxima...

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