Thoughts on MMA #01
UFC on Versus 2: Jones vs. Matyushenko

Quem já acompanhava as minhas crónicas no AWP Wrestling (blog com o qual continuarei a colaborar) perceberá que as minhas crónicas aqui serão ao estilo das que eu escrevo lá, por isso, espero que gostem e que comentem deixando as vossas criticas, opiniões e sugestões. E feita esta introdução vamos ao que interessa...

Começo pelo combate que opunha o Takanori Gomi ao Tyson Griffin, sendo que devo confessar que estava a torcer por o último, pois é um lutador com muita qualidade e que nos vai proporcionando bons combates, e que até vinha de uma derrota algo inesperada (pelo menos para mim), por isso, estava a contar que ele se “desforra-se” aqui e conquista-se uma vitória convincente. Isso acabou por não acontecer e foi mesmo o japonês a levar a vitória para casa, neste que foi o seu segundo combate na UFC, depois de uma derrota na sua estreia contra Kenny Florian, num evento em que era parte do Main Event.
Devo confessar que não conhecia muito bem este Takanori Gomi, mas fiquei algo impressionado, pois este mostrou no combate ser um lutador que dá muito bem conta de si e que tem potencial. Aliás, o combate começou muito táctico, com os dois a controlarem o adversário e a estarem um pouco na expectativa, sendo que, como referi, sempre pensei que ia ser o Tyson Griffin a ir para cima do adversário, mas acabou por acontecer o contrário e de uma forma surpreendente o Takanori Gomi não tardou em pô-lo KO e arrumou com a questão em pouco tempo e aqui penso que o árbitro não podia fazer muito mais e tinha que parar o combate, por muito chateado que o Tyson Griffin tenha ficado, penso que foi a decisão certa a tomar.
Para mim foi impressionante e com justiça este foi considerado o Knockout of the Night. Sendo assim, o Tyson Griffin perde algum fôlego, mas penso que pode perfeitamente dar a volta por cima, pois tem qualidade e talento para isso, quanto ao Takanori Gomi ganha aqui novo ânimo e se alguns desconfiaram dele aquando da sua estreia, penso que agora as desconfianças perderam alguma da sua força, pois ele provou porque é que é uma das grandes estrelas do Japão no que toca ao mundo MMA.

Destaco depois, o Co-Main Event da noite, onde se defrontavam o Mark Muñoz e Yushin Okami, sendo que mais uma vez foram os japoneses a levar a melhor. Aliás penso que o Okami entrou com a motivação toda, uma vez que o Dana White já havia informado que ele poderia vir a ter uma oportunidade pelo título, por isso, ele só tinha mesmo que levar o adversário de vencida para provar que merecia, mesmo, essa oportunidade.
Por tudo isto, não foi de estranhar vermos o japonês a entrar melhor e a estar sempre na ofensiva, enquanto o adversário ia apenas controlando e esperando uma oportunidade para contra-atacar, o que raramente aconteceu. No segundo round o Muñoz entrou melhor, mais ofensivo e indo para cima do adversário, procurando, por mais do que uma vez, levar o combate para o chão e procurando, também, aplicar uma submissão que lhe garantisse a vitória. O Okami foi-se defendendo bem e não tendo estado ao seu melhor nível durante este round, também nunca esteve em risco de perder o combate, ainda que tenha sido dominado pelo adversário.
Quanto ao terceiro round, começou algo equilibrado com os dois a sentirem que tinha a vitória ali tão perto, mas penso que o Yushin Okami acabou por conseguir controlar o round e impor o seu estilo, que lhe garantiu a vitória no combate por Decisão Dividida. Acabou por ser um resultado algo surpreendente, estava mais à espera de uma Decisão Unânime, ou mesmo que o combate não chegasse à decisão dos juízes, mas penso que ninguém duvidava que o Okami tinha tudo para sair daqui com uma vitória, o que acabou por acontecer e agora vamos lá ver se lhe é dada a oportunidade de lutar pelo título da divisão e se ele consegue mesmo ser o novo campeão, coisa que até acho possível, mas teremos que esperar para ver.

Penso que ninguém duvida da qualidade do Jon Jones e acho que a UFC o tem desaproveitado um pouco ao colocá-lo, grande parte das vezes, nos shows, digamos, secundários, onde até é estrela, ou nos shows “principais”, mas fora do card principal, mas penso que estão para breve voos mais altos e, quem sabe, se não o possamos ver a lutar pelo título dentro de pouco tempo. Acho que seria uma aposta ganha e merecida, mas vamos ver o que lhe reserva o futuro, sendo certo que, pelo menos para mim, ele tem tudo para ser um dos grandes nomes da empresa, se apostarem nele e se ele conseguir estar à altura dos acontecimentos quando tiver a oportunidade. Ainda assim percebo que a UFC e o Dana White estejam interessados em amadurecê-lo e em esperar pela altura certa para o “lançar aos lobos”, mas ele que já provou o seu valor, já venceu alguns nomes importantes e que pode muito bem estar na altura de “dar o salto” e como disse, quem sabe, lutar pelo título. Vamos esperar para ver...
Bem, não há muito mais a dizer, espero que tenham gostado deste meu artigo e que tenham visto o evento (ou que pelo menos fiquem com curiosidade para o ver), sendo que peço que usem a caixa de comentários para dizer de vossa justiça, tanto em relação à crónica, como em relação ao evento.
Espero que tenham gostado e cá estarei na próxima semana para falar do UFC 117: Silva vs. Sonnen, que vai para o ar no próximo sábado e onde vou estar a torcer por uma vitória do Sonnen, mas falaremos mais sobre isso no meu próximo artigo.
E pronto, fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.
Até à próxima...